Não vale tudo: Rangel faz acusações falsas

03.10.2023

O deputado Paulo Rangel usou hoje mais uma vez o Parlamento Europeu para fazer acusações graves e falsas contra o PS e os socialistas europeus dizendo que “há cinco anos morreu Ján Kuciak (jornalista eslovaco) e nós não ouvimos o S&D, não ouvimos o PS português demarcar-se.”

O deputado do PSD, Paulo Rangel, faltou deliberadamente à verdade, omitindo que o S&D, em que se integram os socialistas portugueses, fez, logo na altura dos factos, em 14 de março de 2018, um comunicado de imprensa de condenação em termos muito claros, em que se dizia: “É preciso agir e garantir que não ocorram mais atrocidades como esta noutros lugares”.

Link para comunicado de imprensa: https://socialistsanddemocrats.eu/newsroom/eu-must-do-all-it-can-support-investigation-murder-jan-kuciak-and-martina-kusnirova

De forma igualmente falsa, o mesmo deputado do PSD afirmou que “em cinco anos nunca vimos nem em Portugal, nem aqui em Bruxelas, o Partido Socialista português e o S&D demarcarem-se do SMER, do Sr. Fico”.

De novo, uma mentira, já que o Partido dos Socialistas Europeus, a que está ligado o S&D, chegou a suspender o partido eslovaco SMER, na liderança de Robert Fico, e já deu conta, incluindo pela voz do seu Presidente Stefan Löfven, de que não hesitará em aplicar as devidas sanções, incluindo se necessário recorrer à expulsão, caso se registem desvios graves face aos princípios, valores e regras da família socialista europeia.

Ao contrário do que fizeram o PSD e o PPE com o partido húngaro do sr. Orbán, mesmo quando ele anunciou o propósito de construir uma "democracia iliberal", o S&D e os socialistas portugueses, pela voz do vice-presidente do S&D Pedro Marques, foram muito claros na conferência de imprensa dada hoje em Estrasburgo: “Não vamos esperar dez anos e arrastar isto como fez o Partido Popular Europeu (PPE) em relação a Orbán (primeiro-ministro da Hungria)", que acabou por sair do PPE pelo seu próprio pé.” “Quaisquer violações quanto ao apoio à Ucrânia, violações das posições, por exemplo, quanto aos direitos da comunidade LGBTQIA+ ou coligações com forças de extrema-direita levarão a um processo de sanções ou mesmo à expulsão”.

Não vale tudo. Tolerar autocratas durante 10 anos, como fizeram o PSD e o PPE, não será a conduta do PES, do S&D, nem da Delegação Socialista Portuguesa no Parlamento Europeu.

A Delegação Socialista Portuguesa no Parlamento Europeu

Voltar a Comunicados de Imprensa