Parlamento Europeu aprova relatório que estabelece cláusula social horizontal |
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O relatório sobre "Um mercado único para os europeus", do Deputado
Correia de Campos, foi aprovado no PE com 600
votos a favor e 48 contra. O documento, elaborado no âmbito da
Comissão do Mercado Interno e da Protecção dos Consumidores, reclama
a introdução da "cláusula social horizontal" em toda a legislação
relativa ao mercado único, devendo a Comissão Europeia realizar uma
avaliação de impacte social sempre que elabore legislação relativa
ao mercado único. O relatório insta igualmente a UE a reforçar a
componente social e a colocar as preocupações dos cidadãos no centro
do Mercado Único Europeu. Na sua intervenção em plenário, Correia de
Campos disse que "para se alcançar um mercado único
competitivo, com crescimento inteligente, inclusivo e sustentável, que
coloque os europeus no centro das preocupações", as suas três
componentes (empresas, cidadãos e governação) têm de avançar em
simultâneo, de modo a "tornar a ideia do mercado único não só
mais amigável, como mais apetecível para os europeus". O consenso
para medidas de combate à fadiga do Mercado Único foi mais difícil na
matéria dos valores e direitos sociais, nomeadamente com a relutância
da direita e dos liberais em aceitarem a necessidade de salvaguarda
permanente dos direitos sociais dos europeus. Também não foi fácil a
salvaguarda dos Serviços Sociais de Interesse Económico Geral (SSIEG),
de modo a retirar o seu conteúdo "da pura lógica de mercado"
e "eliminar a possibilidade de transformação de serviços
públicos, de responsabilidade social, em monopólios ou oligopólios
privados, em matérias como abastecimento de água, transportes urbanos,
serviços de educação, saúde e apoio social". Ressalvando a
necessidade de gestão competitiva e mecanismos internos de mercado nos
SSIEG, Correia de Campos chamou a atenção para a defesa dos
"valores sociais que estão associados à universalidade de
acesso", dado que os princípios de solidariedade devem prevalecer
sobre a lógica de mercado. "Confrontámo-nos aqui com a relutância
dos grupos parlamentares à nossa direita em aceitar legislação
europeia sobre esta matéria", afirmou. Ao longo do processo de
discussão do relatório agora aprovado foram, contudo, introduzidas
muitas melhorias e "o consenso alcançou-se através de
aproximações sucessivas, com emendas finais subscritas pelos
principais grupos parlamentares, sem vitórias nem derrotas",
sublinhou. |
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PE aprova proposta de Capoulas Santos que permite a 5 embarcações portuguesas fainar em águas das Comores |
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O plenário do Parlamento Europeu aprovou, por larga maioria, a
Recomendação do Deputado Capoulas Santos para a
renovação do Protocolo do Acordo de Parceria no sector da pesca entre
a UE e as Ilhas Comores. A proposta do eurodeputado socialista permite
que cerca de 70 embarcações de vários Estados-Membros da UE sejam
autorizadas a fainar em águas das Comores, entre as quais 5
palangreiros portugueses. A nova parceria no sector da pesca entre a UE
e as Comores vigorará por três anos e tem por principal objectivo
definir as possibilidades de pesca atribuídas aos navios da UE bem como
a contrapartida financeira devida a título dos direitos de acesso e do
apoio sectorial. O articulado passará a incluir uma cláusula de
direitos humanos segundo a qual o mesmo pode ser revisto ou suspenso no
caso da violação desses direitos. Enquanto relator da posição do PE
sobre o assunto, Capoulas Santos congratulou-se com o resultado da
votação sublinhando a importância deste acordo. "A UE apenas
auto-aprovisiona cerca de 40% das suas necessidades em produtos de pesca
pelo que é fundamental encontrar oportunidades de pesca para as 3 000
embarcações europeias que operam em águas internacionais e de países
terceiros e que são também responsáveis por 40 000 postos de
trabalho". |
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Elisa Ferreira interpela Presidente da CE |
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A Deputada Elisa Ferreira interpelou esta semana o
Presidente da Comissão Europeia Durão Barroso sobre a necessidade de a
UE avançar com "medidas de crescimento e coesão baseadas numa
outra abordagem do problema energético". "A crise no Japão
dá mais sentido ao nosso compromisso colectivo de criar uma Estratégia
2020", afirmou durante o período de perguntas ao Presidente do
executivo comunitário na sessão plenária de Estrasburgo.
"Continuamos a aguardar que, em relação à Estratégia 2020,
haja instrumentos sérios, fortes e que tirem a Europa da situação que
estamos a atravessar, de medidas recessivas, desemprego, insuficiente
crescimento e um problema incontrolado de dívida soberana".
"Não seria altura, neste momento, de a Europa avançar com novas
fontes europeias de financiamento e lançar efectivamente medidas de
crescimento e coesão baseadas numa outra abordagem do problema
energético e do problema da sustentabilidade do crescimento?",
questionou a Deputada. |
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Ana Gomes intervém em debates sobre crise económica, situação no Norte de África e direitos humanos |
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Ana Gomes fez esta semana várias intervenções no
plenário do PE sobre a crise económica, as revoltas populares no Norte
de África e no mundo árabe, e sobre as violações dos direitos
humanos no Zimbabwe e na China, nomeadamente o desaparecimento forçado
do artista Ai Weiwei. Sobre as conclusões do Conselho Europeu quanto à
crise económica, Ana Gomes criticou "esta Europa, onde há bancos
demasiado grandes para falir, mas se deixam afundar Estados e
povos", responsabilizando o sector bancário europeu por "nos
empurrar para uma espiral de endividamento, à custa dos
cidadãos". Ana Gomes defendeu ainda que a UE tem de investir no
crescimento económico e na criação de emprego, para isso devendo
criar "eurobonds" e um imposto sobre as transacções financeiras e
tomar medidas para travar os desequilíbrios macroeconómicos que
destroem o euro. Sobre as revoltas populares no Norte de África e no
Médio Oriente, Ana Gomes sublinhou a necessidade de a "UE apoiar as
mulheres que lançaram os protestos da Primavera Árabe, incluindo
através do financiamento de organizações da sociedade civil e de
apoio político, técnico e financeiro às que queiram participar
activamente nas instituições políticas emergentes (deputadas,
candidatas de partidos políticos, etc.), nestes países de tradições
patriarcais" e frisou ser imprescindível que "a UE mobilize
todos os esforços para combater tentativas de intimidação,
represálias e violência sexual exercidas contra as mulheres que
ousaram levantar a voz. Casos como os testes de virgindade no Egipto
impostos a activistas da Praça Tahrir ou a prisão e violação de Iman
al Obeidy na Líbia são crimes inaceitáveis, que tem de ser
investigados e exemplarmente punidos". Como relatora do PE sobre a
Líbia e membro do Grupo do Trabalho do PE sobre a evolução no Norte
de África e mundo árabe, Ana Gomes reuniu esta semana em consultas
informais com o Presidente do Conselho Van Rompuy e com o embaixador
americano em Bruxelas. |
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Edite Estrela reclama uma resposta europeia para sair da crise |
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A Deputada Edite Estrela afirmou esta semana, em
Estrasburgo, a necessidade de a UE no seu conjunto avançar com uma
"resposta europeia" para ultrapassar a crise. Na
sessão plenária do Parlamento Europeu, durante o debate sobre a
última cimeira da União Europeia, Edite Estrela sublinhou que estamos
a viver "uma crise da zona euro". "Os ataques à dívida
soberana de certos países visam sobretudo fragilizar o euro e pôr em
causa a moeda única e o projecto europeu", frisou a eurodeputada
socialista. "Trata-se de um problema europeu que necessita de uma
resposta europeia. Para sairmos da crise precisamos de mais Europa e
não de menos Europa". A Deputada considerou que a UE deve agir de
forma rápida e ambiciosa e afirmou a necessidade de as agências de
rating serem "independentes e fiáveis". Edite Estrela defendeu
que Portugal não precisa de ajuda externa. "Só precisa de
financiamento à sua economia e às suas famílias a juros
razoáveis". |
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Luís Paulo Alves e Comissário Barnier procuram aumento da participação dos Açores no mercado europeu |
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Luís Paulo Alves encontrou-se no seu gabinete, em
Estrasburgo, com o Comissário para o Mercado Interno, Michel Barnier,
para debater o aumento da participação dos Açores no mercado único
europeu. O Deputado açoriano afirma que o mercado único europeu é a
melhor resposta à globalização, considerando que "existem contudo
condições prévias para podermos beneficiar plenamente dos seus
benefícios como a redução do défice de acessibilidades, que tem que
continuar a ser ultrapassado e onde a UE se tem que empenhar, seguindo o
principio da igualdade de oportunidades dos nossos cidadãos e dos
nossos empresários". Para o Deputado, "temos que continuar a
melhorar a nossa capacidade para fazer face à concorrência, que é
essencial para continuarmos o nosso crescimento económico de uma forma
sustentável e para a criação de mais e melhores empregos. Para isso
é necessário, para além das acessibilidades físicas, continuar
também a aumentar as acessibilidades ao conhecimento, à educação,
formação e inovação". Luís Paulo Alves referiu a necessidade
de numa nova estratégia para as Regiões Ultraperiféricas (RUP), fazer
alavancar o potencial dos Açores em diversas áreas. Defendeu o
reforço dos sectores tradicionais da agricultura e pesca, assim como, o
apoio a outros sectores produtivos -também eles prioritários para o
arquipélago - como o turismo sustentável e os
serviços. Sublinhou ainda que "é essencial concentrar nas RUP
iniciativas estratégicas de futuro, como a investigação, a
inovação, a sociedade de informação, o mar, o ambiente, as energias
renováveis, o investimento no capital humano, e o desenvolvimento de
novas tecnologias". O Comissário Barnier mostrou-se entusiasmado
com as possibilidades de uma perspectiva positiva para o desenvolvimento
e bastante sensível e conhecedor da realidade e dos problemas que
afectam os Açores, referindo que as RUP, como os Açores, devem fazer
uma reavaliação das suas mais valias e contributos para o mercado
único devendo os Açores apostar na inovação, no turismo e na
dinamização do mercado tradicional. Ficou ainda acordado, no decorrer
desta reunião, um encontro com Pedro Solbes, Ex-Comissário Europeu dos
Assuntos Económicos, responsável pela realização de um estudo para
determinar "o lugar das regiões ultraperiféricas no mercado
único". |
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Vital Moreira pronuncia-se contra objectivos de redução de CO2 irrealistas, unilaterais e incondicionais |
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Na votação desta semana em Plenário da resolução sobre a segurança
da energia nuclear depois do acidente de Fukushima, Vital Moreira votou
contra a proposta de emenda quanto aos objectivos de redução de CO2.
Segundo Vital Moreira, são três razões que o levaram
a votar contra: "em primeiro lugar a questão não tem relação com
o tema da segurança nuclear; depois, os objectivos enumerados
elevam desproporcionadamente a fasquia da UE na redução unilateral de
CO2; por fim uma redução de CO2 tão ambiciosa - e na verdade,
irrealista - só seria aceitável se conjugada com a introdução de uma
taxa de CO2 sobre as importações, sob pena de afectar gravemente a
competitividade da indústria europeia, além de levar as empresas
europeias a deslocalizar a sua produção para os países sem
restrições de CO2, com graves efeitos sobre a economia e o emprego na
União Europeia". |
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* O PE aprovou várias propostas de Edite Estrela para
prevenir a violência de género na UE. Entre as medidas aprovadas, a
Deputada exorta a CE a apresentar um estudo sobre o impacte financeiro
da violência contra as mulheres que permita quantificar as
consequências financeiras da violência contra as mulheres nos sistemas
de saúde, nos sistemas de segurança social e no mercado de trabalho.
Edite Estrela defende igualmente a criação de parcerias com
estabelecimentos de ensino superior tendo em vista a formação em
violência de género de profissionais que intervêm nesta área,
nomeadamente, magistrados, órgãos de polícia criminal, profissionais
de saúde, de educação e técnicos de apoio à vítima. No debate em
plenário sobre o assunto, a eurodeputada socialista instou a UE e os
Estados-Membros a alterarem a legislação para que as mulheres sejam
respeitadas. "A violência contra as mulheres representa um grave
atentado aos direitos humanos", afirmou. *
Vital Moreira reuniu esta semana com o Embaixador dos
Estados Unidos da América junto da União Europeia a propósito do
Conselho Económico Transatlântico. A reunião abordou vários assuntos
na agenda do comércio internacional, tais como os desenvolvimentos da
"Ronda de Doha", as relações comerciais com a China e a possibilidade
de ajudas comerciais como instrumento de apoio aos países do Norte de
Afríca e do Médio Oriente. |
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