Capoulas Santos preconiza acção para travar volatilidade dos preços dos alimentos |
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"Os sinais são inquietantes. A subida dos preços de alguns bens
alimentares essenciais não pára. O problema não é, obviamente,
europeu e o peso de cada uma das hipotéticas causas que justificam o
fenómeno está longe de ser conhecido", afirmou Capoulas
Santos no debate que teve lugar esta semana no
plenário do Parlamento Europeu, em Estrasburgo. De acordo com o
último relatório do Banco Mundial, publicado este mês de Fevereiro, o
índex de preços alimentares aumentou de 15% entre Outubro de 2010 e
Janeiro de 2011, situando-se no entanto 3% abaixo dos níveis
históricos atingidos em 2008. Segundo o relatório, este facto deve-se
sobretudo ao aumento acentuado dos preços mundiais de trigo, cujo
preço global duplicou entre Junho 2010 e Janeiro e 2011, milho,
açúcar e gorduras e óleos. As razões apontadas para esta subida de
preços, que segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para
a Agricultura e Alimentação) aponta uma tendência que deverá
persistir no futuro, têm a ver com vários aspectos, que, de forma
conjugada, podem vir a determinar a dinâmica global de procura e oferta
de produtos alimentares: o crescimento da procura na sequência do
aumento do poder de compra nos países emergentes; as contingências da
oferta decorrentes da sobreexposição da agricultura a calamidades
naturais acentuadas pelos efeitos das alterações climáticas; a
manipulação dos preços das matérias-primas nos mercados financeiros
internacionais; a forte dependência energética da produção agrícola
paralelamente à subida dos preços do petróleo. "A especificidade
da produção agrícola merece uma atenção especial nas três frentes
onde considero que a UE pode ser mais actuante", defendeu Capoulas
Santos no contexto deste debate, realçando a necessidade de dotar a
PAC, agora em revisão, de novos instrumentos de gestão de risco, e de
redireccionar a política de cooperação da UE com os países em
desenvolvimento no sentido de apoiar a produção de alimentos naqueles
países. Por fim, o Deputado socialista saudou o posicionamento da
França à cabeça do G20 uma vez que que, referiu, "o plano
internacional é o lugar próprio para acordar a regulação dos
mercados financeiros para combater a manipulação excessiva dos preços
de bens essenciais e para o estabelecimento de regras que impeçam a
interrupção abrupta dos fluxos comerciais, como sucedeu recentemente,
por exemplo, com a Rússia, comprometendo a disponibilidade mundial
de trigo". |
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Luís Paulo Alves quer um novo modelo para a alimentação no mundo |
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O Deputado Luís Paulo Alves, exigiu esta semana
durante a sessão plenária, em Estrasburgo, um novo modelo para a
alimentação no mundo. Mas isso implica, que haja a disponibilidade
para afrontar as grandes multinacionais e os países que estão a
comprar milhões de hectares de terras aráveis, como por exemplo em
África. Para afrontar a alta finança que está a lucrar milhões,
especulando com as matérias-primas agrícolas, ou os grandes grupos
transformadores e distribuidores de alimentos, que abusam de posição
dominante. No entanto, e segundo o Deputado, "temos dúvidas que se
queira verdadeiramente combater o modelo actual. O que nos parece é que
embora reconhecendo uma certa doença no sistema actual, se acredita que
é temporária, porque no fundo, naquilo que as correntes conservadoras
verdadeiramente crêem, é no liberalismo de mercado. É por isso que as
medidas concretas que vão aparecendo, são tímidas, e parecem servir
para ganhar tempo, com recomendações de transparência (que é
naturalmente bem vinda, mas por si só insuficiente), com novas
avaliações, e com novos estudos, na esperança que tudo se
recomponha". Luís Paulo Alves afirmou ainda que, "a fome mais
que um problema técnico é acima de tudo uma questão política, que
exige uma visão para o futuro. Mais, muito mais que remédios de curto
prazo é necessária a coragem de estabelecer uma nova arquitectura que
concilie a necessidade de aumentar 70% a produção de alimentos nos
próximos 40 anos, com as crescentes limitações de recursos naturais.
Por isso, o que se faz ou se deixa de fazer, em África, na Ásia, na
América ou na Europa afecta todos em todo o lado, com consequências na
disponibilidade e nos preços dos alimentos. É por isso também, que a
resposta tem que ser global e tem de ir muito além do domínio da
política agrícola, sendo essencial convocar um conjunto de outras
políticas, sem as quais, não estaremos verdadeiramente a ir ao
encontro das soluções necessárias. Soluções que só funcionam se
aplicadas à escala global: Defender a alimentação como um direito;
Apoiar a capacidade dos países para se alimentarem; Apoiar os
produtores agrícolas e garantir o seu acesso justo ao valor na cadeia
alimentar; Limitar a especulação financeira; Proteger o acesso à
terra e criar reservas de alimentos". Para o Deputado, "se
querem realmente resultados, e esta é uma matéria onde se exigem
resultados, então vão ter mesmo de agir e avançar corajosamente na
construção de um novo modelo de alimentação para o Mundo. Mais do
que esperar, é tempo de exigir e de o fazer sem hesitações". |
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Ana Gomes co-organiza Audição sobre o papel das mulheres nas revoluções na Tunísia e Egipto |
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A Deputada Ana Gomes co-organizou uma audição sobre o
papel das mulheres nos processos de democratização que estão a
iniciar-se em várias sociedades muçulmanas no Norte de África e
Médio Oriente. A audição "Mulheres para a Transformação" contou com
a participação, via teleconferência, de várias mulheres da região,
como Amal Abd Hadi, da Direcção da Fundação Nova Mulher, no Cairo,
Amal Basha, Directora do Fórum das Irmãs Árabes pelos Direitos
Humanos (SAF), do Iémen, e Khadija Chérif, ex-presidente da
Associação de Mulheres Tunisina pela Democracia (AFTD), de Tunis. Para
Ana Gomes, "é essencial apoiar as mulheres que estão a ter um
papel activo nas revoluções na Tunísia e do Egipto e nas revoltas
populares noutras sociedades muçulmanas e garantir que elas não
ficam de fora na construção de novos regimes democráticos. A UE deve
dar prioridade à participação activa das mulheres nas eleições que
se avizinham, quer como eleitoras quer como candidatas a cargos
políticos, e deve procurar influenciar o processo de reformas
constitucionais e legislativas no sentido de ser garantida a igualdade
de direitos. Tendo em conta as pressões islamistas e patriarcais nestas
sociedades, os direitos humanos das mulheres devem ser centrais para
determinar se o processo vai no sentido democrático ou não". A
audição teve lugar no dia 16 de Fevereiro no Parlamento Europeu e foi
co-organizada com a deputada dos Verdes Franziska Branter. |
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Correia de Campos prepara aprovação de Relatório sobre Mercado Interno |
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O Deputado Correia de Campos, autor do Relatório de
Iniciativa sobre o Acto Único do Mercado Interno para os Europeus,
teve esta semana uma série de reuniões com Comissários Europeus e
Deputados de outros Grupos Políticos no sentido de alcançar
compromissos no texto que deverá ser submetido a votação em sede de
Comissão Parlamentar no próximo mês de Março. No relatório,
António Correia de Campos considera que os esforços para realizar o
mercado único têm estado muito concentrados no mercado e na sua
organização, e muito pouco nas preocupações e nos direitos dos
cidadãos, dos trabalhadores e dos consumidores, o que pode explicar a
relutância e a fadiga dos europeus relativamente ao mercado único.
Para o Deputado, "importa que os cidadãos ocupem o centro do
mercado único", posição que apresentou ao Comissário Barnier,
responsável pela pasta do Mercado interno, que manifestou a sua total
concordância com esta necessidade. No encontro com o Comissário Dalli,
encarregado da protecção dos Consumidores, foi abordada a necessidade
de serem incentivados e aperfeiçoados os mecanismos de resolução
alternativos de litígios entre empresas e consumidores e
desenvolver-se, simultaneamente, a figura do recuso colectivo às
instâncias judiciais como forma de reforçar a posição dos
consumidores e aumentar a segurança jurídica nas relações comerciais
nacionais e transfronteiras. Decorreu também esta semana um
almoço-debate do Grupo Kangoroo que teve Correia de Campos como
orador convidado para abordar este tema e onde apresentou as suas
principais prioridades para um Acto Único do Mercado Interno para os
cidadãos. Para o Deputado, é essencial "introduzir uma cláusula
social horizontal em toda a legislação relativa ao mercado único a
fim de que as políticas desenvolvidas sejam centradas nos cidadãos,
evitadas as distorções da concorrência e garantindo a coesão,
através do pleno respeito dos direitos sociais e dos
trabalhadores". Defende igualmente a importância de se
"introduzir certeza jurídica nos serviços económicos de interesse
geral através da criação de um quadro legislativo europeu" e
fomentar a mobilidade e o reconhecimento das qualificações
profissionais na UE. O relatório deverá ser votado em Comissão do
Mercado Interno no próximo dia 16 de Março e será debatido em
plenário no mês de Abril. |
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Edite Estrela porta-voz do Grupo Socialista para o Relatório que cria a "União da Inovação" |
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A Deputada Edite Estrela, porta-voz do Grupo Socialista
Europeu para o importante Relatório sobre "União da Inovação",
apresentou um conjunto de recomendações para que a União Europeia
possa dar resposta à necessidade urgente de inovação, num mundo
pós-crise pautado por uma concorrência global muito agressiva. A
União da Inovação concentrará os esforços da UE em desafios como as
alterações climáticas, a energia, a saúde e o envelhecimento da
população. O objectivo é utilizar a intervenção do sector público
para estimular o sector privado e eliminar um conjunto de obstáculos
que impedem que as ideias inovadoras cheguem ao mercado. Entre estes
contam-se a falta de financiamento, a fragmentação dos sistemas de
investigação e dos mercados e um subaproveitamento dos contratos
públicos em prol da inovação. A União da Inovação é um dos
pilares da Estratégia Europa 2020. De acordo com Edite Estrela, "a
inovação é essencial para o desenvolvimento económico da União
Europeia, mas é necessário recrutar cerca de um milhão de
investigadores adicionais para cumprir o objectivo de despender 3% do
PIB em I&D, tal como definido na Estratégia Europa 2020". A
eurodeputada socialista defende que esse objectivo "poderá ser mais
facilmente alcançado com um aumento substancial de mulheres
investigadoras, que representam apenas 39 % dos investigadores que
trabalham no sector público e do ensino superior e 19 % dos
investigadores que trabalham no sector privado". Entre outras
propostas, Edite Estrela insta a UE e os Estados-Membros a promoverem
uma "colaboração mais estreita" entre empresas, universidades
e centros de investigação, na medida em que "parte das iniciativas
que vão possibilitar a inovação provém do tecido empresarial".
O documento deverá ser votado na Comissão do Emprego e Assuntos
Sociais no dia 16 de Março, em Bruxelas. |
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Vital Moreira rejeita alterações à lei eleitoral do Parlamento Europeu |
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Em intervenção no grupo de trabalho dos Socialistas na Comissão de
Assuntos Constitucionais, a propósito do relatório Duff, que propõe
alterações à fórmula de distribuição de lugares entre
Estados-Membros nas eleições para o Parlamento Europeu, Vital
Moreira defendeu a rejeição pura e simples pelo grupo das
alterações propostas que conduziriam a uma inaceitável redução do
número de deputados de quase todos os Estados-Membros de menor
dimensão (entre os quais Portugal), em benefício dos maiores.
Por outro lado, a fórmula proposta produz resultados desconformes com o
espírito do princípio da "proporcionalidade degressiva"
expresso no Tratado da União, já que, nos termos da referida fórmula,
a proporcionalidade aumento à medida que aumenta o tamanho dos
Estados-Membros, quando deveria ocorrer ao contrário. Vital
Moreira pronunciou-se também contra a proposta de criação de um
círculo europeu de 25 deputados, visto que, independentemente da sua
apreciação política, ela exigiria uma alteração do Tratado da
União, que obviamente está fora de causa neste momento. |
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* Ana Gomes promove esta sexta-feira, dia 18 de
Fevereiro, uma Audição Pública sobre Segurança Química, Biológica,
Radiológica e Nuclear (QBRN) na UE, no Gabinete do PE, em Portugal
(Edifício Jean Monnet, Lisboa). A Deputada vai dar conta do
Relatório que elaborou e foi aprovado por ampla maioria no
Parlamento, em Dezembro, através do qual o PE insta o Conselho e a
Comissão a reavaliar o Plano de Acção da UE para o Reforço da
Segurança QBRN (que devia vigorar em todos os Estados-Membros da UE
desde Julho de 2010), a fim de melhorar a sua aplicação e de dar
eficácia às medidas de prevenção, preparação e resposta a
desastres com substâncias QBRN, sendo para isso essencial assegurar uma
eficiente articulação entre todas as autoridades
responsáveis, tanto a nível nacional como europeu.
* Vital Moreira saúdou a aprovação do
tratado de comércio entre a UE e a República da Coreia do Sul na
sessão plenária desta semana, em Estraburgo, por ser vantajoso para
ambas as partes. Para Vital Moreira, a expressiva votação obtida
mostra que existe no Parlamento uma ampla coligação política em favor
de maior abertura do comércio internacional, aliás de acordo com uma
explícita directriz do Tratado de Funcionamento da UE. * A
Deputada Edite Estrela participa esta sexta-feira, dia
18 de Fevereiro, numa palestra sobre a União Europeia na Escola Dr.
Manuel Laranjeira, em Espinho. A Deputada falará sobre a actualidade da
UE e das políticas europeias numa sessão dirigida aos alunos dos
últimos anos deste estabelecimento de ensino. *
Capoulas Santos reúniu esta terça-feira em
Estrasburgo com o Ministro Francês da Agricultura, Bruno Le Maire, para
uma troca de impressões sobre a revisão da Política Agrícola Comum. |
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