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O Parlamento Europeu aprovou ontem os Relatórios dos Deputados
Edite
Estrela e Capoulas
Santos sobre a definição de uma nova estratégia
europeia em matéria de resposta às catástrofes naturais. A totalidade
das propostas apresentadas pelos dois eurodeputados socialistas
mereceram o sim da câmara parlamentar, e serão agora transmitidas à
Comissão Europeia e ao
Conselho,
para que possam ser adoptadas o quanto antes e aplicadas a futuras
situações de calamidade, como os incêndios florestais, a seca a as
inundações que afactaram diversas regiões portuguesas e de
outros Estados-Membros da
UE nos últimos anos. Entre as principais soluções ontem
aprovadas, destacam-se as seguintes: inclusão da construção de
infra-estruturas e da aquisição de equipamento tecnológico de combate
aos incêndios, incluindo meios aéreos, como despesa susceptível de
financiamento comunitário; inclusão da seca severa nos mecanismos de
poio do Fundo de
Solidariedade da UE; definição de mecanismos de avaliação de
risco e elaboração de mapas de risco de seca, de incêndios florestais
e de inundações pelos Estados-Membros; criação de um "Observatório
Europeu da Seca, da Desertificação e das Inundações"; reforço da
cooperação ao nível da protecção civil entre Estados-Membros e no
quadro da União Europeia;
criação de um "Sistema Europeu de Protecção contra Calamidades
Agrícolas"; introdução de uma cláusula de flexibilidade no
orçamento comunitário, visando dotar o Fundo de Solidariedade de
recursos financeiros resultantes das verbas da PAC que
anualmente não sejam utilizadas; criação de condições para a
implantação de um sistema de estabilização de preços ou de
rendimentos, de forma a garantir aos agricultores europeus uma
protecção similar à existente para os seus principais parceiros
comerciais. No decurso da apresentação do seu Relatório em
plenário, Edite Estrela sublinhou
a necessidade de "a Europa reforçar a todos os níveis a
coordenação nesta área" e de "melhorar os dispositivos
existentes e desenvolver verdadeiros sistemas de alerta prévio".
Lembrando que "a acção comunitária deve complementar a das
autoridades nacionais", a deputada deu o exemplo do Plano Nacional
de Defesa da Floresta contra Incêndios recentemente apresentado pelo
Governo português, com a definição de uma verdadeira estratégia de
prevenção estrutural, vigilância e combate. Mas adiantou: "as
catástrofes naturais não têm fronteiras e as suas consequências
acabam por afectar igualmente países limítrofes", pelo que as
necessidades e problemas delas decorrentes "devem ser encaradas e
resolvidas em comum". Capoulas Santos destacou,
por sua vez, a "importância" das soluções aprovadas
para a "uma maior eficácia" na prevenção de catástrofes, ou
para a minimização das suas consequências no caso de não poderem ser
evitadas. "Desejo agora que a Comissão e o Conselho lhes dêem a
atenção e a sequência que as circunstâncias exigem", declarou o
deputado, depois de ter descrito os principais objectivos das medidas
avançadas: "a optimização de instrumentos já existentes como o
Fundo de Solidariedade, o FEADER , o Fundo Veterinário, os instrumentos
de política regional e o futuro Regulamento Life +, melhorando-os e
adaptando-os no contexto de verdadeiros sistemas de gestão de
calamidades e de riscos". O Fundo de Solidariedade da UE, por
exemplo, "tem de ser mais amplo e flexível, passando a abranger
catástrofes de desenvolvimento lento como a seca", frisou Capoulas
Santos. Já a Deputada Jamila
Madeira, intervindo
em plenário na qualidade de "relatora-sombra" para esta matéria na Comissão
de Desenvolvimento Regional do PE, declarou "ser urgente reduzir
a fragilidade de determinadas regiões mais vulneráveis a situações
de calamidade, como o Algarve, por exemplo, em relação à seca e aos
fogos florestais". Para a deputada, é igualmente necessário
"aumentar a cooperação europeia no domínio da protecção
civil", não apenas para "haver uma resposta rápida às áreas
afectadas", mas também no sentido de ser proporcionada "maior
capacidade de prevenção e de actuação face a situações de
emergência". Do mesmo modo, é "essencial" a reposição
dos ecossistemas perdidos e ainda a promoção de campanhas e
iniciativas de informação e sensibilização das populações. "É
importante que todos possam saber o que pode ser feito para ajudar a
preservar os recursos naturais existentes na sua região", concluiu
Jamila Madeira. |
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Acordo para as Perspectivas Financeiras é "sucesso" e "boa notícia" para a Europa |
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Compromisso salvaguarda a coesão enquanto princípio fundamental da União e a prioridade concedida à Estratégia de Lisboa. |
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O Parlamento
Europeu aprovou igualmente esta semana, por larga maioria, o Relatório
do Deputado Sérgio
Sousa Pinto sobre o Acordo Interinstitucional (AII) para as
Perspectivas
Financeiras 2007-2013 (estabelecido entre o PE e o Conselho). Na
opinião do eurodeputado socialista, "ao dar o sim ao novo AII, o
Parlamento Europeu deu também uma boa notícia à Europa",
sobretudo depois do "ambiente de crise de projecto e de liderança
que tem marcado os últimos anos da vida europeia". No quadro da intervenção
que proferiu durante a discussão do seu Relatório em plenário,
Sérgio Sousa Pinto lembrou que, embora o compromisso alcançado entre
as partes "não corresponda à visão e à ambição para a Europa
que muitos membros deste parlamento partilham, entre os quais eu
próprio", a verdade é que "foi possível obter um acordo
satisfatório", que "salvaguarda a coesão enquanto princípio
fundamental da União e a prioridade concedida à Estratégia de
Lisboa". Segundo o deputado, não seria necessário ao Parlamento
considerar o acordo obtido como "perfeito" para poder dar o seu
assentimento político. "A verdade, no entanto, é que com as suas
insuficiências, o actual texto constitui um imenso progresso
relativamente às posições negociais iniciais e é infinitamente
melhor do que o prolongamento irresponsável de um braço de ferro
interinstitucional com pesados custos para a União e os seus
cidadãos", frisou. Sousa Pinto apontou ainda duas prioridades que
o Parlamento Europeu considera "fundamentais" neste domínio da
negociação de Acordos Interinstitucionais: a necessidade de, no
futuro, os quadros financeiros passarem a ser estabelecidos por
períodos de cinco anos, para corresponderem aos mandatos do Parlamento
e da Comissão Europeia;
a participação de pleno direito do PE na revisão das Perspectivas
Financeiras acordada para 2009, que irá abranger todos os aspectos do
sistema de recursos e de despesas da União e abordar a questão da
reforma dos recursos
próprios. "Esse debate fundamental beneficiará da experiência
da aplicação do presente acordo", concluiu Sérgio Sousa Pinto. |
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Medidas agro-ambientais: Comissão Europeia tem de esclarecer posição oficial |
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Em causa possível ingerência em diferendo entre Governo português e uma associação de agricultores. |
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Numa pergunta
escrita prioritária dirigida na passada Terça-Feira à Comissão Europeia, os
Deputados Edite
Estrela e Capoulas
Santos exigem que o executivo comunitário - mais
concretamente o seu Presidente, Durão Barroso - preste
explicações sobre a sua posição oficial quanto à questão do
pagamento de medidas agro-ambientais em Portugal, depois de várias
contradições verificadas nos últimos dias nos meios de comunicação
social, relacionadas com declarações provenientes do gabinete do
próprio Presidente da Comissão. "Como justifica a Comissão esta
ingerência do gabinete do Presidente Barroso num diferendo entre um
governo nacional e uma associação de agricultores?", questionam
os deputados, em nome dos Socialistas
Portugueses no PE. Edite Estrela e Capoulas Santos assinalam na sua
pergunta "a gravidade das notícias vindas a público", de
acordo com as quais a Comissária
da Agricultura considerou as decisões relativas à gestão das
medidas agro-ambientais como uma competência do Governo português e
uma questão de natureza interna, enquanto que um membro do gabinete do
Presidente Barroso afirmou que o Presidente da Comissão estava muito
preocupado e que o seu gabinete considerava haver um incumprimento por
parte do Estado português. "Qual é, afinal, a posição da
Comissão Europeia sobre este assunto?", interrogam Edite Estrela e
Capoulas Santos, realçando a "divergência" aparentemente
existente no seio da própria Comissão e, mais grave ainda, "a
ingerência do gabinete do Presidente nos assuntos internos de um
Estado-Membro". É, pois, "absolutamente necessário que a
Comissão esclareça esta situação com a máxima urgência",
concluem os dois deputados socialistas. |
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Elisa Ferreira defende finanças públicas ao serviço do fortalecimento da economia europeia |
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"Equilíbrio das contas do Estado não é fim em si mesmo". |
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"A consolidação das finanças públicas na Europa é fundamental,
mas só é eficaz se for sustentável e se for totalmente articulada com
o fortalecimento da economia europeia e das capacidades dos seus
cidadãos". A mensagem foi transmitida
pela Deputada Elisa
Ferreira, esta semana, no quadro de um debate realizado em
Estrasburgo
sobre o estado das finanças públicas na União Económica
e Monetária (UEM). Ao intervir em plenário, a eurodeputada
socialista sublinhou que o equilíbrio das contas do Estado "não é
um fim em si mesmo", mas algo que deve antes "contribuir para o
combate aos principais problemas que a Europa hoje enfrenta": o
fraco crescimento económico, o nível persistentemente elevado do
desemprego e a insuficiente utilização da capacidade produtiva
instalada. Segundo Elisa Ferreira, há várias recomendações a fazer
neste domínio. Em primeiro lugar, a da necessidade de uma "maior
compatibilidade" entre o equilíbrio das finanças e o
relançamento da competitividade europeia, que, por sua vez, "deve
estar no centro das preocupações políticas europeias". Daí o
apelo à concentração do investimento público e privado na
inovação, na educação e no desenvolvimento de novas competências e
tecnologias, de acordo com a Estratégia de Lisboa. Por
outro lado, a "clarificação" dos conceitos e práticas
contabilísticas dos organismos estatísticos dos Estados-Membros.
"A sanidade das finanças públicas só interessa se for
sustentável a médio prazo, o que frequentemente requer medidas de
carácter estrutural; operações conjunturais na base de medidas
extraordinárias ou de contabilidade criativa têm de desaparecer,
porque retiram credibilidade e minam a confiança de investidores e
consumidores", lembrou Elisa Ferreira. A deputada criticou ainda
"o modo como tem sido interpretado" o Pacto de
Estabilidade e Crescimento e a "ineficácia" de
determinados procedimentos por défice excessivo para evitar
desequilíbrios persistentes nas finanças das principais economias da
Europa. Por último, Elisa Ferreira referiu a cooperação
intergovernamental e a coordenação das políticas económicas na União, "instrumentos de
carácter fundamental" que devem ser "substancialmente
melhorados e aprofundados". |
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Ana Gomes debateu protecção de crianças órfãs e com deficiências na Roménia |
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Eurodeputada promoveu Audição Pública em Estrasburgo, no mesmo dia em que Comissão Europeia deu a conhecer progressos do país para a adesão à UE |
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A Deputada Ana
Gomes promoveu no PE,
no início desta semana, uma Audição Pública destinada a discutir os
progressos realizados na protecção de crianças órfãs e com
deficiências mentais ou físicas na Roménia, no mesmo dia em que a Comissão Europeia deu a
conhecer um relatório sobre os progressos
realizados por este país no caminho da adesão à UE. Participaram na iniciativa
jovens (5 rapazes e 5 raparigas) que viveram em instituições romenas a
maior parte das suas vidas e beneficiaram das reformas do sistema, bem
como peritos internacionais nesta área e as actual e anterior
secretárias de Estado da Roménia para a Protecção de Crianças.
Contra a campanha que falsamente acusa o sistema romeno de manter as
mesmas práticas que existiam nos dias do ditador Ceascescu - para
justificar pressões no sentido da Roménia continuar a exportar
crianças através da adopção internacional - todos os participantes
sublinharam que a legislação aprovada em 2002 pelo país candidato à
UE, em conformidade com as recomendações europeias e da UNICEF, restringindo o recurso à
adopção internacional, foi decisiva para incentivar o investimento na
reforma do sistema nacional de protecção de crianças através da
adopção doméstica e da assistência familiar. A Deputada portuguesa,
louvando o "extraordinário progresso" constatado neste
domínio na Roménia, não deixou de afirmar que "ainda há muito a
fazer no que toca à melhoria das condições de crianças com
deficiências que ninguém quer adoptar, assim como no combate ao
tráfico, que deve incluir a punição exemplar dos
responsáveis". De referir ainda que, no passado dia 15, em
Estrasburgo, Ana Gomes presidiu a uma outra Audição sobre o
aniversário das eleições etíopes de Maio de 2005 (cuja missão de
observação europeia a deputada socialista liderou). Vários
representantes da oposição do país, defensores dos direitos humanos,
um representante da Amnistia Internacional e diversos membros do PE
denunciaram as medidas repressivas do actual governo etíope, que
manipulou os resultados eleitorais e que tem sido responsável por
graves violações dos direitos humanos. Foi exigida a libertação
incondicional de todos os opositores eleitos, jornalistas e de
activistas etíopes presos, alguns dos quais correm o risco de pena de
morte. |
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Paulo Casaca atento a prioridades para o Orçamento de 2007 |
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Comissão Europeia deve evitar apresentar projectos que fiquem aquém dos tectos financeiros estabelecidos. |
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Relacionada com o Orçamento da
UE de 2007 esteve a
intervenção do Deputado Paulo
Casaca num debate realizado esta semana em Estrasburgo,
sobre o relatório de Estratégia
Política Anual da Comissão Europeia para o
próximo ano. "Estamos perante uma proposta que fica aquém daquilo
que foi feito no ano passado, assim como do limite que nos é imposto
pelas Perspectivas Financeiras", assinalou
o eurodeputado socialista, ao pronunciar-se sobre os recursos previstos
pelo executivo comunitário para a realização das suas prioridades
políticas e iniciativas em 2007. Paulo Casaca disse "não poder
aceitar" que determinadas "práticas do passado", em que o
total do quadro financeiro disponível não era sistematicamente
utilizado, "continuem a ser actuais". É "fundamental"
que, perante um quadro orçamental "já de si limitado" em
relação às ambições europeias, "saibamos reivindicar a sua
utilização até ao fim", sublinhou. Na opinião do deputado, a
Comissão Europeia tem um importante papel a desempenhar neste domínio,
pelo que "deve evitar apresentar projectos que fiquem aquém dos
tectos financeiros estabelecidos". Paulo Casaca congratulou-se,
ainda assim, com as propostas inscritas na Estratégia Política Anual
da Comissão no que concerne às relações
transatlânticas, área que classificou de "grande
prioridade", apesar de "por vezes ter sido esquecida". |
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BREVES |
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Jamila Madeira em reunião da COSAC ** Edite Estrela debateu conciliação entre vida profissional e familiar em Colmar ** |
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