Incêndios em debate no PE: eurodeputados socialistas exigiram novas regras para o Fundo de Solidariedade |
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Necessárias medidas globais face à problemática conjunta seca/incêndios/agricultura. |
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Os incêndios em Portugal e Espanha e as inundações que afectaram a
Europa durante o Verão marcaram a "rentrée" polÃtica do Parlamento
Europeu, esta semana, em Estrasburgo.
Os trabalhos parlamentares iniciaram-se com um minuto de silêncio em
homenagem à s vÃtimas dos flagelos, seguido de um debate em que esteve
presente a Comissão
Europeia, e no âmbito do qual os eurodeputados
do PS reclamaram novas regras para o Fundo de
Solidariedade da UE - que passem a ter em conta as consequências
especÃficas de fenómenos como os incêndios e a seca. Intervindo
em plenário em nome do Grupo
Socialista, o Deputado Paulo
Casaca enfatizou que "aquilo que está a acontecer Ã
floresta portuguesa é algo que, em termos de escala, não tem paralelo
a nÃvel mundial", e que deve "ser olhado com profundidade
pelos responsáveis polÃticos europeus". Para o eurodeputado, são
necessárias "medidas globais" face à problemática
seca/incêndios/agricultura, na procura "de uma polÃtica florestal
integrada, que esteja em consonância com as caracterÃsticas
climatéricas da PenÃnsula Ibérica". Paulo Casaca
questionou a "operacionalidade" do Fundo de Solidariedade,
cujas verbas atribuÃdas a Portugal "foram pouco aproveitadas no
passado", sublinhando a necessidade de o tornar "num
instrumento que consiga apoiar, por exemplo, a compra de aviões de
combate aos fogos e os agricultores vitimados pela seca". Já o
Deputado Fausto
Correia mencionou
o "quadro de catástrofe" vivido em muitas regiões
portuguesas, onde as populações foram "seriamente afectadas"
e a estabilidade económica "posta em causa". Os cidadãos
portugueses "aguardam, confiantes, um significativo gesto de apoio
dos restantes cidadãos europeus, a materializar pelas instituições
comunitárias", disse ainda o eurodeputado no hemiciclo do PE. Em
declarações à imprensa, o Deputado Capoulas
Santos reiterou, por sua vez, a "urgência" na
adaptação das regras do Fundo de Solidariedade europeu, de modo a
"adequar um instrumento que foi criado e configurado a pensar em
catástrofes como sismos e inundações a outras situações, e dar-lhe,
assim, uma ampla capacidade de resposta". |
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Aprovada Resolução sobre incêndios e catástrofes naturais |
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Pedidas, entre outras medidas, a revisão urgente do Fundo de Solidariedade, a criação de corpo comum de protecção civil e o co-financiamento de equipamentos de combate aos fogos, como os meios aéreos. |
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Numa Resolução
parlamentar ontem aprovada em Estrasburgo, o PE apoiou um
conjunto de propostas apresentadas pelos eurodeputados
do PS em resposta às consequências das catástrofes -
incêndios e inundações - que afectaram Portugal e outros paÃses da
Europa durante o Verão. No documento, o PE, para além de
exprimir a sua "solidariedade para com as famÃlias das
vÃtimas das tragédias" e de prestar "homenagem aos que
participaram com dedicação e risco no combate aos
fogos", reclamou: - a adaptação urgente das
regras do Fundo de
Solidariedade da UE a situações como a seca e os fogos florestais,
de modo a poder haver, no futuro, um apoio inequÃvoco à s
populações afectadas; - a criação de um Corpo de Protecção
Civil comum aos Estados-Membros,
para que a colaboração e coordenação nesta área seja
mais estreita em caso de catástrofes e desastres naturais; - a
possibilidade de a Comissão
Europeia incluir, como despesa elegÃvel nos instrumentos
financeiros apropriados, o co-financiamento de equipamentos
destinados à prevenção e ao combate aos incêndios, nomeadamente de
meios aéreos; - o reforço das medidas penais aplicáveis aos
crimes de fogo posto; - a criação de um Observatório Europeu para
a seca, a desertificação, as inundações e outros fenómenos
decorrentes das alterações climáticas; - o reforço da polÃtica
florestal no quadro da UE e da
multifuncionalidade da agricultura europeia. Finalmente, o Parlamento
Europeu propôs-se elaborar um Relatório de iniciativa sobre a
problemática dos fogos florestais, da seca e das inundações
(envolvendo as Comissões Parlamentares da Agricultura, do Ambiente e do
Desenvolvimento Regional), bem como organizar uma ampla Audição
Pública dedicada a esta temática, precedida de uma visita oficial
aos paÃses e à s regiões afectadas pelos flagelos ocorridos
durante o Verão. |
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Paulo Casaca viu aceites propostas para Regulamento que prevê novo sistema de controlo das actividades de pesca |
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"Não é possÃvel pretender melhorar a qualidade e a eficácia na gestão dos recursos haliêuticos sem que sejam considerados aspectos como as dificuldades técnicas ligadas à implementação do novo sistema, os custos a ele inerentes ou mesmo a aceitação por parte dos pescadores". |
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A União Europeia
deve conceder uma ajuda financeira aos pescadores e às autoridades
nacionais dos Estados-Membros
se quiser tornar viável a implementação de um novo sistema
electrónico, a nÃvel europeu, para a melhoria do registo e da
transmissão de dados relativos às actividades de pesca (quantidades de
capturas a bordo, espécies em causa, tempo de pesca e zona em que foram
efectuadas as capturas). A opinião é do Deputado Paulo
Casaca, e foi secundada esta semana, pelo PE, com a
aprovação de um Relatório
em que o eurodeputado apresenta esta e outras propostas quanto
à utilização da tecnologia na gestão e na promoção de uma
exploração racional dos recursos marinhos. Actualmente, todas as
informações neste domÃnio são recolhidas pelos capitães dos
navios, que as transcrevem à mão num diário de bordo; o
Regulamento sobre o qual Paulo Casaca se pronunciou visa modernizar
estes procedimentos e reduzir ao mesmo tempo a carga administrativa a
eles associados. Todavia, na opinião do eurodeputado, não é
possÃvel melhorar a qualidade e a eficácia na gestão dos
recursos haliêuticos sem que determinados aspectos sejam considerados,
tais como as dificuldades técnicas ligadas à implementação do novo
sistema, os custos a ele inerentes ou mesmo a sua aceitação por parte
dos pescadores. Por isso, salienta Casaca, tornam-se necessários apoios
financeiros para a compra e a instalação de equipamentos, bem como
para a formação especÃfica nesta área. O deputado considera ainda
que a União Europeia deve adoptar uma abordagem "polivalente"
quanto à aplicação do novo instrumento, propondo a sua utilização
em áreas como a luta contra a poluição, o tráfico de droga, o
comércio ilÃcito e a realização de objectivos em
matéria de ambiente e de segurança marÃtima. Paulo Casaca entende
ainda que o novo Regulamento só poderá entrar em vigor a 1de Janeiro
de 2008, e não no inÃcio de 2006, tal como
inicialmente proposto pela Comissão
Europeia. |
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Jamila Madeira crÃtica em relação a orçamento social da UE para 2006 |
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Proposta do Conselho agrava ainda mais lacunas do projecto inicial de Orçamento apresentado pela Comissão Europeia. |
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A insuficiência das verbas destinadas à concretização
dos objectivos europeus em matéria de Emprego e
Assuntos Sociais foi duramente criticada pela Deputada Jamila
Madeira, esta semana, no quadro de um debate realizado em
Estrasburgo sobre o Orçamento da
UE para 2006. "É evidente que estamos perante um orçamento
desequilibrado, nomeadamente quanto à revisão intercalar da
Estratégia de Lisboa e às verbas indicadas para a sua
implementação", sublinhou
a eurodeputada em plenário, apontando como exemplo a proposta do
Conselho da
UE de reduzir em cerca de dois milhões de euros os montantes
previstos para o Projecto Piloto do Ano
Europeu da Mobilidade dos Trabalhadores. Jamila Madeira
argumentou: "com um orçamento já de si baixo, esta
diminuição mais não significa do que a falta de vontade polÃtica
explÃcita para tornar este projecto piloto num caso de sucesso, e não
apenas em mais uma campanha avulsa". Para a eurodeputada, são
igualmente "modestas" as dotações afectas ao EURES - um
instrumento "essencial para o desenvolvimento do mercado único
europeu do trabalho" - bem como os montantes avançados para o
Fundo
Social Europeu, considerados "manifestamente
insuficientes". Segundo Jamila Madeira, relatora de fundo da Comissão dos
Assuntos Sociais do PE, "se a Comissão Europeia já
tinha sido pouco ambiciosa no seu ante-projecto de orçamento no
que respeita a uma Europa mais social e mais competitiva, a posição do
Conselho vem agora agravar ainda mais as lacunas existentes". |
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Emanuel Jardim Fernandes defendeu nova abordagem para o Turismo europeu |
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Orientações comuns e meios financeiros mais adequados poderão contribuir para reforçar papel do sector enquanto dinamizador do desenvolvimento e da diversificação das economias de paÃses e regiões. |
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Maior integração entre as acções dos Estados-Membros
e da União Europeia
e criação de estruturas conjuntas de coordenação foram algumas das
sugestões que o Deputado Emanuel
Jardim Fernandes apresentou no PE, esta
semana, para a sustentabilidade e o reforço do Turismo
na Europa. No âmbito de um debate realizado em plenário, o
eurodeputado destacou
a importância que o sector assume no plano europeu, nacional e
regional, pelo nÃvel de emprego que assegura e pelo número de empresas
envolvidas, para reclamar uma nova abordagem nesta área, em que a UE
assuma um verdadeiro papel de apoio e de complemento aos
Estados-Membros. "O Turismo constitui um dos elementos mais
relevantes para o desenvolvimento de paÃses e de regiões com
desvantagens naturais, como as Regiões Ultraperiféricas, contribuindo
para a diversificação das suas economias". Por essa razão,
lembrou Jardim Fernandes, são necessárias "orientações
comuns", bem como "meios financeiros mais adequados" para
promover o destino "Europa" e para assegurar um conjunto de
"parâmetros de exigência" aos quais devem estar associadas as
actividades turÃsticas europeias: na opinião do eurodeputado, "a
protecção do ambiente, o ordenamento do território e a defesa das
tradições culturais". |
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Edite Estrela alertou para problemas de discriminação das mulheres no acesso à saúde |
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Eurodeputada considera que UE pode e deve fazer mais neste domÃnio, porque há "muitas situações que ultrapassam as responsabilidades nacionais". |
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"Para que haja menos mulheres em sofrimento e se evitem algumas
mortes, é urgente que todos os Estados-Membros garantam o acesso Ã
saúde sexual e reprodutiva e ao planeamento familiar. Não podemos
consentir que milhares de mulheres continuem a morrer por recurso ao
aborto clandestino, que milhares de jovens sofram as consequências da
gravidez precoce por falta de apoio adequado". Foi com estes
exemplos que a Deputada Edite
Estrela chamou a atenção no PE, esta
semana, para algumas das dificuldades colocadas às mulheres no acesso
aos cuidados de saúde e para muitos dos problemas de discriminação
neste domÃnio que ainda se colocam, hoje em dia, nos sistemas de saúde
europeus. Segundo
a eurodeputada socialista, "há discriminação em matéria de
diagnóstico, de tratamento e de afectação de recursos em relação
às doenças ditas femininas, como a fibromialgia, o cancro da mama e do
útero, a osteoporose e outras". E há ainda a realidade vivida em
muitos paÃses da União, "onde algo
tão básico como o rastreio do cancro da mama para mulheres em idade de
risco ainda não é gratuito nem regular, estando provado que o
diagnóstico precoce pode reduzir em cerca de 35% a mortalidade
associada a esta doença". Para Edite Estrela é urgente, pois, que
o Conselho e
a Comissão
Europeia "assumam as suas responsabilidades nesta área",
porque, muito embora a polÃtica de
saúde não corresponda a uma competência da UE, mas sim dos Estados-Membros,
"a verdade é que se pode e deve fazer muito mais a nÃvel europeu
para evitar este tipo de situações". |
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