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Nesta edição:
- Maria João Rodrigues
apresenta relatório sobre as prioridades económicas da UE,
participa em debate histórico sobre o futuro da zona euro e
é responsável por documento para combater desigualdades e
promover o emprego de qualidade.
- Elisa Ferreira insiste na mudança urgente
das políticas económicas europeias, na
criação de um orçamento reforçado para a
zona euro e na conclusão da União Bancária.
- Francisco Assis defende um maior envolvimento da
União Europeia na preparação da cimeira mundial da
ajuda humanitária e questiona o papel da política
comercial da União Europeia na promoção dos
direitos humanos no mundo.
- Carlos Zorrinho: As propostas para a união
da energia e rede elétrica e a união digital.
- Ana Gomes e a criação da guarda
costeira e de fronteiras europeia, participa nos debates sobre migrantes
e refugiados, as relações UE-China, os direitos humanos e
democracia no mundo e o controlo da exportação de
armas.
- Pedro Silva Pereira acautela impacto no setor do
azeite europeu em proposta a favor da Tunísia.
- Ricardo Serrão Santos saúda acordo
da COP21 Paris.
- Liliana Rodrigues apresenta projeto ao Governo
regional da Madeira, participa em iniciativas com alunos da
região autónoma e em debate promovido pelas mulheres
socialistas.
- Margarida Marques com Gianni
Pittella e eurodeputados do PS.
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Maria João Rodrigues apresentou o seu relatório sobre
as "prioridades económicas de 2016", no âmbito do
semestre europeu, o ciclo anual de coordenação das
políticas económicas. Todos os anos, a Comissão
procede a uma análise pormenorizada dos programas de reformas
orçamentais, macroeconómicas e estruturais dos
países da UE e formula recomendações para os 12 a
18 meses seguintes. É neste contexto que surge o relatório
do Parlamento. Durante a apresentação do documento, a
eurodeputada socialista destacou que "as políticas
económicas precisam de ser coordenadas a fim de assegurar uma
procura interna ao serviço de uma recuperação
económica forte e sustentável". A relatora defendeu
que "o investimento deve ser a primeira prioridade, acompanhado de
reformas viradas para a melhoria do potencial de crescimento da Europa e
para a redução das desigualdades sociais". O
relatório agora apresentado vai ser objeto de
apreciação em sede de comissão parlamentar, onde
deverá ser adotado em janeiro, e está previsto que
vá a plenário no mês
de fevereiro.
Plenário de Estrasburgo debateu futuro da zona euro
O Parlamento Europeu foi palco de um debate histórico sobre a
reforma da zona euro. Foi a primeira vez que o atual presidente do
Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, debateu em Estrasburgo propostas
concretas para o aprofundamento da União Económica e
Monetária (UEM). Os eurodeputados debateram com Dijsselbloem e
com o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, as prioridades
económicas e sociais para o próximo ano. Foram
também apresentadas importantes propostas para que a
União Europeia possa definitivamente sair de um quadro
macroecónomico marcado pelo perigo de estagnação,
pelo baixo investimento, por divergências socioeconómicas e
por elevadas taxas de desemprego. Os líderes europeus
reconheceram que é preciso fazer mais para que a UE tenha
condições para ultrapassar a crise e para criar um
espaço de crescimento e convergência. Durante o debate,
Maria João Rodrigues, vice-presidente do grupo S&D para as
áreas económicas e sociais, salientou
"o momento histórico" possibilitado pelo debate e
sublinhou que "há sinais de mudança no que toca
às prioridades na agenda económica europeia que devem ser
aproveitados". No entanto, a eurodeputada alertou que "a zona
euro continua a gerar desequilíbrios e divergências em vez
de gerar convergência" e apelou às instâncias
europeias para "tornarem a UEM num espaço de crescimento e
emprego, através de uma maior capacidade para investir".
"Para que isso seja possível, cada país deve fazer um
esforço próprio com base em investimento e reformas
adequadas, mas tem que contar com instrumentos de apoio ao nível
europeu que ainda não existem: completar a União
Bancária com uma garantia comum de depósitos e, acima de
tudo, desenvolver uma capacidade orçamental para que os
Estados-membros possam fazer o que não conseguem por estarem
submetidos a uma disciplina orçamental comum",
defendeu.
Grupo Socialista apresenta propostas para combater
desigualdades e promover o emprego de qualidade
O grupo Socialista no PE aprovou uma agenda ambiciosa para
reforçar a dimensão social da UE. Os socialistas querem
mudar a realidade social de milhões de europeus, caracterizada
atualmente pelo desemprego, pobreza e exclusão social. O
documento de 17 páginas inclui propostas para reforçar a
dimensão social da União Económica e
Monetária (UEM), medidas para combater o desemprego jovem e de
longa duração, bem como ações para melhor
proteger os direitos dos trabalhadores. Segundo Maria João
Rodrigues, vice-presidente responsável por esta área,
"a UE precisa de resolver estes problemas com instrumentos mais
fortes, é por isso que apelamos para a necessidade de completar a
UEM, incluindo a sua dimensão social". A eurodeputada
defende que "este tem sido um pilar fraco da agenda da
Comissão até agora".
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Elisa Ferreira insistiu junto das instituições
europeias sobre a necessidade de alterarem com urgência as atuais
políticas económicas para permitir o relançamento
do investimento, criarem um orçamento reforçado para a
zona euro e cumprirem todos os passos previstos na União
Bancária.
Estas posições foram assumidas durante um debate que
decorreu na sessão plenária do Parlamento Europeu (PE), em
Estrasburgo, com Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão
Europeia, e Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo (os ministros
das finanças da zona euro) sobre o funcionamento da União
Económica e Monetária.
Em conjunto com Martin Schulz, presidente do PE, o debate contou com
três dos cinco presidentes das instituições
europeias que estão encarregues de refletir sobre o futuro do
euro (os outros dois são Mario Draghi, presidente do Banco
Central Europeu e Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu).
“A economia da zona euro está estagnada” e
mantém “fortes divergências internas e níveis
alarmantes de pobreza e desemprego”, lembrou
a eurodeputada, insistindo em que tanto a Comissão Europeia
(representada por Juncker) como o Conselho de Ministros (representado
por Dijsselbloem) “têm de reconhecer que as políticas
impostas até agora precisam de ser urgentemente alteradas”.
“Em 2015, o PIB por habitante e o nível do investimento
produtivo na zona euro permanecem abaixo do nível de 2007”,
enfatizou, insistindo em que “o futuro da União
Europeia, e em particular o futuro da Zona Euro, e a sua
aceitação pelos seus cidadãos dependem desta
alteração de políticas”.
Em paralelo com estas medidas imediatas, Elisa Ferreira defendeu que
os responsáveis europeus têm de “preparar
imediatamente o estabelecimento das condições para criar
uma ‘capacidade orçamental’ para a zona euro. Sem um
orçamento reforçado, a união monetária
não pode funcionar”, sublinhou.
As instituições europeias têm, ainda, de
“respeitar e aplicar todas as promessas feitas, em particular na
União Bancária”, o que pressupõe a
criação urgente da rede de segurança financeira
permanente e credível que é indispensável para o
correto funcionamento do Mecanismo Único de
Resolução dos bancos falidos ou em risco de falir (que
arranca a 1 de janeiro), a criação igualmente urgente da
Garantia Comum de Depósitos até 100 mil euros e a
possibilidade de recapitalização direta dos bancos pelo
Mecanismo Europeu de Estabilidade.
A concretização destes passos é
indispensável para “terminar o que foi prometido e que
é essencial para a confiança mútua e dos
cidadãos”, concluiu.
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Durante o debate em Estrasburgo sobre a posição do
Parlamento Europeu relativamente à primeira cimeira mundial da
ajuda humanitária, que irá decorrer em Istanbul no
próximo ano, Francisco Assis defendeu
que "os princípios filosóficos e políticos
que inspiram o projeto europeu responsabilizam a União Europeia
na abordagem de um assunto desta natureza e
importância".
Como membro da comissão de Assuntos Externos do Parlamento
Europeu e ainda da subcomissão dos Direitos do Homem, o
eurodeputado afirmou que "é importante salvaguardar que a
ajuda humanitária tenha sempre em atenção os
princípios da neutralidade, da imparcialidade, da
independência e da humanidade e que isto constitua a base de todas
as decisões que sejam tomadas nessa cimeira".
Na sua intervenção Francisco Assis apelou ainda que
desta cimeira possa resultar "um plano de ação que
seja aplicável e aceite por todos os atores e tenha uma
ligação útil com outros documentos que já
estão neste momento a ser postos em prática como a agenda
para o desenvolvimento pós-2015 e as decisões recentemente
tomadas na COP21 em Paris".
Francisco Assis questiona o papel da política
comercial da União Europeia na promoção dos
direitos humanos no mundo.
Francisco Assis, no debate sobre o relatório anual sobre os
Direitos Humanos e a Democracia no Mundo em 2014, e a política da
União nesta matéria, que decorreu em Estrasburgo, procurou
saber qual "a articulação entre a nossa
política comercial e a nossa política de
promoção dos direitos humanos" visto que, tal como
também afirmou o eurodeputado "os tratados comerciais que
estabelecemos com outras regiões do globo são
absolutamente fundamentais pela integração de
cláusulas de valorização dos direitos humanos para
a promoção dos mesmos em todo o mundo".
Durante o debate, Francisco Assis salientou "a forma completa e
construtiva como foi elaborado o relatório, abrangendo todas as
áreas relativas aos direitos humanos" e não deixou de
lamentar que estes "têm conhecido, nos últimos anos,
retrocessos muito preocupantes em várias partes do mundo, desde
logo em resultado das guerras, do terrorismo e da
perseguição de minorias a que está diretamente
ligado o atual êxodo de migrantes, com consequências
trágicas em solo europeu". O eurodeputado não quis
deixar de dizer que "a União Europeia continua a ter um
papel insubstituível e preponderante no acompanhamento, na
denúncia e na intervenção no campo dos direitos
humanos", reafirmando "a importância da discussão
anual deste relatório".
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Enquanto membro das comissões que acompanham a energia (ITRE)
e o ambiente (ENVI) no Parlamento Europeu, Carlos Zorrinho participou
ativamente nos debates e propôs dezenas de emendas a dois
relatórios chave para o desenvolvimento da União da
Energia e para o aumento das interconexões elétricas, que
são fundamentais para a o mercado único da energia e para
que Portugal possa desempenhar nele um papel relevante, garantindo
energia mais barata e mais limpa para as empresas e para as
famílias.
Esses relatórios designados "Rumo a uma união
europeia da energia" e "Preparar a rede elétrica
europeia para 2020" foram aprovados na sessão
plenária que se realizou em Estrasburgo e abrem caminho para
a promoção das energias renováveis, da
eficiência energética, da investigação em
novas tecnologias de produção, armazenamento e
transmissão de energia e da mobilidade inteligente, constituindo
o desafio para as empresas e os centros de investigação
europeus em geral e portugueses em particular, reforçarem o uso
dos instrumentos europeus (fundos estruturais, horizonte 2020, fundo
Juncker entre outros) para serem protagonistas desta agenda.
A União Digital
Carlos Zorrinho tem estado envolvido na União Digital, cujo
relatório de iniciativa foi aprovado em votação
conjunta das comissões ITRE (Industria,
Investigação e Energia) e INCO (Mercado Interno). Entre as
várias modificações que Carlos Zorrinho
propôs ao projeto de parecer, baseado no carácter
transversal desta agenda, destaque-se a sua proposta em defesa do
princípio da neutralidade da internet, como resulta do seu texto
de substituição no qual se preconiza "que a
aplicação uniforme do pacote «Continente
Conectado», que inclui o princípio da neutralidade da
Internet e a eliminação das sobretaxas de
itinerância, requer um papel predominante do BEREC e da
Comissão Europeia, em cooperação com as entidades
reguladoras nacionais". Outra proposta de Carlos Zorrinho
introduzida no documento "insta a Comissão a reforçar
a competitividade e a segurança da infraestrutura europeia dos
grandes volumes de dados, incluindo os supercomputadores, através
do programa Horizonte 2020 e de outros mecanismos públicos e
privados de apoio".
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Na última sessão plenária do Parlamento Europeu
de 2015, em Estrasburgo, um dos assuntos na agenda incidiu sobre as
medidas adotadas pela Comissão Europeia para criar uma guarda
costeira e de fronteiras europeia, no quadro da Agenda Europeia
para as Migrações e da Agenda Europeia para a
Segurança. Ana Gomes participou
no debate lembrando que em 2013 fora ela própria autora
de um relatório sobre dimensão marítima da
política comum de segurança e defesa que o parlamento
aprovou e em que se pedia, precisamente, a formação de uma
função europeia de guarda costeira. No entanto, disse Ana
Gomes, "os Estados-membros puseram-na fora da estratégia
europeia de segurança marítima, reféns de uma
visão obsoleta da soberania nacional. Agora, anuncia-se a
criação de uma guarda costeira europeia por
transformação do Frontex, mas continua a não se
articular a experiência das nossas Marinhas nesta matéria e
nem sequer se reforçou o Frontex suficientemente, como previa o
plano de abertura dos hotspots para acolher e
registar refugiados e migrantes", apontou. Para Ana Gomes é
preocupante "que tudo esteja a ser impulsionado pelo desejo de
impedir a entrada de refugiados e migrantes e de retornar gente que nos
pede proteção". De facto, "se este pacote de
medidas visa reforçar a cooperação europeia, tem de
fazer valer as responsabilidades da União na
proteção dos direitos humanos, incluindo de refugiados e
migrantes, que nenhuma medida de segurança, nomeadamente no
domínio do contraterrorismo, justifica violar".
O debate sobre migrantes e refugiados
No debate centrado na questão da detenção e
uso da força contra migrantes e requerentes de asilo na
União Europeia, Ana Gomes criticou
o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, por ter advogado a
detenção de migrantes e refugiados. "Envergonhou a
União Europeia", disse a eurodeputada socialista, que
é membro da comissão Parlamentar das Liberdades
Cívicas, Justiça e Assuntos Internos, dizendo ainda que as
palavras de Tusk espelhavam "a deriva 'orbanesca' com que
líderes europeus vêm cavalgando a insegurança dos
cidadãos face às crescentes ameaças do desemprego,
da desigualdade e do terrorismo". "Os refugiados - que a UE
tem a obrigação legal e moral de acolher - e os migrantes
- que temos interesse económico e social em receber nas
sociedades europeias envelhecidas - só vão deixar de vir
massiva e descontroladamente se a União Europeia se empenhar na
solução dos conflitos e na luta contra o terror de que
eles fogem". Para Ana Gomes "controlar e gerir a vaga de
refugiados e migrantes que chegam à Europa passa necessariamente
por criar canais seguros e legais para a análise organizada dos
seus pedidos de entrada na Europa, sendo este também o modo mais
eficaz de retirar o lucro às redes de traficantes de seres
humanos". "Mas estes canais têm sido ignorados pelos
nossos governantes" denunciou. "Virar costas a quem precisa de
proteção é acabar com o projeto europeu, é
fazer o jogo dos traficantes e dos terroristas. Não vai nem
travar o afluxo de refugiados, nem dar segurança aos nossos
cidadãos!".
As relações UE-China
No debate sobre as relações União
Europeia-China, Ana Gomes defendeu
a necessidade de prosseguir o diálogo com a China,
incluindo sobre temas de criminalidade organizada que no mês
passado levaram uma delegação parlamentar a Pequim,
que a eurodeputada integrara. Temas como a proteção de
dados, cibersegurança e produção de drogas
sintéticas "e outras formas de crime organizado que vem da
China ou passa pela China" deviam continuar a ser discutidos. Ana
Gomes considerou que a UE tem interesse estratégico numa
relação leal com a China, também em matérias
de segurança global "para os quais a China tem de contribuir
de forma construtiva e consistente com as suas obrigações
no quadro do direito internacional e dos acordos com a União
Europeia". E por isso a UE não deveria abster-se de pedir a
Pequim que abandone "a censura e a repressão internas sobre
minorias tibetanas e uigures, cristãos, seguidores da Falun Gong
e não só. "A China tem 23 jornalistas presos e o
julgamento do advogado Pu Zhiqiang é só o mais recente
caso em que o regime dá tiros no pé ao tentar silenciar
ativistas de direitos humanos", observou a eurodeputada
socialista.
Direitos humanos e democracia no mundo
Sobre o Relatório Anual 2014 de direitos humanos e democracia
no mundo, Ana Gomes destacou
o agravamento das condições de trabalho de ativistas
falsamente acusados e perseguidos por terrorismo ou restringidos por
leis sobre registo e financiamento de organizações
não governamentais. Salientou, neste quadro, que UE e
Estados-membros continuam com políticas
"contraditórias, inconsistentes e contraproducentes",
defendeu que o representante especial para os direitos humanos da UE
devia poder falar publicamente em nome da União e que as
delegações da UE deveriam resistir a pressões e
interferências políticas das autoridades locais.
"Assim não aconteceu com Concetta Tirzi, expulsa pelas
autoridades angolanas, com inadmissível cumplicidade europeia,
por ter promovido encontros com ativistas como Luati Beirão e
outros, hoje presos e sujeitos a julgamentos farsas. Para
não falar das delegações da União Europeia
que vergonhosamente se autocensuram, como acontece na Etiópia,
onde o regime está a reprimir e a matar estudantes oromos e a
delegação da UE continua muda e a enterrar a cabeça
na areia".
Relatório sobre o controlo da
exportação de armas
Ana Gomes enalteceu o relatório sobre o controlo da
exportação de armas aprovado pelo Parlamento Europeu e
defendeu, no debate que antecedeu a votação, ser urgente
criar uma autoridade de controlo independente e um mecanismo de
comunicação padronizado para todos os Estados-membros, com
sanções por violações da
posição comum sobre exportação de armas
adotada pelo Conselho da UE em 2009. Ana Gomes sublinhou
que a os países da UE são responsáveis por mais
de um terço do comércio mundial de armas e que o sector da
defesa da UE é ainda "extraordinariamente opaco e corrupto,
por inação ou desígnio dos Governos".
É, por isso, urgente, que prestem contas detalhadas sobre as suas
exportações. "É a segurança dos nossos
cidadãos, da nossa vizinhança e global que está em
causa, como demonstram os recentes atentados terroristas de Paris,
executados com armas e explosivos produzidos e facilmente adquiridos
aqui na Europa". Sublinhou ainda que, conforme a
posição comum, "os Estados-membros não podem
transferir armas ou equipamentos militares ou de duplo uso para
países que possam usá-los na repressão de civis ou
possam desviá-los e traficá-los para fins ilegais,
nomeadamente chegando às mãos de grupos
terroristas".
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Pedro Silva Pereira, que tem vindo a acompanhar de perto a proposta
da Comissão Europeia que oferece temporariamente ao azeite
tunisino acesso adicional ao mercado da União Europeia (UE),
apresentou em Estrasburgo várias alterações
à proposta de regulamento no sentido de acautelar
possíveis impactos negativos no setor do azeite europeu,
incluindo português.
A proposta da Comissão, que tem por objetivo apoiar a
recuperação económica e a
estabilização política da Tunísia depois dos
recentes ataques terroristas, será votada na comissão do
Comércio Internacional do Parlamento Europeu em janeiro. A
Comissão Europeia propõe, até ao final de 2017, a
concessão de um contingente pautal anual, com
isenção de direitos, de 35 mil toneladas de azeite
tunisino para a UE. Esta quota seria aberta após o esgotamento
das atuais 56.700 toneladas, também sem tarifa, ao abrigo do
Acordo de Associação UE-Tunísia.
Pedro Silva Pereira mostrou desde início o seu apoio a esta
iniciativa, que é de carácter excecional e
temporário, por ser um sinal de solidariedade para com a
Tunísia, cuja economia, nomeadamente no setor do turismo, foi
gravemente afetada pelos atentados terroristas.
No entanto, tendo em conta que o azeite é um setor em que
vários Estados-membros, incluindo Portugal, têm interesses
exportadores, Pedro Silva Pereira apresentou várias
alterações à proposta legislativa por forma a
acautelar eventuais perturbações no mercado europeu,
nomeadamente através de uma avaliação de impacto
desta medida, a nível económico e laboral, a realizar no
final de 2016. Segundo uma alteração apresentada pelo
eurodeputado socialista, as medidas a favor da Tunísia
poderão ser revistas, se necessário, e será
também avaliada a necessidade de eventuais medidas
compensatórias para os produtores de azeite da UE. O eurodeputado
socialista considera que estas alterações no texto
legislativo serão suficientes para tranquilizar os produtores
europeus, ao mesmo tempo que garantem um apoio extraordinário
às necessidades tunisinas.
De notar que o azeite é a principal exportação
agrícola da Tunísia e que essa indústria
proporciona emprego a mais de um milhão de pessoas. Segundo a
Comissão Europeia, esta medida excecional não deve
condicionar os resultados das negociações, em curso desde
outubro, para um acordo de comércio livre entre a União
Europeia e a Tunísia.
Recorde-se que já no início deste mês, Pedro
Silva Pereira na reunião da comissão do Comércio
Internacional (INTA) do Parlamento Europeu, defendeu
mecanismos de proteção para o sector europeu do
azeite, no âmbito da adoção de medidas comerciais de
emergência para a Tunísia face às dificuldades
económicas que este país atravessa.
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Ricardo Serrão Santos saudou, numa
intervenção na sessão plenária de
Estrasburgo a propósito dos resultados da cimeira
do clima, o compromisso decisivo assumido na COP 21 de Paris. Para
Serrão Santos trata-se de “uma abordagem ambiciosa para a
segurança do planeta”.
“Precisámos de esperar cerca de 65 anos, quando pela
primeira vez um oceanógrafo disse que estávamos a submeter
o planeta a uma experiência geo-física de
libertação do carbono sequestrado, cujos resultados seriam
desastrosos” realçou.
O eurodeputado salientou ainda ser este um acordo ambicioso e
vinculativo, “o objetivo de conter o aumento da temperatura a 1,5
graus é demonstrativa desta determinação. O
acompanhamento do esforço de cada um dos Estados na
redução dos gases com efeitos de estufa, é
fundamental”.
Ricardo Serrão Santos chamou a atenção para que
“não esqueçamos que continuam por aí
interesses económicos e corporativos que veem oportunidades de
curto prazo no aquecimento global. Há quem aplauda o degelo como
oportunidade para a exploração de mais recursos naturais,
incluindo os fósseis”.
Para o eurodeputado socialista “a questão central
é a mitigação urgente, não a
adaptação. Devemos pois manter acesa a chama deste
difícil acordo global. Esta é a última
ocasião para trabalharmos para que os processos de
adoção venham a funcionar”.
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Liliana Rodrigues tem agendada para a primeira semana de janeiro, uma
reunião com o secretário Regional da
Educação da Madeira com vista à
apresentação do projeto "Inclueuropa",
uma iniciativa que pretende aproximar as escolas à Europa
através do Gabinete Europeu existente naquela região
autónoma. Dos objetivos gerais destacam-se a
divulgação das plataformas e programas europeus
existentes, a aproximação entre a população
madeirense e as temáticas europeias e a criação de
redes de trabalho inter-escolas ao nível regional, nacional e
europeu.
Também no início do próximo ano, a eurodeputada
socialista marcará presença na Escola Secundária
Francisco Franco e na Escola com 2º e 3º ciclos de Santo
António, para debater com os alunos o estado da União
Europeia, nomeadamente as questões dos refugiados e a
política de imigração, o desenvolvimento regional,
a discriminação de género e ainda o terrorismo e a
segurança. Na escola do Caniçal, o tema em debate
será a "Discriminação no Feminino".
A 8 de janeiro, participará ainda numa conferência
organizada pelo departamento de mulheres socialistas da Madeira,
juntando três visões parlamentares distintas, a regional, a
nacional e a europeia.
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Margarida Marques, a nova secretária de
Estado dos Assuntos Europeus reuniu-se em Estrasburgo com Gianni
Pittella, presidente do grupo S&D no Parlamento Europeu, e
participou num encontro dos eurodeputados socialistas.
Estas duas iniciativas serviram para dar a conhecer os principais
projetos do novo Governo do Partido Socialista e recolher
informações para o desenvolvimento de políticas de
defesa dos interesses nacionais junto do Parlamento Europeu.
Recorde-se que também Pedro Marques, ministro do Planeamento e
das Infraestruturas, reuniu-se na última semana em Bruxelas
com os eurodeputados socialistas.
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