|
|
|
|
Nesta edição:
- Maria João Rodrigues preside grupo de Alto
Nível sobre aprofundamento da União Económica e
Monetária e participa em debate sobre prioridades
económicas e sociais para 2016.
- Elisa Ferreira volta a ser co-relatora da nova
comissão TAXE.
- Carlos Zorrinho: Pacote sobre a economia circular
responde aos desafios de uso eficiente de recursos, participa em
reunião sobre segurança energética, apresenta
balanço sobre o Internet Governance Forum e apoia
seminário sobre artes, ciência e tecnologia.
- Ano Europeu para o Desenvolvimento: Pedro Silva
Pereira alerta para recuo da ajuda aos países em
desenvolvimento.
- Francisco Assis reúne-se com encarregado de
negócios da Embaixada Argentina em Bruxelas, preside a
reunião sobre o Mercosul e participa em encontro da
comissão de Direitos Humanos.
- Ana Gomes organiza audição sobre
programa de tortura da CIA e participa nas discussões sobre a
seca e fome na Etiópia, as relações entre a UE e o
Iraque e sobre a partilha de informação entre
serviços de segurança em debate.
- Serrão Santos em debate sobre
governação dos oceanos.
- Liliana Rodrigues em Sevilha pela comissão
de Desenvolvimento Regional, defende a redução de
assimetrias para o desenvolvimento territorial e apoia iniciativa sobre
artes, ciência e tecnologia.
|
|
|
|
|
|
|
|
|
O grupo de Alto Nível sobre o aprofundamento da União
Económica e Monetária (UEM), uma estrutura do Partido
Socialista Europeu (PSE) que resulta de uma proposta de António
Costa no último congresso do PSE, em Budapeste, reuniu-se pela
primeira em Bruxelas. O PSE nomeou Maria João Rodrigues para
presidir e coordenar esta iniciativa, com o objetivo de criar uma rede
de socialistas nos governos e parlamentos nacionais, em conjunto com os
eurodeputados e comissários socialistas de toda a UE, para
trabalhar de maneira coordenada no sentido de corrigir as atuais regras
da zona euro de modo a permitir um crescimento equilibrado e
sustentável. O trabalho deste fórum irá influenciar
o debate em curso sobre a reforma da UEM e os socialistas europeus
pretendem apresentar soluções para que a zona euro se
torne num espaço de convergência e não de
divergências económicas, sociais e políticas como
é hoje. Maria João Rodrigues defende que "para
corrigir estes desequilíbrios, não basta apontar para
objetivos económicos, mas também sociais". A
vice-presidente socialista considera que "esta será
também uma oportunidade para introduzir uma nova
noção de reformas, que não se traduzam
somente em reformas do mercado de trabalho ou cortes nas
pensões, mas também em reformas do sistema de
educação, de inovação ou energético e
da coordenação das políticas económicas para
promover o crescimento coletivo". Este grupo de Alto Nível,
com participantes nomeados pelos líderes socialistas europeus,
vai apresentar, até março de 2016, propostas ambiciosas
para integrar e coordenar as economias dos Estados-membros de uma
maneira mais justa.
Comissão Europeia apresentou as prioridades
económicas e sociais para 2016
A Comissão Europeia apresentou, no Parlamento Europeu em
Bruxelas, pela mão do seu vice-presidente, Valdis Dombrovskis,
responsável pelo euro e diálogo social, a Análise
Anual do Crescimento para 2016. O "pacote" apresentado
lança o ciclo anual de governação económica
e estabelece as prioridades económicas e sociais da UE para o
próximo ano. Os desafios políticos variam de país
para país, e as soluções são adaptadas caso
a caso, no entanto, existem temas abrangentes que afetam a UE no seu
conjunto. Para reforçar a recuperação e fomentar a
convergência, a Comissão recomenda dar continuidade aos
três principais pilares identificados no ano passado para a
política económica e social da UE: relançar o
investimento, prosseguir reformas estruturais e políticas
orçamentais responsáveis. Maria João Rodrigues, na
qualidade de relatora do PE sobre esta matéria, interveio no
debate para referir que "o ritmo da recuperação
económica verificado até ao momento não permite
à UE dar resposta às várias crises que se
apresentam, nomeadamente o desemprego". A socialista afirmou que
"parece óbvio que a solução passa por mais e
melhor investimento em setores chave para promover a procura interna,
como é o caso da transição energética,
educação, segurança e da integração
social, também para dar resposta à crise dos refugiados e
de segurança". A eurodeputada socialista defendeu ainda que
"o combate às desigualdades é fundamental
também para promover a recuperação económica
e a procura interna" e que "isso só será
possível através da implementação de
reformas estruturais progressistas e de futuro". O vice-presidente
Valdis Dombrovskis garantiu que "a Comissão teve em
consideração estes aspetos" e deu razão a
Maria João Rodrigues na "necessidade de
introdução de meios adicionais que permitam acelerar a
recuperação económica, nomeadamente através
de mais investimento e do combate às desigualdades".
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Elisa Ferreira, coautora do relatório do Parlamento Europeu
(PE) contra o planeamento fiscal agressivo das multinacionais, vai
manter a mesma função na nova comissão especial -
TAXE II - que foi criada para acompanhar a aplicação das
recomendações da sua antecessora e prosseguir o trabalho
de investigação iniciado.
A decisão de criação da nova comissão foi
tomada pelo plenário do PE depois de a primeira comissão
especial TAXE ter chegado ao fim do seu mandato de 9 meses no dia 30 de
novembro.
A eurodeputada, que sempre defendeu a necessidade de continuar o
trabalho de combate à concorrência fiscal desleal na UE e
à fraude e evasão fiscal das multinacionais iniciado pela
TAXE I, voltará a ter a seu cargo a responsabilidade de coordenar
a posição do PE na nova comissão, de novo enquanto
co-relatora.
"Esta nova comissão corresponde ao que tenho vindo a
defender há muito e que é que, por um lado, é
preciso continuar o trabalho de investigação que
iniciámos sobre a fraude e a evasão fiscal na UE e, por
outro, acompanhar e vigiar a forma como as nossas
recomendações serão aplicadas", congratulou-se
a eurodeputada.
No relatório de que Elisa Ferreira é coautora com o
liberal alemão Michael Theurer, e que foi aprovado pelo PE a 25
de novembro, é pedido à Comissão Europeia para
apresentar propostas legislativas, e aos Governos da UE para as aprovar,
para impor o reporte, por parte das multinacionais, dos lucros
realizados e impostos pagos em cada país, a criação
de uma base consolidada comum para o cálculo do imposto sobre os
lucros das empresas, a definição de uma lista comum
europeia de paraísos fiscais, um quadro comum europeu de
proteção dos lançadores de alerta de
práticas irregulares com um fundo para compensar eventuais perdas
financeiras ou de postos de trabalho em resultado das denúncias e
a troca automática de informações sobre os acordos
fiscais antecipados entre governos e empresas, entre outras
recomendações.
Tal como Elisa Ferreira, Ana Gomes, que integrou a TAXE I,
prosseguirá o mesmo trabalho na nova comissão
especial.
|
|
|
|
|
|
|
|
|
"É preciso colocar as pessoas e o planeta no centro do
processo de desenvolvimento sustentável", defendeu
Carlos Zorrinho no debate relativo ao pacote sobre a economia
circular que decorreu no plenário do Parlamento Europeu em
Bruxelas, sustentado também que o documento "responde aos
desafios do uso eficiente dos recursos ao longo de todo o seu ciclo de
transformação e uso". "Com isso ajudará a
resolver questões chave como o crescimento, a
criação de emprego de qualidade, a redução
das desigualdades, a preservação dos oceanos e a
proteção da biodiversidade", afirmou.
A segurança energética é fator chave
para a União da Energia
Observando que a segurança energética é um dos
fatores chave da União da Energia e que para garantir essa
segurança na Europa é fundamental diversificar as fontes
endógenas bem como os fornecimentos externos, e tendo
também presente que a diversificação implica boas
interligações e um funcionamento sem obstáculos do
mercado único, Carlos Zorrinho ao intervir na comissão
ITRE questionou o responsável pela direção geral de
energia da Comissão Europeia, Dominique Ristori, se os projetos
aprovados para Portugal e Espanha são suficientes para consolidar
um hub ibérico de receção, produção,
armazenagem e distribuição de energia e sobre a forma como
poderão ser mobilizados outros recursos, designadamente no quadro
do Fundo Europeu para o Investimento Estratégico para
reforçar essa aposta.
Delegação do PE ao Internet Governance Forum
com balanço positivo
No quadro da comissão ITRE do Parlamento Europeu, Carlos
Zorrinho apresentou o balanço da 10ª reunião da
Internet Governance Forum (IGF) que decorreu no Brasil.
O eurodeputado socialista salientou que a delegação do
Parlamento Europeu (PE), por ele presidida, foi a maior e a mais variada
de sempre, cumpriu o mandato dado pela resolução do PE,
renovando o mandato da IGF e garantindo um modelo de
governação da internet baseado na
participação de todos os parceiros.
Seminário sobre artes, ciência e tecnologia
Carlos Zorrinho e Liliana Rodrigues patrocinaram a
realização do seminário sobre
"Inovação na Intersecção entre a Arte,
a Ciência e a Tecnologia", ocorrido no Parlamento Europeu e
na Academia Real Flamenga da Bélgica para a Ciência e as
Artes. A edição deste ano focou-se sobretudo na
intersecção entre a inovação e a cultura, em
particular as práticas artísticas associadas, assim como a
inovação ligada à tecnologia, à sociedade,
ao mundo empresarial e ao desenvolvimento regional. Na abertura dos
trabalhos, Carlos Zorrinho afirmou que "a União Europeia e o
mundo precisam de encontrar novas formas de mobilização e
resposta aos desafios complexos que enfrentam. É
necessário um robusto pensamento transversal e disruptivo e
partir com consistência para a ação".
Prioridades de ação devem integrar parecer do
semestre europeu
Na qualidade de relator sombra do parecer sobre o semestre europeu na
comissão ENVI pelo grupo S&D, Carlos Zorrinho defendeu
que as prioridades de ação fossem incorporadas no
documento, designadamente "a aposta na transição
energética e digital, e claro, a integração plena
da Estratégia Europa 2020 no semestre europeu".
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Na discussão que decorreu no plenário do Parlamento
Europeu em Bruxelas, sobre o balanço do Ano Europeu para o
Desenvolvimento (AED2015) que agora termina, Pedro Silva Pereira alertou para o
problema da redução das verbas atribuídas aos
países em desenvolvimento apesar de ter sublinhado o trabalho
realizado de sensibilização da opinião
pública para a importância da política de ajuda ao
desenvolvimento da União Europeia (UE).
Na sua intervenção, Pedro Silva Pereira reconheceu que
o AED2015 não mudou o mundo, mas que também não
seria de esperar que o tivesse feito. Para o eurodeputado socialista, o
AED2015 valeu a pena porque ajudou a sensibilizar os cidadãos
para a necessidade e benefícios da política de
desenvolvimento da UE, fomentou o debate sobre os desafios do
desenvolvimento sustentável e impulsionou projetos, parcerias e
decisões que vão na direção certa. A
realização de conferências internacionais
relevantes, como a do Financiamento para o Desenvolvimento em Adis
Abeba, em julho, e a cimeira de Nova Iorque, em setembro, sobre os novos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030, foram
determinantes para a definição do rumo da política
de ajuda ao desenvolvimento. O eurodeputado alertou, no entanto, que o
que foi feito não é, por si só, garantia de sucesso
e defendeu que é na implementação dos compromissos
que se vai julgar o futuro das políticas de desenvolvimento.
Sobre este aspeto, Pedro Silva Pereira mostrou-se preocupado com os
sinais de falta de vontade política e até de
redução das verbas destinadas à ajuda
pública ao desenvolvimento e pediu uma atitude de
vigilância por parte da Comissão Europeia e do Parlamento
Europeu.
Pedro Silva Pereira, que é membro da comissão do
Desenvolvimento do Parlamento Europeu (DEVE) e relator para o quadro de
financiamento do desenvolvimento 2015-2030, recordou, ainda, que o PE
propôs, em 2012, a designação do AED2015 por 2015
ser um ano fundamental na definição da agenda global de
desenvolvimento sustentável dos próximos 15 anos. O
comissário para o Desenvolvimento, Neven Mimica, e o presidente
em exercício do Conselho, Nicolas Schmit, sublinharam e
reconheceram o papel ativo do PE no AED2015, nomeadamente através
da DEVE, e assinalaram o contributo positivo e a estreita
associação aos eventos do AED2015.
Clima: O Parlamento Europeu e a COP21
Sobre a cimeira do clima que está a decorrer em Paris
até 11 de dezembro, recorde-se que o Parlamento Europeu
(PE) adotou em outubro uma resolução na qual apela a
um acordo ambicioso e juridicamente vinculativo. O PE defende a
redução das emissões de gases com efeito de estufa
de, pelo menos, 40% até 2030, em comparação com os
valores de 1990, e solicita à UE e aos seus Estados-membros um
aumento do nível de financiamento para a luta contra as
alterações climáticas e por um desenvolvimento
globalmente sustentável.
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Francisco Assis, presidente da delegação para as
relações com o Mercosul do Parlamento Europeu, organizou
uma reunião de trabalho com o encarregado de negócios da
embaixada argentina em Bruxelas, José María Arbilla. Este
encontro ocorreu na sequência das eleições
presidenciais realizadas na Argentina no passado dia 22 de novembro
ganhas por Mauricio Macri.
O eurodeputado procurou saber qual a posição do novo
quadro governativo relativamente ao relacionamento com a União
Europeia e mais especificamente no que concerne às
negociações destinadas à assinatura do acordo de
associação UE-Mercosul, há 15 anos em
discussão, e que acabam de entrar numa fase decisiva.
Francisco Assis preside a reunião da
delegação para as relações com o
Mercosul
Realizou-se em Bruxelas mais uma reunião da
delegação para as relações com o Mercosul do
Parlamento Europeu liderada por Francisco Assis. A discussão
versou entre outros temas as recentes eleições argentinas
e as próximas eleições na Venezuela e a
situação atual das negociações destinadas
à assinatura do acordo de associação entre a
União Europeia e o Mercosul.
Na presença de Vera Machado, embaixadora do Brasil em
Bruxelas, e de representantes de países que compõem o
Mercosul, o eurodeputado socialista relembrou que as
negociações entram numa fase decisiva, com a perspetiva de
um intercâmbio de ofertas de acesso ao mercado. A reunião
contou ainda com a presença da Lorella de la Cruz Iglesias, chefe
da unidade adjunta relações comerciais com a
América Latina da direção geral do comércio
da Comissão Europeia e de Adrianus Koetsenruijter, chefe da
unidade para os países do Mercosul do serviço europeu de
ação externa, que procuraram transmitir a
posição da equipa negocial da União Europeia neste
processo. Em conjunto com os restantes eurodeputados presentes na sala,
Francisco Assis questionou os representantes da Comissão Europeia
acerca dos próximos passos das negociações e dos
principais entraves a que o processo se conclua com sucesso.
Francisco Assis na comissão dos Direitos do
Homem
Francisco Assis participou na primeira reunião de trabalho do
relatório da comissão dos Direitos do Homem sobre a
"Responsabilização Judicial de Empresas por Abusos
Sérios dos Direitos Humanos em Países Terceiros".
Como responsável dos socialistas no Parlamento Europeu sobre este
relatório procurou, nesta primeira fase, garantir que os pontos
de vista deste grupo político sejam vertidos na primeira proposta
de texto que deverá ser apresentada brevemente.
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ana Gomes organizou no Parlamento Europeu uma audição
pública sobre o programa de tortura da CIA, assinalando o
primeiro aniversário do relatório do Senado dos Estados
Unidos sobre os crimes cometidos no contexto da "guerra ao
terrorismo" desencadeada pela Administração de George
W. Bush no pós-11 de setembro de 2001. Foram oradores convidados
Jamil Dakwar, da American Civil Liberties Union, a principal
organização americana a representar legalmente
vítimas dos crimes da Administração americana,
nomeadamente, ex-prisioneiros de Guantánamo, detidos ilegalmente
e torturados no campo de detenção; e o advogado Andreas
Schüller, do Centre for Constitutional and Human Rights,
organização sedeada em Berlim que tem levado
aos tribunais alemães e ao Tribunal Europeu dos Direitos
Humanos casos de vítimas de tortura praticados pela CIA em
território europeu ou com cumplicidade de governos europeus. A
eurodeputada socialista salientou ser imperativo prosseguir
investigações sobre os crimes cometidos na Europa ou com
apoio europeu e apurar responsabilidades de governos e agentes europeus
"principalmente, quando se demonstrou já que em, pelo menos,
três países da UE existiram prisões secretas
operadas pela CIA: na Polónia, Lituânia e
Roménia". Segundo Ana Gomes "o Parlamento Europeu foi a
única instituição que fez trabalho no sentido de
apurar responsabilidades, desde o relatório Fava em 2007, a que
se seguiram várias resoluções com
recomendações que os governos meteram na gaveta. Mas tal
como décadas depois se faz justiça para crimes do regime
nazi e de ditaduras como a argentina ou chilena, as vítimas
destes crimes vão continuar a exigir justiça. E por isso
George W.Bush, Chenney e Rumsfeld já não se atrevem a
meter pé na Europa!"
A seca e a fome na Etiópia em debate
Ana Gomes organizou uma audição no Parlamento Europeu
sobre a seca e a fome na Etiópia. Foi principal orador o
professor Berhanu Nega, eleito presidente da Câmara
Municipal de Addis Abeba nas eleições de 2005 mas impedido
de assumir o cargo por ter sido preso na repressão
pós-eleitoral pelo regime de Meles Zenawi, tendo-se exilado nos
Estados Unidos desde a sua libertação em 2007. Ana Gomes
foi chefe da missão de observação eleitoral da
União Europeia para as eleições de 2005 na
Etiópia. Sobre a mais recente fome que já está a
matar etíopes e ameaça agravar-se e matar muitos milhares,
disse o orador "A seca, por si, não mata ninguém. O
que mata são as más políticas do governo
etíope!".
O Iraque e a União Europeia
A eurodeputada socialista interveio no encontro inter-parlamentar
União Europeia-Iraque, com a participação de
vários parlamentares iraquianos. Para Ana Gomes, o papel da
União Europeia (UE) no Iraque deveria assegurar a
coordenação dos governos europeus para se organizarem no
apoio à capacitação institucional num quadro
democrático e federal, na reconciliação nacional,
no apoio humanitário de emergência a
populações deslocadas e refugiadas pela ação
de grupos terroristas, incluindo a coordenação de uma
ofensiva contra o Daesh (ou "Estado Islâmico")
apoiando as forças curdas no terreno, seja em equipamento e
treino militar, seja na campanha diplomática indispensável
para lhes assegurar apoio sunita. Neste quadro Ana Gomes questionou a
Comissão Europeia e o serviço europeu de
ação externa sobre o que esperava a UE para apoiar a
reconstrução e proteção da zona de Sinjar,
recentemente reconquistada pelos peshmerga e onde podem ser reinstalados
milhares de deslocados, yazidis e de outras minorias, em vez de serem
forçados a procurar asilo na Europa.
Partilha de informação entre serviços de
segurança em debate
Ana Gomes participou na reunião da comissão Parlamentar
para as Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos
com Gilles de Kerchove, coordenador da União Europeia (UE)
na luta contra o terrorismo, e outros responsáveis europeus,
sobre os ataques terroristas em Paris. A eurodeputada questionou-os
sobre a falta de partilha de informações entre
serviços de segurança dos Estados-membros e a falta de
investimento em políticas de prevenção da
radicalização e de desradicalização para
lutar contra o terrorismo a nível europeu. O papel
dúplice da Turquia e a cooperação da UE com este
país em matéria de asilo, migração e
gestão das fronteiras externas foram igualmente discutidos. Ana
Gomes questionou também a Comissão Europeia sobre as
razões por que o programa de reinstalação de
refugiados não está a funcionar, como se sente em
Portugal.
Também nesta reunião, na sequência da
Decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia,
que declarou inválido o Acordo Porto Seguro (Safe Habour
Agreement) - um acordo entre os EUA e a UE sobre
transferência de dados pessoais - Ana Gomes interrogou a
Comissão sobre o trabalho que está a ser feito com as
autoridades nacionais para assegurar que as empresas estão a
cumprir a decisão e a pôr em prática
soluções legais para garantir que os dados dos
cidadãos europeus se encontram protegidos, mesmo quando esses
dados pessoais são processados por empresas norte-americanas fora
da UE.
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Num evento paralelo à COP21 de Paris, realizou-se no
Parlamento Europeu, em Bruxelas, o debate sobre governação
dos oceanos, numa iniciativa organizada no âmbito do intergrupo
Mar, Ilhas, Rios e Zonas Costeiras do qual Serrão Santos é
vice-presidente para o conhecimento marinho.
O eurodeputado dos Açores eleito pelas listas do Partido
Socialista salientou na sua intervenção para a
importância do aprofundamento dos mecanismos para uma efetiva
governação internacional dos oceanos. Serrão Santos
tem desenvolvido um intenso trabalho neste tema tendo atualmente entre
mãos, enquanto responsável por parte dos socialistas
europeus, dois importantes relatórios de iniciativa.
O relatório sobre a "Dimensão Externa da
Política Comum de Pescas” e o relatório sobre a
“Biodiversidade Além das Zonas de Jurisdição
Nacional” constituem documentos centrais na
afirmação da União Europeia como bloco
político e económico precursor na adoção de
um novo paradigma de governação internacional dos oceanos.
Em debate tem estado a regulação da atividade em
águas internacionais e a importância desta ser coerente com
uma exploração sustentável dos recursos
marinhos.
A este propósito Serrão Santos afirmou que
"também pela ênfase dada pela COP21 de Paris, torna-se
hoje claro para todos que os impactos não dependem em primeiro
lugar das fronteiras entre Estados”. Para o eurodeputado
“são necessárias novas abordagens considerando as
áreas dentro e fora da jurisdição nacional como um
todo. Isto requer o desenvolvimento de novos modelos de
coordenação e de conservação”.
As restrições à prática da pesca de
arrasto no mar profundo em águas internacionais defendidas num
dos relatórios são disso exemplo. A
consagração desta limitação é uma
forma de defender a biodiversidade e, com isso, a sustentabilidade da
atividade pesqueira das pequenas frotas costeiras.
Serrão Santos fez especial referência ao processo de
designação de EBSA's (Áreas marinhas
ecológica e biologicamente significativas) no âmbito da
Convenção da Biodiversidade Biológica e cujos
critérios de seleção ficaram conhecidos como
“critérios Açores”, pelo facto de a
reunião de peritos, então presidida pelo agora
eurodeputado Serrão Santos, se ter realizado nos
Açores em 2007. Serrão Santos afirmou que, “agora
que estão concluídos os processos de
identificação das áreas relevantes, é
preciso implementar as EBSA's nos Oceanos”.
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Liliana Rodrigues está em Sevilha numa delegação
da comissão de Desenvolvimento Regional do Parlamento Europeu
para avaliar projetos financiados por fundos europeus. Do programa
destacam-se os encontros com responsáveis de várias
empresas, centros de investigação e autoridades locais e
regionais da Junta de Andalucia. Está prevista também a
discussão de temas relacionados com a cooperação
territorial, as sinergias entre o Horizonte 2020 e a política de
coesão, o empreendedorismo inovador, os novos instrumentos de
desenvolvimento territorial e a especialização
inteligente, entre outros.
Relatório sobre novos instrumentos de desenvolvimento
territorial
Liliana Rodrigues manifestou, enquanto relatora-sombra, a sua
opinião sobre aquelas que devem ser as linhas orientadoras do
relatório sobre os novos instrumentos de desenvolvimento
territorial na política de coesão 2014-2020: Investimento
Territorial Integrado e Desenvolvimento Promovido pelas Comunidades
Locais, insistindo para que "a redução das
assimetrias nas regiões europeias passe necessariamente pelo
empoderamento do poder local e na necessidade da União Europeia
facultar a formação especializada ao poder regional e
local, sem que tal implique o duplicar de estruturas já
existentes, numa real lógica de cooperação
europeia".
O apoio a iniciativa que juntou artes, ciência e
tecnologia
Liliana Rodrigues e Carlos Zorrinho patrocinaram o evento
"Inovação na Intersecção entre a Arte,
a Ciência e a Tecnologia", que decorreu no Parlamento Europeu
e na Academia Real Flamenga da Bélgica para a Ciência e as
Artes. Os participantes, ligados ao mundo das artes e da
indústria, sublinharam a importância das conexões
entre o pensamento crítico e a atividade artística no
processo de inovação e no desenvolvimento das
regiões. Na sua intervenção, Liliana Rodrigues
salientou que "arte e ciência, apesar de distintas, podem e
devem complementar-se. Sempre foram elas os dois maiores motores da
cultura e da criatividade e só por mero artifício se viram
separadas", acrescentando que "a intersecção
destas duas perspectivas de encarar o mundo e os problemas
ajudará a encontrar soluções inovadoras que
assegurem um desenvolvimento sustentável das comunidades e das
regiões, com maior pertinência depois das políticas
de austeridade dos últimos anos".
|
|
|
|
|
|
Se não conseguir visualizar correctamente este email clique aqui
Para mais informações consulte a página dos Socialistas Portugueses no Parlamento Europeu: https://www.pseuropa.pt/pspe/
Para remover o seu email desta mailling list por favor clique aqui
Ao abrigo do decreto/lei 67/98 de 26 de Outubro, de regulação do tratamento automatizado de dados de caracter pessoal, o utilizador poderá aceder aos seus dados, rectificar ou cancelar os mesmos. |