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Nesta edição:
- Elisa Ferreira reage contra acusação
"vergonhosa e antipatriótica" do PSD.
- Francisco Assis promove conferência sobre
ambiente e a agricultura sustentável no Brasil, participa em
debates sobre a paz na Colômbia e Direitos Humanos e organiza
encontro com embaixadores da América Latina.
- Carlos Zorrinho no Brasil em visita oficial, apoia
o lançamento do Guia Prático para as PME's e a visita
delegação de Reguengos de Monsaraz a Bruxelas.
- Maria João Rodrigues exige melhorias na
governação económica da UE.
- Pedro Silva Pereira deixa recados a Tóquio
sobre o futuro acordo comercial UE-Japão.
- Ana Gomes chefiou missão
observação das eleições legislativas na
Birmânia e participa em debates sobre agenda europeia para a
migração e em conferência sobre defesa.
- Liliana Rodrigues apela ao diálogo cultural
e religioso como instrumento de luta contra o radicalismo e contra a
intolerância e apoia divulgação da Madeira em
Bruxelas.
- Ricardo Serrão Santos na
delegação da comissão da Agricultura que visitou os
Açores.
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Elisa Ferreira reagiu
vigorosamente contra a intervenção "vergonhosa e
antipatriótica" feita no Parlamento Europeu pelo
eurodeputado do PSD, Paulo Rangel, que acusou o futuro Governo do PS de
levar Portugal a quebrar os compromissos assumidos junto da União
Europeia.
O confronto entre os dois eurodeputados aconteceu durante o
debate sobre a governação económica na zona euro
com o comissário europeu responsável por este pelouro,
Valdis Dombrovskis.
Chocada com a intervenção de Rangel, Elisa Ferreira
garantiu ao comissário que "o Partido Socialista em Portugal
tem sido sempre o partido mais pró europeu" e que "o
programa do Governo que tem sido preparado enquanto alternativa
àquele que acabou de ser demitido respeita plenamente os
compromissos assumidos por Portugal relativamente à Europa e com
o quadro de governação económica" da zona
euro.
A crítica de Rangel, que acusou "o acordo com as
forças da extrema-esquerda com o Partido Socialista" de
pôr "em causa, tendo em conta os números que
estão apresentados, o equilíbrio que até agora
tem sido seguido em Portugal" é o resultado, segundo a
eurodeputada, de uma mera manobra de política partidária.
Elisa Ferreira avisou aliás o comissário Dombrovskis, que
tem a seu cargo a responsabilidade pela aplicação do Pacto
de Estabilidade e Crescimento (as regras de disciplina orçamental
dos países do euro), incluindo a abertura e encerramento dos
procedimentos por défice excessivo (superior a 3% do PIB) e que,
em última análise, poderá levar à
aplicação de sanções contra os países
incumpridores - que não deverá deixar-se influenciar por
discursos desse teor.
"Espero e confio, se este Governo chegar ao poder com o apoio
dos partidos da esquerda no parlamento português, que isso seja
considerado como um procedimento democrático normal e que o
senhor, enquanto comissário, pense e atue de forma independente
das políticas partidárias", afirmou.
"O programa que o Partido Socialista apresentou e trabalhou e
que agora foi reajustado em função do acordo
legítimo" resultante dos "votos dos
cidadãos portugueses (...) não põe minimamente em
risco nem os compromissos relativamente ao cumprimento do Pacto de
Estabilidade e Crescimento nem os compromissos relativamente ao MTO
(objetivo de défice orçamental zero ou próximo de
zero a médio prazo)", disse ainda Elisa Ferreira,
sublinhando: "Essa foi a baliza fundamental na qual todas as
propostas foram trabalhadas, e foram trabalhadas com um detalhe que
nunca existiu nem existe no programa do PPE, e não existe nem
existiu no programa da coligação" (PàF).
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Francisco Assis foi o anfitrião, em Bruxelas, da
conferência "Novos Métodos Agrícolas no
Brasil", subordinada ao tema da governação ambiental
no Brasil e em particular à sustentabilidade do cultivo da soja.
A conferência foi organizada em colaboração com a
missão enviada pelo Ministério do Meio Ambiente brasileiro
ao Parlamento Europeu e por duas associações de produtores
de soja e óleos vegetais do Estado de Mato Grosso, a ABIOVE e a
APROSOJA. Na conferência marcaram presença a Embaixadora do
Brasil na UE, Vera Machado, bem como representantes de ONG's como o
Greenpeace e o WWF. Os oradores procuraram desfazer aquilo a que
se referem como "mitos persistentes" sobre o ritmo de
desflorestamento no Brasil e sobre o papel da agroindústria
dos óleos vegetais nesse processo, mitos que são
essencialmente, do seu ponto de vista, consequência de
desinformação.
Na intervenção de abertura, Francisco Assis chamou a
atenção para "os importantes esforços
desenvolvidos nos últimos anos pelos sectores público e
privado brasileiros na redução do ritmo do
desflorestamento, na implementação de boas práticas
agrícolas na exploração da soja e dos óleos
vegetais e na consciencialização dos produtores rurais
acerca do novo Código Florestal brasileiro e do seu principal
instrumento, o Cadastro Ambiental Rural". O eurodeputado reconheceu
que há na Europa algum desconhecimento dos progressos brasileiros
no domínio das políticas agroambientais e de
conservação da natureza e fez votos para que, no futuro,
"os factos se sobreponham aos preconceitos".
Francisco Assis em debate sobre o processo de paz na
Colômbia
No debate realizado na subcomissão dos Direitos Humanos do
Parlamento Europeu com a presença de destacados parlamentares
colombianos, Francisco Assis manifestou a sua admiração
pela "coragem e criatividade democráticas" patentes no
processo de paz posto em marcha pelo Presidente Juan Manuel Santos e
pela liderança das FARC.
Segundo o eurodeputado socialista, a resolução deste
conflito que, entre mortos, feridos e deslocados, fez milhões de
vítimas nas últimas cinco décadas, "abre
caminho não só à reconciliação da
sociedade colombiana como ao seu desenvolvimento económico",
pois projeta o país como "futuro destino de
investimento", incluindo investimento português. Ao mesmo
tempo que saudou os avanços nas negociações, o
deputado europeu questionou os presentes, entre os quais se encontrava o
senador Horacio Serpa, candidato à Presidência da
República em 1998, sobre o estado das conversações
com o ELN - Exército de Libertação Nacional, mais
radical que as FARC e mais próximo do chavismo, no sentido de
lançar as bases de um processo de paz semelhante.
Francisco Assis questionou ainda os parlamentares sobre o
comportamento dos países vizinhos em face deste auspicioso
processo, em particular a Venezuela, que mantém com a
Colômbia um preocupante conflito fronteiriço de que tem
resultado a deslocação de milhares de pessoas e a
separação de inúmeras famílias.
Francisco Assis organiza encontro com embaixadores da
América Latina em Bruxelas
Francisco Assis foi um dos anfitriões de um jantar de trabalho
entre os presidentes das delegações do Parlamento Europeu
para a América Latina e os embaixadores dos países desta
região em Bruxelas. O encontro, que se realizou em Bruxelas,
contou com a presença de uma larga maioria dos embaixadores
latino-americanos em Bruxelas e serviu para que se pudessem trocar
pontos de vista sobre as relações do Parlamento Europeu
com os países desta parte do mundo, bem como procurar encontrar
pontos de interesse comuns que sejam fundamentais abordar no decorrer do
trabalho das delegações parlamentares.
Francisco Assis, como presidente da delegação para as
relações do Parlamento Europeu com o Mercosul, aproveitou
esta oportunidade para abordar com os embaixadores destes países
o estado atual das negociações sobre o Acordo de
Associação entre os dois blocos e averiguar quais as
principais preocupações que os Estados-membros alimentam
sobre o seu relacionamento com a União Europeia.
Francisco Assis defende aplicação de
política de Direitos Humanos como forma de
regulação da globalização
Francisco Assis apelou na comissão de Direitos Humanos do
Parlamento Europeu à articulação da política
comercial da União Europeia com a política de
promoção dos Direitos Humanos, já que "a
inclusão permanente de cláusulas nos tratados comerciais
que visem justamente a promoção dos direitos humanos em
todas as suas vertentes pode e deve constituir uma das melhores formas
de garantir uma globalização mais regulada e mais justa da
economia mundial".
Durante o debate sobre o "Relatório Anual sobre os
Direitos Humanos e a Democracia no Mundo em 2014 e a política da
União Europeia nesta matéria", Francisco Assis
considerou ainda que esta articulação terá cada vez
mais importância no futuro: "Tendo falhado um pouco a
solução multilateralista através da
Organização Mundial de Comércio, é pela via
dos entendimentos bilaterais que se está a avançar e isso
reforça a capacidade da União Europeia de colocar
exigências em relação à
promoção dos Direitos Humanos nas regiões e nos
países com quem estabelece esses entendimentos".
Recorde-se que Francisco Assis é membro efetivo da
comissão de Direitos Humanos e presidente da
delegação para as relações com o Mercosul e
que é nessa dupla condição que tem alertado para a
importância da concretização de um acordo de livre
comércio entre essa região do Mundo e a Europa, não
descurando nunca a observância do respeito pelos Direitos
Humanos.
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Na qualidade de vice-presidente da delegação do
Parlamento Europeu para as relações com a República
Federativa do Brasil, Carlos Zorrinho participou na visita de trabalho
que se realizou em Belo Horizonte e Brasília, entre 2 e 6 de
novembro. Esta delegação, criada no início desta
legislatura em 2014, visa essencialmente acompanhar de perto a Parceria
Estratégica UE-Brasil estabelecida durante a I Cimeira UE-Brasil
realizada em abril de 2007. Neste contexto, esta delegação
de parlamentares europeus aprofundou as relações entre os
seus membros e os seus parceiros no Congresso Brasileiro, ao longo de 3
dias de agenda preenchidos por visitas a projetos no terreno - como um
programa de controlo de prisões sem guardas ou reunir os
promotores do projeto português de mobilidade em Belo Horizonte
num programa de utilização de bicicletas elétricas
- e diversos encontros com responsáveis políticos,
nomeadamente com o Presidente de Belo Horizonte, o governador do Estado
de Minas Gerais e o Presidente da Assembleia Legislativa deste mesmo
Estado. A delegação esteve também em
Brasília onde manteve diversos encontros políticos de alto
nível com senadores que presidem a diversas comissões
parlamentares no Senado Brasileiro, com o Copresidente da Assembleia
Parlamentar Eurolat, com o vice-presidente da República
Federativa do Brasil, com os ministros da Agricultura, do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Internacional, dos
Negócios Estrangeiros, com a Ministra responsável pela
Igualdade Racial, Mulheres e Direitos Humanos e com o Presidente do
Supremo Tribunal Federal. De salientar também uma manhã
consagrada a encontros com a sociedade civil brasileira e com estudantes
universitários na Universidade Federal do Brasil para comemorar
os 40 anos de cooperação UE-Brasil.
Delegação do Parlamento Europeu no Fórum
da Governança da Internet presidida por Zorrinho
Entre 11 e 13 de novembro, Carlos Zorrinho presidiu à
delegação do Parlamento Europeu que participou no
Fórum de Governança da Internet, ocorrido em João
Pessoa, no Brasil. Trata-se de um fórum multissectorial,
democrático e transparente, que possibilita o debate de
questões de políticas públicas relativas a
elementos importantes da governança da internet. A
delegação do Parlamento Europeu envolveu eurodeputados das
comissões de Indústria, Investigação e
Energia, da Cultura, das Liberdades Cívicas, Justiça e
Assuntos Internos, da comissão Jurídica e do Painel de
Avaliação das Opções Científicas. Os
temas em debate neste fórum foram a cibersegurança e
confiança, a economia da internet, a inclusão e
diversidade, a abertura de acesso, o reforço da
cooperação multissetorial, a internet e os Direitos
Humanos, os recursos críticos da internet, além de outras
questões emergentes.
Lançamento do Guia Prático para as
PME's
A Fundação AIP em parceria com a
CIP-Confederação Empresarial de Portugal, e em
colaboração com o eurodeputado Carlos Zorrinho, vão
editar em formato eletrónico o “Guia prático para as
PME's: Acesso ao financiamento europeu”, uma
investigação de Luís Russo dos Santos, desenvolvida
no âmbito do seu trabalho no gabinete de Carlos Zorrinho, no
Parlamento Europeu. A sessão pública de
apresentação do guia terá lugar no próximo
dia 16, pelas 17h00, nas instalações da
Fundação AIP, à Junqueira, em Lisboa. Na
ocasião, para além da apresentação do autor
da publicação, Luís Russo dos Santos, usarão
também da palavra, Carlos Zorrinho, o presidente da CIP,
António Saraiva e o presidente da Fundação AIP,
Jorge Rocha de Matos. Será distribuída uma
“Pen” com um exemplar da publicação a todos os
participantes, sendo posteriormente facultado o acesso à mesma
através dos portais da Fundação AIP e da CIP.
Delegação de Reguengos de Monsaraz em Bruxelas
a convite de Carlos Zorrinho
No âmbito da distinção de Reguengos de Monsaraz
como Cidade Europeia do Vinho 2015, Carlos Zorrinho convidou uma
delegação a deslocar-se ao Parlamento Europeu, em
Bruxelas, nos próximos dias 17, 18 e 19, cuja comitiva
será composta pelo executivo da Câmara Municipal de
Reguengos de Monsaraz, produtores do concelho, Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo,
Agência Regional de Promoção Turística do
Alentejo e pelos representantes máximos da RECEVIN, AMPV,
Città del Vino, Aenotur e Iter Vitis. Dar a conhecer a
importância estratégica da vitivinicultura no panorama das
economias locais, regionais e nacionais é um dos principais
objetivos desta iniciativa.
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O Parlamento Europeu debateu, com o vice-presidente da
Comissão com a pasta do Euro e Diálogo Social, Valdis
Dombrovskis, os planos para aprofundar a União Económica e
Monetária. A reforma do Semestre Europeu, a melhoria dos
instrumentos de governação económica, a
realização da União Bancária e a
representação externa da área do euro foram alguns
dos temas em discussão.
Maria João Rodrigues, vice-presidente do Grupo S&D, que
liderou o debate em nome da bancada socialista, começou
por enfatizar que "a procura interna é crucial para uma
recuperação económica forte e
sustentável". A deputada socialista defendeu "uma
mudança de orientação das políticas
económicas da UE: o investimento deve ser a primeira prioridade,
acompanhado de reformas voltadas para a melhoria do potencial de
crescimento da Europa e para a redução das desigualdades
sociais. A vice-presidente socialista defendeu igualmente que "uma
política orçamental responsável deve incluir
investimentos suficientes em crescimento, uma aposta contra a
evasão fiscal e um maior apoio aos carenciados, para restaurar
perspetivas económicas e sociais para todos".
Como relatora do Parlamento Europeu para as "prioridades
económicas de 2016", Maria João Rodrigues garantiu ao
vice-presidente da Comissão que o Parlamento será muito
ativo no debate com a Comissão Europeia, com o Eurogrupo e com o
Conselho nas próximas semanas. A deputada destacou que "a
zona euro é uma economia só, onde as políticas
económicas precisam de ser coordenadas a fim de assegurar uma
procura que reestabeleça a confiança" defendendo
"a aplicação de políticas diferentes adaptadas
a cada Estados-membro". "Se alguns países precisam de
continuar a consolidação orçamental, outros
países devem fazer mais investimento público. Este
é o caminho certo para maximizar o crescimento, criar emprego e
com sucesso gerir dívidas", concluiu.
Ao longo dos próximos meses Maria João Rodrigues vai
também presidir e coordenar o Grupo de Alto Nível do
Partido Socialista Europeu sobre o aprofundamento da União
Económica e Monetária. O objetivo desta iniciativa
é criar uma rede de socialistas nos governos e parlamentos
nacionais, em conjunto com os eurodeputados socialistas de toda a UE,
para trabalhar de maneira coordenada para corrigir a zona euro de modo a
permitir um crescimento equilibrado e sustentável, nomeadamente
através da criação de novos instrumentos
financeiros.
Breves
O primeiro módulo da II Formação em
Negociação Europeia decorreu em Lisboa e
prosseguirá agora entre os dias 19 e 21 de novembro em Bruxelas.
Estas ações de formação tem como base a
experiência na frente europeia de Maria João Rodrigues,
agora na qualidade de deputada ao Parlamento Europeu e vice-presidente
do grupo S&D, anteriormente, como ministra, na
coordenação de presidências da UE, na
preparação de dezenas de Conselhos Europeus, como
conselheira especial na Comissão Europeia e com o seu
envolvimento em negociações relevantes para o projeto
europeu, nomeadamente, com o Tratado de Lisboa e com a Estratégia
de Crescimento Europeia. Esta primeira sessão contou com a
participação de cerca de 60 formandos, representando
vários sectores da sociedade portuguesa.
Maria João Rodrigues chefiou a delegação dos
socialistas europeus na Conferência Interparlamentar sobre
Governação Económica e Financeira, que se realizou
no Luxemburgo, e que contou com especialistas da área e deputados
dos parlamentos nacionais dos Estados-membros. Este encontro acontece
duas vezes por ano e surge no seguimento da aplicação do
artigo 13 do Pacto Fiscal Europeu, com o objetivo de permitir a troca de
boas práticas entre parlamentares e discutir e supervisionar
questões relacionadas com a União Económica e
Monetária.
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Pedro Silva Pereira, relator do Parlamento Europeu (PE) para o acordo
de comércio e investimento entre a União Europeia (UE) e o
Japão, participou na delegação da comissão
do Comércio Internacional a Tóquio, de 4 a 6 de novembro.
Esta delegação, que teve lugar a seguir à
14a ronda de negociações, teve por objetivo
trocar impressões sobre o progresso das negociações
comerciais e dar conta da posição exigente do PE às
autoridades japonesas.
A delegação do PE teve encontros ao mais alto
nível com ministérios chave para as
negociações em curso, como o Ministério da Economia
e Comércio, Negócios Estrangeiros, Agricultura e Reforma
Regulamentar, tendo Pedro Silva Pereira presidido à
reunião bilateral com Akira Amari, ministro da Economia e
responsável pelas negociações comerciais,
entretanto concluídas, do acordo de Parceria Transpacífica
(TPP) entre os Estados Unidos, Japão e dez outros países
da região do Pacífico. Os deputados reuniram-se ainda com
parlamentares japoneses, representantes da Federação
Empresarial Japonesa (Keidanren) e de setores relevantes como a
indústria automóvel.
Em todas estas reuniões, o PE focou-se nas questões
cruciais para a UE concluir um acordo com o Japão e que
estão ainda em aberto, a saber:
- O acesso ao mercado japonês;
- A eliminação das medidas não pautais
para produtos agrícolas, industriais e serviços;
- A introdução de medidas obrigatórias para
proteger as indicações geográficas;
- O estabelecimento de regras justas e transparentes para os
contratos públicos japoneses, incluindo nos transportes
ferroviários.
Pedro Silva Pereira deixou também vários recados do PE
aos negociadores em Tóquio por forma a garantir um resultado
positivo das negociações comerciais UE-Japão. O
eurodeputado socialista defendeu um acordo ambicioso e equilibrado em
todos os setores, para benefício mútuo dos cidadãos
e das economias, e que deverá ser concluído logo que
possível, possivelmente em 2016, de forma a minimizar o efeito
esperado do desvio dos fluxos de comércio que a TPP vai originar.
O relator para o acordo comercial com o Japão alertou que quer
que o acordo UE-Japão vá mais além do que foi
acordado na TPP em alguns setores, nomeadamente o automóvel e o
agrícola, e que as ofertas finais do Japão não se
podem basear na TPP porque a UE tem interesses diferentes. Pedro Silva
Pereira sublinhou ainda que um capítulo sólido e ambicioso
sobre desenvolvimento sustentável é fundamental para o
Parlamento Europeu, assim como a substituição do mecanismo
de resolução de litígios entre os investidores e o
Estado (ISDS) pela nova proposta europeia em matéria de
proteção do investimento que põe um ponto final
à arbitragem privada.
De notar que Pedro Silva Pereira será anfitrião de um
debate, a 18 de novembro no Parlamento Europeu em Bruxelas, sobre as
oportunidades e os desafios de um acordo de comércio livre com o
Japão para o setor ferroviário, que contará com a
presença do negociador principal da UE para o acordo comercial
com o Japão, Mauro Petriccione, e do Embaixador do Japão
junto da UE, Keiichi Katakami. A próxima ronda de
negociações terá lugar no final de novembro e
qualquer acordo comercial com o Japão só poderá
entrar em vigor após aprovação do Parlamento
Europeu.
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Ana Gomes regressou da Birmânia, onde chefiou a missão
do Parlamento Europeu de observação das
eleições legislativas no domingo, 8 de novembro. A
eurodeputada portuguesa mostrou preocupação quanto ao
quadro constitucional destas eleições, bem como ao elevado
número de presos políticos e os eleitores marginalizados,
principalmente de minorias étnicas e religiosas. No entanto,
"o escrutínio no dia 8 foi conduzido de forma transparente e
genuína e esperamos que o resto da contagem e
tabulação obedeçam ao mesmo padrão. O povo
da Birmânia mostrou empenho na democracia. Cabe agora ao vencedor
das eleições corresponder às
aspirações dos cidadãos, incluindo às de
todos os grupos étnicos e religiosos, nomeadamente os
muçulmanos Rohingyas. Vamos continuar a acompanhar o país
nesta rota", disse a eurodeputada socialista.
Debate sobre "Agenda Europeia para a
Migração"
Ana Gomes participou esta sexta-feira em Coimbra no debate
"Agenda Europeia para a Migração", organizado
pelo gabinete do Parlamento Europeu em Portugal. Já da parte da
tarde, a eurodeputada socialista participa, em Aveiro, pelas 14h00, no
debate sobre o mesmo tema, no âmbito do programa de doutoramento
em Ciência Política da Universidade de Aveiro e da
Universidade da Beira Interior.
Conferência Anual da Agência Europeia de
Defesa
Na segunda-feira, Ana Gomes participará em Bruxelas na
Conferência Anual da Agência Europeia de Defesa onde
intervirá no painel sobre novas oportunidades de
investigação na União Europeia e potencial impacto
para a indústria. A eurodeputada socialista, que é membro
efetivo da subcomissão da Segurança e Defesa do Parlamento
Europeu desde 2004, foi relatora para os "Desenvolvimentos nos
Mercados de Defesa", à luz do novo quadro legislativo no
sector, numa resolução que foi aprovada em maio deste
ano.
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No decorrer da participação na delegação
da Assembleia Parlamentar - União para o Mediterrâneo
(EUROMED), que teve lugar em Roma, Liliana Rodrigues declarou que
"o Parlamento Europeu está comprometido com a
promoção do diálogo inter-religioso e cultural e
que tal ficou patente na aprovação, há dois meses
em Estrasburgo, de uma resolução que considera a
destruição do património como um crime contra a
humanidade", acrescentando que "não podemos ficar
chocados com a destruição de Palmira e depois, no
ocidente, comprarmos arte síria no mercado negro". A
eurodeputada madeirense entende ser necessário "mais
investimento nas agências competentes para travar estes e outros
crimes. Penso que podemos e devemos fazer muito mais. São imensos
os desafios que enfrentamos, como políticos, mas também
como seres humanos: 1 - a conservação e
proteção da nossa herança cultural; 2 - a
questão dos refugiados e a sua inclusão na sociedade
europeia, que se faz, acima de tudo, pela educação; 3 - os
direitos das mulheres e a igualdade de género como
condições necessárias para uma sociedade mais
democrática; 4 - os direitos das crianças; 5 - o
desenvolvimento regional e a sua sustentabilidade através do
compromisso do e com o poder local. Acima de tudo, a nossa luta deve ser
contra o medo. Devemos esforçar-nos por desconstruir
preconceitos. Por isso mesmo, o diálogo cultural e religioso
é um instrumento fundamental na luta contra o radicalismo e
contra a intolerância. A partilha e a educação
são a chave para um novo paradigma num mundo global. Não
se trata de uma luta entre cristãos, muçulmanos e judeus.
Não se trata de um conflito religioso. Trata-se de uma luta comum
contra a violência e contra o desrespeito pela dignidade de todo e
qualquer homem deste mundo".
A Madeira em Bruxelas com o apoio de Liliana
Rodrigues
Liliana Rodrigues apoia e participa na 3ª edição
da Matiné Pensante,
este ano dedicada à Região Autónoma da Madeira com
o tema "Sentir Madeira" que vai decorrer em Bruxelas nesta
sexta-feira e sábado. Este é um evento organizado por um
grupo de Portugueses residentes em Bruxelas e o objetivo passa pela
promoção da região, das suas
tradições e costumes. O programa inclui
conferências, um jantar em torno da gastronomia da Madeira, com a
participação da Confraria Gastronómica da Madeira,
uma sessão musical com os Fatum - Grupo de Fados da
Associação Académica da Universidade da Madeira e
ainda uma soiré dançante.
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Uma delegação da comissão de Agricultura e
Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, constituída por
eurodeputados da França, Alemanha, Polónia e Portugal
visitou, durante três dias, os Açores na passada semana. Os
deputados tiveram oportunidade de visitar quatro ilhas onde puderam
tomar contato com a produção, trocar impressões com
os principais agentes do sector, reunir-se com Presidente do Governo,
com o secretário Regional da Agricultura e com a comissão
de Economia da Assembleia Regional dos Açores.
Na agenda esteve a questão do leite nomeadamente os efeitos
sobre o preço em virtude do embargo russo e do desmantelamento do
regime de quotas leiteiras.
Em declarações à imprensa durante a visita,
Ricardo Serrão Santos realçou que “as maiores
resistências, no que contende com a implementação de
medidas mais intensas para combater os efeitos da baixa do preço
do leite, não vêm do Parlamento Europeu. É a
Comissão e o comissário Hogan que teimam em deixar nas
mãos do mercado desregulado a definição do
preço do leite. Tanto assim é que o relatório do
leite do Parlamento Europeu, no qual representei os socialistas
europeus, recomendou que os Açores tivessem um estatuto e
acompanhamento especial no âmbito do mercado do leite, pediu ainda
um reforço do orçamento do POSEI para amparar o sector
leiteiro”.
Para o eurodeputado “a aprovação do
relatório foi uma grande vitória política” e
“colocou o Parlamento Europeu ao nosso lado nesta luta contra a
Comissão. No entanto, o pensamento ultra liberal de alguns
deputados do PPE continua a tolher-lhes o pensamento. Não querem
nenhuma intervenção no mercado. A
liberalização beneficia os grandes produtores da Alemanha,
da Irlanda e da Polónia. Registei com agrado a
posição do meu colega francês Eric Andrieu que mais
sensível às questões das ultra periferias e aos
impactos sociais da liberalização nunca hesitou na defesa
de apoios excecionais para os Açores”.
No próximo ano a Comissão Europeia vai apresentar um
estudo de impacto sobre os resultados da aplicação do
POSEI. Tanto o estudo como a eventual proposta de revisão
irão passar pelas mãos dos eurodeputados. Por esta
razão, afirmou Serrão Santos “esta visita foi
extremamente oportuna. Vamos precisar dos nossos colegas para defender
os interesses dos Açores. Já conseguimos que se juntassem
a esta causa com o relatório do leite e a defesa do
reforço do POSEI, esperemos que a sensibilidade para a
diferença continue, pelo menos quanto a esta matéria, a
sobrepor-se à defesa do modelo ultra liberal que tem deixado
desamparados vastos sectores da economia europeia”.
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