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Nesta edição:
- Carlos Zorrinho questiona Comissão Europeia
sobre o cumprimento do objectivo de 10% de interligações
eléctricas, participa em conferência sobre internet e
vê Programa ISA2 ser aprovado.
- Francisco Assis questiona Comissão Europeia
sobre casos de greve de fome em Angola e reúne-se com embaixador
Rui Vinhas.
- Pedro Silva Pereira: "A nova
estratégia comercial da UE acolhe as prioridades dos socialistas,
mas é preciso que a Comissão passe das palavras aos
atos".
- Elisa Ferreira saúda
condenação de vantagens fiscais concedidas à Fiat
Finance e Starbucks.
- Maria João Rodrigues nomeada relatora para
as "prioridades das políticas económicas para
2016" e participa nas conferências sobre emprego e
coesão social e sobre prioridades das políticas
económicas.
- Ana Gomes na sede da ONU e participa em
conferências do SPD e da OCDE.
- Ricardo Serrão Santos:
"Devíamos era investir num muro para travar o aumento
do aquecimento global".
- Opinião de Liliana Rodrigues: O regional
como fundamento europeu.
- António Costa com socialistas europeus em Bruxelas.
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Ciente de que a concretização da União da
Energia cumpre objetivos europeus, mas que depende em larga medida da
concretização de programas nacionais que
serão validados pela Comissão Europeia, Carlos
Zorrinho considera que a "garantia de cumprimento da meta de
interligação elétrica fixada na COM (2015) 82 -
alcançar o objetivo de 10% de interligação
elétrica - poderá ser usada como critério
obrigatório para a validação dos respetivos
programas".
Com esse procedimento, entende o deputado socialista, "a
Comissão reforçará as condições para
que a energia possa fluir entre os diversos países e mercados,
criando um mercado único da energia mais eficiente e conforme aos
objetivos estratégicos da União da Energia".
Neste contexto, Carlos Zorrinho perguntou à Comissão se
esta exigirá que os programas nacionais para
concretização da União da Energia garantam
obrigatoriamente o cumprimento do objetivo de interligação
elétrica definida na COM (2015) 82, como condição
para a sua validação.
Conferência internacional sobre internet
Carlos Zorrinho foi o primeiro orador da 7ª Conferência
Internacional Governança dos Sistemas de Informação
na Galáxia da Internet que decorreu na Culturgest, em
Lisboa, organizada pelo Clube Europeu para a Governança dos
Sistemas de Informação (CEGSI). "A União
Digital e o Futuro da União Europeia - aspetos relevantes da
Governança" foi o tema desenvolvido pelo autor do
relatório no Parlamento Europeu do Programa ISA2
relativo à interoperabilidade das administrações
públicas.
Programa ISA2 aprovado na comissão ITRE
No quadro do processo europeu de codecisão, o Programa
ISA2 ,de que Carlos Zorrinho é relator na sua
versão articulada com o Conselho, foi aprovado na comissão
da Indústria, Investigação e Energia (ITRE). A
aprovação final pelo Parlamento Europeu está
agendada para a sessão plenária de novembro. O programa
deverá entrar em vigor em 1 de janeiro de 2016.
Semestre Europeu
O Grupo S&D na comissão ENVI - Ambiente, Segurança
Alimentar e Saúde Pública designou Carlos Zorrinho para
relator-sombra do parecer sobre o Semestre Europeu 2016.
Agenda
Hoje - 23 de outubro - 18h30: Auditório da FNAC do Chiado, em
Lisboa, Café Europa com o tema "A Europa e as
alterações climáticas".
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Francisco Assis questionou a Comissão Europeia sobre as
diligências que esta pretende empreender para assegurar que sejam
prestados cuidados médicos a Albano Bingobingo, ativista
angolano detido a 20 de junho e que esteve em greve de
fome durante 13 dias.
Apesar de já não se conseguir manter de pé,
Albano Bingobingo ̶ também conhecido como Albano
Liberdade ̶ não recebeu qualquer
assistência médica. Antes pelo contrário, a 14 de
outubro foi transferido do hospital-penitenciária de São
Paulo de Luanda para a prisão da Comarca Central de Luanda, onde
se encontra detido na caserna nº 10-A, normalmente reservada a
presos por crimes de violação e descrita por jornalistas
como "uma pocilga humana".
A pergunta de Francisco Assis surge na sequência da forte
mobilização da imprensa mundial e da opinião
pública de vários países em torno do caso do rapper
Luaty Beirão, o mais mediático dos ativistas presos a 20
de junho e que ultrapassa já um mês
que está em greve de fome. Há dias, Luaty
Beirão foi transferido para uma sala de internamento na
Clínica Girassol, instituição privada, acompanhado
por dois guardas prisionais. O deputado socialista teme que o quase
monopólio do caso de Luaty Beirão nos meios de
comunicação social mantenha na sombra outros casos de
greve de fome, em particular o de Albano Bingobingo, dadas as
condições inumanas em que se encontra detido e a
ausência de cuidados de saúde.
Recorde-se que a transferência de Albano Bingobingo, bem como
dos seus companheiros de causa Benedito Jeremias, Afonso Matias
“Mbanza Hamza” e Hitler Jessy Chiconde, seguiu-se ao
espancamento e tortura de Benedito Jeremias e Albano Bingobingo no dia 9
de outubro. Ambos foram espancados com bastões elétricos.
Albano Bingobingo foi despido por polícias na cela que o
torturaram e o arrastaram depois, nu, para o pátio. Testemunhas
relatam que Albano Bingobingo está gravemente doente e que
apresenta uma infeção severa numa perna. Outro dos
ativistas, Nelson Dibango, o único que se encontrava detido no
Hospital Psiquiátrico de Luanda, entrou em greve de fome a 9 de
outubro e foi transferido cerca de uma semana depois para o
hospital-penitenciária de São Paulo.
Francisco Assis pergunta também à Comissão
Europeia por que meios pretende esta pugnar pelo integral respeito pela
liberdade de expressão e reunião em Angola e pelo
tratamento condigno dos presos.
Francisco Assis com novo embaixador Rui Vinhas
Francisco Assis reuniu-se com o embaixador Rui Vinhas que iniciou
recentemente o seu mandato na Representação Permanente de
Portugal perante a União Europeia.
O embaixador, que será o representante de Portugal no
Comité Político e de Segurança, abordou com o
deputado europeu diversos assuntos ligados às questões de
política externa da União Europeia.
Francisco Assis como membro da comissão dos Assuntos Externos
do Parlamento Europeu, procurou transmitir as posições do
Parlamento sobre as matérias em que está a trabalhar, e
ainda sobre assuntos que acredita serem de importância particular
para Portugal.
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Pedro Silva Pereira interveio na discussão sobre a
política comercial da União Europeia (UE), em particular
sobre a nova estratégia de comércio e investimento,
intitulada "Comércio para todos" e publicada pela
Comissão Europeia a 14 de outubro. Para o deputado socialista,
que participa nos trabalhos da comissão de Comércio
Internacional (INTA) do Parlamento Europeu (PE) e é o relator
sombra do grupo dos Socialistas e Democratas (S&D) na
comissão de Desenvolvimento para esta nova estratégia
comercial, o plano apresentado é bastante inclusiva e procura
recuperar o apoio público em resposta ao movimento
antiglobalização e, em especial, à
oposição às negociações comerciais
com os Estados Unidos (TTIP). Pedro Silva Pereira considerou que apesar
de a nova estratégia ser um passo na direção certa
é necessário passar das palavras aos atos e demonstrar que
boas negociações comerciais podem ser efetivamente
vantajosas para os consumidores, os trabalhadores e as empresas, bem
como para as populações dos países em
desenvolvimento.
Segundo Pedro Silva Pereira, esta estratégia acolhe as
prioridades essenciais do S&D no PE em matéria de
comércio externo. O deputado recordou que o S&D apoia a
criação de um modelo de comércio livre e justo com
três grandes objetivos: assegurar o crescimento económico e
a criação de emprego na Europa; melhorar as
condições de vida e de trabalho na UE e nos países
que são nossos parceiros comerciais e promover o desenvolvimento
sustentável, os direitos humanos, as normas laborais e sociais,
bem como a sustentabilidade ambiental global. O deputado declarou,
ainda, que o documento tem alguns elementos positivos em matéria
de desenvolvimento sustentável e de promoção dos
direitos humanos, designadamente ao preconizar uma
implementação mais exigente dos requisitos de
desenvolvimento sustentável nos acordos comerciais da UE.
De notar que a nova estratégia defende uma política
comercial mais eficaz, transparente e respeitadora dos valores europeus
e propõe como prioridades:
-
a conclusão das negociações em curso
(nomeadamente da Ronda de Doha da Organização Mundial do
Comércio, da TTIP, do acordo com o Japão e do acordo de
investimento com a China);
-
a abertura de novas negociações com a região da
Ásia-Pacífico (por exemplo com a Austrália e a Nova
Zelândia);
-
o aprofundamento das relações UE-África e a
modernização de acordos de comércio livre com o
México, Chile e da União Aduaneira com a Turquia.
Enquanto relator do PE para o acordo comercial UE-Japão, Pedro
Silva Pereira manifestou a satisfação pelo acordo com o
Japão constituir uma prioridade estratégica da
União e haver uma aposta reforçada nos mercados da
Ásia-Pacífico, o que é essencial para equilibrar os
fluxos comerciais atendendo à recente conclusão do acordo
de Parceria Transpacífica (TPP) entre os Estados Unidos,
Japão e dez outros países da região do
Pacífico.
A comissão de Comércio Internacional irá debater
e analisar o documento estratégico da Comissão Europeia
nos próximos meses, estando já marcada uma
audição pública sobre o assunto a 19 de novembro.
Seguidamente, a INTA irá trabalhar num relatório de
iniciativa, cuja votação está prevista para o
plenário de junho de 2016.
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Elisa Ferreira congratulou-se com a condenação pela
Comissão Europeia de dois regimes fiscais preferenciais
concedidos pelo Luxemburgo e pela Holanda a duas multinacionais, que
obrigará a Fiat Finance & Trade e a Starbucks a devolver
entre 20 e 30 milhões de euros de vantagens fiscais
indevidas.
Para a deputada, "estes dois casos provam que a
concorrência fiscal entre países da UE para atrair empresas
e lucros é a norma na UE tal como é, de resto, demonstrado
no relatório da comissão Especial do Parlamento Europeu
(TAXE) sobre acordos fiscais antecipados (tax rulings) e
medidas equivalentes".
Elisa Ferreira, que é co-relatora deste relatório - que
será votado na Comissão TAXE na próxima
segunda-feira - considera que o veredicto da Comissão marca um
salto qualitativo na história da Europa", pelo facto de
"tornar claro que, em matéria de fiscalidade, a UE é
mais uma selva do que uma área de
cooperação".
"Temos de cumprimentar a CE por ter cumprido o compromisso que
assumiu no Parlamento Europeu de transformar a fiscalidade na Europa num
sistema em que os cidadãos se revejam e que não prejudique
sistematicamente aqueles que não podem jogar com os acordos mais
vantajosos em matéria fiscal oferecidos pelos diferentes
países às multinacionais", defendeu.
Elisa Ferreira pediu no entanto à Comissão para ir
"muito mais longe nas investigações aos regimes
fiscais preferenciais.
"Também pedimos aos Estados membros que avancem de forma
mais séria e transparente na troca de informações
sobre os tax rulings que concedem às empresas. Os
Estados também têm de abandonar a zona de conforto da regra
da unanimidade nas decisões da UE, que é
responsável pela continuação da enorme
injustiça fiscal imposta aos cidadãos e da atual corrida
para o fundo, com a qual as multinacionais acabarão por
não pagar quaisquer impostos na Europa, recaindo a
responsabilidade pelos orçamentos nacionais sobre as
vítimas do costume, os cidadãos e as pequenas e
médias empresas", concluiu.
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Maria João Rodrigues, na qualidade de membro da
comissão dos Assuntos Económicos e Monetários, foi
nomeada relatora para o "semestre europeu", o ciclo anual de
coordenação e alinhamento das políticas
económicas da UE. A Comissão Europeia apresentou há
dias um pacote de novas medidas para reforçar a zona euro, no
seguimento do relatório dos "cinco presidentes"
publicado no passado mês de junho. Até ao final de 2015, a
Comissão irá também apresentar a sua
"Análise Anual do Crescimento", definindo as
prioridades das políticas económicas e orçamentais
para 2016. É neste contexto que surge o relatório do
Parlamento. Para a deputada socialista o trabalho a realizar neste
documento "será fundamental para que parlamentares e
governantes passem a ver a zona euro como uma economia de maior escala,
onde as políticas económicas e orçamentais possam
ser melhor coordenadas". Maria João Rodrigues garante que
vai dedicar grande parte do seu trabalho "à necessidade da
Comissão e o Conselho terem mais em conta os níveis
de desemprego e desigualdades sociais quando definem as
políticas económicas para os Estados-membros e para zona
euro".
Revolução digital deve promover a
criação do emprego e a coesão social
Maria João Rodrigues interveio na sessão de abertura da
conferência “Emprego e Segurança Social no Mercado
Digital Único: oportunidades e desafios”, uma iniciativa
organizada pelo Grupo Socialista no Parlamento Europeu no âmbito
do relatório atualmente em apreciação sobre o mesmo
tema. O objetivo foi possibilitar uma troca de pontos de vista entre
“experts” e deputados e analisar as
implicações da agenda digital no que toca ao emprego.
Segundo a deputada, “as transformações e
inovações que acompanham a revolução digital
que atualmente vivemos, se por um lado são profundamente
criativas, trazem também inevitavelmente alguns receios,
nomeadamente o desemprego associado à automação em
grande escala. A vice-presidente socialista sublinhou que a "UE
confronta-se atualmente com desafios e problemas sociais novos que
necessitam de uma resposta progressista” , defendendo que "as
novas tecnologias devem assegurar a modernização e
criação de emprego, a estabilização do
sistema financeiro e o reforço da coesão
social".
Maria João Rodrigues no encerramento da
conferência interparlamentar em Berlim
O grupo socialista no Parlamento alemão (SPD) organizou uma
conferência interparlamentar que contou com a
participação de mais de 40 deputados socialistas de
parlamentos nacionais e do Parlamento Europeu de toda a Europa. O
objetivo do encontro foi discutir e coordenar a posição
dos socialistas europeus no que toca às prioridades das
políticas económicas. A regulação do sector
financeiro, a luta contra a evasão fiscal, as políticas de
investimento e o reforço da zona do euro foram alguns dos temas
em destaque. A sessão contou também com a
intervenção de Frank-Walter Steinmeier, ministro dos
Negócios Estrangeiros alemão, que destacou a crise dos
refugiados e a crise da zona euro, defendendo o aprofundamento da
integração e mais solidariedade entre Estados-membros como
condições necessárias para manter a estabilidade e
a paz na Europa. Intervindo na sessão de encerramento, Maria
João Rodrigues enfatizou a necessidade de maior
coordenação das políticas e instrumentos europeus
para que seja possível que a palavra
"convergência" passe novamente a fazer parte do
"léxico" quando se fala da zona euro.
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Ana Gomes participou em Nova Iorque na X reunião de
Implementação da Declaração de
Princípios sobre a Observação de
Eleições, que decorreu na sede das Nações
Unidas. A eurodeputada portuguesa interveio como oradora num painel de
reflexão sobre os últimos 10 anos de
aplicação da Declaração de
Princípios, enquanto representante do Grupo do Parlamento Europeu
para o Apoio à Democracia e Coordenação de
Observação de Eleições. Enquanto
eurodeputada, Ana Gomes já participou em inúmeras
missões de observação eleitoral e chefiará,
de 6 a 10 de novembro, a missão do Parlamento Europeu de
observação das eleições legislativas em
Myanmar (Birmânia).
A conferência do SPD
Ana Gomes participou, em Berlim, na conferência "Rumo
a uma Europa Progressista", organizada pela
delegação do Partido Socialista Alemão (SPD) no
Bundestag, que juntou deputados socialistas de todos os Estados-membros
da UE e do Parlamento Europeu para discutir reformas económicas,
fiscais e orçamentais. Para a eurodeputada, "estas reformas
são políticas e o objetivo tem de ser a
criação de emprego decente, a sustentação do
Estado social, a defesa do interesse público e o combate à
divergência macro-económica, às desigualdades e
à injustiça social na UE". Nesse sentido, os
socialistas têm de construir e difundir narrativa e propostas
concretas contra as da direita, apegada à austeridade cega. E
acrescenta: "Essas reformas não podem continuar a ignorar a
centralidade da questão fiscal para a governação
económica na UE e para a governação e a
justiça social em cada Estado-membro".
Mecanismos para evitar a fuga aos impostos de
multinacionais
A eurodeputada socialista participou na conferência na OCDE -
Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento na Europa, em Paris, para a apresentação e
discussão dos resultados do Projeto BEPS - Base Erosion and
Profit Shifting (Erosão de Base e Transferência de Lucros)
levado a cabo por aquela organização, que publicou um
conjunto de medidas a adotar pelos Estados-membros para travarem
mecanismos fraudulentos e de planeamento fiscal agressivo por parte de
empresas multinacionais para evitar impostos. Ana Gomes é membro
da Rede Parlamentar da OCDE que pretende servir de plataforma de
diálogo entre a organização e deputados de todo o
mundo.
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Na abertura do 5º Fórum do European Marine Board, Ricardo
Serrão Santos, afirmou que “os muros que estamos a
construir para impedir as pessoas de se movimentarem através das
fronteiras nacionais são uma experiência triste”.
Para o cientista marinho e eurodeputado socialista “o único
muro em que devíamos estar a investir é um muro para
travar o aumento do aquecimento global e os seus efeitos”.
O Fórum, que se realiza em vésperas da cimeira do clima
de Paris, COP21, tem como objetivo transmitir as posições
da comunidade de investigação marinha acerca do papel
crítico da ciência oceânica como parte da resposta
social às alterações climáticas.
Para Serrão Santos “não há mais tempo para
discutir adiamentos, a adaptação não é mais
uma questão ou uma solução como foi no passado.
Precisamos de investir fortemente em sistemas de mitigação
fiáveis. É tempo de parar com a “grande
experiência geofísica” a que temos sujeitado o
planeta e os seus oceanos”.
Perante uma plateia de representantes das principais entidades
europeias e de personalidades chave no apoio, desenvolvimento e
utilização da investigação marinha e
tecnologia, Serrão Santos afirmou que “nas últimas
décadas os oceanos têm sido a válvula de
segurança do planeta, absorvendo o dióxido de carbono
libertado para a atmosfera em resultado da queima de combustíveis
fósseis. Têm também absorvido muito do excesso de
calor produzido em resultado dos elevados níveis de
dióxido de carbono na atmosfera". Durante o debate onde
interveio Fausto Brito e Abreu, secretário Regional para os
Assuntos do Mar, da Ciência e Tecnologia, dos Açores, foi
realçado que as Regiões Ultraperiféricas e os
Países e Territórios Ultramarinos da Europa representam o
maior espaço oceânico do mundo e um grande
repositório de biodiversidade e de recursos únicos que
têm de ser contextualizados no âmbito das mudanças
globais.
A terminar o eurodeputado reafirmou que o tempo é de
ação e enfatizou que “mesmo os oceanos têm
limites. A descoloração dos corais, a
interrupção das migrações de peixes, a
inundação das zonas húmidas, a
acidificação, o degelo nos polos, são sinais de que
estamos a levar o oceano ao limite”.
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Uma união não se faz por decreto. Faz-se através
de um lento mas persistente processo de aprendizagem individual,
colectiva e institucional assente na informação e na
interacção a vários níveis. A União
Europeia é mais do que uma entidade distante que coordena as
nossas políticas, acentuando o que muitos sentem como
défice de soberania nacional. A construção europeia
é recente e ainda entra em confronto com a
identificação nacional, algo bem mais profundo do ponto de
vista histórico. A coesão europeia não se
alcança executando apenas “de cima para baixo”.
Começámos pela estrutura política e
económica, sobretudo esta, mas não podemos minorar as
especificidades nacionais e regionais. A coesão é mais do
que convergência.
Penso que o desafio europeu continua a ser o de fazer com que o local
perceba a sua dimensão europeia. Isso exige uma mudança de
paradigma ao nível da estrutura mental do cidadão e do
funcionamento das instituições europeias, para uma real
inclusão do local no global. Penso que esta mudança no
cidadão poderá decorrer proporcionalmente ao
esforço realizado por estas instituições no sentido
de sentirem-se como local. Essa será a via para a
construção de uma identidade e cidadania europeias.
Existe uma clara diferenciação em termos
organizacionais e funcionais nos distintos níveis de
governação. Isso permite a participação de
diferentes actores e a consequente inovação, mas
também, por vezes, a fragmentação da
política regional em programas e interesses demasiado estanques.
A solução passará por um equilíbrio
estabelecido a nível europeu que, criando sinergias, rectifique
as disparidades entre os territórios da União e procure
actualizar todo o seu potencial económico e competitivo, mas sem
descurar as preocupações sociais e ambientais. A
competitividade qualificada das regiões deve caminhar a par com a
sustentabilidade, a igualdade de oportunidades e a qualidade de
vida.
Não tenho dúvidas de que uma política regional
coesa, supervisionada e auditada pelas instituições
europeias, deve ser conduzida a nível local, em
função das necessidades sentidas, através dos seus
representantes democraticamente eleitos e responsáveis perante as
populações. A flexibilidade institucional deve ser regra
no que respeita à política regional, permitindo uma
descentralização de competências e responsabilidades
que se transfigurará num sentimento de pertença e
identidade europeias do cidadão. É por ele e é ele
o fundamento da União.
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António Costa participou na reunião dos socialistas
europeus para preparação do Conselho Europeu de outubro
que decorreu na última semana em Bruxelas. Este encontro foi
antecedido de reuniões de trabalho com Gianni Pittella,
líder do grupo parlamentar do S&D no Parlamento Europeu e com
os eurodeputados socialistas.
A reunião com a delegação portuguesa serviu para
uma troca de ideias sobre a situação política
em Portugal e na Europa, bem como confirmar o trabalho que os deputados
socialistas têm vindo a desenvolver.
O secretário-geral do PS reuniu-se também com o
presidente do Parlamento Europeu, o socialista Martin Shulz.
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