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Nesta edição:
- Pedro Silva Pereira defende a
aceleração das negociações comerciais
UE-Japão como resposta à conclusão da Parceria
Transpacífica.
- Carlos Zorrinho no debate sobre
limitação das emissões para a atmosfera de certos
poluentes e questiona a Comissão Europeia.
- Francisco Assis elogia a posição da
UE relativamente à Turquia.
- Maria João Rodrigues com ministros
socialistas do emprego, François Hollande na reunião do
Grupo S&D e abertas as inscrições em
formação avançada para a negociação
europeia.
- Ana Gomes defende que precisamos de "mais
União e não de mais muros" e participa nos debates
sobre a Síria, Líbia e pena de morte.
- Elisa Ferreira: Relatório sobre
práticas fiscais agressivas entra na reta final.
- Ricardo Serrão Santos promove
património subaquático em Bruxelas.
- Opinião de Liliana Rodrigues: A
educação das crianças refugiadas como
prioridade.
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Esta semana foram concluídas as negociações para
o estabelecimento da Parceria Transpacífica (TPP) entre os
Estados Unidos, Japão e dez outros países da região
do Pacífico, representando em conjunto 40% da economia mundial.
Pedro Silva Pereira, relator do Parlamento Europeu para o acordo
comercial entre a União Europeia e o Japão, reagiu, em
Estrasburgo, a esta notícia defendendo uma
aceleração das negociações com o
Japão de modo a minimizar o efeito esperado do desvio dos fluxos
de comércio que a TPP vai originar. O deputado considera que
há, neste momento, uma janela de oportunidade, que não se
pode desperdiçar, para concluir o acordo de comércio
UE-Japão até à ratificação do
TPP.
Para o deputado socialista, torna-se urgente a conclusão de
acordos de comércio e investimento com os membros da TPP, em
especial com o Japão, os Estados Unidos e os países
integrantes da Associação de Nações do
Sudeste Asiático. Pedro Silva Pereira defende, também, que
a próxima comunicação da Comissão Europeia
sobre o futuro da política de comércio externo da
União lance as bases de uma estratégia clara da
União Europeia para o acesso ao mercado na
Ásia/Pacífico, que é atualmente o grande centro de
gravidade da economia mundial.
Na recente deslocação a Tóquio, no quadro da
delegação do Parlamento Europeu para as
relações com o Japão, as autoridades japonesas
transmitiram a Pedro Silva Pereira a prioridade que conferem à
finalização do acordo comercial com a União
Europeia e sublinharam a sua importância para a economia
nipónica. A 13ª ronda de negociações
UE-Japão terá lugar em Bruxelas, no final de outubro, e as
negociações de comércio e investimento com o
Japão, a quarta maior economia do mundo, estão a
avançar. Contudo, o deputado reconhece que ainda falta chegar a
acordo sobre pontos muito importantes, como a eliminação
das medidas não pautais japonesas, o acesso ao mercado de
contratos públicos e a proteção das
indicações geográficas. As
negociações dos próximos meses, embora
difíceis, são cruciais para a União Europeia.
Recorde-se que, segundo as estimativas da Comissão Europeia,
um acordo ambicioso com o Japão pode aumentar o produto interno
bruto (PIB) da União Europeia em 0.75%, elevar as
exportações da União para o Japão até
32,7% e criar mais de 400 mil empregos na Europa.
Pedro Silva Pereira irá integrar a delegação da
Comissão de Comércio Internacional a Tóquio, de 4 a
6 de novembro, e será, igualmente, anfitrião de um evento
sobre as oportunidades e os desafios para o setor ferroviário de
um acordo de comércio livre com o Japão, que terá
lugar a 18 de novembro, no Parlamento Europeu em Bruxelas.
Agenda
13 de outubro - 11h00 - Pedro Silva Pereira é orador na
conferência "O desenvolvimento global é
realizável?". Museu do Oriente, Lisboa.
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"A proposta de um instrumento comum de avaliação
para todos os Estados membros para controlar as emissões das
médias instalações de combustão, abre uma
linha de ação que poderá ser alargada a outros
sectores e atividades geradoras de emissões e poderá vir a
integrar acordos internacionais que a Europa venha a estabelecer no
domínio do controlo do aquecimento climático e no
domínio comercial", defendeu Carlos
Zorrinho em Estrasburgo.
Na intervenção sobre o relatório "Andrzej
Grzyb" relativo à proposta de diretiva do Parlamento Europeu
e do Conselho, respeitante à limitação das
emissões para a atmosfera de certos poluentes provenientes de
médias instalações de combustão, Zorrinho
manifestou também a sua "preocupação com a
razoabilidade nos critérios de implementação das
medidas previstas, designadamente quanto à
simplificação de processos de registo e
monitorização e quanto às possibilidades de
faseamento".
De acordo com o eurodeputado socialista, o relatório em
apreciação "ganhou uma particular importância
pela aproximação da cimeira do clima de Paris (COP21) e
também pelo debate sobre o problema das emissões em geral
colocado pela crise recente associada às emissões dos
veículos automóveis".
"Temos que continuar com firmeza a ser líderes numa
abordagem de controlo de emissões na fonte, que por um lado
beneficia a qualidade do ar e por outro lado coloca desafios
tecnológicos que a Europa deve aproveitar para reforçar a
sua posição na economia verde e sustentável",
defendeu Carlos Zorrinho, para quem "garantir a qualidade e a
sustentabilidade ambiental não pode ser visto como um problema,
mas como uma oportunidade de liderança social e
tecnológica". Sustentou igualmente que a
"estratégia para a qualidade do ar deve ser também
fortemente articulada com a União para a Energia, potenciando-se
mutuamente".
Cimeira do Clima em Paris e Fundo Verde motivam
questão de Carlos Zorrinho à CE
No quadro da Assembleia Parlamentar Paritária ACP-UE, Carlos
Zorrinho, tendo presente a realização da
próxima cimeira de Paris sobre o clima (COP 21), considerando a
posição do Parlamento Europeu que defende um acordo
juridicamente vinculativo para limitar o aumento da temperatura em dois
graus e simultaneamente pede a criação, o mais
rápido possível, de um fundo verde operacional dotado
anualmente de 100 milhões de dólares destinado à
luta contra os efeitos provocados contra as alterações
climáticas, dirigiu uma questão à Comissão
Europeia instando-a a pronunciar-se sobre este "importante
desafio".
O eurodeputado socialista quer também saber se
"está a Comissão preparada para procurar novas
possibilidades que possam alimentar o fundo verde através de
financiamentos inovadores, ultrapassando as clássicas
contribuições de ajuda ao desenvolvimento?".
Agenda
14 de outubro - 9h00 - 7ª Conferência Internacional
"Governança dos Sistemas de Informação na
Galáxia da Internet". Culturgest, Lisboa. Carlos
Zorrinho abordará o tema “A União Digital e o
Futuro da União Europeia”.
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No debate sobre a situação na Turquia que decorreu em
Estrasburgo, durante a sessão plenária do Parlamento
Europeu, Francisco Assis fez questão
de encorajar e saudar o "contrato de confiança mútua
com a Turquia posto em marcha pela Comissão Europeia e a
intenção por esta manifestada de fortalecer a
cooperação com aquele país no que toca à
crise dos refugiados". Este país, que é desde 2005
candidato a aderir à União Europeia, é hoje a
principal porta de entrada de refugiados na Europa. O seu esforço
humanitário é tremendo, acolhendo uma enorme quantidade de
seres humanos fugidos à violência na Síria e no
Iraque, cerca de dois milhões. Estes números significam
que a Turquia não só partilha dos valores europeus no que
ao drama dos refugiados diz respeito como se tem mostrado muito generosa
com os mesmos.
Devido a ser um país de recursos limitados, esses dois
milhões de refugiados encontram-se em condições de
grande precariedade e por isso, Francisco Assis não deixou de
salientar que "mais uma vez, a Comissão Europeia, nesta
questão tão importante, age corretamente, mostrando-se
favorável, como contrapartida a um melhor controlo dos fluxos de
refugiados e a um acolhimento mais digno dos mesmos, que uma parte
desses refugiados venha a ser instalada nos países da
União Europeia".
Na sua intervenção, o deputado europeu não quis
deixar de chamar a atenção para que "a Turquia
é e deve ser um aliado estratégico da União
Europeia. Mas isso não nos deve fazer perder de vista a
questão dos direitos humanos e a forma como eles são
tratados ou maltratados no interior da Turquia". Francisco Assis
relembrou assim "a forma como as atuais autoridades turcas
têm vindo a abordar a questão curda", referindo que
"nos últimos meses temos assistido a um inquietante
recrudescer dos combates entre as forças de segurança
turcas e militantes nacionalistas curdos e nós não podemos
ignorar, temos até que valorizar a importância que os
curdos têm dado no combate ao Estado islâmico".
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Maria João Rodrigues, na qualidade de vice-presidente do Grupo
S&D, participou na reunião dos ministros socialistas do
emprego e assuntos sociais no Luxemburgo. Os principais temas em
discussão foram o destacamento e circulação de
trabalhadores e a dimensão social da UEM. Na sua
intervenção, a vice-presidente socialista alertou que
"a crise da zona euro ainda não terminou e que as
divergências continuam a aumentar entre Estados-membros".
Segundo Maria João Rodrigues "é necessário
reequilibrar o semestre europeu através do aprofundamento da sua
dimensão social", para isso, defendeu que "é
urgente dotar a zona euro de uma verdadeira união financeira, de
uma coordenação de políticas para o crescimento,
competitividade e emprego, de uma capacidade orçamental
própria e de maior legitimidade democrática".
François Hollande na reunião do Grupo S&D
O Presidente francês, François Hollande, reuniu-se esta
semana com o grupo socialista no Parlamento Europeu, no mesmo dia em que
com Merkel se dirigiu ao plenário de Estrasburgo para defender o
reforço da União Europeia e mais solidariedade entre
Estados-membros. O Presidente francês referiu-se ao caso
português como "uma oportunidade perdida para os
socialistas", mostrando-se preocupado que "um pouco por toda a
Europa, os partidos de extrema-esquerda e anti-Europa dificultem o
alcance de uma maioria estável aos partidos socialistas, pelas
reivindicações irrealistas que apresentam e pelo seu
estilo de confronto". Intervindo no debate, Maria João
Rodrigues salientou esta ideia e referiu que François Holland
"tem um papel fundamental para abrir caminho para uma esquerda mais
forte na UE, devendo exercer a sua influência em temas cruciais
como a reforma da União Económica e Monetária, para
uma dimensão social mais forte, e para as discussões em
torno de políticas de sustentabilidade". O Presidente
francês concordou com a vice-presidente socialista, assegurando
que defende "novos instrumentos e instituições para
tirar a UE da crise e um orçamento comunitário orientado
para o investimento e convergência".
Abertas as inscrições para o II programa de
formação avançada para a negociação
europeia
O gabinete de Maria João Rodrigues tem abertas as
inscrições para o II Programa de formação
avançada para a negociação europeia. Este
programa partirá da experiência de Maria João
Rodrigues na frente europeia a vários níveis, agora na
qualidade de deputada ao Parlamento Europeu e vice-presidente do grupo
S&D, anteriormente, como ministra, na coordenação de
presidências da UE, na preparação de dezenas de
Conselhos Europeus, como conselheira especial na Comissão
Europeia e com o seu envolvimento em negociações
relevantes para o projeto europeu, nomeadamente, com o Tratado de
Lisboa e com a Estratégia de Crescimento Europeia. As
ações de formação vão decorrer em
Lisboa, a 6 de novembro, e em Bruxelas entre os dias 19 e 21 de
novembro. As candidaturas, que decorrem até 16 de outubro, devem
ser feitas através do envio de uma carta de
motivação e do CV (1 página cada) para milton.nunes@europarl.europa.eu.
O transporte de avião e o alojamento em Bruxelas serão
suportados pelo Parlamento Europeu.
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No debate plenário sobre a crise de migração e
refugiados na Europa, Ana Gomes acusou os governos
europeus de estarem há muito em negação, falhando,
por isso, no acolhimento solidário ao afluxo de refugiados,
adiando a abertura de vias legais e seguras para não alimentarem
o negócio dos traficantes e sem iniciativa no combate
político, ideológico, diplomático e militar que
subjaz à crise: a guerra na Síria, o caos na Líbia,
o Estado islâmico em expansão. Para Ana Gomes não
basta a injeção de fundos europeus nos países da
vizinhança, sendo necessário envolvimento real dos Estados
membros e definição de prioridades "com
convergência estratégica, partilha e sinergia de recursos e
de capacidades: precisamos de mais União e não de
mais muros".
A situação na Líbia continua na agenda
de Ana Gomes
Ana Gomes interveio no
debate sobre a situação na Líbia, mostrando-se
pessimista sobre as perspetivas de ser alcançado em breve o
Governo de Acordo Nacional que as Nações Unidas têm
procurado mediar junto das partes. Para a eurodeputada socialista, a UE
falhou às autoridades de transição,
após a queda de Khaddaffi, na falta de ajuda para se fazer o
desarmamento, desmobilização e reintegração
e a reforma do sector da segurança do país,
permitindo assim que as milícias se transformassem nos gangues
terroristas de hoje. "O falhanço da Europa é
resultado da falta de União e de rivalidade entre os nossos
Estados membros, devido ao petróleo e outros interesses",
afirmou a eurodeputada, que deixou também alerta sobre o
agravamento do caos e do desastre humanitário causado
também pela "guerra por procuração que se
trava na Líbia, entre Turquia e Qatar, apoiando Tripoli, e Egito,
Arábia Saudita e UEA, atrás de Tobruk. "Se não
agirmos para travar esta guerra, facilitamos a expansão do
Estado islâmico na Líbia, contra o povo líbio e
também contra os povos da Europa".
Conflito na Síria
No debate sobre a situação na Síria, Ana Gomes
advertiu para a
necessidade de enfrentarmos as causas que alimentam o êxodo dos
refugiados e para a urgência de uma atuação eficaz
da UE que, uma vez mais, falhou "em se empenhar em pôr fim
à guerra e em combater o terrorismo do Estado
islâmico", criando o vácuo ocupado pela
"desastrosa" intervenção russa "em socorro
de Assad, que foi causa do conflito e não faz parte da
solução".
Dia Mundial contra a pena de morte
O Parlamento Europeu aprovou uma resolução sobre o Dia
Mundial contra a Pena de Morte. No debate, Ana Gomes mostrou
preocupação com a aplicação da pena
capital por crimes de terrorismo e de tráfico de droga em
países onde não existem garantias processuais e onde a
perseguição policial e judicial de suspeitos pode esconder
motivações políticas, como na China contra os
uigures, no Paquistão onde a moratória foi
"vergonhosamente levantada", ou "na Guiné
Equatorial apesar de vinculada à Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa, para vergonha desta Comunidade".
No debate que antecedeu a adoção de uma
resolução pedindo clemência para o jovem shiita Ali
Mohammed al-Nimr, condenado à morte por
decapitação e crucificação na Arábia
Saudita, Ana Gomes desafiou a Alta
Representante Federica Mogherini e os Estados membros a expressarem
publicamente ultraje por esta condenação sectária,
bem como a pressionarem as autoridades sauditas a porem fim à
barbárie.
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O projeto de relatório de que Elisa Ferreira é coautora
sobre as práticas fiscais agressivas dos países da
União Europeia (UE) entrou na reta final de
negociações no quadro da Comissão Especial do
Parlamento Europeu (TAXE) criada no seguimento do escândalo
"LuxLeaks".
O relatório, que foi formalmente apresentado em setembro
à Comissão TAXE, foi objeto de nada menos do que 1047
propostas de alteração apresentadas por deputados de todos
os grupos políticos. Estas propostas estão atualmente em
negociação com vista a um compromisso o mais alargado
possível no Parlamento Europeu de modo a colocar a
Comissão Europeia e o Conselho de ministros europeu sob
pressão para enfrentarem de vez o problema das práticas
fiscais agressivas na União Europeia.
Esta semana, Elisa Ferreira conduziu nada menos do que sete
reuniões de negociações tanto com o outro
co-relator, um deputado liberal alemão, como com os porta-vozes
de todos os grupos políticos para este tema. As duas
próximas semanas serão ainda mais intensas até
à votação final do texto na Comissão Taxe a
26 de outubro e, no plenário do PE, no final de novembro.
O relatório culmina seis meses de intenso trabalho de
averiguação sobre os acordos especiais secretos (os
chamados tax rulings) concedidos por vários Governos a
empresas multinacionais para lhes permitir reduzir drasticamente a
fatura fiscal em caso de transferência dos lucros para o seu
território, na maior parte das vezes desligados de qualquer
atividade económica real. As empresas multinacionais jogam
aliás com as diferenças importantes existentes na
legislação fiscal dos 28 países da UE para
transferir os lucros sob a forma de juros, dividendos ou royalties para
jurisdições onde são pouco ou nada tributados, o
que envolve regularmente a sua passagem por paraísos fiscais.
Esta situação resulta tanto na redução das
receitas fiscais dos parceiros, como num acréscimo de impostos
sobre os cidadãos e as Pequenas e Médias Empresas que
não podem recorrer a estes artifícios.
O caso "LuxLeaks" foi assim chamado devido às
revelações, em novembro do ano passado, de mais de 300
tax rulings concluídos pelo Luxemburgo que permitiram
às empresas envolvidas pagar taxas zero ou próximas de
zero de imposto sobre os lucros obtidos noutros países da
UE.
Neste contexto, Elisa Ferreira quer assegurar que os impostos das
empresas sejam pagos nos países onde os lucros são
realizados, de forma transparente e controlável. O seu
relatório defende assim, nomeadamente, que todos os fluxos
financeiros para fora da UE terão de ser tributados pelo menos
uma vez, a instituição de uma base comum de
tributação consolidada dos impostos sobre as empresas em
toda a UE, o reporte dos lucros e impostos pagos pelas multinacionais em
cada país e uma definição comum europeia de
paraísos fiscais com sanções para os que os
utilizam.
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A convite das Nações Unidas e da Comissão
Europeia, Ricardo Serrão Santos foi o anfitrião da
sessão de informação sobre "Património
Arqueológico Subaquático" que decorreu no Parlamento
Europeu no início deste mês. O eurodeputado presidiu
à mesa do evento, que contou com um painel de peritos nas
diferentes matérias relacionadas com o património cultural
submerso, nomeadamente, Ulrike Guerin, responsável da UNESCO -
Organização das Nações Unidas a
Educação, Ciência e Cultura - para o
património cultural subaquático, e Benedetto Allotta,
cofundador do Laboratório de Robótica e
Modulação da Universidade de Florença, entre
outros.
Ricardo Serrão Santos mencionou as três vertentes que
considera de relevo no investimento e estudo da cultura
subaquática, sendo elas o conhecimento da humanidade, o
desenvolvimento da ciência e tecnologia aplicada e o
aproveitamento comercial do turismo.
"É importante explorarmos o sentimento de pertença
da humanidade, o que pode conseguir-se com melhor conhecimento sobre a
sua história. Explorar a oferta cultural subaquática
permite ainda desenvolver soluções tecnológicas
inovadoras do ponto de vista científico e para potenciar
alternativas turísticas debaixo de água".
Referindo-se ao património subaquático existente nos
Açores, Ricardo Serrão Santos concluiu a sessão de
abertura com uma menção ao Parque Arqueológico
Subaquático do Slavonia,
nas Flores, criado oficialmente a 29 de setembro.
Em conclusão do evento, a responsável da UNESCO chamou
à atenção para a necessidade de concluir a
ratificação da Convenção Internacional sobre
a Proteção do Património Cultural
Subaquático o que representaria um verdadeiro compromisso para a
identificação e preservação deste tipo de
sítios. Juntamente com a Comissão Europeia, ambas as
entidades organizadoras deste evento concordaram relativamente à
importância de proporcionar suficientes meios para colocar este
tema na agenda política e potenciar projetos futuros de
arqueologia subaquática.
Para mais informação: webgate.ec.europa.eu/maritimeforum/en/node/3780
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De acordo com dados da UNICEF, devido a conflitos armados, mais de 13
milhões de crianças do Médio Oriente e do Norte de
África não frequentam a escola. São habituais os
ataques a escolas nestas regiões (214 reportados em 2014). Na
Síria, mais de 2 milhões de crianças não
frequentam a escola. Cerca de 52 mil professores abandonaram a sua
profissão. O seu trabalho nestas regiões é cada vez
mais uma actividade de alto risco. A maioria das escolas está
destruída e as que resistiram são agora locais de
acolhimento de refugiados. A educação deixa de ser uma
prioridade quando as pessoas simplesmente tentam sobreviver. No entanto,
para além do acolhimento urgente, penso que a
educação é essencial na questão dos
refugiados.
Peguemos num caso concreto, cerca de 83 mil dos 330 mil sírios
que vivem em Istanbul são crianças em idade escolar.
Destes, menos de um quarto recebe educação. Para
além da barreira da língua, faltam fundos,
infra-estruturas, transportes e alguma boa vontade. Muitas
crianças ficam para trás e são obrigadas a
desistirem dos seus sonhos. Transformam-se em pedintes ou são
exploradas por indivíduos que se aproveitam dos refugiados que
procuram trabalho. Entre estudar e comer a escolha será sempre
óbvia. Uma escolha que nenhuma criança deveria ter de
fazer. O desespero de uns é o proveito de outros.
Muitas destas crianças já perderam cerca de 3 anos de
escolaridade. Pior estão as cerca de 636 mil que vivem fora dos
campos de refugiados. Aproximadamente 70% delas não frequenta
qualquer tipo de educação. Alguns países de
acolhimento têm alguma preocupação em colmatar essa
lacuna. Outros nem por isso. Há capacidades cognitivas que
têm uma idade própria para se desenvolver. Há um
processo de inclusão pessoal, social e cultural que deve ser
feito o mais cedo possível.
Investir na educação destas crianças é
também investir no desenvolvimento, na cultura e na
segurança. Não o fazer é deixar o caminho aberto
para a radicalização política e religiosa. A falta
de perspectivas de futuro pode ser um terreno fértil para
extremismos. Só a inclusão trava a intolerância e
proporciona dignidade aos que chegam e aos que estão. Esta deve
ser uma prioridade nas políticas da União Europeia e nos
países de acolhimento.
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