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Nesta edição:
1 - Maria João Rodrigues: Passos Coelho tem
de estar "à altura das circunstâncias" numa
solução para a Grécia.
2 - Carlos Zorrinho em seminário sobre o
futuro da diplomacia europeia no campo da energia, patrocina
apresentação de relatório sobre novas tecnologias e
relações de vizinhança, integra
direção do Eufores e participa em debate sobre
energia.
3 - Francisco Assis no debate sobre a
situação dos direitos humanos em Angola e recebe
representante dos Yazidis iraquianos.
4 - Ana Gomes questiona Comissão Europeia
sobre a venda TAP à Gateway e participa em conferências
sobre segurança marítima no Golfo da Guiné e as
minorias no Iraque.
5 - Pedro Silva Pereira exige responsabilidade no
financiamento do desenvolvimento sustentável.
6 - Liliana Rodrigues no congresso do PS Madeira,
discute a situação da Grécia e reúne-se com
investigadores universitários.
7 - Ricardo Serrão Santos organiza
conferência sobre impacto do lixo marinho nos ecossistemas.
8 - Opinião de Elisa Ferreira: Socialistas
têm de mostrar que há alternativa à terrível
agenda recessiva imposta pelos conservadores.
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Maria João Rodrigues, vice-presidente do Grupo S&D no
Parlamento Europeu, apelou ao ainda primeiro-ministro, Pedro Passos
Coelho, para que “esteja à altura das
circunstâncias” e “trabalhe para uma
solução” para a Grécia.
A eurodeputada defendeu um acordo viável por parte da cimeira
da zona euro, ao nível de chefes de Estado e de Governo, e um
papel mais construtivo por parte de Portugal.
“Eu venho aqui fazer um apelo” para que Passos Coelho
“esteja à altura das circunstâncias, que trabalhe
para a solução”, disse aos jornalistas, após
a conferência de imprensa do S&D sobre a
situação da Grécia.
Segundo Maria João Rodrigues, “Portugal não pode
estar representado nestas instâncias por quem, como tem sido
até agora, tem dificultado que se chegue a acordo, e por quem
muitas vezes diz que este assunto é meramente para ministros das
finanças”, disse.
Apontando que existe ainda “uma hipótese, ainda que
frágil, de se chegar a acordo para que a Grécia possa
fazer face ao risco financeiro muito grande e crescente em que
está a incorrer e para que a população grega possa
votar ‘sim’ no domingo, com mais confiança em poder
dispor de um programa que realmente relance o crescimento
económico e o reequilíbrio social na Grécia”,
a eurodeputada socialista defendeu um compromisso “já
não ao nível dos ministros das finanças, mas
sobretudo dos primeiros-ministros”, no formato inovador de uma
cimeira da zona euro.
“Os dois pontos críticos em discussão são
evitar que os complementos de reforma para os idosos mais pobres sejam
cortados, porque isso seria dramático reduzindo a rede de
segurança para muitas famílias na Grécia, e acordar
instrumentos de maior porte para tornar a dívida grega, que
é muito elevada, mais sustentável”,
acrescentou.
Esta semana, foi o próprio ministro das finanças
francês, Michel Sapin, que veio a público garantir
"que os mais duros nas negociações com a
Grécia não são os alemães, mas os
países mais pequenos", dando a entender que Portugal tem
sido um dos Estados-membros que tem colocado mais obstáculos
durante todo o processo de negociação.
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A Escola Nacional de Administração francesa, o
Parlamento Europeu e o Serviço de Ação Externa da
União Europeia realizaram um seminário sob o tema
"Que lugar para a diplomacia europeia no contexto da
globalização". Carlos Zorrinho foi convidado para
abrir a mesa redonda sobre "Independência energética
da União Europeia – que papel para a diplomacia". Na
sua intervenção, o eurodeputado sublinhou que a
transição energética e a revolução
digital são os dois grandes motores de afirmação da
União Europeia no contexto na globalização, com
vista a torná-la mais sustentável em termos
económicos, sociais e ambientais. No plano diplomático,
Zorrinho sublinhou a enorme importância para a União
Europeia e para o mundo da realização da Conferência
do Clima no final do ano em Paris. Fazendo votos para que o evento de
Paris possa ser um êxito, realçou também o
carácter decisivo do cumprimento das metas de
interligações energéticas no mercado interno da
energia, tendo a este propósito referido a importância do
desenvolvimento de novas interligações entre a UE e
países terceiros, em particular no campo das energias
renováveis, domínio em que Portugal pode ser um centro de
produção e um "hub" de
distribuição muito importante para a segurança
energética da União.
Relatório final do projeto "My
Neighbourhood" apresentado no Parlamento Europeu
A apresentação no Parlamento Europeu do
relatório "My Neighbourhood" foi patrocinada por Carlos
Zorrinho. O documento percorre algumas experiências relativas
à introdução de tecnologias para incentivar
relações de vizinhança no contexto de cidades ou
bairros inteligentes. O projeto desenvolveu uma plataforma colaborativa
aberta e realizou experiências de terreno na Dinamarca,
Inglaterra, Itália e Portugal. Em Portugal a
aplicação foi desenvolvida em Lisboa, na freguesia de
Marvila.
Carlos Zorrinho integra a direção do Eufores
Membro ativo desde 2012 do Eufores (Fórum Europeu para as
Fontes Renováveis de Energia), Carlos Zorrinho foi eleito para a
direção desta estrutura de debate e ação no
domínio das energias renováveis, na Assembleia Geral que
se realizou em Bruxelas. O Eufores é presidido pelo deputado
Claude Turmes do Luxemburgo.
"A Europa da Energia" em debate
Carlos Zorrinho participa esta tarde, 3 de julho, pelas 18h30, no
debate sobre a Europa da Energia promovido conjuntamente pelo Gabinete
de Informação do PE em Portugal e pela FNAC. O debate
é moderado pela jornalista do Público, Lurdes
Ferreira.
Agenda
10 de Julho - 11h30 - Conferência JS/Peniche -
Escola Superior de Turismo e Tecnologias do Mar - Peniche.
11 de Julho - 21h30 - ZTalks - Diálogos com a Europa e o
Futuro, Biblioteca Municipal de Portalegre, em Portalegre.
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Durante o debate sobre a situação dos direitos humanos
em Angola, Francisco Assis começou por afirmar que "este
é um país com o qual os portugueses têm
relações especiais, e temos a responsabilidade de nos
pronunciarmos sobre o assunto dos direitos humanos". O deputado
europeu acrescentou que tem sido alertado para "o mau funcionamento
do Estado de direito em Angola, nas mais diversas
situações" e que "olha com muita
preocupação para as situações em que se
atenta contra a liberdade de expressão, reunião e de
afirmação de posições próprias, que
infelizmente têm vindo a aumentar nos últimos
tempos".
Francisco Assis, no debate que decorreu na subcomissão dos
Direitos do Homem do Parlamento Europeu em Bruxelas, lembrou que "a
guerra civil, em grande parte induzida pelo exterior, deixou marcas
profundas na sociedade angolana mas que não justificam um
comportamento inaceitável por parte dos responsáveis
políticos" e que "o Parlamento Europeu não pode
fechar os olhos a situações de violação dos
direitos humanos".
Perante membros da embaixada angolana em Bruxelas, representantes do
Serviço de Ação Externa da União Europeia e
responsáveis de ONG's ligadas à situação
dos direitos humanos em Angola, Francisco Assis terminou dizendo que
"Angola é um país com o qual temos fortes
relações de amizade e por isso temos a
obrigação de chamar a atenção para a
necessidade de cumprimento de regras essenciais em matéria de
respeito pelos direitos humanos".
Francisco Assis em Bruxelas com representante dos Yazidis
iraquianos
Francisco Assis recebeu em Bruxelas o membro do Parlamento iraquiano
e presidente do movimento Yazidi para a Reforma e o Progresso, Ameen
Farhan Jeejo, que se deslocou às instituições
europeias para alertar a União Europeia para a ofensiva de que o
povo yazidi está a ser alvo por parte do ISIS no Norte do Iraque.
Os yazidis são considerados hereges pelo ISIS e têm sido
perseguidos, expulsos e assassinados, com centenas de mulheres violadas
e escravizadas, o que tem levado alguns a falar em
genocídio.
De acordo com um relatório da ONU a campanha do ISIS contra os
yazidis resultou em mais de 50.000 refugiados e largos milhares de
mortos. Ameen Farhan defendeu a "identidade e dignidade
próprias" dos yazidis e argumentou que "mais do que de
ajuda humanitária o seu povo precisa que a comunidade
internacional o ajude a ter um futuro" que lhe permita
"continuar a viver onde vive", nas regiões do Sinjar e
das planícies de Nínive. Tal passaria, segundo o
parlamentar iraquiano, por decretar um estatuto de
proteção internacional nas áreas em causa, nos
mesmos moldes das duas zonas de segurança impostas em 1991 no
Iraque para proteger os curdos no tempo de Saddam Hussein. Essa zona de
segurança teria um carácter temporário, até
à de uma região autónoma yazidi-cristã no
Iraque, como previsto na Constituição iraquiana.
Os yazidis-cristãos estariam então em
condições de se sustentarem e defenderem, para além
de que o credo e valores que professam, de acordo com Ameen Farhan,
serem impermeáveis ao fundamentalismo religioso. Francisco Assis
fez saber que o Parlamento Europeu acompanha com atenção e
preocupação a situação dos yazidis e
manifestou a sua solidariedade e disponibilidade para, enquanto membro
efetivo da comissão dos Assuntos Externos e da subcomissão
dos Direitos do Homem, se bater por um maior empenho da UE na
resolução desta grave situação
humanitária, no imediato, bem como numa solução a
longo prazo para os yazidis-cristãos no quadro constitucional
iraquiano. Até porque o problema do Iraque é também
um problema europeu, afirmou Assis, como se prova pelo facto de "a
cada dia 100 yazidis cruzarem o Mediterrâneo na esperança
de chegarem à Europa".
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Ana Gomes enviou
à Comissão Europeia (CE) uma carta a pedir
esclarecimentos sobre a posição do executivo europeu sobre
a decisão de o Governo vender a TAP ao agrupamento
empresarial Gateway, por possível
violação de regras comunitárias relativas à
exploração de serviços aéreos na
União Europeia (UE), nomeadamente no que diz respeito ao controlo
do consórcio que venceu o concurso. Na carta endereçada
às comissárias europeias para a Concorrência, para o
Mercado Interno e para os Transportes, Ana Gomes coloca em
questão que as referidas regras estejam efetivamente cumpridas,
visto que o Regulamento da UE obriga a que o consórcio comprador
seja detido na sua maioria, e efetivamente controlado, por um
cidadão da UE. Visto que o sócio português do
consórcio detém a maioria do capital mas não possui
qualquer experiência na aviação civil, estando esta
concentrada exclusivamente no sócio norte-americano, a deputada
socialista defende que existe apenas um controlo formal da empresa pelo
sócio europeu, que não tem capacidade para exercer o
controlo efetivo requerido pelo Regulamento. Além disso, a
deputada do PS, questiona ainda se a venda não poderá
constituir um auxílio de Estado, que é ilegal à luz
da legislação comunitária e denuncia a opacidade do
concurso e a violação da lei-quadro sobre as
privatizações, que impõe a abertura de concurso
público para a escolha das entidades encarregues da assessoria
dos processos de privatização.
Segurança marítima no Golfo da
Guiné
Ana Gomes participou na conferência sobre segurança
marítima no Golfo da Guiné, na Costa Ocidental africana,
organizada pelo Serviço Europeu de Ação Externa e
pelo Instituto da UE para os Estudos de Segurança na
sequência da adoção da Estratégia de
Segurança da UE para o Golfo da Guiné. A parlamentar
portuguesa, que foi a relatora do Parlamento Europeu para a
Dimensão Marítima da Política Comum de
Segurança e Defesa na legislatura anterior, tendo elaborado um
relatório que teve por objetivo informar a conceção
da Estratégia Europeia de Segurança Marítima,
fechou a conferência falando da necessidade de
implementação da Estratégia e da
articulação entre a UE e os Estados membros, em particular
à luz dos acontecimentos na vizinhança e da
proliferação do crime organizado.
As minorias no Iraque
Ana Gomes patrocinou uma conferência com outros eurodeputados
no Parlamento Europeu sobre a situação das minorias no
Iraque. A socialista portuguesa, que foi no passado relatora do PE para
o Iraque e tem acompanhado desde então a situação
no país, moderou um debate sobre o apoio da UE ao país, em
especial no contexto do conflito protagonizado pela incursão do
designado “Estado Islâmico” no Iraque e na
Síria, que tanto tem afetado as minorias no país, em
particular no Curdistão iraquiano.
Agenda
3 de Julho - 14h30 - Conferência "Olhares
sobre a Imigração: oportunidades e desafios", Centro
de Bem Estar de Vale de Figueira, Santarém.
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Pedro Silva Pereira fez no Parlamento Europeu um forte apelo a mais
sentido das responsabilidades por parte de todos os envolvidos na
3a Conferência Internacional sobre Financiamento ao
Desenvolvimento, que terá lugar em Adis Abeba, Etiópia, de
13 a 16 de julho. Durante uma reunião com
organizações não governamentais, em Bruxelas, o
deputado português, que é também o relator do
Parlamento Europeu para o Financiamento do Desenvolvimento, lamentou a
falta de compromissos financeiros concretos dos principais doadores
internacionais no âmbito dos trabalhos preparatórios da
conferência de Adis Abeba, convocada pela
Organização das Nações Unidas para discutir
os meios de implementação da Agenda de Desenvolvimento
pós-2015, que substituirá os chamados Objetivos do
Milénio.
A reunião contou com a participação das
principais plataformas representativas de organizações
não governamentais europeias ligadas à
cooperação para o desenvolvimento - Concord, Oxfam,
11.11.11 e ONE - que defenderam o reforço dos sistemas fiscais
para uma maior mobilização dos recursos internos dos
países em desenvolvimento a favor do desenvolvimento
sustentável e, neste contexto, a necessidade de criar, no
âmbito das Nações Unidas, um organismo
intergovernamental no qual os países em desenvolvimento possam
participar em pé de igualdade na reforma das normas fiscais
internacionais. Outro ponto suscitado foi a necessidade de estabelecer
um mecanismo robusto de monitorização do progresso dos
compromissos em matéria de financiamento ao desenvolvimento e de
implementação dos objetivos da agenda
pós-2015.
Pedro Silva Pereira sublinhou a convergência entre as
preocupações das ONG e a posição já
adotada pelo Parlamento Europeu, que consta do relatório de que
foi relator. Por outro lado, o deputado socialista insistiu na
importância da Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) e do
cumprimento pelos países desenvolvidos do seu compromisso de
afetar 0.7% do rendimento nacional bruto ao financiamento da agenda de
desenvolvimento 2015-2030. O deputado socialista referiu, ainda, que,
apesar das recentes conclusões do Conselho sobre financiamento do
desenvolvimento terem ficarem aquém do que foi exigido pelo
Parlamento Europeu, é preciso continuar a pressionar
também outros importantes parceiros internacionais, como os
Estados Unidos e o Japão, para que assumam compromissos
financeiros claros. Disso depende o sucesso da conferência de Adis
Abeba e a própria viabilidade dos objetivos de desenvolvimento
sustentável, a começar pelo combate à pobreza.
Recorde-se que o relatório de Pedro Silva Pereira sobre
Financiamento do Desenvolvimento foi aprovado no Parlamento Europeu por
uma ampla e larga maioria, no passado dia 19 de maio. Na próxima
sessão plenária, em Estrasburgo, terá lugar um novo
debate, na presença da Comissão Europeia e do Conselho,
sobre a conferência de Adis Abeba e o projeto de relatório
da comissão de Desenvolvimento sobre a fraude e a evasão
fiscais nos países em desenvolvimento. Pedro Silva Pereira
integra a delegação do Parlamento Europeu que vai
participar na conferência de Adis Abeba.
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Liliana Rodrigues participou no XVII Congresso do PS Madeira que
marcou a eleição de Carlos Pereira como presidente do
Partido Socialista madeirense e onde se discutiu também as
políticas de direita que contribuíram decisivamente para
acentuar a ruína do país e da região. Liliana
Rodrigues realçou que “este é um momento crucial do
PS Madeira, que precisa de um projeto comum que nos una como
cidadãos e militantes da liberdade. Hoje fica clara a
importância de todos e de cada um de nós na
construção de um projeto que se abre a todos os
madeirenses e porto-santenses que ambicionam por ter voz no futuro da
Madeira”. Liliana Rodrigues entende que, “a nível
nacional, precisamos de resgatar a confiança para aqueles que
assumem a responsabilidade da vida pública e política e
só o Partido Socialista está em condições de
nos devolver a dignidade do trabalho, de impedir a saída da
geração mais qualificada de sempre, de garantir a
inclusão social, os direitos e os valores de abril. Este é
o momento de juntos dizermos não a um governo que tem a
austeridade como valor basilar da sua política”.
A situação na Grécia
Liliana Rodrigues reuniu-se com Sérgio Marques, diretor
regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus da Região
Autónoma da Madeira, para uma troca de impressões sobre a
situação europeia e o reforço das
relações institucionais, a situação na
Grécia e a necessidade de um acordo razoável que implique
o bem-estar do povo grego, o novo desenho parlamentar europeu com a
criação de um grupo parlamentar da extrema-direita, os
fundos europeus e os novos instrumentos de financiamento e ainda a
importância das políticas de coesão social e
territorial.
Breves
Liliana Rodrigues esteve numa sessão de trabalho com diversos
investigadores da Universidade da Madeira com vista à
criação de um projeto assente em clusters fundamentais
para a Região Autónoma da Madeira.
A eurodeputada socialista participou na sessão solene
comemorativa do Dia da Região Autónoma da Madeira e das
Comunidades Madeirenses, que teve lugar na Assembleia Legislativa da
Madeira, seguindo-se a cerimónia de deposição de
flores junto do Monumento à Autonomia e a cerimónia da
imposição solene das Insígnias Honoríficas
Madeirenses, no Salão Nobre do Governo Regional da Madeira,
momento em que Liliana Rodrigues aproveitou para destacar o trabalho em
prol da região do “seu amigo e camarada Emanuel Jardim
Fernandes”.
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Ricardo Serrão Santos organizou, enquanto vice-presidente para
a biodiversidade e serviço dos ecossistemas do Intergrupo
“Mares, ilhas, rios e zonas costeiras”, uma
conferência sobre o impacto do lixo marinho nos ecossistemas.
Esta conferência decorreu no Parlamento Europeu, em Bruxelas, e
contou com a presença de Christopher Pham, do MARE – Centro
de Ciências do Mar e do Ambiente da Universidade dos
Açores, de Marianne Wenning, diretora para a “Qualidade de
Vida, Água e Ar” da Direção Geral do Ambiente
da Comissão Europeia, de Arlete Sogorb, presidente da
Associação Europeia de Mamíferos Aquáticos,
do Zoo de Lisboa e de Bernard Merkx, gestor de projetos, da Waste Free
Oceans Foundation.
Na sua intervenção Serrão Santos começou
por afirmar que “nas últimas décadas a
poluição dos oceanos por plásticos foi reconhecido
como um problema ambiental muito sério. Com um incremento global
anual na produção de plásticos que ronda os 300
Milhões de toneladas, uma percentagem significativa, entre 5% a
10%, termina o seu ciclo como lixo marinho".
Para o eurodeputado socialista, que é Doutorado em Biologia e
dedicou grande parte da sua carreira ao estudo dos ecossistemas
marinhos, “a acumulação de lixo no oceano é
antes de mais uma falha de mercado, uma vez que a indústria
não é economicamente responsabilizada pelo destino dos
seus produtos”.
Ricardo Serrão Santos referiu que “espécies
carismáticas as tartarugas, as aves marinhas e os
mamíferos marinhos sofrem com a ingestão de lixo
marinho”. Deu como exemplo “o caso das tartarugas marinhas
que confundem plástico com águas-vivas acabando por morrer
com o estômago cheio de lixo. Eu vi isto acontecer nas ilhas dos
Açores, no Oceano Atlântico”, enfatizou.
A degradação do plástico em micro e nano
plásticos tem como resultado a contaminação de toda
a cadeia alimentar e tem consequências para a saúde
humana.
A finalizar Serrão Santos reconheceu, até pela
própria composição dos participantes na
reunião que coordenou “a solução para o
problema do lixo marinho convoca a participação e o
conhecimento de vários setores, incluindo a indústria,
ciência, política, ONG e os cidadãos”.
Recentemente foram propostas algumas medidas interessantes, no sentido
de prevenir o lixo marinho de entrar nos oceanos. Uma delas, que
já foi tomada por vários países europeus,
inclusivé por Portugal e pela Região Autónoma dos
Açores, e que terá efeitos positivos é a
redução da utilização de sacos de
plástico.
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A Grécia tem vindo a ser acusada de não ter feito
qualquer esforço de ajustamento apesar de, sob a alçada
tutelar da troika, ter reduzido de forma histórica o
défice orçamental estrutural num montante equivalente a 20
pontos percentuais do PIB entre 2009 e 2014, perdido mais de um quarto
do PIB e deixado 50% dos jovens no desemprego.
Também é acusada de ter um Estado que não
funciona e de não ter estatísticas fiáveis, apesar
de, após 5 anos de "reformas estruturais", as
acusações serem as mesmas das da data de
adesão.
O que as instituições europeias não conseguem
admitir é que se a dívida grega se tornou numa bola de
neve imparável, foi em grande parte devido ao falhanço
total da agenda de austeridade.
Cada vez é mais evidente que a TINA (there is no
alternative - não há alternativa) em matéria
económica está a degenerar numa TINA partidária.
Esta agenda indisfarçável começa na pressão
da CDU sobre Angela Merkel, é propagandeada pelo Eurogrupo e pelo
seu presidente, Jeron Dijsselbloem, e termina numa "campanha
europeia" que inclui ameaças explícitas ou
implícitas de que um "não" no referendo de
domingo obrigará a Grécia a sair do euro.
Afirmações destas implicam que, se os gregos disserem
"sim" estarão a votar contra o governo Syriza e a repor
um governo alternativo que praticamente só poderá ser
constituído em torno do maior partido que resta - ND,
irmão da CDU alemã - embora eventualmente numa
coligação que não será mais do que
simbólica com o que hoje resta dos socialistas gregos (Pasok e To
Potami).
Qual o papel dos socialistas europeus no meio deste cenário? A
esquerda moderada europeia está hoje a sofrer as
consequências da sua opção (ou incapacidade) de se
distanciar política e ideologicamente, a nível europeu, da
agenda austeritária dominante imposta pelos conservadores desde
2010.
Apesar disso, os socialistas não estão todos ao lado de
Merkel. Ao contrário do que alguma imprensa portuguesa parece
fazer crer - "François Hollande alinha-se com Merkel sobre a
Grécia", Expresso de 2/7/2015 - a imprensa europeia confirma
de forma clara a existência de fortes tensões entre
Hollande e Merkel sobre a crise grega. Durante todo o lamentável
processo negocial das últimas semanas sobre a assistência
financeira à Grécia, os socialistas franceses, italianos,
portugueses e alguns alemães estiveram ativamente por trás
das peças construtivas das negociações. A verdade,
todavia, é que todo este trabalho de conciliação e
moderação da agenda fica comprometido com
declarações públicas, algumas duríssimas, de
responsáveis socialistas - nomeadamente Sigmar Gabriel,
líder do SPD alemão, Disselbloem e, infelizmente
também, após a rotura das negociações, de
Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu - que não
permitem distinguir a agenda socialista da conservadora.
Deste apagamento público dos socialistas europeus enquanto
alternativa consistente à TINA resultam duas
conclusões.
A primeira é que há um enorme risco de que cada vez
mais cidadãos europeus procurem resposta para a
frustração, desespero e ausência de futuro
resultantes da austeridade aderindo a movimentos partidários e
ideológicos radicais de esquerda e de direita fora do quadro
pró europeu.
Mais preocupante do que o Syriza e o alegado radicalismo de esquerda
na Grécia é o grupo de Marine Le Pen (líder da
extrema-direita francesa) que acaba de ser formalmente
constituído no Parlamento Europeu e cuja ideologia é
largamente alimentada pela "vacina" imposta a Atenas.
A segunda conclusão é que cada vez é mais
evidente que, hoje, mais do que nunca, a estratégia
política que António Costa tem vindo a seguir é
mais do que correta e fundamental e tem de ser apoiada. Cabe aos
socialistas demonstrar que há alternativa à TINA e
à terrível agenda recessiva dentro da União e
não fora dela, antes que seja demasiado tarde. Foi por isso que,
no congresso dos socialistas europeus que teve lugar na Hungria a 12 e
13 de Junho, foi António Costa, em parceria com Pedro Sanchez
(líder do PSOE espanhol), quem protagonizou os momentos fortes do
evento, traçando os eixos fundamentais de uma agenda comum
alternativa que não pode tardar mais a consolidar-se e tornar-se
visível aos cidadãos, não apenas em Portugal mas a
nível europeu.
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