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Nesta edição:
1 - Francisco Assis vê
resolução sobre direitos humanos na América Latina
aprovada e defende as posições da União Europeia
nas relações com a Rússia e solução
diplomática para a Crimeia.
2 - Maria João Rodrigues intervém no
congresso do Partido Socialista Europeu e participa em debate sobre
política europeia.
3 - Carlos Zorrinho defende impulso decisivo na
liderança europeia da transição energética e
participa em reunião da EuroLat.
4 - Ana Gomes nos debates sobre as
relações UE-Rússia, a situação
militar estratégica na bacia do Mar Negro, a
ligação entre desportos, direitos humanos e
corrupção e os primeiros Jogos Olímpicos Europeus
em Bacu.
5 - Pedro Silva Pereira na definição
da futura estratégia comercial da União Europeia.
6 - Ricardo Serrão Santos: Comissão de
Agricultura defende reforço do POSEI.
7 - Liliana Rodrigues faz balanço da visita
de trabalho à Roménia e reúne-se com
primeiro-secretário da Embaixada de Israel.
8 - Opinião de Elisa Ferreira: O debate
nacional e europeu que se impõe nas próximas
eleições legislativas.
11- Angola: Eurodeputados enviam carta a José Eduardo dos
Santos sobre direitos humanos.
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Foi aprovada no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, uma
resolução preparada e negociada com os restantes grupos
políticos por Francisco Assis. Esta resolução,
sobre aspetos relativos aos direitos humanos na América Latina,
tem por base o trágico caso de uma menina paraguaia de 10 anos
que foi violada pelo seu padrasto e a quem, no seguimento deste crime,
foi negado o direito a abortar. O texto da resolução
procurou chamar a atenção para que a violência
física, sexual e psicológica contra as mulheres constitui
uma violação grave dos direitos humanos e que em muitos
países da América Latina, nos quais se inclui o Paraguai,
há ainda muito a fazer para combater estas atrocidades.
Francisco Assis, como presidente da delegação para as
relações com os países do Mercosul e também
como membro da subcomissão para os Direitos Humanos, foi
designado pelo grupo dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu
para procurar chegar a um consenso com os restantes grupos
políticos de forma a aprovar uma resolução que
fosse o mais abrangente possível, demonstrando assim que o
Parlamento Europeu continua a ser um ator fundamental na defesa dos
direitos humanos. O texto teve o apoio de todos os grupos
políticos do parlamento exceto o dos conservadores do ECR e o
grupo de centro direita no qual estão incluídos os
deputados do CDS e do PSD, o Partido Popular Europeu.
Durante a discussão que antecedeu a votação da
resolução, Francisco Assis afirmou
que "este debate é na realidade sobre valores
fundamentais da pessoa humana" e que "no caso particularmente
hediondo e trágico ocorrido no Paraguai a criança de 10
anos está a ser vítima de dois crimes, um cometido pelo
seu próprio padrasto, crime esse que vai ser objeto de
punição pelo sistema judicial paraguaio, e um segundo
cometido pelo próprio Estado, na medida em que tem uma
legislação excessivamente rígida que impede o
recurso ao aborto numa situação desta natureza".
Francisco Assis não quis deixar de lembrar que
"não é este o momento para fazer um debate de fundo
sobre o aborto, é uma questão de outra natureza, estamos a
falar do aborto humanitário, numa circunstância
absolutamente limite para salvaguardar a integridade psicológica
e física de uma criança de 10 anos e este Parlamento
não pode ser insensível a uma situação desta
natureza".
Francisco Assis defende as posições da
União Europeia nas relações com a Rússia
Francisco Assis defendeu em Estrasburgo, durante o debate
sobre o estado das relações entre a União
Europeia e a Rússia, que "as posições adotadas
pela União Europeia nos últimos meses, juntamente com as
Nações Unidas, têm-se revelado as mais corretas e
mais adequadas". Esta posição é justificada
pelo facto de ser "indiscutível que o regime russo tem
infelizmente evoluído num sentido cada vez mais
autocrático com desrespeito pelas liberdades individuais e
desrespeito pela atuação das oposições e das
minorias e que isto contribui para que no plano externo se assista a
violações sistemática de princípios
fundamentais do direito internacional".
Francisco Assis afirmou que "contudo não podemos perder
de vista a importância geopolítica do relacionamento entre
a União Europeia e a Rússia". Durante o debate no
Parlamento Europeu o eurodeputado defendeu que "é
absolutamente fundamental apoiar todos os que na Rússia se batem
pelos direitos humanos" mas que "temos de ter alguma
ponderação na forma como abordamos a questão russa
em termos internacionais".
Após uma afirmação de que estaríamos a
assistir a um reforçar das relações da
Rússia com a China, Francisco Assis não quis deixar de
referir que "nesse plano devemos ter algum cuidado com a forma como
abordamos a possibilidade de aumentarmos as sanções a
aplicar à Rússia".
Francisco Assis defende solução
diplomática para a Crimeia
No debate sobre a situação estratégica na bacia
do Mar Negro do ponto de vista militar, na sequência da
anexação ilegal da Crimeia pela Rússia, Francisco
Assis defendeu
que "qualquer política de segurança para o Mar
Negro deve apostar sobretudo na componente diplomática e que
nunca podemos perder de vista a importância de assegurar o
relacionamento a prazo com a Rússia".
O deputado europeu começou por afirmar que a
"desintegração da União Soviética
correspondeu historicamente a uma perda de poder e influência da
Rússia", e que isso "levou-os a adotar uma série
de comportamentos que são obviamente inaceitáveis e
têm sido objeto de condenação por parte de
vastíssimos sectores da comunidade internacional, das
Nações Unidas, da UE e a política de
sanções que tem sido seguida tem sido a mais
correta".
Francisco Assis participou neste debate como membro da
comissão de Assuntos Externos do Parlamento Europeu e terminou a
sua intervenção relembrando que "a Rússia
é um nosso vizinho e nunca podemos perder de vista que
também faz parte dos nossos interesses geopolíticos e
económicos fundamentais, acautelar o relacionamento futuro com a
Rússia".
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Budapeste recebe este fim de semana o congresso do Partido Socialista
Europeu (PSE), que junta primeiros-ministros e líderes
socialistas e sociais-democratas de todos os Estados-membros da
União Europeia. No congresso, será eleita uma nova
direção do PSE para os próximos dois anos, estando
na corrida o atual líder, o búlgaro Sergei Stanishev, e o
socialista espanhol Enrique Barón Crespo.
O congresso será palco de vários debates e
deverá aprovar uma estratégia favorável ao
crescimento económico, com o objetivo de apresentar uma
alternativa credível às atuais políticas pautadas
por medidas de austeridade. Durante a sessão
plenária, a vice-presidente do Grupo S&D Maria João
Rodrigues irá intervir no debate dedicado ao tema “Unidos
pela Criação de Emprego”, que contará com a
intervenção de Stefan Lofven, primeiro-ministro sueco, e
de António Costa, secretário-geral do Partido
Socialista. O objetivo do painel é apresentar
a resposta dos partidos socialistas a problemas relacionados
com a inclusão, com o combate às desigualdades e com
sustentabilidade do estado social. O Congresso do PSE realiza-se em
Budapeste também com o objetivo de dar destaque às
questões relacionadas com a liberdade de imprensa,
tolerância e migração, já que a
ação do Governo húngaro tem sido fortemente
contestada nestes domínios, sobretudo pelo Grupo S&D no PE.
Este congresso contará também com as presenças das
eurodeputados do PS, Elisa Ferreira e Ana Gomes.
Polémicas Europeias em discussão no Museu do
Oriente
Maria João Rodrigues participou no segundo encontro do ciclo
de conferências sobre política europeia organizado em
parceria pela Fundação Oriente, Instituto Português
de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa
e jornal Público.
A primeira conferência discutiu “A União Europeia
e a crise na Grécia” e contou com a
participação do antigo Presidente da República
Jorge Sampaio e do conselheiro de Estado Vítor Bento. Este
segundo encontro contou com as intervenções da
vice-presidente do Grupo S&D do PE e antiga ministra do Trabalho e
da Solidariedade Social Maria João Rodrigues e do economista e
membro do Conselho Económico e Social João Ferreira do
Amaral que debateram “Portugal e o futuro da Europa”, numa
iniciativa moderada pela jornalista Teresa de Sousa.
Jaime Gama, antigo presidente da Assembleia da República e
antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, e Ulrich Brandenburg,
embaixador da Alemanha em Portugal, discutirão “A crise na
Ucrânia e a defesa europeia” a 2 de julho, no Museu do
Oriente, em Alcântara, Lisboa.
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Carlos Zorrinho considerou
que a União Europeia se "atrasou" no
desenvolvimento do Mercado Único de Energia em
relação às "dinâmicas da
globalização, da tecnologia e das necessidades de
competitividade e sustentabilidade".
Ao intervir no ponto da ordem de trabalhos da sessão
plenária de Estrasburgo relativo à "Estratégia
Europeia de Segurança Energética", o eurodeputado
socialista afirmou também que "a pressão externa, em
particular o conflito com a Rússia, forçou uma
mudança de atitude".
Em face desta nova realidade, para Zorrinho é
necessário aproveitar esta oportunidade "não apenas
para responder ao desafio imediato, mas para dar um impulso decisivo na
liderança europeia da transição
energética", e não cometer neste dossier os erros
praticados no da União Digital onde "se indiciam
ameaças de segurança, devido aos nossos atrasos na
criação de um mercado único, regulado e
transparente".
Identificando como adequados os pilares previstos para a
segurança energética, designadamente, mais
eficiência, mais produção própria com
prioridade às energias renováveis e amigas do ambiente,
liderança tecnológica, existência de mercado
integrado com fortes interligações, para Carlos Zorrinho
"a aplicação desta estratégia implica um
mercado único e uma União da Energia", por um lado, e
o reforço dos "níveis de planeamento e
regulação supranacionais", por outro.
"Mas implica também dar um novo impulso no crescimento
sustentável da economia europeia com um novo modelo de
organização do espaço, da mobilidade e da
organização social", defendeu Carlos Zorrinho, para
quem é necessário não "deixar morrer a
ambição" e "aproveitar a
oportunidade".
VIII Assembleia Parlamentar da EuroLat
A VIII sessão plenária ordinária da
Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana (EuroLat), decorreu em
Bruxelas. Carlos Zorrinho, coordenador S&D na EuroLat e membro da
sua comissão de Desenvolvimento Sustentável, Ambiente,
Política Energética, Investigação,
Inovação e Tecnologia, apresentou o documento de trabalho
“sobre Agenda Digital na União Europeia – Uma
apreciação no contexto das relações
União Europeia”, do qual é co-relator, juntamente
com o deputado latino-americano Adolfo Rodriguez Saá, da
Argentina. Expôs também os seus pontos de vista sobre o
relatório relativo às “oportunidades e desafios em
matéria de gás de xisto nos países da ALC e nos
Estados-membros da UE”, do qual é relator-sombra do grupo
S&D.
Breves
Carlos Zorrinho, em representação da comissão de
Indústria, Investigação e Energia, integrou o
júri que procedeu à avaliação dos
relatórios finais produzidos no âmbito do seminário
"Para uma Europa da Energia? Quais os esforços e qual o
custo para as empresas e para a sociedade", organizado pela Escola
Nacional de Administração francesa em parceria com o
Comité Económico e Social europeu.
A 29.ª Assembleia Parlamentar Paritária Africa,
Caraíbas e Pacífico (ACP) - União Europeia (UE)
realiza-se entre 15 e 17 de Junho em Suva, Ilhas Fiji. Carlos Zorrinho
participa enquanto membro efectivo desta Assembleia Paritária e
da sua Comissão Política.
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Ana Gomes participou no debate plenário sobre as
relações entre a UE e a Rússia, defendendo que a
UE mantenha a disponibilidade para dialogar com Moscovo, sem nunca se
aceitar a anexação ilegal da Crimeia e a
destabilização da Ucrânia orquestrada pela
Rússia, e apesar da "lista negra" a bloquear
políticos Europeus de visitar a Rússia. A parlamentar
socialista alertou que Putin aposta na desunião europeia e, por
isso, considerou essencial que a UE se mantenha firme e até
reforce sanções económicas e financeiras e as
direcione aos oligarcas que sustentam Putin, caso a Rússia
continue a violar os acordos de Minsk. Sublinhou também a
necessidade da UE apoiar política e financeiramente defensores de
direitos humanos, bloguistas, media independentes, académicos,
ONG's e outras representações da sociedade civil
independente na Rússia.
A situação militar estratégica na bacia
do Mar Negro
No debate sobre a situação militar
estratégica na bacia do Mar Negro, na sequência da
anexação ilegal da Crimeia pela Rússia, Ana Gomes
apelou aos
Estados-membros que apresentem uma resposta de segurança conjunta
para as mudanças do contexto geoestratégico e militar na
bacia do Mar Negro, a qual deve refletir-se na revisão da
Estratégia de Segurança Europeia e da Estratégia
Europeia de Segurança Marítima.
Desporto, direitos humanos e
corrupção
A ligação entre desportos, direitos humanos e
corrupção foi também discutida pelos eurodeputados
em Estrasburgo. Ana Gomes defendeu
que UE deve atuar e exigir reformas na FIFA, com a
criação de um comité independente que investigue e
aplique reformas. Denunciou ainda a associação de clubes
e eventos desportivos europeus a governos corruptos e
autocráticos, que assim lavam dinheiro e compram a sua
promoção na esfera internacional, violando direitos
humanos dos trabalhadores que constroem as infraestruturas e os direitos
inerentes às expropriações massivas associadas.
"Tudo com a cumplicidade, por ação e omissão,
do sistema financeiro e de governos europeus. Valha-nos por isso o FBI e
o Departamento de Justiça americano, que desmontaram algumas das
teias de corrupção reinantes na FIFA", sublinhou Ana
Gomes.
Os primeiros Jogos Olímpicos Europeus em Bacu,
Azerbaijão
No debate sobre a realização dos primeiros Jogos
Olímpicos Europeus em Bacu, no Azerbaijão, a Ana Gomes indagou "que
sinais dão outros líderes desportivos europeus ao
selecionar o Azerbaijão para receber os Jogos Europeus? Fechando
olhos à censura e à repressão e facultando ao
Presidente Aliyev o que ele almeja: publicidade favorável e
"respeitabilidade" - a que o dinheiro do petróleo pode
comprar". Ana Gomes apoiou, por isso, exigências de
organizações de direitos humanos que apelam aos
líderes da UE que boicotem as cerimónias de abertura dos
Jogos Europeus.
Breve
Ana Gomes está em Budapeste para participar no congresso do
Partido Socialista Europeu, numa iniciativa que conta também com
as participações das eurodeputadas socialistas Maria
João Rodrigues e Elisa Ferreira.
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Pedro Silva Pereira foi nomeado relator-sombra do grupo dos
Socialistas e Democratas do Parlamento Europeu na comissão de
Desenvolvimento para o relatório sobre a nova estratégia
de comércio e investimento no âmbito da política
externa da União Europeia. O Parlamento Europeu irá
aprovar a sua posição até ao final do ano,
influenciando assim a Comissão Europeia na
definição da nova estratégia comercial da
União para os próximos cinco anos.
Pedro Silva Pereira, que é também membro da
comissão de Comércio Internacional e relator do Parlamento
para o acordo de comércio UE-Japão, reagiu a esta
nomeação sublinhando a importância de uma
revisão das orientações da política
comercial externa da União, de modo a assegurar a coerência
e a eficácia das políticas. O deputado socialista
acrescentou que as negociações comerciais em curso entre a
União e os Estados Unidos demonstram bem a necessidade de uma
comunicação mais clara sobre os objetivos da nossa
política comercial, que assegure aos cidadãos que o
comércio internacional não ameaça os valores
europeus, os direitos laborais ou os serviços públicos de
interesse geral, como a saúde e a educação.
Pedro Silva Pereira tem defendido que a transparência e a
responsabilidade social das empresas devem ser prioridades desta nova
estratégia, mas também o alinhamento do sector privado com
os objetivos do desenvolvimento sustentável. Neste contexto,
seria importante por exemplo a introdução de
legislação mais eficaz para assegurar a responsabilidade
das empresas pelo impacto dos seus negócios e investimentos nos
países em desenvolvimento. Os esforços recentes da
União na melhoria das condições de trabalho no
Bangladesh e na prevenção do fomento de conflitos na
África Central através do comércio de metais
preciosos são bons exemplos a seguir. Pedro Silva Pereira tem
sublinhado também nas suas intervenções que esta
nova estratégia comercial deve ser coerente e, porque a
política comercial não é um fim em si mesma,
importa reforçar os instrumentos de cooperação
já existentes - como o sistema de preferências
generalizadas, os acordos de parceria económica com os
países de África, os capítulos sobre
desenvolvimento sustentável nos acordos de comércio livre,
bem como a ajuda ao comércio - para promover o desenvolvimento
sustentável, o comércio livre e justo, a
integração de todos os países na economia mundial,
o respeito pelos direitos humanos, as normas laborais internacionais e o
trabalho digno.
De notar que a Comissão Europeia irá dedicar o
próximo dia 23 de junho ao debate da política comercial
europeia com vários stakeholders
(organizações não governamentais,
associações de consumidores, sindicatos,
associações comerciais, institutos académicos,
entre outros). Este evento faz parte de um processo de consulta alargado
para a preparação da nova estratégia comercial da
União Europeia, que assume como objetivos os de promover a
criação do crescimento e do emprego na Europa, a
promoção do desenvolvimento global e o reforço das
relações com importantes parceiros comerciais, como os
Estados Unidos e o Japão.
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Ricardo Serrão Santos, relator-sombra para o
"relatório do leite", reuniu apoios na comissão
de Agricultura do Parlamento Europeu (PE) para solicitar o
reforço do envelope do POSEI - um programa de apoios às
regiões ultraperiféricas, onde se destacam as medidas para
fazer face ao impacto do fim das quotas leiteiras.
Em declarações após a realização
das votações Serrão Santos afirmou que este
resultado "é um passo importante para consagrar a
especificidade da produção de leite nos Açores e
dá indicações para que a Comissão Europeia
considere o reforço do POSEI”. O eurodeputado socialista
referiu que "ficou expresso no texto que a União Europeia
deve garantir a produção de leite em todo o seu
território, nomeadamente manter a atividade também nas
regiões ultraperiféricas".
Ricardo Serrão Santos mostrou-se satisfeito com o desfecho das
negociações e, em especial, com "o espírito de
consenso na comissão de Agricultura em torno das necessidades do
sector leiteiro nos Açores”. "De entre as medidas com
interesse para o sector leiteiro aprovadas, destaco ainda o pedido de
aumento do preço de referência da
intervenção, de novas medidas de regulação
da oferta e o reforço do papel do observatório do
leite”.
O conjunto de propostas que deverão ser aprovadas na
próxima sessão plenária do PE faz também
referência expressa à necessidade da Comissão
intervir, no sentido de criar um quadro regulamentar para as
relações com a grande distribuição, e
medidas que melhorem o relacionamento da produção com a
indústria para garantir que o produtor de leite é
devidamente remunerado pelo seu trabalho.
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No balanço da deslocação à Roménia
de um grupo de trabalho da comissão de Desenvolvimento Regional,
Liliana Rodrigues manifestou satisfação pela
aplicação dos fundos estruturais nos projetos visitados,
aproveitando para destacar a iniciativa ELI-NP (Extreme Light
Infrastructure – Nuclear Physics), que tem Portugal como parceiro,
afirmando “que este é um bom exemplo de como o investimento
na educação e na investigação devem
constituir-se como uma prioridade para o desenvolvimento sólido e
competitivo de um país”.
Encontro com responsável da Embaixada de Israel em
Lisboa
Liliana Rodrigues reuniu-se em Estrasburgo com Raslan Abu Rukun,
primeiro-secretário da Embaixada de Israel em Lisboa, para
debater temas como a situação política de Israel,
as negociações para a paz entre Israel e a Palestina, a
constituição de um projeto cultural e inter-religioso para
a zona do Mediterrâneo e ainda a ameaça do Daesh na
região. Liliana Rodrigues mantém “sérias
preocupações com a população da Faixa de
Gaza, principalmente no acesso à educação,
saúde e bens fundamentais”, entendendo que “a
reconstrução de Gaza só é possível
através de um entendimento aberto com base na boa vontade e
mediado pela União Europeia e pelos EUA”. “Gostava
que a União Europeia tivesse, de forma efetiva, um papel mais
ativo sobre este conflito”, acrescentou. A eurodeputada socialista
foi convidada a realizar uma visita de trabalho a Israel.
Agenda
17 de Junho, 14h00 - Conferência "Commitment to
Democracy through Increasing Women's Participation" -
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da
Universidade do Porto, Porto.
19 de Junho, 11h30 - Conferência EB 123 do Curral das
Freiras "A importância da UE para o desenvolvimento dos
jovens" - Curral das Freiras, Madeira.
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As próximas eleições legislativas vão ter
de clarificar a questão essencial, que tem sido frequentemente
desvalorizada em Portugal, sobre a definição do que
queremos ser enquanto país e sociedade e, em paralelo, sobre a
forma como queremos influenciar a agenda europeia.
Actualmente não é possível, por razões
políticas de vários Estados membros, alterar o Tratado da
União Europeia (UE) para corrigir as lacunas que persistem no
modelo da moeda única e que foram postas a nu com a crise
económica e financeira. Mas é possível, e
necessário, ir construindo e alargando margens de flexibilidade
numa agenda que, mesmo se parece rígida, está de facto em
constante mudança.
Portugal tem estado bastante alheado deste debate, praticamente deste
a adesão à UE, há quase 30 anos, em grande parte
sob uma falsa desculpa da "pequenez" do país,
limitando-se frequentemente a sofrer as consequências de uma
agenda decidida pelos parceiros e que não é
necessariamente a sua.
Esta passividade raiou a irresponsabilidade durante os anos da
troika, com o Governo a seguir à risca as receitas de
política económica impostas por técnicos
inimputáveis sem nunca questionar se eram as que mais
interessavam ao país. O resultado está à vista, com
o desastre económico e social que conhecemos.
Não podemos continuar neste caminho. É por isso que as
próximas eleições legislativas terão de
incluir a contribuição portuguesa para o debate europeu,
porque esse é o enquadramento que confere consistência
às grandes linhas da agenda nacional. Precisamos de encontrar nos
limites da contenção orçamental que nos interessa
salvaguardar as margens que nos permitam refazer o tecido
económico e social indispensável à
sobrevivência do País. Foi neste espaço que se
desenvolveu o trabalho liderado pelo Mário Centeno, que em boa
hora o António Costa lançou e no qual tive o gosto de
poder participar.
Temos assim de debater a nível interno e externo o que
deverá ser a União a prazo, sem perder de vista os
objectivos de curto prazo que a meu ver são: garantir que a
Grécia se mantém no euro; corrigir a
aberração que constitui a "troika",
que, sem qualquer controle democrático, define as agendas
políticas dos Estados; reformar o Mecanismo Europeu de
Estabilidade de apoio aos países com problemas de liquidez para o
libertar da chantagem a que convida a decisão por unanimidade;
avançar para uma garantia comum de depósitos
bancários até 100 mil euros; avançar igualmente
para uma gestão conjunta da dívida pública dos
países do Euro. O investimento público estratégico
- educação, investigação, ciência - ou
associado a verdadeiras reformas estruturais - justiça ou
administração pública - também tem de ser
protegido pela flexibilidade das regras de disciplina orçamental.
As práticas fiscais agressivas com que alguns Estados membros da
UE saqueiam receitas fiscais essenciais dos parceiros, têm de
acabar. E a convergência real - económica, social e
regional - poderá incluir a definição de
níveis mínimos europeus de protecção do
desemprego, acessibilidade a serviços essenciais, portabilidade
das pensões e reconhecimento das competências.
Podemos discutir, discordar ou aperfeiçoar medidas concretas.
Mas estes eixos fundamentais, dentro de um quadro europeu em que somos
um parceiro responsável e com direitos legítimos e nunca
alunos, funcionários ou súbditos, é claramente
aquilo de que Portugal precisa para levantar a cabeça e conseguir
enfrentar determinadamente o futuro!
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37 eurodeputados de 6 grupos políticos e 14 nacionalidades
enviaram esta quarta-feira uma carta
ao Presidente da República de Angola, José Eduardo dos
Santos, onde demonstram preocupações sérias sobre a
deterioração da situação de direitos humanos
em Angola, dando ênfase ao assédio judicial do jornalista
Rafael Marques, à detenção e processos contra os
ativistas de Cabinda Arão Bula Tempo e José Marcos
Mavungo, assim como ao alegado massacre, com centenas de pessoas mortas,
numa rusga policial aos seguidores da seita A Luz do Mundo, no Huambo,
em abril passado.
Os eurodeputados pedem ao Presidente angolano que sejam abolidas as
leis que criminalizam a difamação e que sustentam os
atuais processos criminais contra o jornalista Rafael Marques; apelam a
que intervenha no sentido de libertar imediatamente José Marcos
Mavungo e do arquivamento dos processos movidos contra Bula Tempo e
Mavungo em Cabinda, uma vez que assentam "apenas no seu trabalho em
matérias de direitos humanos". Sobre as
alegações de massacre no Huambo, os signatários
pedem uma investigação internacional independente para
apurar a verdade.
Como é recordado na carta, Angola é um Estado parceiro
da União Europeia ao abrigo do Acordo de Cotonou, que inclui
diálogo político reforçado no âmbito do
Acordo "Joint Way Forward". Ambos os tratados incluem
obrigações e compromissos específicos em
matéria de respeito pelos direitos humanos e princípios
democráticos. "Em conformidade com estas normas
vinculativas, esperamos que atue, Senhor Presidente", terminam os
parlamentares.
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