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Nesta edição:
1 - Relatório de Pedro Silva Pereira sobre
Financiamento do Desenvolvimento aprovado por larga maioria.
2 - Ana Gomes vê relatório sobre
mercados de defesa adotado pelo Parlamento Europeu e participa nos
debates sobre migração, a nova diretiva anti-branqueamento
de capitais e as eleições na Etiópia.
3 - Carlos Zorrinho defende reforço das
relações entre a UE e a CELAC, defende que é
fundamental garantir o acesso ao mercado único digital e
questiona Comissão Europeia sobre o Alqueva.
4 - Francisco Assis defende rápida
concretização do acordo UE-Mercosul e patrocina viagem de
jovens de Guimarães a Bruxelas.
5 - Maria João Rodrigues na
reunião dos ministros socialistas para acordo sobre uma
estratégia comum para reforçar a União
Económica e Monetária e promove ações de
formação sobre a Europa.
6 - Opinião de Elisa Ferreira: Os
trabalhos no âmbito da Comissão Taxe.
7 - Liliana Rodrigues em visita de trabalho à
Beira Interior.
8 - Dia Europeu do Mar: Ricardo Serrão Santos
lembra que conhecimento deve suportar decisões sobre os
oceanos.
9 - 26 de Maio: Prémio Sousa Franco entregue na Universidade
de Lisboa.
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Esta semana, em Estrasburgo, o relatório de Pedro Silva
Pereira sobre Financiamento do Desenvolvimento foi aprovado por larga
maioria, com 85% de votos favoráveis em plenário (582
votos a favor, 79 contra e 28 abstenções). Este
relatório é o contributo do Parlamento Europeu para a
posição da União Europeia na 3a
Conferência Internacional sobre Financiamento do Desenvolvimento
(Adis Abeba, de 13 a 16 de julho), onde serão decididos os
recursos financeiros para a implementação dos novos
objetivos de desenvolvimento sustentável para os próximos
15 anos, no quadro da revisão dos Objetivos do Milénio. O
debate sobre o
relatório, que decorreu nesta segunda-feira, dia anterior
à votação, contou com a presença do
Comissário Europeu para o Desenvolvimento, Neven Mimica.
Na conferência de imprensa após a votação
do relatório, Pedro Silva Pereira disse "estar muito
satisfeito" com o resultado da votação, não
apenas porque foi possível o apoio de uma larga maioria mas,
sobretudo, porque o Parlamento Europeu decidiu dirigir uma mensagem
política forte e clara à Comissão, ao Conselho e
aos Estados-membros. De acordo com o relatório agora aprovado, a
União Europeia, maior doador mundial de ajuda ao desenvolvimento,
deve "liderar pelo exemplo" e apresentar compromissos
financeiros "concretos, credíveis e calendarizados"
antes da Conferência de Adis Abeba. O deputado socialista disse
que o Parlamento espera agora que as conclusões do Conselho, no
próximo dia 26 de maio, sejam ambiciosas e não retrocedam,
a pretexto das restrições orçamentais, nos
compromissos já assumidos, a começar pela meta dos 0.7% do
rendimento nacional bruto (RNB) afeto à ajuda pública ao
desenvolvimento (APD).
Durante o debate em plenário, Pedro Silva Pereira avisou que
sem ambição na Conferência de Adis Abeba, sem
financiamento adequado, os objetivos de desenvolvimento
sustentável, por muito bonitos que fossem, não sairiam do
papel. Na sua intervenção, o deputado socialista aludiu
à crise do Mediterrâneo para sublinhar a importância
das políticas de desenvolvimento e a urgência no
reforço da cooperação com os países de
origem destes fluxos migratórios desesperados. Pedro Silva
Pereira destacou, ainda, as três ideias principais do seu
relatório: em primeiro lugar, o cumprimento pela União,
até 2020, da meta de 0.7% do RNB afeto à APD. Em segundo,
uma maior mobilização de recursos nacionais nos
países em desenvolvimento, nomeadamente através do combate
à fuga e evasão fiscal, apoiada por uma
cooperação fiscal internacional mais eficaz. Terceiro,
porque a ajuda pública não é suficiente, o
reforço do alinhamento do sector privado com os objetivos de
desenvolvimento sustentável.
Pedro Silva Pereira tem participado também, no âmbito da
Comissão de Desenvolvimento, nos trabalhos dos relatórios
sobre o sector privado e a evasão fiscal, igualmente associados
ao tema do Financiamento do Desenvolvimento. Recorde-se que a
Conferência de Adis Abeba, em julho, irá definir o
nível de ambição para as duas outras
conferências de alto nível decisivas para o futuro do
desenvolvimento sustentável nos próximos 15 anos: a
Cimeira de Nova Iorque, em setembro, sobre os objetivos de
desenvolvimento sustentável e a Conferência de Paris, no
mês de dezembro, com o acordo mundial sobre o clima.
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O relatório de Ana Gomes sobre os desenvolvimentos nos
mercados de defesa da União Europeia (UE) e o impacto sobre as
capacidades militares europeias foi aprovado pelo Parlamento Europeu, em
Estrasburgo. Neste relatório, Ana Gomes apela aos Estados-membros
que aumentem a cooperação e a partilha de capacidades e
equipamentos de defesa e que implementem as duas Diretivas
Comunitárias do Mercado Interno adotadas em 2009, que impuseram
novas regras no domínio da aquisição e das
transferências de material e equipamento de defesa dentro da
UE.
O relatório pretende informar as decisões do Conselho
Europeu de junho em que os Chefes de Estado e de Governo da União
vão debater o futuro da Política Comum de Segurança
e Defesa (PCSD) e, em particular, as missões civis e
operações militares da UE no âmbito daquela
política. O caminho a seguir é o da aposta na
cooperação, na articulação de
políticas nacionais de defesa, numa gestão racional e
conjunta de equipamentos a nível europeu, bem como no
investimento em investigação e tecnologia que solidifique
a Base Industrial e Tecnológica de Defesa Europeia.
No debate em plenário sobre a Política Comum de Defesa,
Ana Gomes alertou a
Alta Representante para a Política Externa e de Segurança,
Federica Mogherini, para a necessidade de garantir que na
Comissão Europeia não sejam tomadas decisões
contraditórias com a PCSD, nem contra as diretivas sobre os
mercados da defesa, como foi a recente decisão da
Comissária para a Concorrência, Margrethe Vestager, sobre
supostas "ajudas de Estado" prestadas aos Estaleiros Navais de
Viana do Castelo(ENVC), que o Governo recusou justificar, cancelando
mesmo os contratos encomendados pela Marinha, com o objetivo de
desmantelar os ENVC.
O debate sobre a agenda europeia em
matéria de migração
Em reação à Agenda Europeia para as
Migrações apresentada pelo vice-presidente da
Comissão Europeia FransTimmermans e o Comissário
Dimitris Avramomoupoulos, Ana Gomes disse ser um começo para dar
resposta a um problema que é europeu e por isso exige
solidariedade. A operação naval para o Mediterrâneo,
EUNAVFOR Med, aprovada pelo Conselho de Ministros da UE tem, alertou a
parlamentar socialista, de ter como prioridade salvar vidas e depois
destruir as redes de tráfico de seres humanos. "Destruir
estas redes não é destruir os barcos, é
destruir-lhes o lucro", considerou Ana Gomes, sublinhando que
"para isso são precisas medidas imediatas para abrir vias
seguras e legais a quem necessita de proteção e para a
imigração; e, a longo prazo, ação externa
coerente contra as causas que fazem fugir as pessoas dos seus
países". Ana Gomes defendeu ser preciso imediatamente
partilhar o esforço de acolhimento por todos os Estados-membros:
"O meu, Portugal, pode e deve fazer mais". Considerou ainda
deplorável que certos Estados-membros tenham rejeitado a proposta
da Comissão: "Virar costas a quem foge da guerra, da
opressão e da perseguição é mais do que
violar o Direito Internacional e os Tratados: é imoral e
indigno", afirmou no plenário.
O debate sobre a nova diretiva anti-branqueamento de
capitais
O Parlamento Europeu aprovou esta semana a nova diretiva para
combater o branqueamento de capitais e crimes fiscais. Ana Gomes foi
relatora-sombra dos Socialistas e Democratas nas
negociações sobre esta Diretiva com a Comissão e o
Conselho. As novas regras exigem que sejam criados e mantidos
registos centrais em todos os países da UE sobre os
beneficiários efetivos de sociedades,
fundações, trusts e outras entidades.
Estes registos não estavam previstos na proposta inicial da
Comissão, tendo sido incluídos na diretiva graças
à persistência dos eurodeputados durante as
negociações com o Conselho de Ministros da UE. No debate
plenário, Ana Gomes lamentou que
o acesso público previsto à nova base de dados não
seja sem restrições, tal como propôs o PE.
"Ao invés, caberá aos Estados-membros, decidir
sobre quem e em que condições os jornalistas,
investigadores cidadãos e ONG's poderão aceder aos
dados, criando 28 diferentes sistemas de acesso que prejudicam o alcance
harmonizador da Diretiva", afirmou a eurodeputada, que acrescentou:
"um registo público, mesmo sem alterar as leis fiscais,
certamente contribuirá para expor esquemas e estruturas
corporativas fictícias e opacas utilizadas pelas empresas para
evitar e sonegar impostos". Ana Gomes apelou aos Estados-membros
para transporem a diretiva "garantindo um acesso
público alargado, efetivo e rápido" e defendeu
ser preciso, também, "promover este padrão de registo
em países terceiros, com uma estratégia diplomática
concertada na negociação do TTIP, no G20 e outras
instâncias, para pôr fim, de vez, aos paraísos
fiscais".
Ana Gomes no debate sobre as eleições na
Etiópia
No debate sobre as eleições na Etiópia, que
terá lugar a 24 de maio, Ana Gomes – que foi Chefe da
Missão de Observação Eleitoral em 2005 naquele
país e propôs este debate no PE – apelou à UE
e Estados-membros a quebrarem o silêncio sobre as graves
violações de direitos humanos perpetradas pelo governo
etíope, destacando a detenção e
perseguição de jornalistas e opositores políticos,
a repressão da maioria da população Oromo e das
minorias, designadamente na região do Ogaden. "O pluralismo
político e as liberdades de expressão,
associação e imprensa são muito mais restritas hoje
do que há dez anos, quando eu fui Chefe da Missão de
Observação Eleitoral. Nenhum outro país africano
tem tantos jornalistas e tantos bloggers presos, falsamente acusados de
terrorismo, como Eskinder Nega, Reeyot Alemu e muitos outros".
Reconhecendo a importância estratégica da Etiópia,
enquanto aliado da UE na segurança da região e luta contra
o terrorismo, Ana Gomes pediu uma mudança da estratégica
europeia.
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"O reforço das relações políticas
entre a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino
Americanos e Caribenhos é uma oportunidade para reequilibrar as
relações entre grandes blocos económicos e
políticos à escala global, aproximando espaços
territoriais ligados por uma história comum e por valores com
raízes humanistas muito fortes", afirmou
Carlos Zorrinho na sessão plenária de
Estrasburgo no ponto da ordem de trabalhos relativo à
próxima cimeira entre a União Europeia (UE) e a Comunidade
de Estados da América Latina e das Caraíbas (CELAC), que
se realizará a 10 e 11 de junho, em Bruxelas.
Para o deputado socialista "existe um espaço alargado
para um trabalho comum entre a CELAC e a UE na
consolidação dos processos de estabilização
democrática e de abertura, no aprofundamento ou no
desenvolvimento de acordos de comércio livre que contenham normas
sociais e ambientais que constituam uma referência para o
mundo".
Em face das elevadas expectativas sobre o resultado deste encontro de
alto nível, Zorrinho defendeu "uma resposta concertada para
os desafios colocados pela instabilidade na Venezuela e pela
oportunidade de abertura económica e política em
Cuba" e de "um novo impulso nos processos de comércio
livre de que a finalização do acordo com o Mercosul pode
constituir a pedra de toque para uma nova era nas relações
comerciais com a região".
Uma "visão articulada" entre as duas
organizações para a Cimeira do Clima de Paris e
"sinais claros de vontade de cooperação no processo
de transição energética" foram preconizados
pelo eurodeputado que também advogou "uma visão
convergente quanto à regulação da nova economia
digital, para que o acesso ao conhecimento e às oportunidades de
negócio, a proteção da privacidade e dos direitos
de propriedade e a neutralidade da Net sejam marcas comuns do novo ciclo
da globalização que emergirá com o novo quadro
tecnológico".
Após salientar que desta cimeira "não resultem
apenas boas intenções", Carlos Zorrinho enfatizou que
"o mundo exige mandatos de ação fortes e
possíveis de ser concretizados", particularmente no atual
contexto geoestratégico em que todas as Cimeiras são muito
importantes, "sobretudo se a União Europeia estiver à
altura de participar nessas cimeiras com uma visão clara das suas
prioridades para consolidar uma globalização
sustentável, pacífica e centrada nos interesses das
pessoas".
Fundamental garantir o acesso ao mercado único
digital
"Criar o Mercado Único Digital não é
uma escolha entre um sim e um não", observou Carlos Zorrinho
na declaração escrita que produziu sobre a Agenda Digital,
a 19 de Maio, em Estrasburgo, relativa ao mercado único digital
na base da decisão adotada pela Comissão Europeia.
O deputado socialista não tem dúvidas de que "a
União Digital vai-se desenvolver mais ou menos plana e
perfeita", porém, "o fundamental é definir
como". Por isso questiona: "será criada sobre a
pressão da realidade dando vantagem aos concorrentes das empresas
europeias ou seremos capazes de criar contextos favoráveis em
antecipação, para que a União possa liderar nichos
de mercado como os serviços de saúde, a eficiência
energética, os conteúdos culturais, a mobilidade
inteligente ou outros que são críticos para a
competitividade da nossa economia e para a sustentabilidade do nosso
Estado social?".
"Esta é a pergunta chave a que a Comissão e os
governos só têm uma forma de responder agindo com uma
visão humanista e não com uma abordagem
tecnocrática. A União Digital precisa de leis e de
infraestruturas, mas isso de nada servirá se não
garantirmos o acesso", considerou criticamente Carlos
Zorrinho.
Na sua perspetiva, "na criação da União
Digital não haverá uma segunda oportunidade para causar
uma dinâmica vencedora. É preciso visão e
ambição". Para tanto Zorrinho defende que "um
programa europeu de capacitação de cidadãos e
pequenas empresas para o Mercado Único Digital é a forma
de tocar a todos e a todos mobilizar para o desafio".
Contrapartidas para financiamento do Alqueva motivam
questão à Comissão
Carlos Zorrinho e Ricardo Serrão Santos endereçaram
à Comissão Europeia uma questão relativa às
contrapartidas que terão sido exigidas a Portugal na
sequência da modificação da tipologia dos fundos de
financiamento ao projeto múltiplo do Alqueva.
Agenda
22 de Maio - Orador na conferência
"União Europeia - que desafio para a
Universidade?" - Auditório da Universidade dos Açores
- 14h00 - Horta, Faial.
22 de Maio - Orador na conferência "A emergência da
centralidade do arquipélago dos Açores, no quadro
geoestratégico contemporâneo" - 21h00 - Biblioteca
Pública, Horta, Faial.
29 de Maio - Apresenta o estudo "Contributos
para a Reforma do Estado" - 12h00 - Centro Jean Monnet - Largo Jean
Monnet, Lisboa.
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Francisco Assis interveio na sessão plenária de
Estrasburgo a propósito da declaração da
vice-presidente da Comissão Europeia e Alta Representante da UE
para os Assuntos Externos e a Política de Segurança acerca
da Cimeira UE-CELAC, que se realizará a 10 e 11 de junho, para apelar à
Europa que ultrapasse os interesses egoístas de alguns
países membros e encontre forças para celebrar de uma vez
por todas o tão adiado Acordo de Associação entre a
UE e o Mercosul, não só pelos benefícios
económicos mútuos mas também como forma de atenuar
uma excessiva concentração dos fluxos comerciais no
Atlântico Norte em consequência do futuro TTIP:
"não podemos deixar para trás o Atlântico
Sul", afirmou Assis.
O deputado socialista defendeu que "a América Latina e as
Caraíbas têm sido sistematicamente menorizadas no que toca
à cooperação com a UE, não obstante",
salientou, "tratar-se de uma região onde vivem 600
milhões de habitantes e que nas últimas duas
décadas assistiu à consolidação de
democracias inspiradas nas democracias europeias, ainda que com algumas
exceções conhecidas", tendo sido aliás essa
estabilização democrática que "permitiu
resgatar à pobreza, nos últimos quinze anos, quase 60
milhões de seres humanos, reduzir para metade o número de
pessoas com fome e criar uma classe média
dinâmica".
Francisco Assis lembrou que, apesar destes inegáveis
progressos, a região enfrenta ainda desafios tremendos e que
precisa do apoio da Europa para os superar: "a violência
endémica, sem paralelo no resto do mundo; a
corrupção generalizada, que mina os progressos da
democracia; o desrespeito pelos direitos humanos e liberdades civis em
inúmeros regimes; e, mais recentemente, a
desaceleração económica fruto de uma excessiva
dependência das matérias-primas aliada a práticas
hiperprotecionistas". O deputado Europeu terminou fazendo votos
para que a UE aproveite bem a presença em Bruxelas de 33 chefes
de Estado e de Governo da América Latina e das Caraíbas
para aprofundar a cooperação com esses países,
invertendo a sua desatenção crónica para com o
outrora apelidado "Novo Mundo".
Francisco Assis patrocina Iª edição do
parlamento jovem municipal de Guimarães
Francisco Assis integrou o júri que determinou a equipa
vencedora da Iª edição do Parlamento Jovem Municipal
de Guimarães.
Sob o mote “Identificar 3 problemas em Guimarães e
apontar 3 soluções” os alunos de várias
escolas apresentar e debateram propostas. Nas palavras do deputado
europeu “estas iniciativas promotoras do debate público por
parte dos jovens merecem ser apoiadas e incentivadas. É uma
obrigação dos responsáveis políticos
apadrinhá-las”.
Enquanto membro da organização e líder da
Juventude Socialista de Guimarães, Nélson Felgueiras,
agradeceu o apoio disponibilizado por Francisco Assis para que a
iniciativa pudesse ser realizada e referiu que este tipo de debates
são “fundamentais para promover o espírito
crítico e a capacidade de argumentação dos
jovens”.
No final, perante a entrega e a qualidade demonstradas pelos alunos
em competição, Francisco Assis decidiu atribuir o
prémio da visita ao Parlamento Europeu a ambas as equipas.
Agenda
29 de Maio - Apresentação do livro "Da
Revolução Gorada aos desafios do Presente -
Memórias II (1974-2014)" de Pedro Baptista - Câmara
Municipal do Porto - 18h00.
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Maria João Rodrigues, na qualidade de vice-presidente do Grupo
S&D, participou na reunião desta semana, em Bruxelas, dos
ministros socialistas dos assuntos europeus, uma sessão que
serviu para preparar a reunião do Conselho de Assuntos
Gerais.
A eurodeputada debateu com os ministros medidas para o reforço
da União Económica e Monetária (UEM), à luz
do relatório que será apresentado em junho pelos
"quatro Presidentes", ou seja, pelo Presidente da
Comissão Europeia, o Presidente do Conselho Europeu, o Presidente
do Eurogrupo e o Presidente do Banco Central Europeu. Os Ministros
salientaram a necessidade de se aprofundar a integração da
UEM, em particular, através do fortalecimento da sua
dimensão social, do desenvolvimento de uma melhor
coordenação das políticas orçamentais e do
reforço da União Bancária.
Segundo Maria João Rodrigues, "a UEM transformou-se numa
máquina de produção de divergências, devido
aos grandes desequilíbrios que decorrem do seu próprio
funcionamento", por isso defende "um compromisso entre o
reequilíbrio orçamental e as reformas necessárias
nos Estados-membros, e a criação de instrumentos europeus
de proteção financeira, com coordenação
económica para o crescimento, garantindo que os standards
sociais não continuarão a degradar-se".
Outro dos assuntos em destaque foi a Agenda Europeia para a
Migração. Os ministros socialistas consideraram que a
Agenda Europeia proposta pela Comissão "é uma
melhoria importante", mas que "qualquer estratégia
neste domínio tem que oferecer uma resposta em linha com os
valores fundamentais da UE e respeitar os direitos fundamentais dos
migrantes", considerando a migração "uma
oportunidade e não uma ameaça".
Oportunidade de formação em assuntos europeus
com Maria João Rodrigues
Maria João Rodrigues está a promover
ações de formação intensiva em
"negociação europeia", com o objetivo de formar
atores para a negociação política e técnica
com as instituições da UE. Esta iniciativa é
dirigida a diplomados em assuntos europeus e conexos,
universitários, recém-diplomados, funcionários
públicos com funções relacionadas, jornalistas,
entre outros. Serão realizadas duas ações de
formação por ano, envolvendo mais de 100 participantes. A
primeira ação de formação decorre nos meses
de maio e junho, estando a segunda marcada para o segundo semestre deste
ano. As despesas desta iniciativa, que inclui um ciclo de
reuniões em Lisboa e Bruxelas, são suportadas pelo
Parlamento Europeu, e as inscrições devem ser feitas
através do envio de uma carta de motivação e CV
para o email milton.nunes@ep.europa.eu.
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Depois das visitas à Bélgica e ao Luxemburgo de uma
delegação da Comissão Especial do Parlamento
Europeu encarregue de averiguar as práticas fiscais agressivas
dos países da União Europeia (TAXE), começam a
emergir algumas tendências de fundo. Teremos uma visão mais
completa sobre este tipo de práticas depois das
deslocações à Suíça, Holanda, Irlanda
e Reino Unido nas próximas semanas.
Na Bélgica e Luxemburgo (12 e 18 de maio) falámos com
peritos, académicos, deputados dos parlamentos nacionais,
responsáveis dos serviços encarregues das
negociações dos acordos fiscais preferenciais com algumas
empresas (os chamados tax rulings) e, no caso do Luxemburgo, o ministro
das finanças. O seu homólogo belga deverá
encontrar-se com os membros da Comissão TAXE no final de
junho.
Nestes dois países tornou-se claro que estes acordos
preferenciais constituem uma estratégia nacional para incitar as
empresas multinacionais a aí declararem os seus lucros para
poderem ser taxadas de foram completamente irrisória.
Estes acordos até podem ser legais à luz da
legislação de cada um dos países - porque a
política fiscal permanece uma competência nacional sem
praticamente qualquer tipo de harmonização europeia - mas
são potencialmente ilegais no que se refere ao direito
comunitário por poderem configurar vantagens seletivas a algumas
empresas, o que é proibido pelas regras das ajudas de
Estado.
O argumento que ouvimos com frequência é que se trata de
pequenos países que precisam de assegurar condições
de competitividade. É certo que o Luxemburgo é um pequeno
país em dimensão, mas sendo o país com o PIB por
habitante mais alto do mundo, o argumento deixa de ter sentido,
sobretudo quando comparado com países como Portugal que
estão a passar horrores para equilibrar os
orçamentos.
Esta é a questão que colocamos agora de forma muito
aberta na agenda: como é que é possível ter uma
estratégia de esvaziamento dos impostos que deveriam ser pagos em
países como Portugal, Grécia, ou Itália, para os
atrair para um país que, sendo pequeno, é precisamente
aquele que tem tudo menos problemas orçamentais?
Também ficou claro que há uma grande opacidade em todos
estes acordos. Os Governos não fornecem dados concretos sobre
quantos acordos fiscais preferenciais existem nos seus países ou
sobre os valores envolvidos, e, na prática, não contestam
os factos e os dados revelados pelo Consórcio Internacional de
Jornalistas de Investigação nos chamados LuxLeaks.
Admitimos que esses dados constituem apenas uma ponta do iceberg e que
haverá muito mais a descobrir.
Mesmo assim, notámos pelo menos uma mudança de discurso
político no Luxemburgo. O seu ministro das finanças
reconheceu que esta situação é politicamente
insustentável e que este problema de concorrência fiscal
tem de ser encarado como um problema europeu e abordado com uma nova
filosofia. Há também um movimento muito importante na
Comissão Europeia que está a pedir a todos os
países para lhe transmitirem todos rulings em vigor de
modo a poder averiguar se há ou não violação
das regras das ajudas de estado. Estas evoluções
são positivas, mas são apenas um primeiro passo: muito
mais está ainda por fazer.
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Liliana Rodrigues promoveu uma visita de trabalho à Beira
Interior onde reuniu-se com a responsável pelo Projeto
UBIgual, Catarina Sales de Oliveira, investigadora da
Universidade da Beira Interior, que lhe explicou que os objetivos passam
essencialmente pela elaboração e aplicação
continuada de um Plano de Igualdade de Género que, partindo da
Universidade, se estenda a toda a região e promova uma igualdade
real entre homens e mulheres no trabalho, eliminando
estereótipos, atitudes e obstáculos que dificultem o
acesso de mulheres e homens à igualdade de oportunidades. O mesmo
tema serviu de mote para a visita à CooLabora,
cooperativa de intervenção social que norteia a sua
atividade pelos objetivos da promoção da coesão
social, da defesa da igualdade de oportunidades, da democracia
participativa e da aprendizagem colaborativa. Tanto na Universidade da
Beira Interior como na CooLabora, Liliana Rodrigues alertou
para a importância das parcerias internacionais nas candidaturas a
apoios europeus e mostrou disponibilidade para ajudar em tudo o que lhe
fosse possível no âmbito das Comissões que integra.
Entende Liliana Rodrigues que “é necessário aprender
com aqueles que trabalham a realidade da discriminação e
da violência doméstica diariamente e que é seu dever
tudo fazer para que não seja um trabalho que se esgote por falta
de financiamento”, acrescentando que, “se a UE tem
responsabilidades ao nível da legislação e nas
recomendações aos Estados-membros, também
não é menos verdade que as autoridades locais, regionais e
nacionais não devem ficar a aguardar que as boas condutas sejam
emanadas de cima para baixo mas que, pelo contrário, tais
práticas podem perfeitamente iniciar-se ao nível de uma
Junta de Freguesia ou de uma Câmara Municipal, insistindo para que
esse comportamento seja replicado numa espécie de bom
contágio”. Liliana Rodrigues presidiu ainda à aula
inaugural do Curso de Liderança e Ação
Política (organização da CooLabora com
apoio da UBI e da Fundação Gulbenkian) e visitou a Escola
Secundária Quinta das Palmeiras (Covilhã) onde, a
propósito de uma palestra sobre o Ano Europeu do Desenvolvimento,
os alunos mostraram ter posições bem formadas tanto acerca
das assimetrias entre litoral e interior como das medidas a tomar para
evitar que uma parte do território nacional continue a envelhecer
e a empobrecer. A eurodeputada conheceu o Projeto
D’Alpetratínia, que conta já com 15 anos
dedicados ao estudo, criação e divulgação
nacional e internacional da raça cão da Serra da Estrela e
reuniu ainda com vários empresários locais, privilegiando
sempre que possível o contacto com a
população.
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No Dia Europeu do Mar, que se celebrou esta quarta-feira, Ricardo
Serrão Santos apelou, num texto publicado no seu website www.ricardoserraosantos.eu,
a um uso mais adequado dos oceanos, baseado em conhecimento
sólido e com respeito pelos limites ambientais e valores das
comunidades. Serrão Santos apelou também a um uso que
produza emprego e fortaleça a economia, sem por em causa a
sustentabilidade ambiental e dos ecossistemas.
No mesmo texto, o eurodeputado português que é membro da
Comissão das Pescas do Parlamento Europeu, chamou a
atenção para algumas decisões tomadas aquando da
19ª sessão da Comissão para o Atum do
Oceano Índico, que decorreu na Coreia do Sul. Durante aquela
sessão foi decidido, no que diz respeito aos dispositivos
utilizados para auxiliar a pesca de tunídeos, por um
lado, banir a utilização de iluminação nos
dispositivos de agregação de peixe e, por outro, limitar o
número dos dispositivos de agregação de peixe por
embarcação.
Para Serrão Santos “em termos genéricos,
parece-me importante realçar que as medidas que limitem a
utilização e a eficiência de dispositivos que
auxiliam ao esforço e mortalidade por pesca que ainda não
foram alvo de estudo de impacto ambiental são bem-vindas. Neste
momento, sabe-se que os dispositivos de agregação de peixe
facilitam a captura de diversas espécies, incluindo os
tunídeos, permitindo uma maior eficiência da pescaria e,
como consequência, um menor impacto ambiental causado pela
perseguição aos cardumes ou tempo utilizado em
faina”.
“No entanto, estes mesmos dispositivos agregam peixes com
faixas etárias específicas, o que pode causar
distúrbios ecológicos, e inibem a circulação
de peixes, o que poderá inibir a sua livre
circulação, impedindo que cumpram as rotas
migratórias habituais. Ou seja, por exemplo, utilizando
massivamente os dispositivos de agregação de pescado, os
atuns poderão deixar de se aproximar de terra, onde são
pescados tradicionalmente por muitas comunidades”, enfatizou o
eurodeputado.
Para Serrão Santos os “550 dispositivos a serem
utilizados em simultâneo por cada embarcação, tal
como decidido na Coreia do Sul, ainda é um
número exagerado e sem o devido suporte científico. Por
esta razão, solicito a urgente revisão deste número
até que esteja definido o seu impacto ambiental”.
Agenda
26 de Maio - Entrega do Prémio Sousa Franco - Reitoria da
Universidade de Lisboa - 18h00.
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O júri do "Prémio Europeu Professor
António de Sousa Franco", numa iniciativa que junta a
Delegação do Partido Socialista no Parlamento Europeu e as
Faculdades de Direito da Universidade de Lisboa e da Universidade
Católica Portuguesa, entrega no próximo dia 26, a partir
das 18h00, na reitoria da Universidade de Lisboa, os
prémios aos trabalhos vencedores da edição
deste ano.
Jorge Miguel Ribeiro com "A mobilidade das sociedades no
espaço europeu - A problemática da transparência
transfronteiriça da sede" e Tiago Rolo Martins com
"Análise da jurisprudência das exceções
às questões prejudiciais obrigatórias e
reflexão sobre a atividade jurisprudencial do Tribunal de
Justiça da UE" foram os dois vencedores.
Estes trabalhos foram avaliados pelo Prof. Doutor Jorge Miranda da
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Prof. Doutor Germano
Marques da Silva da Faculdade de Direito da Universidade Católica
Portuguesa, Prof. Doutora Matilde Sousa Franco e Prof. Doutor Ricardo
Serrão Santos, deputado socialista no Parlamento Europeu.
Nesta X edição foi decidido atribuir também duas
menções honrosas aos trabalhos de Francielle Oliveira,
"O processo de constitucionalização e
democratização europeu (ou da legitimação
jurídico-política da União Europeia) e ao de
André Feijó "A proteção dos
estrangeiros pela Convenção Europeia dos Direitos do
Homem".
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