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Nesta edição:
1 - Opinião de Ana Gomes: Falta-nos Europa
face à tragédia no Mediterrâneo.
2 - Pedro Silva Pereira defende financiamento ao
desenvolvimento para atacar as causas das tragédias no
Mediterrâneo.
3 - BCE partilha e confirma preocupações de
Elisa Ferreira sobre a união bancária
europeia.
4 - Carlos Zorrinho relator da Agenda Digital no
quadro da Eurolat, promove iniciativa sobre economia criativa digital,
participa em reunião da Fundação Friederich Herbert
e desenvolve encontros para o relatório sobre ISA 2.
5 - Francisco Assis anfitrião de
conferência sobre Povos Indígenas, reúne-se com
vice-presidente do Brasil e participa no Congresso da
Confederação dos Agricultores de Portugal.
6 - Maria João Rodrigues quer
políticas de emprego focadas no combate à pobreza e ao
desemprego e participa em conferência com o Prémio Nobel da
Economia.
7 - Para Ricardo Serrão Santos o acesso a
informação marinha irá gerar crescimento e
participa na maior feira de pescado do mundo.
8 - Liliana Rodrigues debate a igualdade de
género na União Europeia e participa nas jornadas
universitárias, em Coimbra.
8 - Metro do Porto: Governo deverá anular o Concurso da
Subconcessão dos Sistemas de Transportes.
9- Socialistas Europeus abrem inscrições para programa
de estágios remunerados.
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Desde o início do ano morreram já quase duas mil
pessoas em naufrágios no Mediterrâneo. A cada dia que
passa, nesta Primavera, chegam barcaças apinhadas de gente a
Itália, Malta e Grécia, vindas das costas líbias.
Desde Janeiro, chegaram à Europa mais de 35 mil pessoas,
despachadas por redes de traficantes que se aproveitam do drama humano
vivido por quem foge da guerra na Síria, no Iraque, na
Somália, da opressão e miséria em Gaza, na
Etiópia, na Eritreia, no Sudão, e do terrorismo na
Nigéria e na própria Líbia, onde não
há sequer Estado.
Uma grande parte são requerentes de asilo e refugiados: fogem
para salvar a vida. Outros são migrantes económicos, fogem
à miséria movidos pela necessidade, tal como a que
força portugueses a emigrar devido ao desemprego e
salários indecentes. É revoltante, é desumano que a
Europa volte as costas a estas pessoas e as deixe morrer afogadas no
Mediterrâneo ou penar horrores apinhadas em centros de
detenção nas fronteiras terrestres da Grécia e da
Bulgária.
Os líderes europeus sabem perfeitamente que as vagas de
imigrantes e refugiados estão relacionadas com o crescendo de
terrorismo, de conflitos, guerras, opressão e miséria, por
sua vez fomentados pela má governação que
políticas europeias sustentam, por acção e
omissão. Por exemplo, por acção, na Etiópia,
onde o Fundo Europeu de Desenvolvimento financia uma ditadura; por
omissão, em Gaza, onde a UE se desinteressou de reactivar o
Processo de Paz Israelo-Palestiniano; ou na Líbia, pela
inacção - ou seja, não por causa do que fizeram os
países europeus que participaram na campanha da NATO contra
Khadaffi, mas pelo que NÃO fizeram depois, quando os governos
post Khadaffi pediram apoio para ajudar a desarmar e desmantelar as
milícias e a reformar o sector da segurança. Por
omissão, por falta de coordenação europeia, a UE
ajudou a entregar a Líbia ao caos e aos terroristas!
A União Europeia sabe o que tem a fazer para parar a
tragédia mas, como se viu no Conselho Europeu de
emergência que reuniu esta semana, continua dividida, sem
solidariedade, sem liderança à altura dos desafios e
responsabilidades. Vergados a teses demagógicas e populistas
assentes na ilusão de uma Europa fortaleza, os Chefes de Estado e
de Governo da UE acabam por fazer o jogo de redes criminosas e de
terroristas, continuando alimentando-lhes o negócio da
traficância humana: podiam retirar-lhes a base, o lucro, se
abrissem vias legais e seguras para a migração. É o
que há muito recomenda o Parlamento Europeu (PE), pedindo uma
Política Comum de Imigração - que, de resto,
servirá os interesses da própria Europa, bem necessitada
da contribuição rejuvenescedora dos migrantes.
O PE há muito que recomenda também uma Política
Comum de Asilo, como pede o Alto Comissariado das Nações
Unidas para os Refugiados, para se distribuir o acolhimento de
refugiados equitativamente.
A UE podia e devia há muito ter uma acção
coordenada, articulando as Marinhas, Guardas Costeiras e outras
agências numa operação da Política Comum de
Segurança e Defesa para salvar vidas no Mediterrâneo e
apanhar e julgar os traficantes. Agora, como fez Passos Coelho,
desculpam-se com a ONU, para continuarem a não agir como
deviam.
Falta-nos Europa, num problema que nenhum Estado Membro sozinho pode
resolver. Precisamos de mais Europa. E precisamos desesperadamente de
liderança europeia capaz.
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Esta semana, na Comissão de Desenvolvimento (DEVE) do
Parlamento Europeu, Pedro Silva Pereira viu aprovado, por larga maioria,
o seu relatório sobre o financiamento da ajuda aos países
em desenvolvimento. Este relatório está no centro do
debate sobre a nova agenda global de desenvolvimento para o
período 2015-2030 e defende, entre outros aspetos, o
princípio da coerência das políticas, incluindo a
coerência entre as políticas de desenvolvimento e a
política de imigração.
As tragédias que se repetem no mar Mediterrâneo, onde
milhares de pessoas - migrantes e refugiados - perderam a sua vida nos
últimos anos, foram debatidas também esta semana, na
Comissão DEVE, com o comissário europeu responsável
pela Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos
Stylianides. Pedro Silva Pereira sublinhou a necessidade de uma resposta
forte de emergência e de um combate sem tréguas contra o
tráfico ilegal de seres humanos mas defendeu também uma
resposta de longo prazo orientada para o ataque às causas
estruturais destes fluxos migratórios desesperados. Neste
sentido, o deputado socialista defendeu que o financiamento ao
desenvolvimento e o combate à pobreza, em
cooperação com os países de origem, tem de fazer
parte da resposta da União Europeia às tragédias no
Mediterrâneo.
Pedro Silva Pereira chamou ainda a atenção para o facto
de que o futuro das políticas de desenvolvimento no
pós-2015 depende em muito do sucesso da Terceira
Conferência Internacional sobre Financiamento para o
Desenvolvimento, que terá lugar em Adis Abeba, de 13 a 16 de
julho. Para isso, o relatório de Pedro Silva Pereira
propõe não só a reconfirmação da meta
de 0,7% de ajuda pública ao desenvolvimento mas também a
adoção de um calendário, até 2020, para o
cumprimento efetivo dessa meta.
É muito importante, assinalou o deputado socialista, que a
União Europeia esteja à altura dos seus valores, continue
a liderar os esforços da comunidade internacional a favor do
desenvolvimento e desperte para uma nova atitude, adotando uma abordagem
mais coerente em matéria de política de
imigração. No seu relatório, Pedro Silva Pereira
deu o exemplo da necessidade de novas medidas para facilitar as remessas
dos migrantes, na medida em que são um contributo decisivo para o
desenvolvimento dos países de origem, tendo representado 414 mil
milhões de dólares americanos em 2013, três vezes o
valor total da Ajuda Pública ao Desenvolvimento dada pelos
membros do Comité de Assistência ao Desenvolvimento da
OCDE.
O Parlamento votará o relatório de Pedro Silva Pereira
sobre Financiamento do Desenvolvimento na sessão plenária
de maio e não deixará de discutir, em plenário e na
Comissão DEVE, a situação dramática no
Mediterrâneo e a necessidade de uma cooperação mais
estruturada a favor do desenvolvimento e da resolução dos
conflitos nos países de origem dos fluxos
migratórios.
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Elisa Ferreira voltou esta semana a insistir na criação
de uma garantia comum de depósitos bancários, o terceiro
pilar da união bancária europeia que deverá
complementar o mecanismo único de supervisão e o mecanismo
único de resolução dos bancos falidos ou em risco
de falir.
Esta garantia "é um elemento absolutamente essencial de
estabilização do mercado, e que fez parte do acordo
inicial" dos países da União Europeia (UE) sobre a
união bancária, afirmou a eurodeputada, defendendo que
"por uma questão de credibilidade", não pode
desaparecer da agenda política europeia.
A intervenção foi feita durante um debate na
Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do
Parlamento Europeu (ECON) com Vítor Constâncio,
vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), que confirmou que o
compromisso para a criação de uma garantia comum de
depósitos se mantém na agenda da sua
instituição.
Segundo Constâncio, o BCE tem vindo a insistir na
concretização desta medida. "Insistimos nisso, mas a
opção dos Estados-membros (da UE) foi adiar a
implementação dessa terceira 'perna' da
união bancária. Mas não está esquecido,
não está de todo esquecido", garantiu.
Elisa Ferreira insistiu, por outro lado, na necessidade de
criação de uma rede de segurança financeira (o
chamado "backstop") para o mecanismo único de
resolução bancária de modo a assegurar que o fundo
que suportará os custos de reestruturação ou
liquidação dos bancos falidos ou em risco de falir
disporá dos meios financeiros suficientes para garantir que os
contribuintes não voltarão a pagar para salvar
instituições em risco. A eurodeputada insistiu em que o
Conselho de Ministros da UE deverá negociar uma linha de
crédito "para garantir, a partir de janeiro do
próximo ano, que de facto há estabilidade no sistema
bancário". Este tem sido um dos grandes cavalos de batalha
de Elisa Ferreira, que foi a relatora do PE para a
legislação do mecanismo único de
resolução bancária.
"Se a situação evoluir de forma a tornar esse
requisito necessário, insistiremos no que foi o acordo e que a
autoridade do mecanismo de resolução tente ter essa linha
de crédito", respondeu Constâncio.
Elisa Ferreira alertou ainda para o risco de, no quadro do Mecanismo
Único de Supervisão, o impacto das exigências de
capital, mas não só, nos países periféricos
venha a provocar "um movimento excessivo de
concentração bancária, que não era
propriamente um dos objetivos deste processo, e que aumente a
fragilização do sistema".
A este respeito, Vítor Constâncio reconheceu que, embora
ainda não seja o caso, "algum grau de
concentração tenderá a acontecer na Europa em
geral", nomeadamente "nas partes da Europa em que a
situação o justificaria, sobretudo quando se assiste a uma
mudança do sistema financeiro para um financiamento no
mercado". "É uma causa de preocupação e
de criação de novo risco, mas é também
benéfico na diversificação das fontes de
crédito. Esta mudança está a acontecer e
levará, possivelmente, a alguma consolidação",
afirmou.
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Carlos Zorrinho foi nomeado co-relator, em nome do Parlamento
Europeu, no relatório sobre a Agenda Digital nos países da
União Europeia e da América Latina, no âmbito da
delegação Eurolat. O deputado argentino Adolfo Rodriguez
foi o co-relator designado pelos países latino-americanos.
Aproximação entre o Brasil e a UE no campo da
economia criativa digital patrocinada por Zorrinho
"O potencial da telemática das artes nas
relações União Europeia - Brasil" foi o evento
patrocinado por Carlos Zorrinho, na qualidade de vice-presidente da
delegação para as relações com a
República Federativa do Brasil, e cujo objetivo consistiu em
permitir a discussão sobre o potencial da
combinação entre artes e cultura e a economia criativa
digital no contexto da aproximação entre o Brasil e a
Europa.
Nesta iniciativa, que decorreu no Parlamento Europeu, participaram
Maria Luísa Fragoso, diretora do departamento Nano da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, que se deslocou especialmente a
Bruxelas, e Mario Campolargo, diretor da Net Futur na DG Connect, entre
outros.
Enquanto Maria Luísa Cardoso procedeu a uma breve
apresentação relativa ao trabalho do seu departamento e
suas conexões com outros grupos de investigação nas
universidades brasileiras integradas na Rede LATI, Mario Campolargo
referiu-se ao cabo submarino de fibra ótica que liga o Brasil
à UE e à importância de fomentar as
relações culturais e tecnológicas entre os dois
blocos.
Zorrinho participa em reunião da
Fundação Friederich Herbert
Promovido pela Fundação Friederich Herbert, decorreu em
Bruxelas uma reunião de trabalho com os principais representantes
da social-democracia latino-americana, na qual Carlos Zorrinho
participou na qualidade de coordenador Eurolat do Grupo S&D.
Relatório sobre o Programa ISA 2 origina
reuniões
No âmbito do seu relatório denominado ISA 2, Carlos
Zorrinho reuniu-se com a Representação Permanente da
Dinamarca em Bruxelas e peritos de empresas públicas do sector da
digitalização. No quadro do mesmo processo, o deputado
socialista desenvolveu várias reuniões de trabalho entre
comissões do Parlamento Europeu e a Comissão
Europeia.
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Francisco Assis foi o anfitrião no Parlamento Europeu de uma
conferência sobre Povos Indígenas. O encontro, organizado
em colaboração com a UNPO (Unrepresented Nations and
Peoples Organization), contou com a participação de
representantes de diversas comunidades de povos indígenas, como
os Mapuche ou os Haratin, investigadores, responsáveis por
organizações que trabalham diretamente com estas
comunidades e representantes políticos.
Com o título "Povos Indígenas - Povos
Invisíveis" a conferência procurou abordar a
questão dessa mesma invisibilidade e a forma como por vezes a
existência e a luta destas comunidades é ignorada pelos
países onde elas estão inseridas. Sobre isto Francisco
Assis referiu na sua intervenção inicial que "uma das
mais nobres funções da política é resgatar o
outro à invisibilidade. O seu principal instrumento, nessa
tarefa, são os direitos e liberdades civis. Em particular os
direitos e liberdades civis reconhecidos a minorias. Tais direitos
não conferem automaticamente visibilidade a essas minorias mas
permitem que estas a conquistem".
Como membro da Subcomissão dos Direitos do Homem no Parlamento
Europeu Francisco Assis afirmou que "a União Europeia tem
apoiado desde 2006 inúmeros projetos concebidos para desenvolver
os direitos dos povos indígenas através do Instrumento
Europeu para a Democracia e os Direitos Humanos (EIDHR), e ainda
através do Instrumento para o Desenvolvimento e a
Cooperação (DCI). E o seu Quadro Estratégico e
Plano de Ação para os Direitos Humanos e a Democracia
incluí compromissos que abrangem os povos indígenas. O
Parlamento Europeu tem também adotado inúmeras
resoluções sobre os direitos dos povos indígenas e
conta com a sua capacidade de aprovar e fiscalizar a
legislação europeia neste domínio".
Este trabalho ao nível da intervenção
política foi também destacado por outros participantes na
conferência como Adrianus Koetsenruijter, chefe da Unidade para a
América Latina do Serviço de Ação Externa da
União Europeia e Janete Capiberibe, deputada do Parlamento
Brasileiro.
Francisco Assis quis ainda transmitir que "de uma forma geral a
UE está hoje muito mais consciente para a necessidade de incluir
normas de responsabilidade corporativa que promovam e protejam os
direitos dos povos indígenas nos acordos de livre comércio
que negoceia e celebra com países terceiros" e que
"enquanto presidente da Delegação do Parlamento
Europeu para as Relações com os Países do Mercosul
e membro do EUROLAT, inquieta-me particularmente a
situação dos povos indígenas da América do
Sul".
Francisco Assis em almoço de trabalho com
vice-presidente do Brasil
Francisco Assis participou num almoço de trabalho com o
Vice-presidente da República do Brasil, Michel Temer. Este
encontro realizou-se na Embaixada do Brasil em Lisboa a convite do
Embaixador Mario Vilalva.
Como presidente da Delegação do Parlamento Europeu para
as Relações com os Países do Mercosul, da qual faz
parte o Brasil, Francisco Assis aproveitou esta ocasião para
discutir com o vice-presidente o estado das relações entre
a União Europeia e o bloco de países sul-americanos.
Francisco Assis no 7º Congresso da
Confederação dos Agricultores de Portugal
Francisco Assis participou no 7° Congresso da CAP -
Confederação dos Agricultores de Portugal, que decorreu no
Estoril, num debate que contou com outros membros do
Parlamento Europeu e moderado pelo antigo eurodeputado Capoulas Santos.
Francisco Assis falou sobre os acordos de comércio internacional,
e como membro da Comissão de Assuntos Externos do Parlamento
Europeu deixou a sua opinião favorável acerca dos
mesmos.
Agenda
25 de Abril - 16h00 - Participa nas cerimónias do 25 de Abril
- Porto de Mós.
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Maria João Rodrigues, relatora sombra para as
Orientações para as políticas de emprego dos
Estados-membros, apresentou esta semana um conjunto de propostas ao
documento da Comissão Europeia que defendem que os
Estados-membros devem priorizar a criação de emprego de
qualidade e, mais concretamente, o investimento em setores com potencial
relevante para a criação de emprego jovem.
A vice-presidente do grupo socialista defende também que o
Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, que
possibilitará o estabelecimento de plataformas de investimento,
"deve ser mobilizado para assegurar a criação de
emprego de qualidade e para que os trabalhadores adquiram as
qualificações necessárias para se adaptarem a um
novo modelo de crescimento sustentável". A deputada
apresentou ainda medidas concretas para combater o "dumping
social", que passam pela defesa de uma maior convergência no
que toca as condições de trabalho entre Estados-membros, e
defende ainda que devem ser redobrados esforços para combater a
pobreza, particularmente a pobreza infantil.
As Orientações para as políticas de emprego dos
Estados-membros, que juntamente com as Orientações para as
políticas económicas constituem as
Orientações Integradas, representam o principal
instrumento da estratégia Europa 2020 para o emprego e para um
crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.
Maria João Rodrigues com Paul Krugman,
Prémio Nobel da Economia
Realizou-se em Bruxelas a Conferência de Alto Nível
"Diálogo Europeu", organizada pela
Fundação Hans Boeckler (o principal
"think-thank" dos sindicatos alemães), que reuniu mais
de 200 representantes de sindicatos e especialistas provenientes de toda
a Europa. Para além de Maria João Rodrigues, participaram
na sessão Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia e
colunista do New York Times, e Lázlo Andór, antigo
comissário europeu para o emprego e assuntos sociais.
Maria João Rodrigues apresentou as propostas do S&D para o
debate em torno da conclusão da União Económica e
Monetária, destacando a necessidade de uma capacidade
orçamental própria para a Zona Euro, que poderá
contribuir para a redução das divergências sem
precedentes entre Estados-membros. A vice-presidente dos socialistas
europeus apresentou também medidas de combate a
situações de 'dumping social' e de
concorrência desleal, provocadas por trabalhadores oriundos de
outros países da UE, que se sujeitam a salários mais
baixos, um assunto sensível para os sindicatos alemães
e que está atualmente na ordem do dia na Alemanha. A
eurodeputada defendeu que "enquanto a Zona Euro não gerar um
crescimento equilibrado, não há nenhuma maneira para
evitar estes fluxos de trabalhadores que, dada a ausência de
alternativa, se sujeitam a salários mais baixos e a piores
condições de trabalho".
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Ricardo Serrão Santos interveio na sessão de abertura
da reunião “The Atlantic: our shared resource (making the
Vision Reality)”. Neste encontro foi feito um ponto de
situação sobre a implementação da
Declaração de Galway, documento assinada há
dois anos pela União Europeia, os Estados Unidos da
América e o Canadá com o objetivo de reforçar a
cooperação para o conhecimento e a
investigação do Oceano Atlântico. A sessão de
abertura, em que interveio como convidado Serrão Santos, contou
com a participação dos comissários Carlos
Moedas e Karmenu Vella, do ministro irlandês da defesa,
agricultura e mar e dos Embaixadores dos EUA e do Canadá na
UE.
Para Ricardo Serrão Santos “quando falamos do Oceano, os
Europeus têm sentimentos contraditórios. Por um lado, todas
as pessoas gostam do mar e adoram as suas águas azuis, todos
esperamos alimentos marinhos de qualidade, todos tiramos prazer de uma
brisa salgada e, os mais empenhados, fazem um esforço proativo
para proteger o Oceano”. Porém, por outro lado,
“devido à falta de informação de qualidade,
os empreendedores ainda evitam o oceano, os bancos não demonstram
interesse em investir no mar como fazem em terra e as companhias de
seguros não querem suportar o risco inerente às menos
previsíveis condições marítimas”.
O eurodeputado socialista apontou a necessidade de resolver esta
aparente contradição, afirmando que “só pode
ser resolvida com informação. É urgente
disponibilizar informação fiável. É
necessário que todas as partes possam interpretar, partilhar e
ter acesso livre à informação”. Ricardo
Serrão Santos referiu que tanto as instituições de
pesquisa europeias como departamentos militares “têm
informação dispersa que, se integrada e tornada
acessível ao público, iriam imediatamente incrementar o
investimento no mar”. Para o eurodeputado “é
necessário coligir e organizar as peças, verificar a
fiabilidade e partilhar os dados”.
Ricardo Serrão Santos afirmou ainda que “no momento
atual do conhecimento científico, a sustentatibilidade ambiental
e a cooperação internacional são fatores chave para
fomentar economias saudáveis e para o crescimento
azul”.
Aludindo ao trabalho realizado pelo Parlamento Europeu, o
eurodeputado disse que o “Parlamento Europeu partilha a
visão de um Atlântico sem fronteiras internas” e
apoia as iniciativas da Comissão Europeia. A esse
propósito, o deputado relembrou que, entre 2008 e 2014, o
Parlamento aprovou a Diretiva-Quadro “Estratégia
Marinha”, a Política Marítima Integrada, a nova
Política Comum de Pescas, a Diretiva para o Planeamento do
Espaço Marinho e o programa de ciência, tecnologia e
inovação “Horizonte 2020”.
Ricardo Serrão Santos finalizou destacando o papel que a
Comissão Europeia tem desempenhado no avanço do
conhecimento sobre o Oceano Atlântico, materializado nos fundos do
Horizonte 2020 que revigoram a pesquisa científica e a
cooperação internacional. Desta forma, disse,
“incentivando parcerias, aumentando o conhecimento público
e a literacia sobre o Oceano Atlântico”.
Ricardo Serrão Santos no pavilhão de Portugal
na Seafood
Ricardo Serrão Santos visitou a Seafood, a maior feira de
comerciantes de pescado do mundo que decorre anualmente na
Bélgica durante o início da primavera. No total, sete
pavilhões albergam centenas de expositores oriundos da maioria
dos países ribeirinhos do mundo.
Durante a passagem pelo pavilhão de Portugal, o deputado
europeu inteirou-se da estratégia comercial e de marketing do
país utilizada na Seafood e contactou com as empresas
açorianas. Nesta parte da visita acompanhou a diretora-geral para
o Mar e Pescas da Comissão Europeia, Lowri Evans, tendo
aproveitado a ocasião para realçar a riqueza, diversidade
e qualidade do pescado de Portugal, "o melhor peixe do
mundo".
No final da visita à Seafood, Ricardo Serrão Santos
afirmou que "a representação nacional apresenta uma
boa imagem e, o que é mais importante, o pescado mais atraente de
toda a feira", acrescentando que "antevê a possibilidade
da realização de bons negócios que valorizem
"o melhor peixe do mundo", onde o dos Açores se
destaca.
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Liliana Rodrigues participou, em Bruxelas, no Fórum sobre
o Futuro da Igualdade de Género na União Europeia, um
evento patrocinado pela Comissão Europeia e que contou com a
presença de representantes das instituições
europeias, entre os quais a comissária Vera Jourová, dos
governos nacionais e de organizações
não-governamentais. Aproveitando também o convite para
Champion da Woman Entrepreunership Platform, a
eurodeputada madeirense teceu algumas considerações sobre
o que ainda falta fazer em termos de igualdade de género e para
que as mulheres possam assumir-se como empreendedoras em verdadeira
paridade com os homens. No entender de Liliana Rodrigues, “apesar
de progressos terem sido alcançados, falta ainda que as mulheres
ganhem confiança nelas mesmas e isso só se consegue com a
mudança de mentalidades, delas, mas sobretudo dos homens. A
única forma de processar essa mudança é
através da educação, incorporando de uma vez por
todas a igualdade de género em todos os níveis do sistema
educativo e na formação de professores. Não
obstante todas as outras iniciativas que possam e que devem ser
realizadas, só a educação para a igualdade
permitirá uma alteração sólida e que
permaneça”.
Coimbra recebe Jornadas Universitárias sobre
Direitos Humanos
Liliana Rodrigues participa este sábado nas Jornadas
Universitárias de Direitos Humanos, que decorrem em Coimbra,
onde, a propósito de uma conferência sobre o Empoderamento
das Mulheres, vai apresentar alguns dos factos que estiveram na origem
do seu relatório de iniciativa, a metodologia utilizada e ainda
algumas das medidas que, a serer aceites e aplicadas pelas
instituições europeias e Estados-membros,
conduzirão ao reforço do estatuto social das
mulheres.
Agenda
25 de Abril – 9h45 - Fórum sobre Direitos Humanos:
Auditório da Universidade de Coimbra- Coimbra.
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A Comissão Europeia concorda com a posição do
Partido Socialista quando defende que se a Ferrocarril
Metropolitá de Barcelona S.A. (FMB) tem estatuto de operador
interno encontra-se impedida de participar no Concurso de
Subconcessão da Metro do Porto (MP) e da Sociedade de Transportes
Colectivos do Porto S.A. (STCP), sendo motivo para que o Governo
português proceda à anulação deste
concurso.
Em resposta à questão assinada por Francisco Assis,
Elisa Ferreira e Carlos Zorrinho, a Comissão Europeia refere que
"se, de facto, a FMB e/ou a TCC forem consideradas como operadores
internos, a sua participação num concurso relativo
à prestação de serviços de transporte
público organizado fora do território da autoridade
competente a nível local será difícil de justificar
ao abrigo do artigo 5º, nº 2, alínea b), do Regulamento
(CE) nº 1370/2007".
Para os deputados do Partido Socialista no Parlamento Europeu, e
perante esta resposta não resta outra alternativa ao Governo que
não seja a anulação do citado concurso, sob pena de
a atribuição da subconcessão ao consórcio
FMB/TCC violar legislação europeia.
Detida pela Área Metropolitana de Barcelona, que é uma
entidade pública de natureza territorial, a FMB presta
serviço por atribuição direta e sem
concorrência e beneficia de subsidiação
pública. É, portanto, claro que, à luz do
Regulamento (CE) nº 1370/2007, a FMB tem estatuto de operador
interno.
A Comissão Europeia vem assim confirmar que, tal como o PS
sempre defendeu, este estatuto de operador interno impede o concorrente
FMB/TCC de participar neste concurso.
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O Grupo Parlamentar Europeu S&D, onde se integra o Partido
Socialista, tem abertas as inscrições para
estagiários remunerados, no âmbito do programa
"Francis Vals".
Estes estágios vão decorrer em Bruxelas e Estrasburgo,
permitindo um contacto direto com a realidade europeia, com os
serviços do Parlamento Europeu e com os eurodeputados
eleitos.
As informações sobre o Programa "Trainees Francis
Vals" podem ser obtidas em http://www.socialistsanddemocrats.eu/traineeships
e as inscrições estão a decorrer até 24 de
maio.
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Para mais informações consulte a página dos Socialistas Portugueses no Parlamento Europeu: https://www.pseuropa.pt/pspe/
Para remover o seu email desta mailling list por favor clique aqui
Ao abrigo do decreto/lei 67/98 de 26 de Outubro, de regulação do tratamento automatizado de dados de caracter pessoal, o utilizador poderá aceder aos seus dados, rectificar ou cancelar os mesmos. |