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Nesta edição:
1 - Elisa Ferreira co-relatora: Primeiras
audições da Comissão Especial TAXE contra as
práticas fiscais agressivas.
2 - PSD votou contra: Parlamento Europeu aprova emendas de
Maria João Rodrigues que dão prioridade a
Portugal no acesso ao "Fundo Juncker".
3 - Pedro Silva Pereira apela a uma
posição forte do PE no financiamento da ajuda aos
países em desenvolvimento.
4 - Carlos Zorrinho acusa burocracia europeia e
governo português de desperdícios por ineficiências
da máquina e questiona comissária europeia sobre os
veículos elétricos.
5 - Francisco Assis profere conferência na
Universidade Lusíada, debate separação de poderes
com Sampaio da Nóvoa, Paulo Rangel e António Filipe e
participa em encontro sobre América Latina – Europa –
África.
6 - Ana Gomes na reunião da Comissão
Especial sobre Acordos Fiscais e outras Práticas Equivalentes,
escreve ao Governo português devido à Guiné
Equatorial e participa em visita de trabalho aos Açores.
7 - Ricardo Serrão Santos leva
delegação da Comissão das Pescas aos
Açores.
8 - Emigração: Liliana Rodrigues em
entrevista à RDP Internacional.
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Decorreram esta semana as primeiras audições da
Comissão TAXE do Parlamento Europeu encarregue de averiguar as
práticas fiscais agressivas dos países da União
Europeia (UE) e propor pistas para lhes pôr cobro, e na qual Elisa
Ferreira é co-relatora.
O primeiro painel foi constituído pelos representantes dos
sindicatos dos trabalhadores dos serviços fiscais e aduaneiros,
que incluíram o português Paulo Ralha, presidente do
Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos. No segundo painel participaram
os representantes das federações europeias de conselheiros
fiscais.
Os sindicatos deixaram claro que quase todos os Governos da UE
não só têm deixado os serviços fiscais ao
abandono, como, em consequência das políticas de
austeridade, têm operado cortes importantes dos recursos humanos e
técnicos apesar de lhes exigirem simultaneamente um aumento da
eficácia da cobrança de impostos. Para Elisa Ferreira esta
é uma contradição dificilmente
explicável.
Esta situação de falta de recursos humanos e
técnicos é particularmente acentuada em países onde
a troika exigiu um "enorme aumento de impostos" (Vitor Gaspar,
3/10/2012), como Portugal e Grécia, notou a eurodeputada.
Segundo Nadja Salson, do Sindicato Europeu dos Trabalhadores da
Função Pública (EPSU), os cortes operados na
administração fiscal nos últimos anos representaram
1/3 dos efetivos na Grécia e no Reino Unido.
Em Portugal perderam-se 3.500 postos de posto de trabalho neste
sector, afirmou Paulo Ralha,
Todos os sindicatos alertam para o facto de estes cortes se
traduzirem em perdas de receitas fiscais muito superiores aos respetivos
custos administrativos: no caso da Dinamarca, refere a EPSU, os cortes
na administração fiscal provocaram uma perda de receitas
fiscais de 2 mil milhões de coroas dinamarquesas.
O debate do segundo painel, com os representantes da
indústria, ilustrou, segundo Elisa Ferreira, a desigualdade da
luta em curso entre uma máquina fiscal emperrada e obsoleta e um
ativismo despudorado dos gestores das estratégias fiscais das
empresas na exploração das discrepâncias entre os
regimes fiscais dos 28 países da UE para garantir aos clientes
uma fatura de impostos o mais baixa possível.
Alguns depoimentos roçaram a provocação, como o
de Henk Koller, da Federação dos Conselheiros Fiscais, que
defendeu as vantagens da concorrência fiscal entre os
países da UE para o mundo dos negócios.
Transparência sobre as vantagens fiscais especiais concedidas por
alguns Governos a algumas grandes empresas multinacionais para lhes
permitir pagar menos impostos do que os devidos nos países onde
operam é algo que, para Koller, não faz grande
sentido.
O consultor holandês também não se mostrou
preocupado pelo facto de serem os cidadãos e as pequenas e
médias empresas a assumir a fatura fiscal dos impostos que
não são pagos pelas mutinacionais pelo facto de não
poderem beneficiar dos serviços de arbitragem fiscal.
A Comissão Especial do Parlamento Europeu encarregue de
analisar as práticas fiscais agressivas de vários Estados
membros da União Europeia conta também com a
participação da eurodeputada socialista Ana Gomes.
Agenda
24 de Abril - 11h00 - Participa no
seminário "30 anos do tratado de adesão" na
Universidade Católica - Porto.
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O Parlamento Europeu aprovou as propostas legislativas ao regulamento
para a criação do Fundo Europeu para Investimentos
Estratégicos (FEIE), iniciativa que contou com contributos do
Partido Socialista para que seja feita uma aposta nos países mais
afetados pela atual crise, caso de Portugal, e que mereceu o voto contra
do PSD durante a votação que decorreu no âmbito da
comissão do Emprego e Assuntos Sociais (EMPL).
Tendo em conta a queda do investimento, em alguns casos de 20%, a
Comissão Europeia apresentou a criação do FEIE,
também conhecido como "Fundo Juncker", para combater as
divergências criadas pela crise e viabilizar investimentos de
caráter estratégico, através do financiamento de
projetos em áreas como infraestruturas de transportes, banda
larga, inovação e investigação, equipamentos
sociais, energias renováveis, eficiência energética
ou educação e ambiente.
Maria João Rodrigues, porta-voz do Grupo socialista na
comissão EMPL, apresentou um conjunto de propostas que defendem
que os critérios de seleção de projetos para
viabilizar a mobilização do Fundo de Investimento devem
dar especial atenção à criação de
emprego e a projetos provenientes de países como Portugal. A
deputada socialista conseguiu aprovar uma proposta que defende que
"o FEIE deverá prestar especial atenção aos
projetos dos Estados-membros e das regiões que continuam a ser
mais afetados pela crise, com vista à redução das
discrepâncias, particularmente no que diz respeito aos
níveis de emprego e desemprego. A necessidade de gerar novos
empregos de qualidade em quantidades adequadas deve ser especificamente
abordada numa estratégia europeia de investimento para a qual o
FEIE teria de contribuir".
Os socialistas sublinham a "importância do voto para
Portugal" e lamentam que "o PSD no Parlamento Europeu
não tenha apoiado propostas que defendem o interesse
nacional". Segundo Maria João Rodrigues, "as
divergências entre Estados membros foram acentuadas também
pela crise, portanto, para além dos Fundos Estruturais e de
Coesão, precisamos de um instrumento de peso que dê
resposta ao défice de investimento e de emprego nos países
mais afetados, esta intenção foi, aliás, confirmada
pelo próprio Presidente Juncker quando apresentou o plano de
investimento ao PE em novembro de 2014".
Para além disso, os socialistas conseguiram aprovar uma
proposta inovadora para que o Fundo apoie o desenvolvimento de
"plataformas de investimento geográficas e
temáticas" com o objetivo juntar investidores, autoridades
públicas, peritos, instituições de ensino,
formação e investigação, a fim de promover a
inovação, o desenvolvimento de competências e a
criação de empregos de qualidade".
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Pedro Silva Pereira promoveu esta semana, em Bruxelas, uma
discussão entre os vários grupos políticos do
Parlamento Europeu sobre o relatório da sua responsabilidade para
o quadro de financiamento da ajuda aos países em desenvolvimento
até 2030. O relatório, que está no centro do debate
sobre a implementação e o financiamento da nova agenda
global para o desenvolvimento no período pós-2015, recebeu
mais de 290 contributos.
Pedro Silva Pereira apresentou um conjunto de 40 compromissos aos
grupos políticos do Parlamento com vista a reunir um amplo
consenso sobre o seu relatório. O deputado sublinhou a
importância deste relatório no contexto da
preparação da Conferência Internacional sobre
Financiamento do Desenvolvimento de Adis Abeba, em julho, e apelou a uma
mensagem política forte e clara do Parlamento Europeu sobre o
financiamento da agenda transformadora do desenvolvimento
pós-2015, de modo a fazer desta conferência o sucesso
necessário para as políticas de desenvolvimento.
Nos 40 compromissos propostos aos diferentes grupos políticos,
e que obtiveram um largo consenso, Pedro Silva Pereira procurou
reforçar questões tão importantes como a abordagem
integrada do quadro do financiamento da ajuda aos países em
desenvolvimento - compreendendo meios financeiros e não
financeiros -; a liderança da União Europeia neste
processo através de compromissos claros e concretos; a
introdução de sistemas fiscais mais justos e eficientes
nos países em desenvolvimento; a identificação de
novas formas inovadoras de financiamento; o financiamento novo e
adicional para a luta contra as alterações
climáticas, assim como a garantia de mecanismos reforçados
de avaliação e de controlo das ajudas financeiras ao
desenvolvimento. Os compromissos apresentados pelo deputado socialista
centraram-se também na importância da coerência e na
eficácia das políticas para o desenvolvimento, bem como no
papel da sociedade civil na boa governação,
transparência e responsabilidade do processo de
desenvolvimento.
Neste seu relatório Pedro Silva Pereira defende três
pontos principais: em primeiro lugar, a reconfirmação do
compromisso de afetar 0.7% do rendimento nacional bruto à ajuda
pública ao desenvolvimento e a apresentação de um
calendário credível, até 2020. Em segundo lugar, a
importância da mobilização dos recursos
domésticos disponíveis em prol do desenvolvimento,
nomeadamente através do aperfeiçoamento dos sistemas
fiscais e da cooperação fiscal internacional. Em terceiro
lugar, o alinhamento do sector privado com os objetivos de
desenvolvimento sustentável.
O relatório de Pedro Silva Pereira será votado na
Comissão de Desenvolvimento já a 20 de abril e em
plenário na semana de 18 de maio, antes da
aprovação das conclusões do Conselho sobre a
matéria. Este será o contributo do Parlamento Europeu para
definir a posição da União Europeia na Terceira
Conferência Internacional sobre Financiamento para o
Desenvolvimento, que terá lugar em Adis Abeba, Etiópia, de
13 a 16 de julho.
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"Num momento de estagnação económica em
muitos países beneficiários dos programas de
coesão, é inaceitável que um quadro regulamentar
burocrático e sem flexibilidade interna mitigue muito os efeitos
positivos que poderiam ser esperados destes instrumentos", criticou Carlos
Zorrinho no debate desta quarta-feira, em Bruxelas, sobre a
modificação do regulamento relativo à
programação do quadro financeiro para o período
2014-2020.
Para o deputado socialista, a "burocracia europeia" tem de
"acertar o passo" com as necessidades concretas da economia
real e não "ficar amarrada por regulamentos
inamovíveis" por forma a que recursos demasiado escassos
não sejam "desperdiçados com as ineficiências
da máquina".
Carlos Zorrinho considera, no entanto, a modificação do
regulamento como "uma proposta positiva e que deve ser saudada,
tanto mais que é acompanhada de uma declaração de
vontade da Comissão Europeia no sentido de cooperar ativamente
com as autoridades nacionais e regionais para a execução
destas verbas, em áreas fundamentais para o desenvolvimento
sustentável e o combate às assimetrias, até ao
final de 2015".
A solução encontrada para este caso "não
nos permite no entanto descansar em relação ao pecado
original que parece ter contaminado este quadro plurianual",
apontou Carlos Zorrinho, tendo exemplificado que em "Portugal,
passados 16 meses sobre a entrada em vigor do presente quadro, só
agora começam a ser abertos os primeiros concursos e nem um euro
chegou ainda à economia, ao sistema científico e
tecnológico ou às instituições de
capacitação."
A modificação do Regulamento 1311/2013 sobre
Programação do Quadro Financeiro para o período
2014-2020 visa transferir para 2015 verbas que, devido à
adoção tardia dos regulamentos relativos à
política de coesão 2014/2020, não puderem ser
utilizadas até ao final do ano passado.
Carlos Zorrinho questiona comissária europeia sobre
veículos elétricos
Na Comissão de Indústria, Investigação e
Energia de terça-feira, Carlos Zorrinho questionou Elżbieta
Bieńkowska, comissária do Mercado Interno,
Indústria, Empreendedorismo e Pequenas e Médias Empresas,
sobre a prioridade da Comissão Europeia para os veículos
elétricos.
Antes, o eurodeputado considerou que a reabilitação
urbana, a eficiência energética e a mobilidade inteligente
são bons exemplos de novas apostas que promovem a União da
Energia e a União Digital, e que poderão devolver o
crescimento económico à União Europeia,
através de uma política industrial voltada para
transição energética e a mudança
digital.
Concretamente, Carlos Zorrinho interrogou a comissária
europeia se os veículos elétricos são uma
prioridade para a Comissão e como vai traduzir-se o
apoio a este sector.
Carlos Zorrinho visita "Escola do
Futuro"
Carlos Zorrinho participou num encontro com alunos da Escola
Secundária Dom Manuel Martins e visitou o Laboratório
Escola do Futuro aí instalado. O encontro contou com a
participação de cerca de 70 alunos e professores, tendo
versado o papel da Europa e a sua relação com o quotidiano
das populações, em particular, das escolas.
Europa em debate na Universidade de
Évora
"A Europa e os Jovens" foi o tema de um debate promovido
pela Associação de Estudantes da Universidade de
Évora, pelo Clube Europe Direct e pela Gabinete de
Informação do Parlamento Europeu em Portugal que
decorreu a 10 de abril na Universidade de Évora. Num debate
moderado pelo jornalista António Nobre da Antena 1, o deputado
Carlos Zorrinho teve o contraponto da deputada Sofia Ribeiro do Partido
Popular Europeu.
Agenda
24 de Abril - 17h00 - Participa nas jornadas de Ciência
Política no ISCTE - Lisboa.
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Francisco Assis participou na conferência no âmbito do
Curso de Pós-Graduação em Integração
Euro-Afro-Americana, na Universidade Lusíada, diante de uma
plateia que contou com alunos do Curso de Licenciatura em
Relações Internacionais.
O deputado socialista começou por enquadrar as
relações entre a UE e o Mercosul, em particular no que diz
respeito às negociações do tão adiado Acordo
de Associação entre os dois blocos regionais. Embora
estejam prontas as respetivas ofertas de acesso ao mercado, Assis
lamentou que as negociações se encontrem paralisadas a um
passo da conclusão, o que, explicou, se deve a diversas
razões, desde a crise económica e política que vive
o Brasil ao hiperprotecionismo da Argentina, passando por
resistências oferecidas por países europeus no que respeita
ao domínio agroindustrial. O deputado socialista abordou ainda
várias questões da política europeia e
internacional bem como de modelos de integração
regional.
Salientou a importância da política de vizinhança
da UE no quadro da ameaça do terrorismo islâmico e da
tragédia dos refugiados do Magreb e do Próximo-Oriente, e
a necessidade de revalorizar o comércio e a
cooperação política no espaço do
Atlântico Sul como forma de contrariar o atual predomínio
geoestratégico do Atlântico Norte e do Pacífico. No
final da conferência, vários dos presentes questionaram o
deputado europeu. Assis respondeu às dúvidas levantadas
quanto às implicações que a
celebração do acordo UE-Mercosul poderia ter no futuro
acordo TTIP entre a UE e os EUA, caso acontecesse primeiro, e
também à questão de um eventual impacto negativo do
TTIP sobre as empresas portuguesas da área dos serviços,
chamando a atenção para um relatório do Centre for
Economic Policy Research, de Londres, onde se conclui que Portugal
sairá amplamente beneficiado com o acordo de livre
comércio UE-EUA.
Debate sobre separação de poderes com Sampaio
da Nóvoa, Paulo Rangel e António Filipe
Francisco Assis participou na conferência "Como garantir a
separação de poderes?", que decorreu no
Palácio da Bolsa, no Porto, numa sessão do ciclo de
debates "Ter Estado", do Instituto de Defesa Nacional que
contou também com a presença e intervenção
do Ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco. Ao longo de
três horas, Francisco Assis, Sampaio da Nóvoa, Paulo Rangel
e António Filipe enquadraram os fundamentos
histórico-filosóficos do princípio da
separação de poderes e analisaram a saúde desta
pedra basilar do regime democrático, projetando-a no futuro.
O deputado socialista começou por destacar o conceito de
"equilíbrio de poderes" como essencial para focalizar o
princípio da separação de poderes e complementou a
ideia de António Filipe de que esta separação
é hoje garantida em grande medida pela dualidade entre partidos
do poder e partidos da oposição com a pluralidade e
diversidade que deve ocorrer no seio dos próprios partidos
políticos. Da separação de poderes os
conferencistas passaram ao debate sobre os desafios da
participação cívica e política. Para Assis,
"o problema da nossa democracia não é tanto de
participação mas de condução".
Segundo o deputado europeu, "falta direção e
comando" nos atuais partidos políticos e é por
sentirem essa falta, essa incapacidade dos partidos influenciarem a
realidade de forma decisiva, que se instala a descrença nos
eleitores e o seu desinteresse pela participação. É
também por isso que, para Assis, num sentido diverso da
intervenção de Sampaio da Nóvoa, "o elogio da
participação não é em si mesmo um programa
político". Em réplica à previsão de
Paulo Rangel de que o séc. XXI será "o século
dos tribunais", a seguir "ao século do parlamentarismo
e ao século do executivo" que configuraram os séculos
XIX e XX, Assis afirmou que "oxalá Paulo Rangel não
tenha razão, porque se assim for talvez as nossas democracias
não resistam".
Encontro sobre América Latina – Europa –
África
Francisco Assis participou esta sexta-feira no IV encontro
“Triângulo Estratégico: América Latina –
Europa – África”, numa iniciativa que reuniu os mais
destacados especialistas e as principais instituições dos
três continentes para encontrar processos de fortalecimento das
relações no espaço atlântico.
Este conjunto de debates decorreu em Lisboa e contou com
representantes do governo português e responsáveis
nacionais e internacionais de instituições
políticas, económicas e civis.
Agenda
23 de Abril - 10h30 - Participa no 7° Congresso da CAP -
Centro de Congressos do Estoril - Estoril.
25 de Abril - 16h00 - Participa nas cerimónias do 25 de Abril
- Porto de Mós.
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Ana Gomes participou esta semana na reunião da Comissão
Especial do Parlamento Europeu (PE) encarregue de analisar as
práticas fiscais agressivas de vários Estados membros da
União Europeia. A reunião contou com a
participação de vários representantes das
administrações fiscais europeias, entre os quais Paulo
Ralha, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Impostos. A
parlamentar socialista denunciou algumas medidas fiscais iníquas
praticadas pelo atual governo português, nomeadamente a amnistia
fiscal de 2012 que permitiu a cidadãos e empresas regularizarem
fortunas parqueadas no exterior e não declaradas ao Fisco,
pagando uma taxa de 7.5%, e beneficiando de sigilo completo quanto
à origem desse património. Paulo Ralha esclareceu que a
Autoridade Tributária nunca sequer teve acesso à lista
beneficiários desse regime, podendo haver até processos em
curso contra os mesmos, que são, depois, improcedentes.
Ana Gomes chamou a atenção para o clima de
intimidação aos trabalhadores de impostos em Portugal,
realçando o recente escândalo da Lista VIP, e o corte de
recursos resultante da política de austeridade imposta pelo
governo/troika, que contradizem completamente os objetivos e
necessidades de aumento da receita fiscal, e que impossibilitam o Estado
de obter matéria coletável já identificada, que
chega aos 14 mil milhões de euros. Na sua
intervenção, Ana Gomes salientou ainda
deslocalização das principais empresas portuguesas para a
Holanda para beneficiar dum regime fiscal mais leve, e frisou que, em
Portugal e as isenções fiscais para SGPS e fundos
imobiliários e outros esquemas de benefícios/incentivos
fiscais para certos tipos de empresas podem equivaler a "acordos
fiscais" à semelhança dos que vieram ao conhecimento
público no escândalo "LuxLeaks".
Recorde-se que esta Comissão Especial do Parlamento Europeu
encarregue de analisar as práticas fiscais agressivas de
vários Estados membros da União Europeia conta
também com a participação da eurodeputada
socialista Elisa Ferreira.
Ana Gomes escreve ao Governo português
No final da semana, Ana Gomes enviou cartas ao Ministro de Estado e
Negócios Estrangeiros e ao Secretário Executivo da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A
eurodeputada do PS pretende saber que medidas foram tomadas pelo governo
português e pela CPLP para instar o Governo da Guiné
Equatorial, recentemente admitida na CPLP, a acabar com
detenções arbitrárias e intimidação
da oposição política no país.
Visita de trabalho aos Açores com Base das Lajes na
agenda
Na semana passada, Ana Gomes esteve nos Açores, onde se
inteirou do impacto social e económico da
diminuição do efetivo militar americano na Base das Lajes
- que já estava nos planos de reestruturação das
Forças Armadas desde o Governo de George W. Bush e foi
formalmente confirmada pelo Governo de Barack Obama ao Governo
português em novembro de 2012. “OS EUA não querem
abandonar os Açores: querem continuar a ter o domínio da
Base das Lajes e do porto da Praia da Vitória, mas em regime
"low cost" - com um mínimo de pessoal, americano e
português, e custos mínimos”, disse Ana Gomes
à Antena 1 esta semana. “Querem passar de 650 militares
para 160 e deixar de empregar metade dos 800 portugueses até ao
outono deste ano. Já iniciaram há dois anos as
reduções dos tempos das comissões de
serviço, do acompanhamento de militares por familiares, já
fecharam a escola americana e diversos serviços na Base. Por
isso, de facto, a economia da Terceira já está a sofrer
forte impacto social e económico, a somar-se ao da crise nacional
e europeia, calculando-se que, em consequência, o desemprego na
ilha atinja 55 por cento e leve à emigração de 10 a
15 mil terceirenses nos próximos dez anos. Este é um
desastre nacional, regional e local que está a acontecer, sem que
se fale dele em Portugal”, denunciou a parlamentar socialista. Ana
Gomes acrescentou que o governo de Passos Coelho e Portas fechou-se
em copas, entrou em negação apesar dos americanos o terem
repetidamente avisado. O Ministro de Estado e dos Negócios
Estrangeiros e depois Vice-Primeiro Ministro, Paulo Portas, descurou a
negociação político-diplomática e acreditou
que, adulando meia dúzia de congressistas americanos de origem
portuguesa, o Governo travava o processo; o MNE sob sua
direção continuou a desvalorizar a importância de
ter a intervir no processo negocial o Governo da Região
Autónoma dos Açores e os Presidentes eleitos nos
municípios afetados na Ilha Terceira, Praia da Vitória e
Angra do Heroísmo; ignorou olimpicamente o interesse negocial que
poderia extrair da mobilização de deputados, tanto no
Parlamento nacional como no Parlamento Europeu; descurou
exigências que poderia e deveria ter feito ao anfitrião da
Cimeira da Guerra nas Lajes em 2003, Durão Barroso, ainda como
Presidente da CE. E sobretudo desdenhou, estupidamente, da
importância estratégica e tática de equacionar
outros usos, civis e/ou militares, para a Base das Lajes e para o porto
da Praia da Vitória nos planos nacional e europeu.
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Uma delegação da Comissão das Pescas do
Parlamento Europeu visitou os Açores naquela que foi a primeira
iniciativa deste tipo do atual mandato parlamentar. O programa, que teve
jornadas de trabalho em São Miguel, Faial e Terceira, contemplou
uma série de encontros com agentes do setor, com destaque para as
reuniões com a Federação das Pescas,
Associação de Produtores Espécies Demersais dos
Açores e Lotaçor. Os eurodeputados tiveram ainda
oportunidade de visitar infraestruturas como o Porto de Rabo de Peixe,
assistir a descargas de peixe nas lotas de Ponta Delgada e da Horta e de
trocar pontos de vista com os representantes das
instituições políticas regionais, Presidente do
Governo dos Açores, Secretário Regional do Mar,
Ciência e Tecnologia e Comissões de Economia e Assuntos
Parlamentares Ambiente e Trabalho da Assembleia dos Açores. Na
Horta, os eurodeputados assistiram ao lançamento do projeto
piloto de fiscalização das pescas e de
monitorização do ambiente marinho através da
utilização de drones (aeronaves não
tripuladas).
Em todos os momentos ficou bem patente a adequação
tecnológica e ambiental da pesca nos Açores a par da
necessidade de aumentar o rendimento do setor por via da
valorização do pescado. A abordagem precaucionária,
que implica não tanto pescar mais mas antes pescar melhor,
é a única capaz de garantir a sustentabilidade das
pescarias.
Não foi a primeira vez que a Comissão das Pescas do
Parlamento Europeu tomou contacto com a realidade
açoriana. Em dezembro realizou-se em Bruxelas uma
audição acerca das pescarias nas Regiões
ultraperiféricas. Nesta audição foram oradores o
Doutor Telmo Morato, investigador do Departamento de Oceanografia e
Pescas da Universidade dos Açores e a Dr.ª Cíntia
Machado, Presidente do Conselho de Administração da
Lotaçor. Estiveram ainda presentes, a convite de Ricardo
Serrão Santos, cerca de 14 representantes das
associações do setor e investigadores do Departamento de
Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores.
Este esforço continuado de dar a conhecer a realidade assume
uma grande importância, ainda mais numa altura em que está
para breve a discussão da regulamentação da pesca
de profundidade no Atlântico nordeste. Um regulamento que
estabelece as regras para utilização dos recursos
biológicos do Mar Profundo de uma parte relevante do Oceano
Atlântico. O essencial desta legislação
é que tenta utilizar uma abordagem ecossistémica para a
gestão das pescas, não se tomando em atenção
apenas as espécies a gerir, mas sim todo o contexto das mesmas,
incluindo os efeitos secundários das pescarias. É por esta
razão que tanto os Açores como a Madeira podem ter muito a
ganhar com a proposta feita pela Comissão Europeia. Em primeira
linha, por exemplo, a inibição progressiva da
utilização das redes de arrasto de profundidade. Estes
equipamentos destroem os locais em que algumas das espécies de
peixes fazem as posturas e capturam grandes quantidades de peixes.
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Liliana Rodrigues em entrevista à RDP Internacional
(programa Câmara dos Representantes), falou sobre os
emigrantes e a sua participação na política. A
eurodeputada socialista é da opinião de que a
participação dos emigrantes portugueses na política
nacional ou no seu país de acolhimento ainda está
aquém do desejável, o mesmo sucedendo com a
participação de imigrantes na vida política
portuguesa. As políticas de imigração ainda podem
ser entraves ao exercício da cidadania e instrumentos de
exclusão política.
Liliana Rodrigues defendeu que apesar de todos os progressos
alcançados, e paralelamente ao investimento na
educação, na investigação e no
desenvolvimento, cabe-nos refletir sobre a implementação
de políticas de emigração que aumentem de forma
significativa a participação cívica. É
fundamental educar para combater o alheamento face aos processos
políticos no país de origem e nos países de
acolhimento.
Para a deputada madeirense "se na Grécia Antiga a
participação política estava reservada aos
cidadãos, ficando os estrangeiros (para além das mulheres
e dos escravos) excluídos do processo democrático, nos
dias que correm será inevitável e positivo
envolvê-los na tomada de decisões que dizem respeito
à região e ao país em que se inserem. Esta
será sempre uma forma de lhes proporcionar um sentimento de
pertença à comunidade, diluir eventuais sentimentos
exclusão e contribuir para o bem-estar geral".
Liliana Rodrigues diz que "afinal, não se pode exigir a
um emigrante que pague impostos e esteja sujeito aos mesmos
códigos sociais e ordem jurídico-constitucional e, em
simultâneo, privá-lo da participação nas
decisões da pólis. Este seria um desajustado
Estado-Nação onde a antiquada categoria de
“cidadão nacional” apenas serviria para legitimar a
exclusão do “outro”, negando-lhe a
condição de estatuto político. É preciso
lembrar que o conceito de “cidadão” é uma
construção social que se reveste hoje de uma complexidade
que não se imaginava na Antiga Grécia", acrescentando
que "vivemos num tempo e numa sociedade onde a diversidade existe e
deve ser objetivamente representada. Persistir num conceito estanque de
“cidadão original” serve apenas para afastar os
cidadãos emigrantes da participação
política. A nacionalidade não deve confundir-se com a
cidadania. Se a primeira pouco nos diz nos tempos que correm, a segunda
é, ou deverá ser, um instrumento essencial que nos una na
construção de um espaço social democrático e
aberto à diferença".
Agenda
25 de Abril – 9h45 - Fórum sobre Direitos
Humanos: Auditório da Universidade de Coimbra
- Coimbra.
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