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Nesta edição pode ler:
1 - Elisa Ferreira
congratula-se com parecer favorável à compra de
dívida pública pelo BCE.
2 - Carlos Zorrinho no debate sobre a
presidência letã e em encontro sobre energia.
3 - Maria João Rodrigues: "A UE
só poderá ultrapassar este impasse se obtiver os recursos
nacionais necessários para promover o investimento e a
criação de emprego".
4 - Pedro Silva Pereira: A União tem de
cumprir os compromissos de financiamento das políticas de ajuda
ao desenvolvimento.
5 - Francisco Assis nomeado responsável por
opinião na Comissão dos Assuntos Externos e
reúne-se com diretor para as Américas do Serviço de
Ação Externa da UE.
6 - Liliana Rodrigues com deputados na Assembleia da
República, discute a defesa do património e promove
encontro sobre direitos e liberdades fundamentais.
7 - Quotas leiteiras e pesca do atum na agenda de Ricardo
Serrão Santos.
8 - Ana Gomes no Curdistão, em debate sobre a
Líbia, o Egipto e a Nigéria e vê eurodeputados a
aplaudirem proposta sobre Direitos Humanos.
9 - Flexibilização do pacto de estabilidade e
crescimento é um primeiro passo na direção
certa.
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Elisa Ferreira congratulou-se com o parecer favorável do
advogado-geral do Tribunal de Justiça da União Europeia ao
novo programa de compra de dívida pública dos
países do euro (OMT) por parte do Banco Central Europeu (BCE)
para os proteger de ataques especulativos.
"Se o Tribunal vier a confirmar, dentro de alguns meses,
esta opinião de que o programa OMT é compatível com
o direito comunitário, dará razão ao presidente do
BCE, Mario Draghi, em detrimento da posição do Tribunal
Constitucional Alemão e de uma série de críticos da
política do BCE no mesmo país", considerou a
deputada.
Outra consequência desta posição, segundo Elisa
Ferreira, será provavelmente o fim das troikas, ou pelo
menos o fim da participação do BCE nestas estruturas ao
lado da Comissão Europeia e do Fundo Monetário
Internacional.
Este desfecho resulta da opinião do advogado-geral de que o
BCE não deverá participar nos programas de
assistência financeira dos países que venham eventualmente
a beneficiar de OMT. Recorde-se que o BCE impôs como
condição à ativação do seu programa
de compra de dívida no mercado secundário que os
países beneficiários subscrevam um programa de
assistência financeira.
A saída do BCE poderá permitir finalmente a abertura de
um debate sobre o fim das troikas como é há muito
pedido pelos socialistas e pelo Parlamento Europeu, e a
transferência das suas funções, que têm
consistido sobretudo na conceção e vigilância dos
programas de assistência, para uma instituição da
UE.
Até Olli Rehn, o ex-comissário europeu
responsável pelas troikas, incluindo no programa de
assistência a Portugal, já reconheceu que a opinião
do advogado-geral poderá significar "o princípio
do fim da troika na sua forma atual", frisou Elisa
Ferreira.
A ser assim, a conceção e vigilância dos
programas de ajustamento deverá passar a ser uma
competência exclusiva da Comissão Europeia, ficando todo
este processo sujeito a um controlo político democrático e
transparente, o que não é atualmente o caso por se tratar
de uma instância intergovernamental, opaca e sem legitimidade
democrática.
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"A prioridade dada pela presidência letã
à Agenda Digital merece ser saudada", afirmou Carlos
Zorrinho na intervenção
que produziu no plenário de Estrasburgo, no ponto
relativo ao programa de atividades da presidência de
Letónia, cujo exercício começou no início
deste ano.
Refutando a ideia de que o digital é uma plataforma
estritamente tecnológica, para Carlos Zorrinho é sobre as
plataformas energética e digital "que a União
Europeia tem que encontrar respostas para os problemas de crescimento,
emprego, competitividade e segurança que
enfrenta".
O eurodeputado socialista afirmou que a "União
Europeia foi perdedora no ciclo tecnológico que está a
chegar ao fim" e por isso "ficou exposta
económica e socialmente e foi desviada para a periferia
geostratégica".
A abertura de um novo ciclo tecnológico é, no entender
de Zorrinho, uma oportunidade a vários níveis,
designadamente, da segurança e da cibersegurança, da
proteção de dados, da criação de mais
transparência e regulação nos mercados, da
criação de novos produtos e serviços geradores de
riqueza e de emprego.
Para Carlos Zorrinho, "o sucesso desta agenda será o
sucesso do Ano Europeu do Desenvolvimento, com implicações
dentro e fora da União Europeia".
Zorrinho saúda parceria com França e Espanha
para as interconexōes energéticas
Entretanto, o Presidente da Delegação Socialista
Portuguesa no Parlamento Europeu participou no 2º Encontro
Euro-Mediterrânico em Energia que decorreu em Bruxelas. O encontro
teve como tema de debate a criação de um Hub no
Mediterrâneo como alternativa de segurança e abastecimento
energético da Europa, e contou com a presença de altos
responsáveis políticos dos Países do
Mediterrâneo Norte e do Mediterrâneo Sul, entre os quais o
Secretário de Estado da Energia do Governo Português, Artur
Trindade. Carlos Zorrinho saúda o acordo tripartido entre
Portugal, Espanha e França para o desenvolvimento de
interconexões energéticas entre a Península
Ibérica e o restante Continente Europeu e exorta o Governo
Português a desenvolver também projetos de conexão
com o Mediterrânio Sul, em particular com Marrocos.
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Maria João Rodrigues participou no
debate sobre as conclusões da última reunião do
Conselho Europeu. O Plano de Investimento para mobilizar 315 mil
milhões de euros, a luta contra o terrorismo e a evasão
fiscal foram alguns dos temas em discussão com o novo presidente
do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o presidente da Comissão,
Jean-Claude Juncker.
O Presidente do Conselho pediu o apoio do Parlamento para garantir
que o Plano de Investimento entre em vigor já em junho e
comprometeu-se a intensificar a luta contra a evasão fiscal e
práticas fiscais agressivas, uma reivindicação dos
socialistas europeus. Por seu lado, Jean-Claude Juncker explicou que a
Comissão está a finalizar os últimos detalhes do
Plano de Investimento, tendo também em conta a proposta de alguns
investimentos públicos poderem ser descontados na
avaliação do défice orçamental dos
países do euro para efeitos do Pacto de Estabilidade e
Crescimento, uma proposta que conhece a luz do dia após um longo
processo de negociação e pressão exercida pelo
Grupo dos Socialistas no Parlamento Europeu.
Na sua intervenção, Maria João Rodrigues
felicitou Tusk pela sua nomeação e considerou que o seu
mandato no Conselho está a chegar a "um momento
importante, por ter pela frente a exigente tarefa de obter os recursos
nacionais necessários para promover o investimento e a
criação de emprego para que a UE consiga ultrapassar o
impasse atual". A Vice-presidente dos Socialistas defendeu
ainda a necessidade de a UE reunir os recursos nacionais
necessários também para "oferecer melhores
soluções no que toca à energia e no que toca
à segurança interna e externa das suas
fronteiras".
Apresentação do Programa da presidência
letã
Realizou-se esta semana o debate sobre as prioridades da
presidência letã do Conselho com a Primeira-ministra
Laimdota Straujuma que defendeu a necessidade de a UE continuar a apoiar
o crescimento económico e a implementação do
mercado único digital, propostas bem recebidas pela
Vice-presidente socialista Maria João Rodrigues. Na sua intervenção,
a deputada sublinhou a importância de atualmente ser uma
mulher à frente da Presidência rotativa da UE e felicitou a
Primeira-ministra pelo "programa promissor" que
apresentou aos deputados. Maria João Rodrigues deu a conhecer as
prioridades do Grupo Socialista, referindo que a UE precisa de
"uma mudança de rumo através de um forte
estímulo para o investimento". Por outro lado, a
deputada defendeu que "o investimento deve ser conduzido por
uma visão de competitividade, mas que tenha em conta o bem-estar
do cidadão", afirmando que "a Agenda Digital
deve promover novos produtos e serviços que deem resposta
às necessidades dos europeus" e relembrou "a
necessidade de a UE continuar a promover emprego, especialmente emprego
de qualidade e o emprego para os jovens".
Maria João Rodrigues porta-voz dos Socialistas para o
Plano de Investimento
Maria João Rodrigues foi nomeada "relatora sombra"
na comissão do Emprego e Assuntos Sociais para o Plano de
Investimento apresentado em novembro por Jean-Claude Juncker. Maria
João Rodrigues tem insistido "na necessidade de o
Conselho avançar com um compromisso que permita que o Plano tenha
o impacto necessário na economia real".
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Pedro Silva Pereira questionou a
Comissão Europeia sobre a necessidade de a União Europeia
(UE) garantir o cumprimento dos seus compromissos de financiamento das
políticas de ajuda ao desenvolvimento.
Esta intervenção teve lugar em Estrasburgo, no debate
que assinalou 2015 como o "Ano Europeu do Desenvolvimento"
(AED2015). Este será, como sublinhou o deputado socialista, um
ano de grandes decisões. A urgência do desenvolvimento
sustentável e da erradicação da pobreza convocam a
comunidade internacional para definir novos objetivos e novas metas para
o período pós-2015.
Pedro Silva Pereira, que é o relator do Parlamento Europeu
(PE) para o quadro de financiamento do desenvolvimento pós-2015,
exigiu que a UE esteja à altura dos seus valores e assuma
claramente a responsabilidade da liderança na
construção da agenda global para o desenvolvimento
até 2030. Na sua intervenção, Pedro Silva Pereira
sublinhou que não há liderança sem exemplo e que a
UE não poderá liderar o que quer que seja se, a pretexto
das restrições orçamentais, andar para trás
nos seus compromissos financeiros ou quiser furtar-se a assumir
compromissos concretos. Para liderar, a União tem, por isso, de
reafirmar, com urgência, o seu compromisso de afetar pelo menos
0.7% do Rendimento Nacional Bruto à ajuda ao
desenvolvimento.
De acordo com os dados divulgados esta semana pelo
Eurobarómetro, publicado pela Comissão Europeia,
93% dos portugueses consideram que é importante ajudar pessoas
nos países em desenvolvimento, ocupando Portugal nesta
matéria o terceiro lugar, logo após a Suécia e
Chipre.
O Ano Europeu para o Desenvolvimento, com o lema “O nosso
mundo, a nossa dignidade, o nosso futuro”, é uma
oportunidade para sensibilizar os cidadãos europeus para a
política de desenvolvimento da UE e para o seu papel enquanto um
dos principais atores mundiais na luta contra a pobreza. O AED2015
é constituído por um calendário de eventos aos
níveis da UE, nacional, regional e local e todos os meses do ano
serão dedicados a um tema especial, como a
educação, a saúde e igualdade de
género.
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Francisco Assis foi nomeado pelos socialistas europeus como
responsável do grupo para a opinião da Comissão dos
Assuntos Externos sobre o relatório onde será definida a
utilização de dados dos registos de
identificação dos passageiros na União
Europeia.
Este relatório, que será redigido na Comissão
das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos
Internos, vai procurar definir as regras para a utilização
dos dados que os passageiros fornecem às companhias aéreas
durante a reserva e compra de bilhetes bem como durante o processo de
embarque. O interesse nesta questão aumentou exponencialmente
devido às preocupações com possíveis
ameaças terroristas e a possibilidade de estes dados poderem ser
usados para investigar e prevenir possíveis ameaças.
O deputado europeu é também responsável por uma
outra opinião da Comissão de Assuntos Externos sobre o
Acordo entre o Canadá e a União Europeia para a
transferência e o tratamento dos dados dos registos de
identificação dos passageiros, sendo este o segundo
relatório nesta área em que o deputado é chamado a
trabalhar.
Francisco Assis reúne-se com Diretor para as
Américas do Serviço de Ação Externa da
UE
Como presidente da Delegação para as
relações com o Mercosul Francisco Assis, recebeu o Diretor
para as Américas do Serviço de Ação Externa
da União Europeia Christian Leffler. A reunião serviu
para trocar impressões sobre o atual estado das
relações da União Europeia e os países das
Américas, em particular os membros do Mercosul.
Christian Leffler defendeu que devemos fazer um esforço para
fazer avançar as negociações para o Acordo de
Associação entre a União Europeia e o Mercosul,
aproveitando para isso a presidência Brasileira.
Francisco Assis defendeu que se deve reforçar a
importância desse acordo e que devemos procurar ajudar a
ultrapassar algumas diferenças que ainda possam existir entre as
posições de alguns estados quer da União europeia
quer do Mercosul de forma a que uma negociação entre os
dois blocos possa ser valorizada em relação a
possíveis acordos bilaterais.
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Liliana Rodrigues participou na audição sobre
proteção de menores, família e natalidade na
Comissão de Assuntos Europeus da Assembleia da República,
em Lisboa, tendo reunido com todos os partidos para dar a conhecer
o trabalho desenvolvido no Parlamento Europeu e as
recomendações da Comissão Europeia acerca desta
problemática, nomeadamente no que diz respeito à
conciliação da vida profissional com a vida familiar e
privada; à necessária flexibilidade no mercado de trabalho
que permita a conciliação com a formação ao
longo da vida; à urgência de uma maior produtividade e
melhor desempenho no mercado, sem todavia descurar os direitos dos
trabalhadores; à necessidade de receber e integrar os migrantes
de forma condigna, mostrando a União Europeia como um
território atrativo e empenhado no desenvolvimento de uma
política comum de imigração legal; ao
equilíbrio das finanças públicas, única
forma de garantir uma proteção social intergeracional em
todos os Estados Membros. Na mesma audição, a deputada da
Madeira insistiu ainda que as conclusões apresentadas para a
promoção da natalidade dificilmente serão
compatíveis com as políticas seguidas pelo atual
governo português, aludindo ainda à retirada da proposta da
diretiva de maternidade, apresentada pelo Partido Socialista Europeu em
2010, recusada pelos Estados Membros e solicitando o apoio de Portugal
na defesa da mesma.
Liliana Rodrigues em reunião sobre defesa do
património
Liliana Rodrigues reuniu-se, em Lisboa, com Guilherme de Oliveira
Martins, Presidente da Terra Nostra em Portugal, presidida
internacionalmente por Plácido Domingo, e que é a
principal organização europeia na defesa do
património, tendo ainda oportunidade para uma conversa com os
responsáveis da Fundação Anna Lindh em
Portugal, seus parceiros no projeto EUROMED.
Direitos humanos e liberdades fundamentais em encontro com
Embaixador e delegação independente do
Egipto
A eurodeputada socialista promoveu encontros com o Embaixador e uma
delegação independente do Egipto em Estrasburgo, com os
direitos humanos e as liberdades fundamentais a serem tema central da
conversa, assim como com o Primeiro-Secretário da Embaixada de
Israel, Raslan Abu Rukun, momento em que foi abordado o conflito com a
Palestina no verão passado e concordando-se na necessidade de
negociar uma estratégia que ponha termo ao conflito armado,
entendendo Liliana Rodrigues que a pressão da Europa é
fundamental para alcançar a paz.
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Os Socialistas Europeus realizaram, em Bruxelas, uma
conferência debate sobre a gestão do mercado do leite no
cenário de fim das quotas leiteiras. A conferência
pretendeu ouvir o setor acerca do impacto do fim daquele regime e contou
com intervenções de quatro especialistas europeus de entre
os quais Jorge Rita, Presidente da Federação
Agrícola dos Açores, que participou a convite
de Ricardo Serrão Santos.
A conferência debate foi encerrada por Ricardo Serrão
Santos, eurodeputado responsável dos Socialistas Europeus pelo
“relatório do leite”, um relatório de
iniciativa acerca do impacto do fim das quotas no mercado do leite. Para
o eurodeputado açoriano “se o objetivo é retirar
restrições para que os que querem e podem produzir mais o
possam fazer, então também haverá que encontrar
forma de acautelar as consequências para aqueles que fizeram
investimentos na modernização das
explorações que levam anos para amortizar”.
Ricardo Serrão Santos referiu ainda que as
explorações leiteiras “contribuem para o
dinamismo do meio rural e operam em zonas em que outras alternativas
económicas são limitadas. Numa época em que a
Europa se focaliza na questão do emprego, com especial
incidência no emprego jovem, devem acautelar-se os setores
económicos com impacto relevante na manutenção e
geração de empregos”.
Para o futuro, o eurodeputado referiu ainda a importância da
regulação da cadeia de valor no sentido de evitar que os
preços pagos aos produtores sejam esmagados a jusante,
nomeadamente pela distribuição, e a necessidade de reunir
consensos no sentido de encontrar mecanismos que possam produzir um
efeito regulador equivalente ao das quotas leiteiras.
O deputado afirmou ainda que o grupo europeu dos Socialistas e
Democratas tem a obrigação política de objetar
à ultra-liberalização do mercado do leite, o que
acontecerá se não houver um sistema de
regulação.
Comissão Europeia questionada por Ricardo
Serrão Santos sobre pesca do atum
Ricardo Serrão Santos questionou a Comissão Europeia
quanto à utilização massiva de dispositivos de
agregação de peixe na pesca do atum. Na sua pergunta, o
eurodeputado referiu que se podem estar a atrasar e a alterar a
circulação dos cardumes. Com esta
perturbação, os cardumes podem afastar-se dos pesqueiros
tradicionais nos arquipélagos dos Açores, Madeira e
Canárias. A Greenpeace e a Pew também já
denunciaram a utilização dos dispositivos e dos efeitos de
longo prazo sobre os ecossistemas
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Ana Gomes visitou o Curdistão, Norte do Iraque, integrando um
grupo de 4 deputados europeus que decidiu inteirar-se da
situação das minorias cristãs, yazidis, shabak,
shiitas etc. perseguidas pelos terroristas do chamado "Estado
Islâmico".
"Todos no Iraque, das autoridades curdas aos líderes
religiosos, nos expressaram o seu pesar e solidariedade pelo atentado
terrorista contra o Charlie Hebdo em Paris. Mas também
sublinharam que sofrem todos os dias atrocidades às mãos
dos mesmos terroristas, estão na linha da frente do combate
contra ele e gostariam de ter mais apoio da Europa - militar,
político e humanitário - para o prosseguir, tanto mais que
entre as fileiras do "Estado Islâmico" combatem mais de
3000 jovens europeus", sublinhou Ana Gomes.
A eurodeputada socialista veio muito crítica pelo que
considerou "falta de Europa" com consequências
na ineficácia no combate ao terrorismo e no apoio
humanitário aos iraquianos que são vítimas dele, em
particular as minorias religiosas. No blogue causa-nossa deixou notas
sobre a visita e uma reportagem fotográfica, complementada por
vídeos.
Ana Gomes no debate sobre a situação a
Líbia
Ana Gomes interveio no
debate sobre a situação na Líbia, país de
que foi relatora do Parlamento Europeu no mandato passado e que visitou
diversas vezes. Sublinhou a urgência de travar a guerra civil e a
crise humanitária na Líbia e na vizinhança, e
barrar a utilização do território líbio como
santuário de organizações terroristas, como a que
acaba de golpear em Paris. "É a segurança
regional, europeia e global que estão sob a ameaça de um
estado falhado na Líbia. Chegou a hora de nos juntarmos a
países africanos que pedem uma intervenção militar
internacional devidamente mandatada pelo Conselho de Segurança
das Nações Unidas e articulada com parceiros regionais, a
Liga Árabe e a União Africana", disse Ana Gomes,
considerando ser "urgente ter uma missão de paz da
ONU que ajude a devolver condições de segurança
para fazer cumprir um acordo político entre as
fações líbias, como o Representante Especial da
ONU, Bernardino Léon, tem vindo a promover". Na
Líbia, joga-se hoje uma "guerra por
procuração", disse ainda a socialista
portuguesa, que "envolve as mesmas potências que
estão por detrás do chamado "Estado
islâmico" defendendo que UE use a sua influência
política e diplomática contra essa interferência
externa.
Egipto na agenda de Ana Gomes
A deputada socialista interveio ainda no
debate sobre a situação no Egipto para dizer que a
liderança do General Sisi tem uma escolha a fazer: "quer
integrar a comunidade internacional como um estado de direito e ser um
ator responsável na região do Médio Oriente e Norte
de África? Ou quer manter um estado opressor do seu povo, pondo
na prisão jornalistas, ativistas políticos ou de direitos
humanos, homossexuais, enquanto liberta o corrupto ditador
Mubarak?"
O terrorismo de Boko Haram
Sobre as mais recentes atrocidades cometidas pela
organização terrorista Boko Haram Ana Gomes disse em
plenário que as autoridades nigerianas não têm sido
capazes, ou não têm querido, travar a escalada das
atrocidades do Boko Haram, "que massacra aldeias inteiras,
rapta crianças e agora, horrendamente, as usa como bombas
humanas". Este grupo terrorista é, diz Ana Gomes,
"uma ameaça à paz e à segurança de
África e à paz e à segurança
globais" e, por isso, "a Europa tem de se fazer ouvir
no Conselho de Segurança das Nações Unidas para que
este determine um mandato internacional no âmbito da
"Responsabilidade de Proteger" na Nigéria, em parceria
com a União Africana e países vizinhos".
Sergei Magnitsky e o combate à
corrupção na Rússia
Em debate sobre a condenação do ativista
anti-corrupção Alexei Navalny, na Rússia, Ana Gomes
defendeu
uma lei europeia que estabeleça listas de
funcionários, procuradores e juízes que, à revelia
das suas obrigações constitucionais, forjam
acusações e condenam activistas na Rússia, à
semelhança do que tem sido pedido a propósito da
condenação e morte do ativista Sergei Magnitsky. Incluindo
sanções contra esses responsáveis, como a
proibição da concessão de visto para a UE e o
congelamento de quaisquer ativos financeiros que estes ou os seus
familiares próximos possuam em países da União
Europeia.
Proposta de Ana Gomes aplaudida pelo Parlamento
Europeu
O plenário do Parlamento Europeu aplaudiu
a proposta de Ana Gomes de que o Presidente do PE interviesse de
imediato junto das autoridades da Arábia Saudita para travar o
vergasteamento do ativista Raif Badawi, punição que
considerou "medieval, bárbara e ilegal face ao direito
internacional".
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A possibilidade de certo tipo de investimento público poder
ser descontado na avaliação do défice
orçamental dos países do euro para efeitos do Pacto de
Estabilidade e Crescimento (PEC), que foi esta semana finalmente
apresentada pela Comissão Europeia, vem ao encontro de uma velha
reivindicação dos socialistas europeus.
A delegação dos socialistas portugueses no Parlamento
Europeu congratula-se com este avanço, embora sublinhando que o
mesmo se revela insuficiente para a solução dos problemas
de crescimento económico que afetam os países da
União Europeia. Por outro lado, afigura-se negativo que
países como Portugal, que têm ainda um défice
orçamental superior a 3% do PIB, não possam beneficiar
imediatamente desta medida a não ser pelo impacto indireto de um
potencial aumento do investimento na Europa que, graças a esta
flexibilização do PEC, poderá abrir novas
oportunidades para as exportações portuguesas.
Em todo o caso, as medidas anunciadas permitirão que nenhum
dos países que contribua para o fundo de investimento de Juncker
verá contabilizadas estas contribuições para o
apuramento do défice nem incorrerá no risco de sofrer as
sanções previstas no PEC. A mesma isenção
será aplicada às contribuições
públicas nacionais dos Estado que não sejam objeto de
procedimentos por défice excessivo para os projetos financiados
pelo fundo Juncker.
Este primeiro passo para uma viragem da agenda económica,
destinada a relançar o investimento na Europa e evitar-lhe um
longo período de estagnação, é o primeiro
resultado tangível de um longo combate que temos travado ao longo
dos últimos anos e que foi tornado possível graças
à persistência da presidência italiana da
União Europeia (UE) e à nova abertura da Comissão
Europeia de Jean-Claude Juncker.
Todos os países do euro poderão, em contrapartida,
beneficiar de uma suavização dos calendários
fixados ao nível europeu para o ajustamento orçamental, se
realizarem reformas estruturais potenciadoras de crescimento
económico. A trajetória do ajustamento que será
pedida a estes países passará igualmente a ter em conta a
situação económica de cada um. O que significa, em
concreto, que em caso de recessão económica muito severa,
não será exigido qualquer ajustamento.
"Se estas medidas já estivessem em
aplicação há três anos, a recessão
económica em Portugal com todas as pesadas consequências
sociais associadas teriam sido talvez menores do que foram",
concluem os eurodeputados socialistas portugueses.
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