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1 - Francisco Assis forte apoiante da
resolução sobre reconhecimento do Estado da Palestina e
promove encontro sobre a situação na Venezuela.
2 - O futuro da União Europeia não depende de palavras
mas de atos concretos, afirma Carlos Zorrinho numa
semana em que vota a favor do orçamento da UE para 2015.
3 - Maria João Rodrigues defende mais margem
de manobra para o investimento no âmbito do pacto de estabilidade
e crescimento, exige agenda para combate à evasão fiscal e
lembra que "sem convergência não há futuro para
a Zona Euro".
4 - Pedro Silva Pereira apela a compromisso
político firme para "Ajuda Pública ao
Desenvolvimento" no contexto da agenda pós-2015.
5 - Ana Gomes e o branqueamento de capitais:
Parlamento e Conselho chegam a acordo sobre registos centrais, questiona
Juncker sobre exemplo do concelho de Sintra, pede a reabertura do
processo sobre os voos da CIA e participa no debate sobre a
Palestina.
6 - Ricardo Serrão Santos apela a Juncker
para ser proativo na gestão do fim das quotas leiteiras e lembra
que a UE deve prever recursos financeiros para conter tráfico de
espécies selvagens ameaçadas.
7 - Liliana Rodrigues escolhida por socialistas
europeus para relatório da Comissão de Direitos
Humanos.
8 - Pedro Silva Pereira e Ricardo
Serrão Santos: Socialistas assumem responsabilidade no
novo protocolo de pescas UE - Cabo Verde.
9 - Opinião de Elisa Ferreira: Quando
é que a zona euro vai admitir que o ajustamento orçamental
não funcionou?
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Francisco Assis participou esta semana em várias
discussões sobre assuntos ligados aos direitos humanos. Como
membro da Comissão de Assuntos Externos e da Sub -
Comissão dos Direitos do Homem, o deputado europeu foi um dos
signatários da Resolução sobre o reconhecimento do
Estado da Palestina que foi votada favoravelmente. No dia da
votação Francisco Assis afirmou que "a
posição agora assumida pelo Parlamento Europeu, a todos os
títulos justa, deverá entre outras coisas, favorecer um
maior envolvimento da União Europeia no processo de
resolução do conflito Israel-Palestina" e ainda
que "para todos os que preconizam a necessidade da
coexistência dos dois estados, este momento reveste-se de especial
importância".
Debate sobre a situação na Venezuela no
Parlamento Europeu
Ainda no âmbito dos Direitos Humanos e no seguimento de uma
resolução apresentada no Parlamento Europeu sobre a
situação na Venezuela, Francisco Assis presidiu a uma
reunião extraordinária da Delegação
União Europeia - Mercosul, onde foi discutida a
situação política naquele país da
América do Sul. Como Presidente da Delegação para
as relações com o MERCOSUL Francisco Assis convidou
Antonio Garcia, Embaixador da Venezuela para a União Europeia, e
um representante do Serviço de Ação Externa na
Venezuela para uma troca de pontos de vista com os deputados da
Delegação.
Francisco Assis, que redigiu a posição do Grupo dos
Socialistas e Democratas nesta resolução, procurou desta
forma contribuir para que os responsáveis da
Delegação União Europeia - MERCOSUL pudessem
debater com membros do corpo diplomático a situação
atual na Venezuela. Com esta discussão pretendeu-se que a
resolução do Parlamento Europeu possa refletir uma
posição baseada no maior número de
informações possível. No final do debate, Francisco
Assis mostrou-se satisfeito com uma discussão onde se
puderam confrontar pontos de vista muito diferentes, que
contribuíram para mostrar a pluralidade de opiniões que
compõe o Parlamento Europeu.
No debate na
plenária, que antecedeu a aprovação da
resolução conjunta negociada por Francisco Assis, o
redator da posição dos Socialistas e Democratas afirmou
que "a Venezuela é uma sociedade democrática,
onde há eleições, mas é uma sociedade
democrática onde existem problemas sérios que têm de
ser contrariados" afirmando ainda que "a
situação na Venezuela é de uma enorme complexidade
e somos absolutamente contrários à perspetiva de uma
aplicação de sanções, consideramos isso um
exagero". Terminou a sua intervenção fazendo
"um apelo para que também as oposições na
Venezuela se manifestem de uma forma pacífica, o que nem sempre
foi o caso" e dizendo que "aprovaremos esta proposta
porque para nós há princípios fundamentais como o
respeito pelo estado de direito".
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“A prova dos nove é a ação”
afirmou
Carlos Zorrinho, no debate da sessão de dezembro do
Parlamento Europeu em Estrasbugo, sobre a preparação do
último Conselho Europeu.
Para o eurodeputado socialista, “depois da esperança
que foi despertada pelo Programa que permitiu a aprovação
da Comissão Juncker, a apresentação dos objetivos
para o próximo ano foi dececionante”.
Considerando que o futuro da União Europeia já
não depende de palavras, mas de atos, Zorrinho enfatizou que
“os Europeus e o mundo vão estar atentos aos atos
concretos”.
Na perspetiva do Presidente da Delegação Socialista
Portuguesa no Parlamento Europeu, o prazo para a
concretização desses atos é o final do primeiro
semestre de 2015.
“O que não estiver no terreno concreto até
junho de 2015, pode ter sido excelente na intenção mas
terá sido mais um impulso perdido na voragem burocrática
ou na resistência à mudança”,
afirmou.
De acordo com Carlos Zorrinho, “até junho de 2015, o
plano de investimento tem que estar desenhado e injetar dinheiro na
economia. Um plano de investimento inovador e não uma
espécie de fundo de recurso para projetos em arquivo que
não couberam nos fundos existentes”, disse.
Na sua intervenção foi claro nas matérias que
devem estar em implementação nessa altura: União da
Energia, convergência fiscal e conclusão da união
económica e monetária.
“Até junho de 2015 a União da Energia tem que
ter calendários e metas claras e a sua ligação com
a transição do modelo de crescimento sustentável
tem que ser evidente”, sustentou Zorrinho para quem
até à mesma data “tem que ser visível a
dinâmica de transparência e convergência
fiscal”, assim como “estar definido o
calendário de conclusão da União Económica e
Monetária”.
No Conselho Europeu, “ação ou
desilusão”, eis o que para Carlos Zorrinho
“está em jogo”.
Carlos Zorrinho vota a favor do orçamento da UE para
2015
Carlos Zorrinho votou favoravelmente o Orçamento da UE para o
próximo ano porque "fundamentalmente evita que a
União tenha que funcionar por duodécimos, apesar do
Conselho continuar a resistir à vontade da Comissão e do
Parlamento de impulsionarem a recuperação económica
e social na Europa".
O eurodeputado socialista na sua declaração de voto
lembra que "o orçamento prevê pagamentos no valor
de 141,2 mil milhões de euros e compromissos de 145,3 mil
milhões de Euros", e acrescenta que "entre os
pagamentos previstos, figuram montantes adicionais em
relação ao inicialmente previsto para o Programa Horizonte
2020 e para o Programa Erasmus".
Carlos Zorrinho considera que o acordo alcançado, que permitiu
a aprovação do orçamento, engloba ainda a
alocação imediata de 3,5 mil milhões de Euros para
pagamento atrasados, designadamente às PME, autarquias e
universidades e o compromisso do Conselho de "apresentar uma
solução para o deficit acumulado de pagamentos não
coberto por esta tranche adicional".
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Maria João Rodrigues participou no debate sobre a
eficácia do sistema de governação económica
e de supervisão dos orçamentos nacionais instituído
pela legislação conhecida por
"six-pack" e "two-pack", numa
sessão que contou com a participação do
comissário europeu Valdis Dombrovskis, responsável pela
pasta do Euro e Diálogo Social.
A deputada socialista admitiu
que o novo quadro de governação
económica, apresentado recentemente pela Comissão,
"resolveu alguns problemas mas também contribui para
criar dificuldades adicionais", sublinhando que “as
grandes divergências sociais atualmente existentes na União
Europeia estão a criar divergências políticas entre
Estados-membros". Maria João Rodrigues referiu que
"a Comissão já reconheceu a gravidade da
situação através da análise anual do
crescimento para 2015, mas tem agora que dar resposta a estes problemas,
ajustando o quadro de governação
económica", defendendo que "o primeiro passo
é criar mais margem de manobra para o investimento no
âmbito do pacto de estabilidade e crescimento e uma
supervisão macroeconómica mais equilibrada que coloque as
questões sociais ao mesmo nível dos problemas
económicos”.
Maria João Rodrigues exige a Jean-Claude Juncker uma
agenda credível para combater a evasão fiscal e
práticas fiscais agressivas
Maria João Rodrigues participou no debate com o presidente da
Comissão Europeia Jean-Claude Juncker e o primeiro
vice-presidente Frans Timmermans durante a apresentação do
programa de trabalho para 2015. Este programa define as principais
propostas e atividades que a Comissão vai apresentar no
próximo ano, delineando as prioridades políticas para o
futuro. O documento foi aprovado pelo colégio de
comissários esta semana e o Parlamento participa ativamente na
sua definição.
A Vice-presidente do Grupo Socialista para as áreas
económicas e sociais sublinhou que "o programa de
trabalho da Comissão é fundamental para imprimir uma nova
direção para a Europa, com uma nova
ambição". "Temos que dar início
a um novo mecanismo de criação de emprego na Europa para
combater esta realidade marcada pela ameaça de
estagnação", afirmou Maria
João Rodrigues.
A eurodeputada socialista exigiu "uma mudança de
rumo, uma Comissão que promova reformas que permitam
reforçar o potencial do crescimento e não se limite a
aplicar cortes orçamentais", ressalvando que
“estas medidas têm que ser acompanhadas de uma agenda
credível para combater a evasão fiscal e práticas
fiscais agressivas entre Estados-membros".
Maria João Rodrigues alerta que "sem
convergência não há futuro para a Zona
Euro"
Por último, a deputada interveio no debate
com Jean-Claude Juncker e o secretário de Estado
italiano Benedetto Della Vedova sobre os assuntos do Conselho
Europeu de 18 e 19 de dezembro. O pacote de investimento de 315 mil
milhões de euros apresentado por Juncker esteve no centro do
debate, mas foram debatidos outros assuntos importantes relacionados com
a política externa e as medidas tomadas pela UE para dar resposta
à crise do Ébola.
Maria João Rodrigues insistiu na necessidade de o Conselho
avançar com um compromisso que permita que o plano de
investimento tenha o impacto necessário na economia real,
defendendo que “o sucesso do fundo estratégico para o
investimento vai depender das contribuições de capital dos
Estados-membros”, explicando no entanto que "essas
contribuições devem ser neutralizadas no âmbito do
pacto de estabilidade e crescimento e devem ter em conta os
países em maior dificuldade". A deputada voltou a alertar
para a necessidade de a UE completar a União Económica e
Monetária e deixou o alerta: "sem convergência
não há futuro para a Zona Euro”.
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Pedro Silva Pereira participou esta semana em reuniões de alto
nível sobre o futuro quadro internacional de ajuda ao
desenvolvimento e o financiamento da agenda pós-2015, que foram
objeto de análise no recente relatório do
secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon,
intitulado "O caminho para a dignidade até 2030".
O eurodeputado socialista, relator do Parlamento Europeu para o
quadro de financiamento do desenvolvimento pós-2015, sublinhou
que o seu relatório estará, nos próximos meses, no
centro do debate da nova agenda internacional de desenvolvimento que
irá substituir os Objetivos do Milénio, assim como do
futuro da política de cooperação para o
desenvolvimento da União Europeia (UE).
Pedro Silva Pereira explicou que os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável pós-2015 só serão
exequíveis se o resultado da Conferência Internacional para
o Financiamento do Desenvolvimento de Adis Abeba, em julho de 2015, for
ambicioso e inovador, embora necessariamente realista, acrescentando
ainda, que esta Conferência, na qual irá participar,
deverá ser marcada por uma verdadeira parceria global para o
desenvolvimento, englobando governos, o sector privado e
organizações não governamentais, e que
deverá mobilizar todas as fontes disponíveis de recursos
financeiros e outros meios de implementação relevantes,
tais como o comércio internacional e a transferência de
tecnologia.
Nos encontros bilaterais com o Comissário Europeu para o
Desenvolvimento, Neven Mimica, e a Secretária de Estado
Parlamentar dos Assuntos Europeus da Letónia,
Kalniņa-Lukaševica, Pedro Silva Pereira defendeu a especial
importância da "Ajuda Pública ao Desenvolvimento"
(APD) e da mobilização das receitas nacionais para o
financiamento do desenvolvimento. Pedro Silva Pereira saudou as
conclusões do Conselho de 16 de dezembro sobre uma agenda de
desenvolvimento transformadora pós-2015 mas pediu que os
Estados-Membros confirmem o compromisso político de afetar, pelo
menos, 0,7% do Rendimento Nacional Bruto à APD. Não
obstante a UE ser o maior doador de ajuda ao desenvolvimento no mundo, o
deputado disse que este ponto é crucial para a credibilidade da
liderança da UE deste processo.
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Ao abrigo do acordo político firmado esta semana, os
proprietários reais de empresas terão de ser listados nos
registos centrais dos países da UE, acessível a entidades
policiais, entidades obrigadas (tais como os bancos) e pessoas com um
"interesse legítimo", tais como os jornalistas de
investigação. O objetivo é aumentar a
transparência, fazer acordos duvidosos mais difíceis de
esconder e combater a lavagem de dinheiro e os crimes fiscais. Os
registos listando informações sobre os
beneficiários finais dos órgãos sociais de empresas
não foram previstos na proposta inicial da Comissão
Europeia, tendo sido depois inseridos pelo Parlamento Europeu.
Ana Gomes, que acompanhou as negociações com o Conselho
da UE enquanto relatora-sombra dos Socialistas e Democratas,
congratulou-se com os resultados obtidos, ainda que se pudesse ter ido
mais longe: "Embora preferisse a versão original do
Parlamento Europeu, segundo a qual os registos de beneficiários
de empresas seriam acessíveis a todos, sem
restrições, as novas regras hoje aprovadas dão mais
exposição às estruturas empresariais opacas,
criadas para esconder os proveitos da corrupção e de
outros crimes, como a evasão fiscal. Dará mais facilidades
às autoridades de investigação e aos
cidadãos em geral para obterem informação sobre
este tipo de esquemas".
As regras da quarta Diretiva Europeia anti branqueamento de capitais
exigem a bancos, auditores, advogados, agentes imobiliários e
casinos, entre outros, que sejam mais vigilantes sobre as
operações suspeitas feitas por seus clientes,
especialmente quando são Pessoas Politicamente Expostas.
Debate no plenário com Juncker
Na sessão plenária desta semana em Estrasburgo, Ana
Gomes questionou Jean-Claude Juncker, que foi a Estrasburgo apresentar o
plano de trabalho da Comissão para 2015, sobre o esquema
anti-europeu de fiscalidade fragmentada e pervertida exposta no
escândalo "Luxleaks" e sobre a
argumentação da direita europeia de que Portugal
será agora, graças as reformas impostas pela Troika,
"a locomotiva da recuperação" da UE. Ana Gomes
deu como
exemplo o que se passa no seu município de Sintra,
em que as escolas têm agora de abrir os serviços de
refeição também aos pais dos alunos carenciados.
"Não tem vergonha que isto se passe num país como
Portugal?", interrogou. "Como é que não
há dinheiro para fazer investimento - público ou privado -
quando há paraísos fiscais a acumular quantidades enormes
de dinheiro de pessoas e empresas que enriqueceram a escapar aos
impostos na União Europeia?", prosseguiu. O que foi
exposto pelo escândalo Lux Leaks, disse a deputada, "tem
de ser combatido e tem de se parar com esta corrida ao dumping fiscal
entre os estados membros e que mina o Mercado Interno, a União
Económica e Monetária e que promove a
corrupção e a injustiça fiscal".
Ana Gomes pede reabertura de investigações
sobre cumplicidade europeia nos voos da CIA
Ana Gomes falou no debate
sobre o relatório do Senado norte-americano sobre a
utilização de tortura por parte da CIA no pós 11 de
setembro de 2001 e instou o Parlamento Europeu a chamar a si novamente a
responsabilidade de averiguar o grau de cumplicidade dos 25 estados
membros da UE que, confirma agora o relatório do Senado,
terão participado no programa ilegal da CIA de tortura e de
transferência de prisioneiros de e para Guantánamo, bem
como para outras prisões secretas, algumas delas localizadas na
Europa. "O PE tem de agir e rapidamente para reinstaurar
um mecanismo de averiguação da cumplicidade e da
participação ativa de Estados Membros da União
Europeia no programa de tortura levado a cabo pelos Estados Unidos. E
digo o mesmo sobre o meu país. Por Portugal, aliás,
passaram os primeiros voos que transportaram suspeitos terroristas para
Guantánamo, a 11 de novembro de 2002. Entre voos, sobrevoos,
escalas, paragens técnicas entre 2002 e 2006, são mais de
cem as vezes em que a CIA usou Portugal para cometer crimes. A exata
medida desses crimes é que está ainda por esclarecer:
foram as autoridades portuguesas tolinhas, enganadas pelos
Estados-Unidos, ou foram cúmplices conscientes e participantes?
Se as escalas implicaram detenção e tortura em solo
nacional, por exemplo na Base das Lages, nos Açores, isso
está ainda por apurar".
A resolução sobre o reconhecimento do Estado da
Palestina
O Parlamento Europeu votou esta semana uma resolução
sobre o reconhecimento do Estado da Palestina. Apesar de ter votado a
favor do texto que diz que o PE aceita "por princípio"
o estabelecimento de um Estado na Palestina, Ana Gomes submeteu uma
declaração de voto em que explica que "a
solução de compromisso refletida no primeiro
parágrafo da resolução fica aquém do que
entendo que deveria ser a posição do PE: deveria instar
todos os Estados Membros da União Europeia a reconhecer o Estado
da Palestina", como forma de desbloquear o Processo de Paz e o
processo de autodeterminação do povo
palestiniano".
Ana Gomes e o processo de Cartum
A deputada socialista falou ainda no debate sobre o Processo de
Cartum e o acordo firmado entre os países da União
Europeia e os países do Corno de África, com o apoio da
União Africana, sobre a gestão do problema das
migrações irregulares e do tráfico de migrantes.
Ana Gomes alertou em tom
muito crítico: "Não se pode esperar
que ditaduras que se mantêm no poder à custa de brutal
repressão dos seus povos, cumpram as suas
obrigações quanto aos direitos de milhares de migrantes e
refugiados que arriscam as vidas por terra e por mar, à
mercê de traficantes criminosos. Os governos dos criminosos Omar
al Bashir no Sudão, de Isayas na Eritreia, de Desaleh na
Etiópia são fabricantes de refugiados, são a causa
por que milhares dos seus cidadãos fogem da miséria e da
opressão. Se a União Europeia quer travar as
migrações do Corno de África, tem é de
ajudar os povos desta região a ganhar capacidade para se livrarem
das ditaduras que os oprimem em vez de pagar a essas ditaduras para se
manterem, com dinheiro da ajuda ao desenvolvimento e no quadro de
processos como este dito 'de Khartoum', que está
condenado à ignominia e ao insucesso, como de resto aconteceu com
o acordo sobre as migrações que a Itália e a UE
procuraram estabelecer com a Líbia de Qaddafi".
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Na apresentação do Programa de Trabalho da
Comissão Europeia para o ano de 2015 o eurodeputado socialista
Ricardo Serrão Santos instou, mais uma vez, a Comissão
Europeia a agir preventivamente sobre o setor do leite.
Na sua
intervenção o eurodeputado açoriano
referiu que “face ao fim das quotas leiteiras em 2015, o
sector pode vir a deparar-se com fortes dificuldades e uma grande
volatilidade de preços, muitas vezes em zonas onde não
há outra alternativa económica”. Salientando as
especificidades açorianas, Ricardo Serrão Santos, afirmou
vir “dos Açores que contribui 30% para a
produção de leite em Portugal, que é
autossuficiente neste setor graças a um forte investimento
individual em melhor tecnologia e a uma gestão regrada da oferta
que permitiu ir obtendo o retorno desse investimento”.
Serrão Santos finalizou solicitando ao Presidente da
Comissão Europeia “que tenha vontade política
para que possam encontrar-se soluções viáveis para
a regulação deste mercado, para que possam acautelar-se
eventuais mudanças estruturais e para que seja possível
antecipar os percalços”.
UE deve prever recursos financeiros para conter
tráfico de espécies selvagens
ameaçadas
Ricardo Serrão Santos defendeu que a adesão da
União Europeia à Convenção CITES
(Convenção sobre o Comércio Internacional de
Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de
Extinção) é um passo positivo. Em discussão,
em Estrasburgo, esteve uma recomendação do Parlamento
Europeu para que a União Europeia adira àquela
Convenção uma vez que, desde Novembro 2013, as
Organizações de Estados também podem ser partes.
Portugal, tal como todos os Estados da União Europeia, é
signatário desta convenção.
Na sua intervenção o deputado europeu socialista
referiu:
“tenho acompanhado a sua implementação e
posso atestar como progressivamente do CITES vai sendo cada vez mais
eficiente”.
Sobre a situação internacional o eurodeputado chamou a
atenção para o facto de ainda haver “muita
atividade ilegal e outra não regulamentada. Assim, há que
combater com todos os meios a utilização de fauna e flora
selvagens quer seja em nome da "pseudociência
vudu", do colecionismo de organismos vivos, do
mobiliário, das aplicações em bijuteria e objetos
decorativos, incluindo o vestuário. Tendo salientado que
“espécies como os gorilas, os rinocerontes, as
tartarugas-marinhas e os corais continuam em perigo”.
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Liliana Rodrigues foi esta semana nomeada pelo Grupo Socialista do
Parlamento Europeu como relatora-sombra do Relatório da
Comissão de Direitos Humanos sobre "Comércio de
mercadorias que possam ser utilizados para a pena de morte, para a
tortura ou outros tratamentos cruéis, desumanos ou
degradantes".
Este relatório é considerado fundamental devido
às brechas legais na União Europeia que permitem a
promoção e venda destes instrumentos e tecnologias que
podem ser facilmente usados pelas forças da ordem para atos de
tortura ou outros atos cruéis de punição.
Mesmo que as regulações europeias tenham sido
recentemente revistas e sejam únicas no mundo inteiro, algumas
brechas legais ainda se mantêm.
Neste relatório Liliana Rodrigues irá focar-se mais em
países fora da União Europeia que fabricam estes produtos
usados para a pena de morte ou para a tortura e outros tratamentos
desumanos e que, obviamente promovem o seu comércio, em
países desenvolvidos e não desenvolvidos e em zonas de
guerra. Este tipo de comércio alimenta atualmente vários
tipos de atos de violações de Direitos Humanos por todo o
mundo e foge ao controle das autoridades. Mesmo os países e
regiões - tais como os EUA e a União Europeia que
têm uma regulação estrita neste assunto - necessitam
de fazer reformas e melhorias constantes nos seus sistemas legais para
impedirem a entrada a constantes produtos novos e novas tecnologias de
tortura.
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Pedro Silva Pereira e Ricardo Serrão Santos foram nomeados
relatores-sombra da Comissão de Desenvolvimento e da
Comissão das Pescas do Parlamento Europeu, respetivamente, para o
novo protocolo de pescas entre a União Europeia (UE) e Cabo
Verde, rubricado a 28 de agosto de 2014 e que será agora entregue
ao Conselho e ao Parlamento Europeu para aprovação.
Ao abrigo do novo protocolo, com uma duração prevista
de 4 anos, 71 embarcações da UE, entre as quais 9 de
Portugal, poderão pescar atum e outras espécies nas
águas cabo-verdianas. Em contrapartida, a UE irá pagar a
Cabo Verde 550 mil euros por ano nos dois primeiros anos do protocolo e
500 mil euros por ano nos dois anos seguintes. Metade desta
contribuição anual destina-se a promover uma gestão
sustentável das pescas no arquipélago, incluindo o
reforço das capacidades de controlo e vigilância e o apoio
das comunidades pesqueiras locais.
Pedro Silva Pereira reagiu a esta designação afirmando:
"O sector das pescas é estratégico no processo de
desenvolvimento socio-económico de Cabo Verde, apesar de
representar menos de 1% do Produto Interno Bruto do país. Neste
parecer, a Comissão de Desenvolvimento irá avaliar o novo
acordo em matéria de pescas com Cabo Verde sob o prisma do
desenvolvimento. É uma oportunidade para sermos úteis a um
país amigo".
Ricardo Serrão Santos disse: "Interessa-me
particularmente garantir que às possibilidades de pesca
correspondem novas oportunidades de desenvolvimento sustentável
para este sector em Cabo Verde. Às boas pescarias que se
proporcionarão e se desejam para as embarcações de
Portugal e da União Europeia terão de corresponder
garantias de proteção ambiental para as espécies
marinhas mais raras e mais sensíveis deste
país".
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O ajustamento orçamental imposto aos países do euro
não funcionou, mas quanto tempo mais vai ser necessário
para que a zona euro o admita?
Seis anos passados desde o início da crise financeira, todos
os blocos internacionais voltaram a crescer, com a
excepção notória da Europa: a economia europeia
está estagnada e nalgumas zonas em deflação,
há 25 milhões de desempregados, a dívida
pública atinge níveis insuportáveis e os
desequilíbrios internos são enormes. Politicamente a
União Europeia está à beira da ruptura.
O motor anti-crise previsto na moeda única - a política
monetária - está esgotado: as taxas de juro estão
próximas de zero e mesmo assim a economia não reage.
Neste quadro assustador, a Comissão Europeia propõe uma
política orçamental “neutra” para 2015,
assumindo como uma grande concessão o abrandamento da
austeridade. Mas, numa zona que já não tem política
cambial e cuja política monetária está neutralizada
pela crise, o que mais terá de acontecer para que a
Comissão proponha uma política orçamental
expansionista?
O plano de investimento do presidente da Comissão Europeia,
Jean-Claude Juncker, é claramente bem vindo, mas infelizmente
não há estímulo artificial que compense a falta de
actividade económica.
Olhando para as regras da governação da zona euro, o
que está escrito é que o processo de ajustamento
económico e financeiro se possa desviar da trajectória em
três circunstâncias: se houver um abrandamento severo da
economia, se a economia sofrer um choque externo ou para acomodar
reformas estruturais que reforcem a prazo a competitividade - mas
verdadeiras reformas estruturais, não cortes de curto prazo.
O problema é que não tem sido esta a
interpretação da Comissão Europeia. Todos os
ajustamentos dos calendários de redução dos
défices orçamentais têm sido apresentados como
grandes concessões políticas, como se não
resultassem da mera aplicação da lei.
É precisamente na aplicação da
legislação actual e na flexibilidade que ela já
permite que temos de nos concentrar, é neste sentido que temos-
pelo menos na fase actual - de alterar a agenda europeia, porque sem
economia e sem emprego não há contas públicas
equilibradas. Esta é uma verdade que há muito foi
percebida e seguida noutros blocos económicos, mas que a Europa
se recusa a aceitar. Tributo a uma ideologia que já provou que
não funciona.
Por vontade da autora, este texto é publicado segundo as
normas do antigo acordo ortográfico.
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