|
 |
|
 |
1 - Pedro Silva Pereira contra
a redução da representação dos Estados de
média dimensão no Parlamento Europeu.
2 - Maria João Rodrigues na
apresentação do estudo independente que alerta para
mudanças necessárias na União Europeia e participa
em reunião preparatória do ECOFIN.
3 - Francisco Assis co-promotor de
declaração contra a violência no desporto, participa
em conferência da Aliança Progressista e recebe Embaixador
do Irão em Bruxelas.
4 - Ana Gomes escreve à Comissária da
Concorrência sobre acordo entre Governo, Martifer e Ferrostaal
para parque eólico, reage a relatório sobre a CIA e
continua a acompanhar situação na Líbia.
5 - Carlos Zorrinho lamenta que jovens portugueses
estejam condenados a vencer fora de Portugal, critica
posição do Governo sobre reformados e patrocina iniciativa
sobre "Arte e Tecnologia".
6 - Ricardo Serrão Santos convida
representantes das pescas dos Açores a reunirem no Parlamento
Europeu e promove também encontro para discutir a agricultura
nacional.
7 - Opinião de Elisa Ferreira: Apoio dos
Socialistas a Juncker dependente do Lux Leaks?
8 - Opinião de Liliana Rodrigues: Direitos
humanos e a morte das mulheres em Portugal.
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
Pedro Silva Pereira manifestou-se
contra uma revisão injusta e desequilibrada da lei
eleitoral europeia que signifique uma redução da
representação no PE dos Estados "médios",
entre os quais Portugal, em benefício dos grandes Estados como a
França, a Itália ou a Espanha, ao mesmo tempo que se
pretende deixar intocada a ponderação de votos no
Conselho.
Para Pedro Silva Pereira, é preciso perceber que este debate
acontece num momento crítico para o projeto europeu, de
frustração dos cidadãos e de questionamento da
legitimidade das decisões europeias em domínios
sensíveis como a política orçamental. Por isso, as
propostas que vão no sentido do reforço da
proporcionalidade da representação no PE, sem serem
acompanhadas da revisão da ponderação de votos no
Conselho no sentido da igualdade dos Estados, só iriam aumentar o
sentimento de exclusão dos cidadãos nos Estados
"médios" e agravar o défice democrático
no pior momento possível para a Europa. Por outro lado,
não faz sentido uma redistribuição rigorosamente
"proporcional" dos lugares no PE de acordo com a
população ou os eleitores de cada país. Com efeito,
o Tratado da União Europeia não fala em proporcionalidade
mas sim em "proporcionalidade degressiva," de tal modo que a
relação deputado-eleitores é tanto maior quanto
maior for o país. A não ser assim, os Estados mais
pequenos seriam reduzidos a um deputado, arrasando a
representação política das minorias. Para Pedro
Silva Pereira "estas propostas são uma impossibilidade
política".
Acresce que os baixos índices de participação
eleitoral nas eleições europeias não têm
origem no sistema eleitoral ou na alegada falta de proporcionalidade na
representação no PE mas, sobretudo, na
perceção instalada nos cidadãos europeus de que as
eleições europeias não são decisivas para a
sua vida. Para alterar esta situação importa, sobretudo,
reforçar a visibilidade da vida política europeia, dos
seus protagonistas e da ligação que o voto dos
cidadãos tem com a orientação política no
governo da União. Assim sendo, para Pedro Silva Pereira, fazem
mais sentido as propostas de que os candidatos a presidente da
Comissão integrem a listas de candidatos a deputados ou de que os
símbolos dos partidos políticos europeus constem dos
boletins de voto das eleições europeias. Certo é
que o problema não pode ser resolvido por via de
soluções artificiais, injustas e politicamente
desequilibradas.
Esta intervenção ocorreu durante uma
audição pública organizada pela
AFCO-Comissão de Assuntos Constitucionais do Parlamento Europeu,
realizada em Bruxelas, que iniciou a discussão no PE sobre uma
eventual reforma da lei eleitoral europeia. No evento estiveram
presentes vários peritos e académicos nas áreas da
ciência política e legislação eleitoral.
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
"É o próprio projeto europeu que está em
risco se a economia não conseguir recuperar", adverte um
grupo de peritos na "Análise
Anual do Crescimento Independente" para 2015, dada a
conhecer em Bruxelas.
O crescimento na zona euro deverá aumentar de 0,8% em 2014
para 1,3% em 2015 e 1,6% em 2016. A Europa enfrenta um longo
período de baixo crescimento, desemprego elevado, aumento das
desigualdades e um risco real de deflação se a economia
não for estimulada através de um plano de investimentos
ambicioso e de políticas monetárias corajosas.
Estas são algumas das principais conclusões da
Análise Anual do Crescimento Independente (iAGS), no âmbito
da "Economia Progressista", uma iniciativa do Grupo Socialista
no Parlamento Europeu coordenada por Maria João Rodrigues.
De acordo com o documento, elaborado por um grupo de institutos
económicos independentes e de grande prestígio europeu,
"as divergências entre Estados-membros estão a ser
alimentadas pela incapacidade de a UE sair rapidamente da crise",
prevenindo para "o risco de estagnação de longa
duração".
A iAGS estabelece uma série de recomendações e
alerta também para a necessidade de um plano de investimento que
promova um "crescimento verde" que dê primazia a
projetos de eficiência energética e que tenham como
objetivo uma economia europeia baseada em "baixo
carbono".
Maria João Rodrigues, vice-presidente do Grupo Socialista para
os assuntos económicos e financeiros e coordenadora do projeto,
sublinha que "apesar da situação dramática
que a Europa enfrenta, com um risco de estagnação real e
marcada pelo aumento das desigualdades, a Análise Anual do
Crescimento levada a cabo pela Comissão Europeia não
consegue abordar seriamente estes problemas nem apresentar
soluções credíveis".
A deputada defende que "a análise independente mostra
que é necessário mais do que a CE apresenta: é
necessário um grande aumento do investimento público, um
conjunto de políticas monetárias mais fortes, aumentos
salariais significativos e uma estratégia comum que mobilize os
governos dos Estados-membros rumo a um desenvolvimento verdadeiramente
sustentável, numa perspetiva não só ambiental mas
também de emprego e social".
Maria João Rodrigues espera agora que a
"Comissão e o Conselho tenham em devida
consideração as análises e
recomendações incluídas na iAGS, no âmbito da
revisão intercalar da Estratégia Europa 2020 e na
coordenação de políticas durante o Semestre Europeu
de 2015".
A Economia Progressista é uma iniciativa lançada em
2012 com o objetivo de gerar um debate público generalizado sobre
as políticas económicas e sociais ao nível
nacional, europeu e mundial, tentando promover de maneira efetiva um
pensamento progressista no mundo académico e
político.
Maria João Rodrigues na reunião
preparatória do ECOFIN
Maria João Rodrigues participou na reunião
preparatória dos Ministros da Economia e Finanças (ECOFIN)
socialistas, na sede do Partido Socialista Europeu em Bruxelas, numa
sessão dedicada ao debate sobre o Plano de Investimento
apresentado pela Comissão Europeia.
A vice-presidente do Grupo Socialista no Parlamento Europeu lembrou a
importância política do Plano, referindo que "foi
uma das pré-condições para que os socialistas
apoiassem Jean-Claude Juncker". A deputada defende que o plano
deve ser considerado como "um bom começo" por
dar lugar a uma "nova visão da Europa
pós-austeridade" mas sublinhou que "há
uma questão relacionada com a escala de investimento
público que permanece sem resposta", levantando
dúvidas se "o novo fundo terá efetivamente a
capacidade de gerar o investimento privado que a economia europeia
precisa".
Maria João Rodrigues recordou a posição do Grupo
Socialista que defende que o fundo de investimento deve contar com
contribuições dos Estados-membros, mas que esses montantes
sejam isentos para o controlo do défice e da dívida no
âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
Francisco Assis é co-promotor de uma declaração
contra a violência no desporto. A declaração que
Francisco Assis promove, em conjunto com outros deputados europeus,
insta a Comissão Europeia a reconhecer a importância da
prática desportiva para a vida dos cidadãos e a condenar
todas as formas de violência, intolerância, racismo e
xenofobia no desporto.
Conferência da Aliança Progressista em
Lisboa
Francisco Assis foi um dos deputados europeus presentes na
conferência da Aliança Progressista, uma
organização internacional que congrega vários
partidos socialistas de todo o Mundo. António Costa foi o
anfitrião desta iniciativa, que se realizou em Lisboa, sob o lema
“Trabalho decente e educação: Investir na igualdade
de oportunidades para todos”. Juntamente com Vitalino Canas e
Javier Moreno, secretário-geral do Grupo dos Socialistas no
Parlamento Europeu, Francisco Assis participou num painel sobre a
cooperação parlamentar a nível internacional.
Francisco Assis recebe Embaixador do Irão em
Bruxelas
Francisco Assis recebeu, a seu pedido, o Chefe da Missão da
República Islâmica do Irão para a União
Europeia, o Embaixador Iraniano, Mahmoud Barimani. Enquanto membro da
Comissão para os Assuntos Externos do Parlamento Europeu,
Francisco Assis foi informado pelo Embaixador do atual estado das
negociações para o desenvolvimento do programa nuclear no
Irão, o combate que decorre contra o avanço das
forças do autodenominado "Estado Islâmico" (ISIS)
e também da situação das relações
entre a União Europeia e o Irão.
Francisco Assis, também membro da Comissão de Direitos
Humanos no Parlamento Europeu, procurou saber da situação
Iraniana no que se refere ao respeito pelos direitos humanos e o estado
atual no terreno com o avanço das forças do Estado
Islâmico. O embaixador referiu que foram feitos grandes progressos
no que se refere aos direitos humanos e que os problemas internos se
devem a grupos terroristas que continuam a causar instabilidade no
país. O tema terrorismo foi ainda referido relativamente ao
avanço das forças do "Estado Islâmico",
tendo Francisco Assis destacado o papel do Irão na região
como um parceiro do ocidente na luta contra o avanço dos
combatentes e a necessidade da União Europeia reforçar os
seus esforços no combate ao financiamento das forças
terroristas.
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
Ana Gomes escreveu
à Comissária para a Concorrência,
Margrethe Vestager, sobre o acordo celebrado entre o Governo, a Martifer
e a Ferrostaal em julho passado, que prevê um investimento de 220
milhões em energia eólica – denominado
"Projecto Âncora". Este acordo permite à
Ventinveste (consórcio Martifer/GALP) assumir parte do
compromisso assumido com o Governo de José Sócrates, em
2007, de construir 400 megawatts de energia eólica - sendo que
apenas 12 megawatts foram, até ao momento, concretizados. A
entrada da Ferrostaal no projeto assegura o financiamento de 175
milhões de euros pelo BPI, ING e Santander - só que o
Governo aceitou que a Ferrostaal contasse o investimento como
contrapartida dos submarinos comprados pelo Estado português
àquela empresa alemã, em 2004, e por outro lado
desvalorizou o incumprimento por parte da Ventiveste.
Na carta à Comissária, Ana Gomes denuncia o Governo por
ter aceitado um acordo que "defrauda o Estado Português
através da fusão de dois investimentos distintos na
economia portuguesa num só, perdendo assim uma quantidade
significativa de valor de investimento, sem recorrer aos meios legais e
contratuais - como as garantias bancárias - para defender o
interesse dos cidadãos portugueses; os beneficiários
são empresas portuguesas e uma alemã que falharam nas suas
obrigações para com o Estado Português, com a
conivência do Governo; o mesmo Governo que, por
"coincidência" desmantelou os Estaleiro Navais de Viana
do Castelo - que deviam ter sido os principais beneficiários das
contrapartidas dos submarinos que a Ferrostaal não cumpriu -
entregando os seus terrenos e ativos a um único concorrente
à subconcessão, a Martifer - por
"coincidência" também uma empresa incumpridora do
consórcio Ventiveste!". A parlamentar socialista
pede, por isso, uma averiguação a este acordo por parte da
Comissão Europeia, à luz das leis da concorrência,
de maneira a apurar se há, na prática, favorecimento de
empresas suscetível de ser considerado medida equivalente a
ajudas de Estado ou a outra violação de regras do mercado
interno.
Ana Gomes e o relatório sobre as actividades de
detenção e interrogação por parte da
CIA
Ana Gomes reagiu ao relatório produzido pela Comissão
de Serviços de Informação do Senado norte-americano
sobre as atividades de detenção e
interrogação por parte da CIA no pós 11 de setembro
de 2001. Para a eurodeputada, que trabalhou na Comissão
Temporária do PE sobre as atividades ilegais da CIA na Europa
durante o mandato 2004-2009 e foi, entre 2009 e 2014, relatora sombra
dos socialistas na Subcomissão dos Direitos Humanos do PE para o
relatório de seguimento das recomendações aos
Estados Membros da UE que participaram no programa americano de
detenção e tortura de prisioneiros entre 2001 e 2009,
"é essencial que o Parlamento Europeu chame de novo a si
a responsabilidade de, à luz dos factos novos e dos detalhes
revelados agora pelo Senado, averiguar o grau de responsabilidade dos
governos europeus cúmplices deste programa e a medida em que
seguiram, depois, as recomendações feitas pelo
PE". A deputada socialista propôs, assim, aos
presidentes das Comissões dos Negócios Estrangeiros,
Subcomissão de Direitos Humanos e Comissão das
Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos do PE a
elaboração de um relatório conjunto que aprofunde
as implicações para a UE e Estados Membros do
relatório do Senado americano. "Muito do que vem
descrito no relatório já era conhecido pelas
investigações do PE e pelo trabalho dos Relatores
Especiais das Nações Unidas para a Tortura, contra
terrorismo e outros, pelas ONGs, os media, etc. O que choca é o
detalhe de práticas desumanas, de tortura, prisão secreta
e assassinato, totalmente ilegais de acordo com o Direito Internacional,
que foram autorizadas pela Administração Bush, cujos
responsáveis não podem continuar impunes. Choca
também o grau de encobrimento a que se entregaram, inclusive para
enganar o Congresso americano. Importante também é a
conclusão do relatório de que a tortura não
é método de interrogatório eficaz para a recolha de
informação, para combater o terrorismo e para salvar vidas
- como foi e é ainda propalado nalguns sectores políticos
e militares dos EUA".
Ana Gomes continua a acompanhar situação na
Líbia
Ana Gomes, que no anterior mandato foi Relatora Permanente do
Parlamento Europeu para a Líbia e continua a acompanhar a sua
evolução, esteve esta semana na Tunísia para
contactos com a comunidade líbia que ali se encontra refugiada,
devido à dramática deterioração das
condições de segurança no seu país. A
eurodeputada falou na celebração do Dia Internacional
dos Direitos Humanos com a comunidade líbia, organizada pela
Delegação da União Europeia na Líbia,
também deslocada em Túnis, e pela Embaixada do
Canadá. Nos dias 11 e 12, participou num "workshop" com
membros da Assembleia de Redação da
Constituição da Líbia, teve encontros com
representantes da sociedade civil e políticos líbios e
reuniu com os embaixadores dos Estados Membros da UE na
Líbia. Para Ana Gomes, é crucial conseguir um
entendimento negociado entre todas as fações na
Líbia que salve o país do caos em que caiu, desde junho
deste ano, e que se agrava com a "guerra por
procuração" que potências regionais
estão a travar em terreno líbio, com tremendos custos para
o povo líbio. A União Europeia não fez o que devia
na Líbia no pós-revolução, nomeadamente
desvalorizando a questão central da segurança, que passava
pelo desarmamento e reintegração das milícias, e
pela reorganização e formação de
forças armadas e policiais, que poderia ter apoiado e promovido.
Agora, avisa a deputada portuguesa, "temos de apoiar os
esforços das Nações Unidas para por fim à
violência através da negociação
política inclusiva, tornando-se cada dia mais urgente uma
ação concertada por parte dos Estados Membros e da
União na Líbia - cuja insegurança é,
claramente, fonte de insegurança para a Europa".
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
No seminário que o Grupo S&D do Parlamento Europeu
realizou em Lisboa sobre "Trabalho Digno e Educação:
Investir na Igualdade de Oportunidades para Todos", coube a Carlos
Zorrinho encerrar os trabalhos, ocasião em que realçou o
facto de "investir em educação ser o primeiro
pilar de uma ação política centrada nas pessoas e
na sua capacidade de criarem valor e de se realizarem nas comunidades em
que se inserem". Perante uma plateia de peritos europeus da
área, recordou a aposta do governo socialista numa
política ativa na educação, entre 2005 e 2010, a
qual teve o mérito de melhorar substancialmente todos os
indicadores de conhecimento, tecnologia e inovação, para
depois afirmar: "tornámo-nos um país com forte
crescimento no capital humano". De acordo com o líder
da Delegação Socialista no Parlamento Europeu,
"infelizmente o atual governo conservador decidiu desinvestir
na educação. O resultado está à vista.
Empobrecimento, desemprego e emigração das
gerações mais qualificadas", afirmou. Segundo
Carlos Zorrinho, "preparámos uma geração
para vencer com Portugal, este governo condenou-a a vencer fora
dele".
Para o Governo os reformados são bivalves fora de
validade
Carlos Zorrinho associou-se a Ana Gomes na promoção de
uma mesa redonda, realizada em Bruxelas, animada pela APRe!, cujos
oradores foram Rosário Gama e José Barbosa, em que
foi patenteada a forma injusta como o Governo português tem
sobrecarregado os pensionistas, os quais têm sido os principais
suportes no pagamento da crise. Na sua intervenção, Carlos
Zorrinho recordou que Primeiro-Ministro disse que não foi o
"mexilhão" que pagou a crise. "Para o
Primeiro-Ministro os reformados não são mexilhão.
São já bivalves fora de validade. É uma
visão mesquinha da sociedade", afirmou.
Carlos Zorrinho patrocina evento sobre "Arte e
Tecnologia"
O evento sobre o resultado do estudo ICTARTCONECT que decorreu no
Parlamento Europeu em Bruxelas, foi patrocinado pelo deputado Carlos
Zorrinho. Desse estudo europeu, cuja apresentação esteve a
cargo do seu autor, o português Luís Girão, resulta
que, hoje em dia, a inovação está no centro da
política económica. Conectando entre si as comunidades
artística de investigadores das tecnologias de
informação e comunicação com os
cidadãos e empresas, conclui o referido estudo que a
integração das artes é essencial como componente
frutífera para a investigação e para a
pesquisa.
Carlos Zorrinho valorizou a importância do cruzamento entre a
arte e a tecnologia como fonte e valor no quadro da nova
revolução industrial. Para o eurodeputado, a capacidade de
inovar tem que conjugar tecnologia, conhecimento e criatividade.
"O estudo apresentado é um bom quadro de
referência para os investimentos que a União Europeia deve
fazer nesta área no contexto do Programa Horizonte
2020", afirmou Zorrinho.
No evento que compreendeu uma mesa redonda onde participaram
oradores provenientes de vários países europeus.
Participaram ainda vários elementos das
instituições europeias, entre os quais Ralph Dum,
Diretor-Geral da Digital Science e Mário Campolargo,
responsável pela Inovação e Pesquisa na DG
Connect.
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
Representantes das pescas açorianas participaram em Bruxelas
numa audição da Comissão das Pescas do Parlamento
Europeu. Ricardo Serrão Santos, que é membro desta
Comissão, convidou 14 representantes das
associações do setor e investigadores do Departamento de
Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores para
participarem na sessão de trabalho.
A audição teve como objetivo analisar as pescarias nas
Regiões Ultraperiféricas numa perspetiva holística.
Foram ouvidos diversos peritos, incluindo cientistas, agentes da
administração pública regional e representantes de
pescadores e comerciantes. A discussão com a rede alargada de
convidados permitiu uma intensa troca de pontos de vista acerca do
desenvolvimento sustentável deste setor.
Durante a audição, Ricardo Serrão Santos afirmou
que “é uma pena que a nova política comum de
pescas não tenha ido mais longe na proibição
do arrasto. Na verdade, há evidências de que a
prática deste tipo de pesca tem efeitos negativos, destruindo
mananciais e degradando os fundos”. Para o eurodeputado
socialista, “as pescarias nos Açores são
sustentáveis porque as artes utilizadas são ambientalmente
adequadas”.
Cíntia Machado, Presidente do Conselho de
Administração da Lotaçor e Telmo Morato,
investigador do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade
dos Açores foram oradores no painel dedicado à
situação das pescas nas RUP portugueses, Açores e
Madeira.
Ricardo Serrão Santos em Bruxelas com representantes
do setor agrícola de Portugal
Ricardo Serrão Santos reuniu-se em Bruxelas com representantes
do setor agrícola de Portugal, no sentido de recolher
informação sobre as suas prioridades para a agenda
política e de trabalhos da Comissão de Agricultura do
Parlamento Europeu. Em diferentes ocasiões, houve oportunidade
para reunir com Francisco Silva, secretário-geral da CONFAGRI,
com João Machado, Presidente da CAP e com Alfredo Campos, Pedro
Santos e Joaquim Caçoete, membros da direção e
executivo da CNA.
Entre os diversos temas discutidos, destacam-se a
evolução recente do mercado do leite, as
opções contidas no plano de desenvolvimento rural
atualmente sob aprovação na Comissão Europeia, a
legislação POSEI, com especial interesse para os
Açores e Madeira, e as negociações do Pacto
Transatlântico com os Estados Unidos (TTIP). A respeito deste
último tema, Ricardo Serrão Santos afirmou que
“a negociação do acordo com os Estados Unidos
é um tema que continuarei a acompanhar de perto e estou empenhado
em defender os produtores e consumidores europeus, na medida em que as
nossas regras de produção constituem uma mais-valia para a
qualidade dos nossos produtos que não pode ser
comprometida", referindo-se especialmente à
proteção das indicações geográficas,
aos métodos de criação de bovinos para a
produção de carne e regras fitossanitárias.
"Tenciono bater-me para que o setor do leite seja munido de
instrumentos suficientes e eficazes para fazer face ao contexto futuro e
este é um tema que está na agenda imediata de
trabalhos. Relativamente ao POSEI, aguardamos a
avaliação do programa feito pela Comissão Europeia,
que deverá ser transmitido ao Parlamento Europeu até junho
de 2015 e serei oportunamente interventivo também nessa
matéria".
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
As novas revelações sobre os acordos fiscais
concluídos entre o Luxemburgo e centenas de multinacionais para
lhes permitir evadir o fisco nos países onde operam, só
vêm reforçar a necessidade de que as
instituições europeias respondam a este escândalo
com enorme determinação política.
Há quem defenda que o Parlamento Europeu (PE) deveria criar
uma comissão de inquérito para investigar estes acordos.
Essa eventualidade, que não descarto, não parece todavia
resolver o problema de fundo: o PE até poderá ganhar
visibilidade mediática, mas agrava-se o risco de que daqui a dois
anos as empresas continuem a contornar o fisco enquanto os eurodeputados
investigam. Este é o momento de agir, mais do que de apuramento
dos factos, tanto mais que o fenómeno da fraude e evasão
fiscal é sobejamente conhecido. Um estudo independente
encomendado pelo Grupo dos Socialistas e Democratas no PE (S&D)
analisou detalhadamente o assunto estimando que a evasão fiscal
representava, na União Europeia, em 2012, 1 bilião
(milhão de milhões) de euros anuais.
Não é tolerável que países que actuam no
mesmo mercado e partilham a mesma moeda continuem a praticar uma
concorrência fiscal activa, impondo enormes perdas de receitas
fiscais aos parceiros.
Infelizmente, a criatividade na criação de esquemas
cada vez mais sofisticados para atrair investimentos não é
um exclusivo do Luxemburgo, e tem mesmo sido a regra do jogo na UE: as
questões fiscais são uma competência nacional e
só podem ser objecto de alguma coordenação ao
nível europeu se todos os 28 Estados membros estiverem de
acordo.
Esta regra da unanimidade tem travado todas as tentativas
significativas de avanço nesta área, mas acrescente-se, em
abono da verdade, que a Comissão Europeia tem preferido
não afrontar os interesses dominantes recuando nas propostas que
poderia e deveria ter feito. É isso que tem de mudar. É
por isso, também, que o apuramento de factos, que estão
bem identificados, não se pode substituir à
acção.
Depois de um debate árduo no grupo S&D, o seu presidente,
Gianni Pittella, explicitou esta semana que a continuação
do apoio dos socialistas à Comissão Europeia de
Jean-Claude Juncker está dependente da apresentação
de propostas legislativas concretas para resolver o essencial deste
problema. Estas iniciativas terão de assegurar, nomeadamente, a
obrigação para as multinacionais de declararem os
resultados da sua actividade país a país em todos os
países onde operam, incluindo em paraísos fiscais; a
criação de uma lista negra europeia de paraísos
fiscais; a obrigação para os países da UE de
informarem os parceiros de todos os acordos fiscais especiais
concluídos com multinacionais; a definição de uma
base comum a todos os países da UE para a
tributação dos lucros das empresas.
Estas são apenas algumas das áreas em que a
Comissão terá de apresentar muito rapidamente propostas
legislativas, sem o que, tal como afirmou esta semana o presidente do
S&D, os socialistas lhe retirarão o seu apoio. Se assim for,
as coisas começarão a endireitar...
Por vontade da autora, este texto é publicado segundo as
normas do antigo acordo ortográfico.
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
Falar de direitos humanos faz-nos recuar à visão
humanista do século XVIII e traz a nós os
princípios e valores que nos orientam como seres humanos:
Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Foi esta a herança de uma Revolução Francesa,
posteriormente subvertida por uma Revolução Industrial que
substituiu estes valores por outros como Capitalismo, Eficiência e
Competição. Mas também foi com esta visão de
"progresso" que surgiram as denúncias das
condições miseráveis em que homens e mulheres
viviam e trabalhavam. Na verdade foram sempre as mulheres as mais
sacrificadas pois à sua vida profissional juntava-se a
"obrigação natural" de cuidadora. Esta
visão mantém-se nos nossos dias. Uma vez subalternizada a
figura social da mulher assenta sobre ela a discriminação
que assume proporções de marginalização
profundas: desde a violência doméstica à
violência sexual, física, emocional/ psicológica e
financeira.
Se é verdade que muito esforço tem sido feito no nosso
país para subtrair este fenómeno, não menos verdade
será que as mortes sucedem-se. Em 2014 "vinte e um
menores ficaram órfãos de mãe" (Correio
da Manhã, 10-12-2014). Segundo o Observatório das Mulheres
Assassinadas, só este ano, foram mortas quatro mulheres por
mês. Quarenta foram assassinadas de forma violenta e quarenta e
seis escaparam ao homicida. A maior parte destas mortes deu-se em
contexto de intimidade pelos seus companheiros ou ex-companheiros
(UMAR).
Isto mostra o que está por fazer. E o que está por
fazer inicia-se na prevenção. Na educação.
Na divulgação. Na vontade de termos um país onde a
dignidade e a igualdade sejam reais e não uma carta de
intenções. Portugal foi o primeiro país a
rectificar o Tratado de Istambul. Nem por isso ficamos melhor. Mas o
caminho está já indicado. Falta aquilo que nos é
mais importante: a execução autêntica deste
projecto.
Por vontade da autora, este texto é publicado segundo as
normas do antigo acordo ortográfico.
|
|
 |
|
|
 |
Se não conseguir visualizar correctamente este email clique aqui
Para mais informações consulte a página dos Socialistas Portugueses no Parlamento Europeu: https://www.pseuropa.pt/pspe/
Para remover o seu email desta mailling list por favor clique aqui
Ao abrigo do decreto/lei 67/98 de 26 de Outubro, de regulação do tratamento automatizado de dados de caracter pessoal, o utilizador poderá aceder aos seus dados, rectificar ou cancelar os mesmos. |