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1 - Elisa Ferreira critica
continuação da "colagem" do Governo à
troika.
2 - Francisco Assis com novos relatórios
europeus, promove encontro sobre as negociações
UE-Mercosul e reúne-se com deputado federal brasileiro.
3 - Pedro Silva Pereira apela ao reforço da
prevenção do ébola.
4 - Primeira troca de pontos de vista do relatório sobre
Programa ISA2, reunião da Assembleia Parlamentar Paritária
ACP e StartUp Lisboa na agenda de Carlos Zorrinho.
5 - Maria João Rodrigues reclama por mais
investimento social na UE, é anfitriã do encontro da
SOLIDAR e participa em conferências em Lisboa e Roma.
6 - Ana Gomes em seminário sobre
preparação e resposta ao ébola e outras pandemias
na UE e participa em reunião interparlamentar entre o PE e o
Iraque.
7 - Académicos e cientistas discutem o mar dos Açores e
pescadores dos Açores no Parlamento Europeu a convite de
Ricardo Serrão Santos.
8 - Opinião Liliana Rodrigues:
Balanços, desta vez não podemos falhar.
9 - Comissão Europeia aponta exemplo sobre Portugal que
é desmentido pela realidade.
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Elisa Ferreira questionou a ministra das finanças, Maria
Luís Albuquerque, sobre se gostaria que as receitas impostas
desde 2011 pela troika em termos de ajustamento económico e
financeiro em Portugal tivessem sido diferentes ou se as aplicou com
convicção.
"Olhando para trás, e em perspetiva, haveria hoje
algumas coisas que gostasse que tivessem sido recomendadas de forma
diferente? Isto é: a receita da troika foi a certa, ou teve de
ser seguida mas haveria melhorias possíveis dessa receita?",
perguntou Elisa Ferreira durante um debate com Maria Luís
Albuquerque na comissão dos assuntos económicos e
monetários do PE.
Na resposta, a ministra confirmou a sua total concordância com
a receita da troika e, embora tenha afirmado que "seria sempre
possível fazer melhor" não enumerou qualquer
aspeto em que o Governo pudesse ou quisesse ter atuado de forma
diferente, criticou a deputada.
A ministra "entende que nada de concreto deveria ter sido
feito de forma diferente no processo de ajustamento que a troika nos
impôs, quando até o próprio presidente da
Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reconhece que houve
abusos e exageros", lamentou Elisa Ferreira a propósito
da posição assumida por Maria Luís
Albuquerque.
Portugal tem hoje uma dívida pública que é uma
das mais altas da Europa (128% do PIB), o investimento caiu a pique, o
desemprego afeta mais de 700 mil pessoas, 200 mil jovens tiveram de
emigrar e mais de 25% da população está em risco de
pobreza, enumerou a deputada
"A questão não é nem se o ajustamento
era necessário, nem se podia ter sido feito sem custos. A
questão é se os objetivos foram atingidos e se o
método não gerou sacrifícios excessivos, e é
aqui que a colagem à troika é chocante",
considerou.
Elisa Ferreira lamentou por outro lado "a falta de
clareza" do Governo sobre os projetos que pretende candidatar
ao novo fundo europeu de investimento de 315 mil milhões de euros
anunciado há uma semana por Juncker. "Enquanto a
França e Espanha estão a debater opções e
fazem listas de projetos candidatos no valor de várias dezenas de
milhares de milhões de euros, Portugal limita-se a afirmar-se
genericamente interessado", lamentou.
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Francisco Assis foi nomeado relator de três propostas da
Comissão Europeia que visam alterar os acordos sobre o
espaço aéreo entre a União Europeia e a
Geórgia, Israel e o Canadá.O Parlamento Europeu
terá de dar o seu consentimento para a adaptação
dos três acordos, de modo a que os mesmos tenham em conta a
adesão da Croácia, que aconteceu no dia 1 de julho de
2013.
Os acordos sobre o espaço aéreo comum materializam a
política externa da UE em matéria de
aviação, estabelecida pela comunicação da
Comissão denominada "Desenvolver a agenda da política
externa comunitária no setor da aviação".
Os três acordos que vão ser agora adaptados têm
uma assinalável importância geoestratégica para a
UE: o acordo sobre o Espaço de Aviação Comum com a
Geórgia foi o primeiro a ser celebrado na região do
Cáucaso; o acordo com Israel revela-se importante para a
criação de um espaço de aviação comum
entre a UE e os seus vizinhos do Sul e do Leste, nomeadamente na
região do Mediterrâneo.
Como membro da Comissão de Transportes e Turismo, Francisco
Assis irá redigir o texto do Parlamento Europeu nestes três
documentos, procurando encontrar uma posição consensual
que permita aos deputados dar o seu aval à conclusão
destes protocolos de alteração dos acordos já
existentes.
Com a atribuição destes três novos
relatórios, o deputado Socialista será
responsável pelos seus primeiros textos na Comissão de
Transportes e Turismo depois de já ter sido responsável
pelos socialistas de uma opinião e um relatório na
comissão de Assuntos Externos do Parlamento Europeu.
Acordo União Europeia - Mercosul na
agenda
Francisco Assis reuniu-se em Bruxelas com os embaixadores dos
países membros do Mercosul junto da UE. Durante este
encontro discutiu-se o estado das negociações do
Acordo de Associação entre a União Europeia e o
Mercosul, e preparou-se a visita da Delegação do PE para
as relações com o Mercosul (presidida por Francisco Assis)
ao Uruguai e ao Paraguai, que acontecerá em 2015.
Direitos Humanos no Brasil e Europa em
discussão
Na qualidade de membro efetivo da Subcomissão dos Direitos do
Homem do PE, Francisco Assis encontrou-se em Bruxelas com o deputado
federal Jean Wyllys, membro da Comissão dos Direitos Humanos e
Minorias da Câmara dos Deputados do Congresso Nacional do Brasil,
pretexto para uma troca de pontos de vista sobre questões
relacionadas com os direitos humanos no Brasil e na Europa e em
particular sobre os instrumentos de que dispõe o PE para intervir
neste domínio.
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Durante a Assembleia Parlamentar Paritária ACP-UE
(África, Caraíbas e Pacífico - União
Europeia), que teve lugar esta semana em Estrasburgo, Pedro Silva
Pereira questionou o Comissário Europeu para o Desenvolvimento,
Neven Mimica, sobre a resposta da UE para ajudar a debelar o surto de
ébola na África Ocidental.
Pedro Silva Pereira, sublinhando a importância do
reforço das medidas de prevenção para a
contenção do vírus ébola, interrogou a
Comissão Europeia sobre a ajuda concreta que a UE está a
disponibilizar aos países vizinhos dos mais afetados,
nomeadamente se Cabo Verde e a Guiné-Bissau estão a
receber apoio para implementar as devidas ações de
prevenção contra a epidemia.
O Comissário Europeu sublinhou que a UE está de facto a
contribuir para o reforço da prevenção nos
países vizinhos, nomeadamente através de 12 milhões
de euros do Instrumento para a Estabilidade e a Paz que financia
não só ações de comunicação e
de sensibilização sobre a doença, mas também
meios de apoio à deteção precoce e a uma resposta
atempada ao vírus ébola. A Comissão adiantou que
está a estudar a possibilidade de fundos adicionais para fazer
face aos desafios de segurança gerados pela crise do
ébola. O Comissário Mimica esclareceu de seguida que a
lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) dos
países prioritários para ações de
prevenção inclui a Guiné-Bissau, mas não
Cabo Verde, e que o trabalho no terreno seria coordenado pela OMS e pela
Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente
Vermelho.
Na sua intervenção, Pedro Silva Pereira defendeu ainda a
prioritização do reforço dos sistemas de
saúde nos programas de desenvolvimento da UE, por este ser o
melhor investimento na deteção precoce e no tratamento
eficaz de doenças infeciosas como o ébola, bem como para a
garantia de cuidados básicos de saúde materno-infantis,
cuja prestação continua a ser um grande desafio nos
países menos desenvolvidos, com sistema de saúde
frágeis.
A crise do ébola e o fenómeno do terrorismo em
África foram os dois temas principais debatidos nesta Assembleia
Parlamentar Paritária ACP-UE que decorreu de 1 a 3 de dezembro em
Estrasburgo e reuniu 78 deputados nacionais dos países ACP e 78
eurodeputados.
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Esta semana, e no âmbito da Comissão ITRE
(Indústria, Investigação e Energia) do Parlamento
Europeu, ocorreu a primeira troca de pontos de vista sobre o
relatório relativo a "Soluções de
interoperabilidade para as administrações públicas,
as empresas e os cidadãos europeus (ISA2), a interoperabilidade
como um meio para modernizar o setor público", cujo relator
é o deputado Carlos Zorrinho.
O ISA2, de acordo com Carlos Zorrinho, "é um programa
de continuidade que deve ter em conta a evolução
tecnológica e as novas oportunidades da computação
em nuvem. A inclusão de cidadãos e empresas é o
ponto novo neste programa".
Para melhorar a proposta oriunda da Comissão Europeia, Carlos
Zorrinho elencou sete itens considerados essenciais: i)
adoção de uma semântica comum; ii)
repositório de soluções e standards a usar
diretamente por novas administrações ou novos projectos;
iii) balcão único e boas práticas; iv) salvaguarda
da proteção e da segurança; v) melhoria e
simplificação de procedimentos; vi) desenvolvimento em
rede dentro de uma perspetiva de cooperação; vii)
inclusão de critérios de satisfação na
avaliação de sucesso do programa.
Vírus Ébola e Gás de Xisto no centro das
preocupações de Carlos Zorrinho na reunião da
Assembleia Parlamentar Paritária ACP - UE
Carlos Zorrinho participou na 28.ª reunião da Assembleia
Parlamentar Paritária ACP - UE que decorreu em Estrasburgo. O
deputado socialista teve a oportunidade de intervir a propósito
da epidemia do vírus Ébola e sobre a questão
do gás de xisto.
Considerando que o "Ébola é um vírus
mortal que exige uma resposta global e com todos os meios",
Zorrinho entende que subsistem perguntas e reflexões a fazer:
"Como é possível que este vírus exista
há tantos anos sem que se tenham desenvolvido os
necessários antídotos?"
Para o presidente dos Socialistas portugueses no Parlamento Europeu,
"a natureza devolve com juros a sua fúria quando a
humanidade atua de forma iníqua e deixa as desigualdades
económicas e sociais entre os povos crescerem".
Após afirmar que "a reação global
à mais recente pandemia foi rápida e aparentemente
eficaz", Carlos Zorrinho conclui que "importa extrair
as lições e prosseguir o trabalho" em três
dimensões essenciais: combatendo a pobreza e as desigualdades,
promovendo o acesso global à educação em
saúde e aos meios para prevenir a doença, e regulando a
ação da indústria farmacêutica para garantir
comportamentos de equidade.
Sobre a questão da exploração do gás de
xisto, cujas implicações sobre o ambiente e as
populações continuam a ser uma incógnita, Zorrinho
questionou as medidas que o Conselho ACP pretende levar a efeito para
garantir a segurança das populações nos
países africanos em que se procede à
exploração deste tipo de gás.
Sucesso da Startup de Lisboa em destaque no Parlamento
Europeu
"A Europa devia fechar os paraísos fiscais, e por
cada um que fosse fechado devia abrir cem novos paraísos de
empreendedores" afirmou Carlos Zorrinho na intervenção
que produziu em sede da Comissão ITRE (Indústria,
Investigação e Energia) do Parlamento Europeu, que na
quarta-feira procedeu a uma audição relativa ao apoio
à criação de empresas inovadoras e de PME's,
onde esteve em destaque a Startup de Lisboa, dirigida por João
Vasconcelos.
O eurodeputado socialista Carlos Zorrinho qualificou o exemplo da
Startup Lisboa como a "esperança no futuro" e,
nesse sentido, desafiou a Europa a "liderar o novo ciclo de
industrialização à escala mundial". Na
sua intervenção, Zorrinho referiu importância da
criação de redes de startups não só noutras
cidades em Portugal mas também ao nível europeu, deixando
duas questões: "o que espera a UE para apoiar estas
redes?" e "quais os apoios comunitários que a
Startup Lisboa foi beneficiária e o que falta?".
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Esta semana teve lugar no Parlamento Europeu (PE) a
apresentação pela Comissão Europeia (CE) dos
resultados da Análise Anual do Crescimento para 2015 (AGS), no
âmbito de uma reunião conjunta da comissão do
Emprego e Assuntos Sociais e da comissão dos Assuntos
Económicos.
A AGS faz o lançamento do ciclo anual de
governação económica, fornecendo linhas de
orientação aos Estados-membros, através de um
conjunto de recomendações. Na AGS para 2015, a CE
reconhece que, apesar dos esforços despendidos pelos
Estados-membros em reformas estruturais, a economia europeia continua
frágil, necessitando de um impulso de investimento
público, à luz do que tem sido defendido na
discussão em torno do pacote de investimento apresentado por
Jean-Claude Juncker.
Maria João Rodrigues, Vice-presidente do Grupo Socialista no
PE para estas áreas, interveio no
debate, referindo que “a abordagem da CE é mais
correta em relação aos anos anteriores, pois claramente
admite que às reformas estruturais é preciso juntar mais
investimento”. Apesar de considerar “um
progresso”, Maria João Rodrigues afirmou que
“não chega”, pois falta saber
“qual será a interação entre o
investimento e as reformas”. A eurodeputada lançou
também algumas críticas à maneira como a CE aborda
o problema da falta de procura e das desigualdades sociais. A socialista
defendeu que o “plano de investimento apresentado pela CE deve
ter em conta estas desigualdades sociais que continuam a aumentar entre
Estados-membros”.
Maria João Rodrigues anfitriã do encontro anual
da SOLIDAR
Maria João Rodrigues foi esta semana anfitriã no
Parlamento Europeu da reunião anual da organização
SOLIDAR, uma sessão dedicada ao tema “Juntos por uma Europa
Social”. O evento serviu para os membros desta
organização, eurodeputados, representantes de sindicatos e
de outras instituições europeias apresentarem um conjunto
de medidas que têm como objetivo promover uma Europa mais
inclusiva, clamando por um maior respeito pelos valores da igualdade e
coesão social.
A eurodeputada defendeu que o “investimento social, para
combater a pobreza e as desigualdades sociais, deve ser considerado a
principal prioridade na UE”. Maria João Rodrigues
afirmou que “o cenário é preocupante, pois a
pobreza aumenta cada vez mais e, inclusive, entre a
população trabalhadora, levantando sérias
questões sobre a próprio conceito de
bem-estar”. A terminar, a deputada sublinhou que
”reduzir as desigualdades não é um problema
meramente económico, é também um problema social e
político”, dando o exemplo “da maneira que
as forças extremistas e anti-europeias estão a conseguir
capitalizar, ainda que de maneira populista, o descontentamento dos
cidadãos europeus que se encontram em situações de
desespero”.
Conferências em Roma e Lisboa
Maria João Rodrigues foi oradora em Roma na Conferência
dedicada ao tema “Rumo a uma Estratégia 2020 mais
eficiente: propostas da sociedade civil para o relançamento da
coesão social e competitividade na Europa”, um evento
organizado pelo Comité Económico e Social Europeu em
conjunto com a Presidência italiana da UE. A deputada interveio na
sessão de abertura em conjunto com Sandro Gozi, Secretário
de Estado dos Assuntos Europeus italiano.
A deputada interveio também em Lisboa, na Conferência da
“Aliança Progressista” sobre “Trabalho e
Educação de qualidade: investir em igualdade de
oportunidades”. Para além dos eurodeputados Carlos Zorrinho
e Francisco Assis, intervieram António Costa,
Secretário-geral do PS, Sigmar Gabriel, Vice-chanceler e ministro
da economia alemã, Pedro Sanchéz, Secretário-geral
do PS espanhol ou Sergei Stanichev, Presidente do Partido Socialista
Europeu. O evento contou com a participação de
várias dezenas de representantes de partidos socialistas e
sociais-democratas de todo o mundo.
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Ana Gomes presidiu a um painel sobre a preparação,
prevenção e resposta ao vírus do ébola e
outras pandemias na União Europeia, num seminário
organizado pela Direção Geral do Desenvolvimento e
Cooperação da Comissão Europeia. Além de
representantes da Comissão Europeia, o painel contou ainda com a
participação de representantes da
Organização Mundial de Saúde, do Instituto Pasteur,
e do Instituto Italiano da Saúde. Ana Gomes, que foi a relatora
do Parlamento Europeu para a Segurança Química,
Biológica, Radiológica e Nuclear (QBRN), considerou que a
reação da União Europeia à pandemia de
Ébola em África foi ineficaz, lenta e tardia. Na linha do
que notou o Parlamento Europeu (PE) no seu relatório de 2010
sobre o Plano de Ação QBRN, Ana Gomes reforçou que
ainda há um grande caminho a percorrer para garantir a
necessária articulação e coordenação
de todos os serviços, seja nos Estados-Membros seja entre as
agências e serviços da Comissão Europeia, relevantes
na prevenção e na luta contra uma pandemia na UE.
“O preço a pagar por esta desarticulação
e falta coordenação, e sobretudo de falta de
liderança na coordenação de todos os atores, pode
tornar-se demasiado caro”, sublinhou, “se
organizações terroristas conseguirem utilizar o
vírus, o ébola ou outro qualquer, como arma
biológica”.
Ana Gomes em encontro PE/Iraque
Ana Gomes participou no Encontro Interparlamentar entre o PE e o
Iraque na quinta-feira. O encontro, que teve lugar no Parlamento
Europeu, em Bruxelas, acontece numa fase particularmente importante para
o Iraque, dada a ofensiva do Estado Islâmico (EI) no país e
na vizinha Síria, e a escalada de violência e de
tensões inter étnicas, já anteriormente muito
vincadas. Ana Gomes sublinhou a importância do apoio europeu de
emergência à ofensiva militar contra o Estado
Islâmico, mas no apoio humanitário às
populações deslocadas e no apoio à
capacitação das autoridades iraquianas para construir uma
sociedade inclusiva e democrática, com respeito pelos direitos
humanos, em particular os das mulheres. Ana Gomes instou os
parlamentares e o Governo iraquianos a ratificarem o Estatuto de
Roma do Tribunal Penal Internacional e a referirem as atrocidades
cometidas pelo EI à jurisdição do Tribunal Penal
Internacional.
Na reunião da Comissão das Liberdades Cívicas,
Justiça e dos Assuntos Internos, Ana Gomes alertou o
Comissário para a Migração, Assuntos Internos e
Cidadania, Dimitris Avramopoulos, para a concessão
de "vistos dourados" em diversos países da União
Europeia e nomeadamente em Portugal: "Este é um esquema
de venda da cidadania a imigrantes ricos, que para além de violar
o princípio fundador da igualdade, favorece a
corrupção e a importação da criminalidade
organizada, ameaçando a segurança do espaço
Schengen, como demonstra Portugal, onde no mês passado foram
detidos altos funcionários públicos com responsabilidades
no sistema de atribuição destes vistos, como o Diretor do
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a Secretária-Geral
do Ministério da Justiça e o Presidente do Instituto
Nacional dos Registos e Notariado".
Breves
Na quarta-feira, Ana Gomes participou, como oradora convidada, na
reunião interparlamentar entre o PE e o Knesset (Parlamento
israelita) para analisar a situação atual no Grande
Médio Oriente, com particular atenção para os
preocupantes desenvolvimentos no Iraque, Síria, Egipto e
Líbia. A parlamentar socialista notou também o impacto na
opinião pública europeia da guerra de Gaza do
último verão e advogou o urgente reconhecimento do Estado
Palestiniano, que considerou ter de ser um Estado viável, livre
da ocupação, para poder ser condição de
segurança de Israel. Ana Gomes sublinhou ainda que a
existência de um Estado da Palestina é
indispensável para Israel poder manter-se como um Estado
democrático.
Ana Gomes participou, na quinta-feira, no Fórum Anual UE-ONGs
de direitos humanos, em Bruxelas, debatendo liberdade de
expressão e processos eleitorais, partilhando
lições da vasta experiência que possui na
área da observação eleitoral. Em 2005 a
eurodeputada socialista foi Chefe de Missão de
Observação Eleitoral da UE na Etiópia e desde
então participou em várias missões europeias e
internacionais de observação eleitoral em África,
Asia e América Latina, a última das quais em novembro, na
Tunisia.
No dia 1 de dezembro, Ana Gomes foi oradora no Simpósio
Internacional da Associação Portuguesa de Mulheres
Cientistas, que teve lugar na Fundação Calouste
Gulbenkian, sob o tema “As Mulheres na Ciência como
Geradoras de Soluções”. A parlamentar falou sobre
relações externas, defesa e género e focou a sua
intervenção no contributo que as mulheres podem dar na
resolução de conflitos, incluindo em missões de
segurança e defesa e da investigação ligada a este
campo.
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Ricardo Serrão Santos participou numa mesa redonda que
encerrou o Colóquio Internacional “Mar dos Açores,
Mar de Portugal, Mar da Europa. Aprofundar o passado para projetar o
futuro” que decorreu na cidade da Lagoa, nos
Açores.
O colóquio organizado pelo Centro de História de
d´Aquem e d´Além Mar (CHAM), um Centro conjunto da
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa e da Universidade dos Açores, contou com a
participação de dezenas de académicos e cientistas
que ao longo de três dias debaterem questões relacionadas
com a história, a ciência e a tecnologia do ponto de vista
do desenvolvimento das potencialidades do Mar.
Centrando-se nas possibilidades do mar português o deputado ao
Parlamento Europeu referiu que Portugal tem a pretensão por via
do aumento da plataforma continental de ficar com cerca de 4
milhões de km2. É certo que há um potencial mas o
país não pode adormecer numa visão sebastianista de
que o potencial está lá e que isto é muito
bom.
Destes 4 milhões apenas 1% está acima dos 400 metros
pelo que 99% do mar português é, na verdade, mar profundo.
Porém, afirmou, existe tecnologia e por isso há desde
há alguns anos uma migração das atividades humanas
para o mar, designadamente para o mar profundo. Chamou a
atenção para a necessidade desta
reaproximação de Portugal ao mar ser efetivada por via do
conhecimento científico e da capacidade tecnológica.
Portugal é hoje parte integrante da sociedade do conhecimento e
por isso o regresso às graças do mar só se pode
fazer por essa via. A base da soberania está no
conhecimento.
Fileira do Pescado dos Açores participa em
audição na Comissão das Pescas
Representantes das pescas açorianas participaram numa
audição da Comissão das Pescas do Parlamento
Europeu. Ricardo Serrão Santos, membro desta Comissão,
convidou 14 representantes das associações do setor e
investigadores do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade
dos Açores para acompanharem a sessão de trabalho.
Com esta audição, a Comissão das Pescas do
Parlamento Europeu pretende analisar as pescarias nas Regiões
Ultraperiféricas numa perspetiva holística. Foram
convidados a palestrar diversos peritos, incluindo cientistas, agentes
da administração e representantes de pescadores e
comerciantes. A discussão com a rede alargada de convidados
permitirá promover as trocas de pontos de vista adequados ao
desenvolvimento sustentável deste sector.
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A Região Autónoma da Madeira, no último quadro
europeu, passou a ser classificada como uma das regiões mais
desenvolvidas da Europa. O Centro Internacional de Negócios
(CINM) empolou o PIB da Madeira e isto leva-nos a reflectir sobre as
estratégias a serem seguidas quanto ao CINM e o real impacto
deste centro na vida dos madeirenses. Neste sentido, a primeira pergunta
que me ocorre: região mais desenvolvida em quê? Temos taxas
de abandono escolar precoce terceiro mundistas, as mais altas
percentagens de desemprego. Suícidios e depressões
significativamente elevadas.
O Relatório Estratégico do QREN (2007-2013) identifica
as três grandes áreas de investimento: 1 – Potencial
Humano; 2 – Factores de Competividade e 3 –
Valorização do Território. Aqui irei analisar
apenas a primeira grande área: potencial humano.
Em relação ao potencial humano pretendia-se
qualificar os portugueses, garantir o acesso ao emprego e promover a
inclusão e coesão sociais. Aqui houve
intervenções importantes, particularmente nas vias
profissionalizantes de aprendizagem e na formação de
adultos. Creio que a passagem para o mercado de trabalho não foi
conseguida. Houve ainda um forte investimento no parque escolar mas que
não nos serve de muito se os alunos não estiverem na
escolar. Mantenho a minha posição de que não temos
professores a mais. Temos é de garantir que os nossos jovens
não abandonam a escolar. No mesmo relatório pode-se ler
que o abandono escolar precoce é ainda significativo e que as
vias profissionalizantes são vistas como vias menores de
aprendizagem.
Em relação à formação de adultos o
atraso é considerado “muito acentuado” e refere
ainda, o mesmo relatório, que os percursos de
qualificação ficam por completar. Sem uma
qualificação finalizada com muita dificuldade poderemos
garantir empregabilidade. Acresce a tudo isto taxas de desemprego nunca
vistas em Portugal, emigração de jovens qualificados e o
investimento de um país é absorvido por países
terceiros. Falhamos. Falhamos totalmente naquilo que deveria ser o bem
mais importante de qualquer nação: a
educação. Só por ela se pode combater a pobreza, a
exclusão e o desemprego. Por isso mesmo, o novo quadro
comunitário (2014-2020) mostra-nos que a educação e
a qualificação são objectivos fundamentais. Desta
vez não podemos falhar.
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Os 8 eurodeputados do PS questionaram a Comissão Europeia
sobre as razões que a levam a citar Portugal como um caso de
sucesso apontando como "reformas estruturais eficazes" as
realizadas no mercado de trabalho, isto no momento em que o país
apresenta uma situação social desastrosa, exibindo a
terceira taxa de desemprego mais elevada da zona euro e mais de um
quarto da população em risco de pobreza e exclusão
social.
A iniciativa dos socialistas resulta da leitura da última
"Análise Anual do Crescimento (AGS) para 2015" pela
Comissão que apresenta Portugal como um dos "exemplos de
reformas estruturais eficazes" entre os países da
União Europeia, sublinhando, em apoio da sua tese, que a
"taxa de desemprego diminuiu cerca de 2 pontos percentuais entre
2013 e 2014 (previsão)". Dados da Comissão Europeia,
agora publicados, mostram que a taxa de desemprego apurada no final de
2013 ascendia a 16,4% da população activa
Para os eurodeputados socialistas, a Comissão Europeia tira
conclusões que não são fundamentadas pelos factos,
tendo em conta que, por exemplo, Portugal desperdiça 30% da sua
população activa.
As estatísticas oficiais referem que Portugal tinha, no
3.° trimestre de 2014, 688,3 mil desempregados, 232 mil
trabalhadores em subemprego e 302,3 mil pessoas que desistiram de
procurar emprego. Se se acrescentarem as 351 mil pessoas que emigraram
entre 2011 e 2013, Portugal tinha no final do ano passado 1,57
milhões de pessoas sem emprego.
O próprio relatório sobre o emprego, que acompanha a
AGS, descreve Portugal como um dos Estados-Membros em que a
população empobreceu, visto que a taxa de risco de pobreza
e exclusão aumentou para 25,8%.
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