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António Costa reuniu-se esta terça-feira com os
eurodeputados e a Delegação do Partido Socialista no
Parlamento Europeu.
Este encontro decorreu em Bruxelas e serviu para trocar ideias e
fazer um ponto de situação do trabalho já
desenvolvido.
António Costa, candidato do Partido Socialista a
Primeiro-Ministro, defendeu um reforço da ligação
do grupo parlamentar europeu com os deputados na Assembleia da
República e desejou a todos um bom trabalho.
Durante esta reunião, António Costa confirmou a sua
intenção de manter um contacto permanente com os
eurodeputados socialistas.
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Maria João Rodrigues liderou o processo de
audições aos comissários indigitados para as
áreas da economia, emprego e assuntos sociais.
A semana começou com Valdis Dombrovksis, Vice-presidente
designado para o euro e o diálogo social. Durante o debate, Maria
João Rodrigues reclamou uma mudança de política por
parte do comissário indigitado, defendendo "que o
investimento e a criação de emprego devem ser a principal
prioridade, ao invés do atual enfoque em políticas de
consolidação orçamental". Dombrovskis garantiu
que o objetivo primordial da próxima Comissão será
o investimento, o crescimento e o emprego, e afirmou que vai trabalhar
"em estreita cooperação tendo em vista esses
objetivos" com o socialista Pierre Moscovici, comissário
designado para a Economia.
Audição a Andrus Ansip e os planos para o
mercado digital
Na audição de Andrus Ansip, Vice-presidente designado
para a área do mercado digital, Maria João
Rodrigues abriu o debate em nome dos socialistas procurando
saber quais os planos para relacionar o mercado digital com a
política industrial europeia no sentido de potenciar a
criação de emprego e a competitividade empresarial da UE.
Ansip defendeu que o progresso através da economia digital vai
criar emprego na UE e que para isso é ainda necessário
completar o mercado digital único.
A exigência de mudança de rumo
Na terça-feira foi a vez de Jyrki Katainen, Vice-presidente
designado para a pasta do Emprego, Crescimento, Investimento e
Competitividade. Maria João Rodrigues exigiu uma
"mudança de rumo" e que o comissário indigitado
se comprometesse com "medidas concretas no que toca à
criação de emprego", alertando para a necessidade de
"garantir margem de manobra na consolidação
orçamental para o investimento de futuro". A Vice-presidente
socialista foi mais longe e afirmou que "a Europa precisa de
instrumentos mais fortes para responder à crise" e que
"a solução passa por investir em força em
tecnologias de informação, em tecnologias verdes, na
capacidade de inovação das empresas e na
qualificação das pessoas". O antigo primeiro-ministro
finlandês, contrariando as posições que assumiu no
passado como líder do executivo no seu país, concordou com
as observações da deputada, comprometendo-se a dar
prioridade ao combate ao desemprego, sobretudo entre os jovens, e ao
plano de alavancar 300 mil milhões de euros para investir no
crescimento na Europa nos próximos três anos, uma das
“bandeiras” da Jean-Claude Juncker. Ficou no entanto por
esclarecer a origem dos fundos e como serão exatamente aplicados
para fomentar o investimento público e privado.
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Francisco Assis participou na audição à
Vice-Presidente indigitada pela Comissão para o cargo de Alta
Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a
Política de Segurança, Federica Mogherini, questionando-a
sobre o estado actual das relações entre a União
Europeia e o Mercosul.
"Que iniciativas políticas está disposta a
promover para desbloquear o impasse nas negociações do
Acordo de Associação entre a União Europeia e o
Mercosul?"- perguntou o deputado Socialista, recordando tratar-se
de "um processo que se arrasta desde o final dos anos
noventa". Francisco Assis afirmou ainda que "esse acordo tem
uma importância que vai muito para além das suas
dimensões económica e comercial" e que "numa
altura em que atribuímos tanta importância ao tratado de
livre comércio com os Estados Unidos não deveremos perder
de vista as ligações, a todos os níveis, culturais,
políticos, económicos e comerciais, com os países
do Mercosul". "Que grau de prioridade atribui a este
objectivo?", questionou Assis.
No final da audição, o deputado europeu manifestou-se
satisfeito com a prestação da Srª Mogherini e deu o
aval à sua aprovação declarando que
"demonstrou conhecimento sobre os assuntos abordados e vontade de
imprimir uma nova dinâmica ao Serviço de
Acção Externa da União Europeia".
Francisco Assis com Embaixador do Brasil e representantes dos
agricultores
O cabeça de lista do Partido Socialista às
eleições europeias teve ainda durante esta semana uma
série de iniciativas no âmbito do seu trabalho no
Parlamento Europeu, das quais destacamos o encontro com uma
delegação da CAP - Confederação dos
Agricultores de Portugal em Bruxelas e uma reunião em Lisboa, na
Embaixada do Brasil, a convite do Embaixador Mário Vilalva.
A troca de pontos de vista entre Assis e Vivalma versou as
relações diplomáticas e económicas entre a
União Europeia e o Brasil. A conversa centrou-se, em particular,
nas negociações em curso respeitantes a um acordo de
livre-comércio com o Mercosul, como parte de uma
negociação mais abrangente para um Acordo de
Associação inter-regional altamente benéfico para
ambos os blocos. As eleições presidenciais brasileiras
foram uma das questões abordadas por Francisco Assis e Mario
Vivalma, que sublinhou a importância decisiva que o Brasil atribui
à Europa como parceiro geopolítico e realçou o
papel de Portugal neste quadro, pelas óbvias razões
históricas, culturais e linguísticas.
Em Bruxelas, os temas discutidos por João Machado,
presidente da CAP, e Francisco Assis, foram desde os prazos e
períodos de implementação da PAC -
Política Agrícola Comum até aos
métodos para melhorar a ligação entre a
delegação dos deputados socialistas no Parlamento Europeu
e os representantes da CAP. Nesta reunião, que se realizou a
pedido da representação da CAP em Bruxelas, o deputado
europeu afirmou que "estes contactos são fundamentais para
podermos conhecer melhor as necessidades dos agricultores
portugueses" e que "a nossa delegação
desempenhou sempre um papel muito importante na defesa dessas
necessidades, papel que queremos continuar a desempenhar."
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Carlos Zorrinho endereçou uma pergunta escrita
prioritária à Comissão Europeia no contexto da
eventual ajuda de Estado à construção de um reactor
nuclear no Reino Unido.
"Se do ponto de vista ambiental, as centrais nucleares
são fontes de energia antigas, criadoras de resíduos
altamente nocivos e com inúmeros riscos associados e conhecidos
de todos, do ponto de vista do direito da concorrência da UE, ao
verificarem-se as ajudas estatais calculadas em 10 mil milhões de
Libras em garantias bancárias, estaremos perante uma das
estações de energia mais caras do mundo em detrimento de
energias limpas bem mais baratas e acessíveis", afirma o
eurodeputado socialista.
Por isso questionou: "Não considera a Comissão que
poderemos estar perante uma potencial distorção das regras
de mercado e a dar um sinal claro de apoio do nuclear em detrimento das
energias renováveis?"
O Colégio de Comissários, em final de mandato, acabou
por aprovar na sua reunião de dia 08/10 o seu aval à
construção do reactor nuclear Hinkley Point C no Reino
Unido, o que suscita várias questões de ordem ambiental,
de direito da concorrência, e até de legitimidade para
sancionar este tipo de actos a três semanas de cessar
funções.
Ligação estratégica entre energia e
informação e o seu impacto na regulação dos
mercados também na agenda de Carlos Zorrinho
No âmbito das audições aos comissários
indigitados, Carlos Zorrinho formulou a Alenka Bratusek,
Comissária indigitada para Vice-presidente responsável
pela pasta da União da Energia, três questões
essenciais no que que respeita à interligação entre
energia e informação, no quadro da Comissão de
Indústria, Investigação e Energia, onde é
membro efectivo.
Zorrinho perguntou à Comissária indigitada qual a sua
posição sobre a "possibilidade de os agentes
comerciais e internacionais da área das TIC /
Telecomunicações entrarem no negócio da
energia", e em termos de segurança energética quais
os "riscos que podem [daí] resultar?".
O deputado socialista questionou ainda Bratusek sobre a possibilidade
daquelas empresas gerirem e comunicarem dados sobre consumo e
comportamentos dos indivíduos e das indústrias, sabendo-se
que actualmente esta informação é gerida por
empresas de energia regulamentadas a nível nacional.
Por fim, interrogou se "estes novos operadores, ou operadores
que façam o percurso inverso da energia para as
telecomunicações, podem representar uma potencial
ameaça à privacidade do consumidor e à
segurança de dados?"
Embora Alenka Bratusek tenha considerado estas questões
pertinentes, não foi porém capaz de dar respostas
satisfatórias na sua prestação.
Os eurodeputados da Comissão parlamentar competente acabaram
por reprovar a candidata eslovena para Vice-presidente da
Comissão Europeia por manifesta desadequação do seu
perfil para o cargo.
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Ricardo Serrão Santos participou sábado, na ilha de
São Miguel, numa conferência sobre o futuro do setor dos
lacticínios nos Açores, promovida pela Juventude
Socialista. O evento, que contou com a presença de jovens
agricultores, teve lugar nos Arrifes, uma freguesia situada na maior
bacia leiteira da Região Autónoma. No encontro, Ricardo
Serrão Santos, falou dos desafios que se colocam à
agricultura açoriana com o fim das quotas leiteiras tendo chamado
a atenção para a grande evolução registada
no setor nos Açores "na agricultura passámos da
lavoura de subsistência para uma moderna atividade assente em
pilares de qualidade e quantidade, enquadradas em
orientações de sustentabilidade ambiental. Os fundos do
POSEI e outros estruturais tiveram um significado enorme". O
eurodeputado socialista salientou, ainda, que “a
modernização e ganhos na competitividade, nalguns casos,
foram também possíveis porque acompanhada por uma
regulação dos mercados adequada”.
Ricardo Serrão Santos na defesa dos ecossistemas
marinhos
Na terça-feira, em Roma, o eurodeputado foi orador na
Conferência EurOCEANS 2014, uma co-organização do
European Marine Board, da Comissão Europeia e do Conselho Europeu
que conta com o apoio da Presidência Italiana da União
Europeia, que decorre de quatro em quatro anos.
Na sua intervenção apelou a um novo paradigma na defesa
dos ecossistemas marinhos "ao nos adaptarmos para a aparente
inevitabilidade da subida média das águas do mar, temos
também que lutar contra a acidificação dos
oceanos" e, exemplificou, "é estranho que
tivéssemos sido capazes de evitar a perda da baleia-azul devido
à sobre-exploração e, agora, a coloquemos em risco
por lhe destruirmos a principal fonte de alimento, o krill".
Referindo-se às alterações climáticas,
Ricardo Serrão Santos, afirmou que "não há
dúvidas científicas quanto à
intensificação das alterações
climáticas globais e a falta de ação apenas
poderá conduzir ao desastre".
O eurodeputado, falando da política europeia de ciência
defendeu que “há instrumentos estratégicas no mundo
da ciência, como é o caso do Horizonte 2020, que vão
ter um enorme impacto na investigação marinha e nos
crescimento azul na Europa e a nível global". Chamou, no
entanto, a atenção para o facto de "não ser
admissível que este seja descapitalizado pelos Ministros das
Finanças Europeus” tendo relembrado que “o Parlamento
Europeu já se opôs com particular veemência a esta
realidade. A boa governança exige ação,
coerência e estabilidade e estamos num período em que se
exige visão".
Declaração de Roma sobre os
oceanos
Em Roma, participou ainda na finalização da
declaração de Roma sobre os oceanos que tem como objectivo
afinar as linhas estratégicas para a investigação
marinha Europeia para o próximos anos, sob o
lema: "Delivering Impact, global leadership and sustainable
blue growth for Europe".
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Liliana Rodrigues participou nos "Open Days - 12th European week
of Regions and Cities", iniciativa organizada conjuntamente pelo
comité REGI - Desenvolvimento Regional, Comissão Europeia,
Comité das Regiões e OCDE. Esteve presente também
na Comissão da Cultura e da Educação, onde foi
decidido que o Comissário indigitado para esta pasta, Tibor
Navracscis, não teria competência para a assumir. É
de destacar ainda a presença da eurodeputada
socialista na iniciativa que alertava para a defesa da causa
animal, organizada pelo "intergroup on the welfare and conservation
of animals", não fosse este um tema do seu particular
interesse.
Grupo da Madeira com Liliana Rodrigues em
Bruxelas
Liliana Rodrigues reuniu-se com a representante de Portugal do
Comité Político e de Segurança, Graça Gomes,
onde foram trocadas impressões e estabelecidas
relações de cooperação. Um outro ponto que
marcou a semana da deputada socialista foi a recepção do
grupo da Região Autónoma da Madeira no Parlamento
Europeu.
Integraram neste primeiro grupo 25 militantes e não militantes
do Partido Socialista da Madeira e membros do Laboratório de
Ideias da Madeira. A visita contou com uma breve formação
sobre o funcionamento das instituições europeias
e uma visita guiada ao Parlamento Europeu. Liliana Rodrigues
considera fundamental a promoção destas iniciativas pelos
diversos Estados-membros no sentido de aproximar os cidadãos das
instituições europeias e dos seus representantes.
Recorde-se que o Parlamento Europeu orgulha-se de ser uma
instituição aberta aos cidadãos, reunindo e
deliberando em público, um claro sinal da abertura e da
transparência que se quer e que se exige cada vez mais às
instituições públicas.
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Durante as últimas duas semanas, a actividade do Parlamento
Europeu foi dedicada às audições dos 27
Comissários indigitados com as atenções centradas,
sobretudo, na área da governação económica
da União e nas políticas de investimento e emprego. No
entanto, as políticas da União ultrapassam em muito estas
áreas e as suas responsabilidades na ajuda humanitária e
no auxílio aos refugiados não podem ser esquecidas,
especialmente num momento em que várias crises
humanitárias assolam o mundo. Há hoje um número
crescente e impressionante de refugiados e de pessoas deslocadas em
situação dramática, particularmente no Médio
Oriente e em África.
É essencial concretizar uma política europeia de ajuda
humanitária eficaz, com pleno aproveitamento dos recursos e uma
cooperação eficiente com todos os parceiros relevantes, em
especial com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Refugiados (ACNUR), liderado actualmente por António Guterres. O
reforço da cooperação UE-ACNUR pode trazer mais
eficácia à ajuda internacional e a aproveitar as vantagens
do trabalho extraordinário que o ACNUR tem desenvolvido na
resposta ao problema dramático dos refugiados. Em paralelo,
também deve ser valorizado e reforçado o envolvimento
efectivo das organizações não governamentais (ONG)
que estão no terreno no planeamento e na
concretização das operações
humanitárias.
A União tem de conduzir a sua acção no
domínio da política de ajuda humanitária por
critérios pragmáticos de eficácia e
eficiência, aproveitando os recursos de quem já está
no terreno e desenvolvendo as necessárias sinergias para a
concretização das acções de forma
rápida e atempada.
As crises humanitárias têm tendência a aumentar.
Foi para estas questões que chamei a atenção do
Comissário indigitado para a Ajuda Humanitária e
Gestão de Crises, Christos Stylianides, na sua
audição perante o Parlamento Europeu. Para que a
União esteja à altura dos seus valores e da sua
responsabilidade no domínio da ajuda humanitária, é
essencial que o novo Comissário esteja disposto a fazer valer o
seu peso político e que não se coloque numa
posição de subalternização dentro da
Comissão Europeia. Oxalá, Christos Stylianides esteja
à altura deste desafio, para fazer chegar a assistência a
quem mais dela precisa.
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Os socialistas portugueses decidiram que não poderiam votar em
Jyrki Katainen para integrar a nova Comissão Europeia com a
responsabilidade pela coordenação da área do
"Emprego, Crescimento e Investimento". E não
votámos.
Esta decisão resultou do facto de Katainen ter sido, enquanto
ministro das finanças e primeiro ministro da Finlândia, um
dos maiores apologistas da austeridade, assumindo aliás uma
postura moralista de que os pecadores têm de expiar os seus
pecados.
Katainen foi o primeiro a pedir colateral (garantias) aos Estados em
dificuldades em troca da assistência financeira da zona euro,
obrigando a Grécia a endividar-se para o efeito.
Katainen também impôs um endurecimento da já de
si dura austeridade prevista em Portugal em troca do seu apoio ao
programa de ajuda externa. E resistiu enquanto pôde tanto à
criação como ao alargamento do âmbito de
acção do ESM (Mecanismo Europeu de Estabilidade), que foi
criado precisamente para assegurar a assistência financeira da
zona euro aos países com problemas de liquidez. Estas não
são atitudes coerentes com os valores da solidariedade
europeia.
Apesar das tentativas de moderar o discurso, o novo comissário
continua a defender que o crescimento económico e o emprego
acabarão por se materializar de forma quase automática e
por obra e graça das "reformas estruturais" - o que na
prática significa esmagamento de salários - e que é
tudo uma questão de tempo e paciência. Para nós,
socialistas, esta postura torna-o muito pouco apto para coordenar o
pacote de investimentos de 300 mil milhões de euros, incluindo
públicos, que Jean-Claude Juncker, o novo presidente da
Comissão Europeia, prometeu ao PE.
Não foi por acaso, aliás, que Katainen não
conseguiu avançar qualquer resposta satisfatória, durante
a sua audição no PE, sobre de onde vem este dinheiro e
como pensa aplicá-lo. Isto significa que vai ter de ser o
próprio Juncker a responder pela acção do seu
vice-presidente no cumprimento da promessa de mudança que nos
fez.
Juncker confrontou, de resto, o PE com uma distribuição
dos pelouros entre os seus comissários que já tinha
pré-negociado com os líderes das principais
famílias políticas europeias e que decorre directamente do
facto de nós, socialistas, não termos sido os vencedores
das eleições europeias de Maio.
Mesmo assim batemo-nos, e temos vindo a conseguir, introduzir
alterações na agenda. Até à
votação final pelo PE do colégio de
comissários, a 22 de Outubro, teremos de obter de Juncker
garantias de que, apesar da forma como optou por organizar a equipa, os
seus compromissos serão cumpridos. Só então
decidiremos se confirmaremos ou não o voto de confiança
que, com base na sua promessa de mudança, demos a Juncker em
Julho.
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Soube pelo Expresso da semana passada que a Tecnoforma, com
insolvência declarada em Novembro de 2012, vai propor uma
acção judicial contra mim. Curiosa sobre como vão
os homens da Tecnoforma sustentar tal acção, espero que o
façam mesmo.
Se hoje merece atenção nacional a Tecnoforma e o uso
duvidoso de fundos comunitários por uma suposta
organização não-governamental (o CPPC –
Centro Português para a Cooperação) afecta à
empresa, é um facto que tal se deve, em boa parte, a queixa que
eu apresentei à Comissão Europeia (CE) e ao Gabinete da
Luta Anti-Fraude da UE (OLAF), em Dezembro de 2012, desencadeando uma
investigação europeia e, consequentemente, uma
investigação na Procuradoria Geral da República -
ambas ainda a decorrer. Com efeito, investigações
jornalísticas, designadamente do jornal Público, tinham
merecido olímpica indiferença por parte das autoridades
que deviam agir.
É fundamental para a saúde da nossa democracia o cabal
esclarecimento sobre as práticas da Tecnoforma, incluindo o
recrutamento de agentes políticos, como o actual Primeiro
Ministro Pedro Passos Coelho, para "abrir todas as portas" e
facultar acesso a fundos europeus por conta da Tecnoforma e conexo
CPPC, e os ilícitos e faltas de ética envolvidos. Na
praça pública ou em tribunal, estou empenhada em
contribuir para tal esclarecimento.
E nesse sentido fiz o que mandava o meu sentido de responsabilidade,
como cidadã e como deputada europeia: entreguei a quem tinha o
dever de investigar informação que era já do
domínio público em Portugal - sustentei a minha
comunicação à CE e ao OLAF apenas em artigos
de jornal. Falei do tema em Bruxelas, como em Portugal, no
exercício da minha actividade parlamentar na luta contra a
corrupção, contra o tráfico de influências e
pela boa governação. Como é direito e dever de
qualquer um, num Estado de direito democrático que preze a
transparência, a liberdade de expressão e o debate no foro
público das questões que são de interesse
público.
Não me iludo. Acções judiciais como a
ameaçada pelos homens da Tecnoforma - tal como a que o Ministro
Aguiar Branco intentou contra mim, acusando-me de
difamação na denúncia do desmantelamento dos
Estaleiros Navais de Viana do Castelo, caso em que eu havia, antes,
entregue à PGR uma queixa fundamentada - têm um
único objectivo: intimidar e silenciar quem incomoda por
expor práticas corruptas e lesivas do interesse
público, quem ousa exigir que se investigue e puna os abusadores
dos poderes do Estado em favor de interesses privados.
Pois não me intimidam. Aquilo que me levou em 2012 a fazer
queixa à CE e ao OLAF adensou-se em revelações
públicas posteriores e muito permanece por esclarecer. O Primeiro
Ministro comunicou esta semana ao Parlamento, por escrito,
não se considerar na obrigação de especificar o que
recebia da Tecnoforma/CPPC na sua declaração de
interesses. Para além do mais, continua assim a deixar pairar a
suspeita de que não terá cumprido as suas
obrigações fiscais. Não, não é
só mais um homem da Tecnoforma! É o Primeiro Ministro que
impôs aos portugueses a mais brutal e injusta carga de
impostos. Sem pinga de autoridade, se não comprovar que nada
omitiu ao fisco.
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Carlos Zorrinho, Maria João Rodrigues e Elisa Ferreira
não participaram na votação que
aprovou o nome do Comissário finlandês Jyrki Katainen
para a pasta do Emprego e Crescimento, por não concordarem com o
sentido de voto apontado pelo grupo S&D.
Carlos Zorrinho em declarações aos jornalistas afirmou
que para os 3 deputados portugueses com direito a voto "o
Comissário indigitado não tem o perfil para tirar todo o
partido do portfólio que lhe foi atribuído", mas que
registam "que as objecções dos deputados portugueses
acabaram por contribuir para o reforço das áreas de tutela
do Comissário da família Socialista Frans Timmermans,
incluindo o dossier da sustentabilidade".
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A Delegação dos eurodeputados do Partido Socialista no
Parlamento Europeu tem já uma conta oficial no Twitter, em
"www.twitter.com/PSnaEuropa"
e iniciou uma nova morada na internet, em "www.pseuropa.pt".
Esta nova conta no Twitter dará a conhecer as principais
actividades desenvolvidas pelos 8 eurodeputados do Partido Socialista,
bem como redireccionar para links com imagens das
intervenções feitas em Bruxelas e Estrasburgo.
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Para mais informações consulte a página dos Socialistas Portugueses no Parlamento Europeu: https://www.pseuropa.pt/pspe/
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