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O deputado Correia de Campos viu esta semana serem
votados em sessão plenária do Parlamento Europeu quatro
dossiês legislativos (três Regulamentos e uma Diretiva)
relativamente aos quais foi o negociador responsável pela
formulação da posição do grupo socialista na
comissão parlamentar da Indústria,
Investigação e Energia. Intervindo em plenário
acerca do novo Regulamento sobre ensaios clínicos de medicamentos
para uso humano, Correia de Campos saudou o novo enquadramento
regulamentar que visa tornar a Europa mais competitiva para a
realização de ensaios clínicos e para a
investigação clínica, salientando, no entanto, que
embora de louvar, tal objetivo não podia ser perseguido à
custa de uma diminuição da proteção dos
cidadãos que participam nesses ensaios. O deputado socialista viu
serem aprovadas disposições pelas quais se bateu e que
muito contribuíram para a melhoria da proposta inicial da
Comissão Europeia; nomeadamente, no que respeita ao
restabelecimento do papel das Comissões de ética, cujo
parecer deve ser vinculativo e no respeitante a
disposições para uma maior transparência dos
resultados dos ensaios clínicos como forma de preservar a
saúde dos doentes e de diminuir a proliferação de
esforços e dispêndio de recursos. Além disso, o novo
Regulamento estabelece um procedimento centralizado para
comunicação entre os promotores dos ensaios
clínicos e as Autoridades Competentes Nacionais e um processo de
autorização harmonizado que permitirá poupar
encargos burocráticos e acelerar a submissão dos dossiers
clínicos. Os outros dois Regulamentos votados, também na
área da saúde, foram os Regulamentos sobre dispositivos
médicos e sobre dispositivos médicos para
diagnóstico in vitro. Depois do escândalo com os implantes
mamários PIP e de problemas que têm vindo a surgir com a
qualidade do escrutínio clínico de dispositivos de alto
risco, novas disposições irão ser adotadas para um
controlo mais rigoroso de segurança. Entre as medidas apoiadas
por Correia de Campos encontram-se a rastreabilidade dos dispositivos, o
fortalecimento da supervisão dos organismos de
certificação e a designação de organismos
especiais para a certificação dos dispositivos de elevado
risco. Finalmente, foi ainda aprovada a nova Diretiva sobre
segurança nuclear, uma proposta legislativa que surge na
sequência da experiência adquirida com o acidente de
Fukushima e dos testes de stress que foram entretanto realizados
às centrais nucleares na União Europeia. A
posição socialista formulada por Correia de Campos visou o
reforço dos aspetos de segurança da proposta da
Comissão Europeia, nomeadamente, o reforço da
independência e autonomia das autoridades reguladoras nacionais, a
implementação de um processo de examinação
pelos pares com a participação da Comissão Europeia
e a definição de requisitos mais exigentes para a
extensão do período de vida operacional das centrais
nucleares. Na Europa existem 132 centrais em funcionamento, apesar de
diferentes países terem posições muito distintas
quanto à opção nuclear. Embora Portugal não
disponha de centrais nucleares para geração
eléctrica, encontra-se consideravelmente exposto ao risco das
centrais instaladas no país vizinho.
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Foi apresentado esta semana, no Parlamento Europeu, o relatório
com as conclusões do Grupo de Trabalho sobre Eurobills e sobre o
Fundo Europeu de Redenção da Dívida Pública.
A apresentação deste relatório foi uma
exigência da eurodeputada socialista Elisa
Ferreira, quando assumiu a posição de relatora
nas negociações do "two-pack". “Sem
surpresa, por se tratar de uma ‘encomenda’ da atual
Comissão Europeia, uma prudência excessiva domina as
mensagens do grupo de trabalho de experts que analisou a possível
mutualização das dívidas soberanas”, diz
Elisa Ferreira. Ainda assim, e apesar da oposição à
mutualização da direita neoliberal que domina as
instituições europeias, o grupo de trabalho reconheceu que
a mutualização de dívida soberana estabiliza a zona
Euro e os mercados dessa dívida, alivia a pressão sobre os
países mais frágeis e favorece a integração
dos mercados. “As conclusões apresentadas
reforçam a ideia de que a mutualização das
dívidas faz sentido tecnicamente e pode ser realizada em
inúmeras modalidades, desde que haja vontade
política”, acrescenta Elisa Ferreira. Mesmo o
argumento de que pode ser necessária alguma
alteração dos Tratados não põe em causa as
potencialidades da mutualização, antes convoca a
importância de haver uma maioria na Europa a favor desta
políticas de maior integração.
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Ana Gomes interveio na sessão plenária
do PE, esta semana em Bruxelas, no debate sobre a Política
Externa e de Segurança Comum para dizer à Alta
Representante Catherine Ashton que na Líbia se agrava a cada dia
uma situação calamitosa, a que a União Europeia tem
de ajudar a pôr cobro: "A UE tem feito demasiado pouco
para intervir de forma coerente, institucional e operacionalmente, num
país da nossa vizinhança mais próxima no qual se
desenvolve uma dinâmica perigosíssima de vazio de poder,
combinada com a presença de milícias armadas,
infiltrações terroristas, proliferação de
armas e violações sistemáticas de direitos
humanos", explicou a Coordenadora e Porta-voz do Grupo
Socialista no PE para os assuntos externos. "Como pretende a
União Europeia afirmar-se como fornecedor global de
segurança, como força promotora do estado de direito e dos
direitos humanos e da paz no mundo, se não consegue sequer
contribuir consistentemente para a estabilização na sua
Vizinhança, de que depende a sua própria
segurança?", questionou a parlamentar. No debate sobre
o Irão, Ana Gomes frisou a importância das
negociações sobre o programa nuclear iraniano para a
segurança global e regional, incluindo o fim da guerra na
Síria, mas sublinhou que a UE não deve conduzir essas
negociações sem ao mesmo tempo estabelecer diálogo
regular sobre direitos humanos (e casos concretos de
violações) com as autoridades iranianas. Ana Gomes
co-patrocinou com as socialistas suecas Marita Ulvskog e Ann Linde um
seminário sobre direitos humanos na Etiópia, intitulado
"Ethiopia: Listen to Whistleblowers and Jailed Journalists",
que contou com a participação do jornalista sueco Martin
Schibbye, que foi preso e condenado na Etiópia por
"atividades terroristas" num julgamento-farsa e com Abdulhahi
Hussein, antigo operador de câmera na região etíope
do Ogaden, que saiu do país e revelou filmagens que comprovam a
fabricação de "provas" para usar em julgamentos
para condenar jornalistas pelo exercício da sua
profissão. No painel participaram também representantes do
"Committee to Protect Journalists" e da ONG "Human Rights
Watch". Ana Gomes organizou esta semana uma mesa-redonda sobre os
direitos das mulheres no Iraque e especificamente na região do
Curdistão, em parceria com o Jeyan Women Group, uma plataforma
que junta ONGs sediadas no Curdistão que trabalham pelos direitos
das mulheres. “É preciso rever a
legislação e práticas patriarcais no
Curdistão Iraquiano, apesar de alguns progressos
democráticos. Crimes de honra e mutilação genital
feminina continuam a ser tolerados e são encorajados pela
impunidade reinante”, defendeu a eurodeputada socialista. Ana
Gomes integra a delegação do Parlamento Europeu à
IV Conferência Interparlamentar PE/Parlamentos Nacionais que se
realiza em Atenas, dias 3 e 4 de abril, onde vai ser relatora sobre a
"Estratégia de Segurança Marítima da UE/
dimensão marítima da Política Comum de
Segurança e Defesa".
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1. Entre 2009 e 2014, durante a legislatura do Parlamento Europeu
(PE) que agora termina, Vital Moreira, além de
ter exercido o mandato de deputado, assumiu igualmente o cargo de
Presidente da Comissão de Comércio Internacional do
Parlamento Europeu (INTA). Foi o único eurodeputado
português a presidir a uma comissão do Parlamento Europeu e
um dos seis presidentes de comissão atribuídas a deputados
do Grupo dos Socialistas & Democratas (S&D). Além disso,
manteve-se como membro suplente da Comissão de Assuntos
Constitucionais (AFCO), onde também teve
participação ativa. A INTA assumiu-se nesta legislatura
como uma das mais importantes comissões do PE, com uma atividade
determinante para a definição da política de
comércio externo da União Europeia (UE), a mais
dinâmica das políticas de comércio externo da
União. Com efeito, desde a entrada em vigor do Tratado de Lisboa,
a política de comércio externo (que agora inclui
também o investimento estrangeiro) passou a ser uma
competência exclusiva da União e a aprovação
de legislação e de tratados internacionais na área
do comércio externo passou a exigir a aprovação ou
o consentimento do PE. Acresce que nos últimos anos, e sem
esquecer a dimensão multilateral da Organização
Mundial do Comércio, a União tem vindo a desenvolver uma
intensa estratégia de negociação bilateral de
vários acordos de comércio onde o PE e a INTA têm
uma intervenção muito ativa, que vai desde a
intervenção na definição do respetivo
mandato negocial da Comissão Europeia, passando pelo
acompanhamento efetivo das negociações e etapas negociais
até à sua definitiva aprovação pelo PE.
Nesta legislatura a União concluiu tratados comerciais com a
Coreia do Sul, a Colômbia e Peru, com os países da
América Central, com Singapura e com o Canadá, e
está em negociações com o Japão, Mercosul,
Índia, China e Estados Unidos entre outros países. O
acordo de comércio e investimento entre a UE e os EUA, e para o
qual Vital Moreira é o relator do PE, será o mais
importante acordo comercial de sempre, desde logo, pela sua
dimensão, porque envolve os dois maiores blocos comerciais do
mundo, mas também por se tratar de um acordo muito ambicioso na
medida em que, além da eliminação das tarifas
aduaneiras entre os dois blocos, visa criar uma convergência
regulatória e o estabelecimento de standards que vão
definir regras para várias áreas da economia, como os
sectores automóvel, da indústria química, dos
medicamentos e dos cosméticos.
2. A atividade de eurodeputado a que se junta a de presidente de uma
comissão parlamentar foi estimulante, mas também muito
exigente... Para termos uma noção mais próxima da
realidade, vale a pena referir alguns dos números. A
Comissão INTA na atual legislatura aprovou um total de 136
relatórios, dos quais 42 de natureza legislativa (que
correspondem a leis e convenções internacionais da
União) no âmbito dos quais tiveram lugar 82 reuniões
de trílogo entre o PE, Conselho e a Comissão, e emitiu 97
relatórios de opinião. Para o efeito, a INTA e os seus
membros realizaram neste mandato 69 reuniões de comissão,
104 reuniões de "grupos de
monitorização", 29 workshops e 20
audições públicas relativos a temas
específicos com interesse especial junto da sociedade e dos
cidadãos. Neste período a INTA realizou um total de 656
iniciativas oficiais entre reuniões, audições,
briefings técnicos e delegações externas (consulte
aqui
o INTA Legacy Report, abril 2014). Mas importa sublinhar que a atividade
da INTA significou também uma projeção qualitativa
do papel do PE na área do comércio internacional. Desde
logo, o PE assumiu plenamente o seu papel de co-decisor e de
interveniente principal na concretização da
política de comércio externo da União, e por outro
lado, teve a capacidade de exigir e impor que a par do
"comércio livre" fosse também considerado os
valores do "comércio equitativo", o que implica
exigência do cumprimento de padrões ambientais e laborais
pelos parceiros comerciais da União. Por outro lado, e enquanto
deputado, a atividade de Vital Moreira não foi menos intensa.
Efetuou mais de 155 intervenções em sessão
plenária, foi relator em 55 relatórios (7 dos quais como
relator sombra designado pelo grupo S&D) e de 7 pareceres (2
enquanto relator sombra), foi autor e coautor de 34 propostas de
resolução e de 43 perguntas parlamentares dirigidas a
várias instituições da União, especialmente,
à Comissão Europeia. São números que revelam
um notável labor parlamentar.
3. Atualmente o PE é um verdadeiro Parlamento, à imagem
da generalidade dos Parlamentos do mundo, e o mandato de deputado
europeu é uma tarefa muito exigente que dispensa
"habilidades estatísticas" para o demonstrar. Os nossos
eleitores devem saber que os tempos em que Bruxelas e Estrasburgo eram
descritos como "férias douradas" correspondem
definitivamente a um passado cada vez mais distante da realidade dos
nossos dias... Esta primeira legislatura depois do Tratado de Lisboa
(entrado em vigor em 2009) poderá ficar na história como
um marco decisivo na edificação de uma verdadeira
democracia parlamentar europeia.
Eventos da semana:
No início da semana, em Aveiro, Vital Moreira interveio, na
Escola Secundária Homem Cristo, numa sessão de
esclarecimento sobre as próximas eleições
europeias, promovida pelo Centro de Informação Europe
Direct de Aveiro. Já em Bruxelas, Vital Moreira participou na
reunião plenária do PE e presidiu à reunião
ordinária da Comissão INTA, que incluiu um balanço
da legislatura em matéria de política comercial, com a
participação do Comissário De Gucht.
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A deputada Edite Estrela participa neste sábado
5 de abril na iniciativa a Europa em Setúbal que decorre no
Auditório Oficinas Municipais do Seixal, organizada pela
Distrital de Setúbal do PS. O evento está dividido em
vários painéis de reflexão. A eurodeputada
socialista e vice-presidente da comissão dos Direitos da Mulher e
da Igualdade de Género do PE vai falar sobre o papel das
mulheres na construção europeia. Edite Estrela
defenderá o importante contributo das mulheres no processo de
integração e a necessidade de a UE continuar o combate
pela igualdade de género. António Vitorino, Seixas da
Costa e Eurico Brilhante Dias são alguns dos intervenientes nesta
iniciativa. Por outro lado, esta semana a deputada deu uma entrevista ao
editor de política internacional do jornal brasileiro Folha de
São Paulo, Fábio Zanini. Durante o encontro foram
abordadas as relações UE-Brasil, o Mercosul e as
eleições europeias. A deputada é membro
efetivo da Delegação para as Relações com o
Mercosul do PE e copresidente da Comissão dos Assuntos Sociais,
Ambiente, Educação e Cultura da Assembleia Eurolat.
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O deputado Correia de Campos recebeu esta semana os vencedores do
Prémio Viseu na Europa, edição 2013, que receberam
como prémio uma visita ao Parlamento Europeu em Bruxelas. Este
prémio, instituído pelo deputado socialista em 2012,
pretende promover o conhecimento e o debate acerca do funcionamento da
União Europeia e das suas instituições, fomentar o
interesse dos estudantes do concelho pelas políticas da
União e melhorar as suas capacidades de
investigação e metodologia de elaboração de
trabalhos académicos em grupo. Os laureados irão ainda
receber um certificado em cerimónia a realizar durante uma das
próximas reuniões da Assembleia Municipal de Viseu.
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