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A deputada Elisa Ferreira defendeu esta semana, em
Estrasburgo, que o relatório de avaliação às
troicas era uma obrigação do Parlamento Europeu perante os
cidadãos que representa e que as suas conclusões devem
servir de “legado” para os futuros membros da
Comissão e do Parlamento Europeu. A coordenadora socialista na
comissão de Assuntos Económicos e Monetários do PE
enalteceu
a “profundidade e seriedade” do relatório,
cuja “riqueza não permite sínteses
fáceis” mas deixa “pelo menos quatro tipos
de conclusões” sobre uma crise financeira na Zona Euro
que deixará “cicatrizes gravíssimas”.
A inexistência de uma “mão invisível que
autorregule os mercados e que promova uma convergência natural
entre economias desiguais, sujeitas e concorrência e partilhando
uma moeda única” foi a primeira conclusão
enumerada pela socialista. Uma explicação para uma crise
que inicialmente foi apresentada com “base nos virtuosos e
pecadores”, tese que Elisa Ferreira acusou de estar na
génese do “populismo” que ameaça
Bruxelas, em vésperas das eleições europeias de
maio. Na segunda conclusão, a eurodeputada reconheceu que as
troicas foram a “resposta possível na ausência de
uma iniciativa comunitária adequada” mas criticou os
“erros de previsão grosseiros”, a
ausência de “responsabilidade e controlo
democrático” sobre as decisões das troicas e as
recomendações que se revelaram “tecnicamente
frágeis”. Lembrando o “desemprego galopante
e a destruição da economia e da sociedade de grande parte
da Zona Euro”, Elisa Ferreira considerou ser urgente
“corrigir as receitas impostas” e
“enquadrar em estruturas europeias democráticas os
processos de ajustamento em curso”. Iniciativas que
deverão ser acompanhadas pelo preenchimento “sem tabus
das lacunas da arquitetura da Zona Euro”, defendeu a
porta-voz socialista antes de enumerar as propostas: “A
criação de um Fundo Monetário Europeu, a
redefinição das funções do Banco Central
Europeu, a mutualização de parte da dívida soberana
ou a criação de uma proteção social
europeia”.
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A deputada Edite Estrela sublinhou
esta semana que o programa de ajustamento ao qual está submetido
Portugal tem sido um programa de empobrecimento e defendeu a necessidade
de a Europa "mudar de rumo". "Os governantes
europeus e nacionais bem podem apregoar que tem sido um sucesso que
ninguém acredita. A realidade desmente diariamente a
ficção em que alguns se querem refugiar. Consultem as
estatísticas, observem o que se passa e, sobretudo, ouçam
as pessoas", alertou a deputada no debate em plenário
sobre as consequências sociais dos programas da troica.
"É um sucesso a recessão económica e o aumento
do desemprego? É um sucesso o agravamento das desigualdades e das
injustiças sociais? É um sucesso ver que a maior parte das
pessoas vive hoje pior do que antes da intervenção da
troica? O que mais surpreende é que não reconheçam
os erros e não alterem a trajetória", interpelou
a eurodeputada socialista. "Há quem caia no
ridículo de dizer que as pessoas estão pior, mas que os
países estão melhor. Como se os países fossem uma
abstração e as pessoas elementos decorativos". A
deputada sublinhou que nenhum dos países sob resgate tem
condições para, no curto prazo, resolver o problema da
dívida pública se a Europa não concordar com a
mutualização de parte da dívida. Segundo Edite
Estrela, sem a redução significativa dos juros da
dívida pública e sem o alargamento das maturidades os
países sob resgate vão continuar a divergir da
União Europeia, a perder os seus jovens mais qualificados de
sempre e a pôr em causa a coesão social. O Parlamento
Europeu aprovou esta semana dois relatórios sobre o papel da
troica em Portugal, Grécia, Irlanda e Chipre. Os documentos
aprovados por uma esmagadora maioria de deputados referem que a
assistência financeira da troica (CE/BCE/FMI) atingiu no curto
prazo o objetivo de evitar um incumprimento desordenado da dívida
soberana, mas referem que foi dada pouca atenção ao
impacto económico e social das estratégias de
ajustamento.
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A eurodeputada Ana Gomes viu aprovado esta semana pelo
Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo, o relatório que elaborou
sobre a "Arábia Saudita, suas relações com a
União Europeia e seu papel no Médio Oriente e no Norte de
África" no âmbito da Comissão dos Assuntos
Externos do PE. “A Arábia Saudita tem hoje
importância no Médio Oriente e para além dele, nos
planos político, económico e na luta contra o terrorismo,
embora a sua ação, independentemente da vontade e de
declarações oficiais, nem sempre favoreça a
segurança global e até a luta contra o
terrorismo", comentou
a parlamentar socialista no rescaldo do voto, sublinhando "o
papel negativo do proselitismo wahabi no apoio a grupos extremistas e
fundamentalistas em diversos conflitos e regiões". Para
a eurodeputada, da interação entre a UE e Riade - que
não poderá deixar de centrar-se nos direitos humanos, e
nos das mulheres, das minorias e dos emigrantes, em particular -
poderão resultar progressos, incluindo com impacto na
segurança regional, incluindo as
relações com o Irão, decisivas para acabar com a
guerra na Síria e estabilizar o Iraque, o Paquistão e o
Afeganistão. O relatório do deputado Claude Moraes
(socialista) sobre o programa de vigilância
eletrónica da National Security Agency (NSA), os
órgãos de vigilância nos vários Estados
Membros e o impacto nos direitos fundamentais dos cidadãos da
União Europeia e na cooperação
transatlântica, foi também aprovado nesta sessão
plenária. Ana Gomes foi co-relatora deste relatório,
em representação da Comissão dos Assuntos Externos
e como coordenadora do Grupo Socialista nesta área:
“Produzimos um relatório que procura equilibrar os
imperativos de segurança, de defesa da privacidade e do Estado de
Direito, nesta era tecnológica que abre novas oportunidades, mas
também contém novos riscos. É preciso
começar dentro da própria UE", continua a
deputada, "por investigar as atividades dos serviços de
informações dos Estados Membros e de toda a tecnologia a
que recorrem para assegurar que há controlo democrático
das suas atividades, garantindo respeito pelos princípios da
proporcionalidade e pela proteção de dados e privacidade
dos cidadãos europeus. Antes de se concluir a
negociação do Acordo Transatlântico de Investimento
e Comércio EU- EUA (TTIP) é preciso que haja acordo entre
a UE e os EUA sobre a proteção de dados dos nossos
cidadãos, e nomeadamente assegurar que os europeus possam
desencadear nos EUA processos de recurso administrativo e judicial
quando os seus dados são violados. Por fim, devemos assegurar
proteção aos ‘whistleblowers’, sem os quais
estaríamos hoje mais indefesos e ignorantes", concluiu
a deputada socialista.
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O eurodeputado Correia de Campos sublinhou
esta semana, no plenário de Estrasburgo, a necessidade do
reforço do Programa para a Competitividade das Empresas e
PME, o Programa COSME. "Regozijo-me com a previsão de
aumento de 2% para 2015", ,sublinhou no debate sobre as
orientações gerais para a elaboração do
orçamento de 2015. "É essencial que a
Comissão dinamize programas de formação em
fiscalização de mercado, em educação de
consumidores, em literacia financeira, na rede europeia de defesa do
consumidor, de forma a promover a confiança dos europeus no
mercado único, monitorizando os mercados de consumo
através de um painel de avaliação e relembro que,
ao contrário do que aqui acabou de ser dito há pouco, o
orçamento para 2015, em termos reais, será inferior ao de
2013", afirmou. O eurodeputado socialista defendeu ainda a
necessidade de criar novos mecanismos de flexibilidade tendo em
atenção o nível invulgarmente elevado de faturas
por liquidar no final de 2013, que dificilmente evitará o elevado
défice orçamental previsto para 2014. "A
União tem de cumprir as suas obrigações legais sem
comprometer ou atrasar pagamentos", afirmou. Recorde-se que o
deputado Correia de Campos foi nomeado relator de parecer para o
Orçamento 2015 para as matérias relacionadas com as
políticas do Mercado Interno e Proteção dos
Consumidores.
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Luís Paulo Alves interveio no
plenário do PE para exigir que as soluções
apresentadas para o setor leiteiro no período pós quotas,
comunicadas ao Parlamento e ao Conselho, resultantes do estudo da CE e
do amplo debate da Conferência de setembro, que contou com o seu
contributo ativo, mereçam, com a maior brevidade possível,
o tratamento do Parlamento. Neste sentido, o deputado açoriano
fez o seguinte apelo: “Intervenho hoje aqui para reclamar do
Parlamento o tratamento da Comunicação da Comissão,
dirigida também ao Conselho, sobre o setor do leite pós
2015. Trata-se de um assunto de importância vital para muitas
Regiões Europeias que sofrerão impactos negativos tal como
consta do documento. Chamo a atenção para a
necessidade de tratar com urgência as soluções
previstas, nomeadamente as que resultam da minha
intervenção na Conferência Europeia de setembro, que
foi incluída na Comunicação. Referi que se a
importância do leite vai aumentar em todo o mundo e a UE pensa
beneficiar dessa oportunidade, terminando com o sistema de quotas,
então, uma parte da riqueza criada pela sua
abolição deverá ser dirigida a territórios
afetados negativamente, através de Programas Específicos
que estimulem a competitividade, a promoção das suas
marcas e a qualidade dos seus produtos, pensando nas
exportações. Devem também em Regiões remotas
como os Açores, muito distantes dos mercados, mas com grande
vocação produtiva, compensar sobrecustos permanentes de
transportes, para que possam beneficiar também destas
oportunidades de mercado”. Esta intervenção
surge na sequência da Conferência "O setor do leite na
Europa: desenvolvimentos para além de 2015", que juntou
cerca de 400 participantes representando todo o setor europeu,
envolvendo organizações governamentais e não
governamentais, peritos e as instituições europeias num
amplo debate, onde foram apresentadas as conclusões do estudo
"Análise dos desenvolvimentos futuros no setor do
leite" levado a efeito por peritos, por iniciativa da CE, e cuja
Comunicação inclui no seu texto final a
intervenção e as propostas do deputado, reconhecido pela
sua ligação ao setor. Após a sua
intervenção, o deputado afirmou: "Desde o
início deste mandato tenho mostrado enormes
preocupações com a abolição do regime de
quotas leiteiras, sobretudo na ausência de outros mecanismos, que
atuem eficazmente na indispensável regulação da
oferta neste setor, dadas as suas características particulares.
Estas preocupações levaram-nos, a mim, ao colega
Luís Capoulas Santos e ao presidente do grupo parlamentar do
Partido Socialista dos Açores, Berto Messias, a reunir em
Estrasburgo, na altura da preparação do caderno de
encargos para este estudo que foi apresentado pela CE, para que fosse
incluída a vertente dos impactos na dimensão territorial
da abolição do regime de quotas. Solicitámos que o
estudo tivesse em conta preocupações que, tal como se pode
constatar, foram incluídas nesse estudo. Todos os esforços
agora são para que o PE e o Conselho considerem este problema e
deem as respostas necessárias”.
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O eurodeputado Capoulas Santos, coordenador para os
Assuntos Agrícolas dos Socialistas no Parlamento Europeu e
principal Relator para a reforma da PAC, manifestou-se "muito
satisfeito" com os resultados
da sondagem Eurobarómetro sobre a PAC, há dias publicada
pela Comissão Europeia. Segundo a mesma, mais de 80 % dos
cidadãos da UE apoiam os objetivos fundamentais da PAC e quase a
mesma percentagem de inquiridos consideram que a Política
Agrícola Comum "é vantajosa para os cidadãos
da UE". Para Capoulas Santos, "valeram a pena quase
três anos de debates e milhares de horas de
negociações dentro do PE e nos trílogos com o
Conselho e a Comissão, no contexto da codecisão
introduzida pelo Tratado de Lisboa que igualou os poderes do PE ao dos
Ministros da Agricultura". Capoulas Santos regozijou-se
igualmente por "mais de 90% dos inquiridos serem
favoráveis ao reforço da componente verde da nova PAC e ao
facto do recebimento das ajudas pelos agricultores ficar agora
condicionado ao respeito por boas práticas agrícolas em
termos ambientais". O eurodeputado português considerou
ainda que "a avaliação revelada pela sondagem
confirma que o papel do Parlamento Europeu foi muito importante para
aproximar dos cidadãos e não só dos agricultores,
de uma política fundamental da União alvo de muitas
críticas no passado". O inquérito concluiu ainda
que, para 53% dos inquiridos, a agricultura é "muito
importante", sendo que 61% considera que os rendimentos dos
agricultores são "inferiores" aos de outros sectores
económicos. Para 45% o orçamento agrícola definido
para a PAC é "adequado", enquanto para 26% é
reduzido e para apenas 13% "muito elevado". Capoulas Santos
considerou "ser agora mais importante do que nunca acompanhar a
aplicação da nova PAC em cada um e em todos os
Estados-membros para que as expectativas dos cidadãos e dos
agricultores não saiam defraudadas". O inquérito
foi realizado segundo a metodologia dos inquéritos
Eurobarómetro, entre 23 de novembro e 2 de dezembro de 2013, nos
28 Estados-Membros da UE e nele participaram 27 919
cidadãos.
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Intervindo esta semana em Estrasburgo num debate televisivo sobre as
próximas eleições europeias, Vital Moreira
reiterou a sua posição de que elas serão
mais “europeias” do que as anteriores, por três
razões fundamentais: - entrada em vigor do Tratado de Lisboa, que
aumentou substancialmente os poderes do Parlamento Europeu, tornando
assim mais decisiva a sua eleição. A vida dos
cidadãos europeus depende agora mais do Parlamento Europeu; - a
crise orçamental, económica e social que marcou toda esta
legislatura (desde 2009) pôs à prova a resiliência e
a consistência política da União e tornou evidente
que não há soluções nacionais para problemas
que têm dimensão europeia; - finalmente, a
apresentação de candidatos dos partidos políticos
europeus ao cargo de presidente da Comissão Europeia que vai dar
maior visibilidade e competitividade às eleições
europeias (debates entre os candidatos, sua participação
nas campanhas nacionais, etc.); desta vez, as eleições
europeias vão ter protagonistas e rostos comuns a todos os
Estados-membros; Estas mudanças – acrescentou Vital Moreira
– podem conferir maior peso ao voto dos cidadãos, que
servirá agora não somente para eleger os eurodeputados mas
também para selecionar o presidente da Comissão Europeia e
as respetivas opções políticas, tal como ocorre nas
eleições nacionais. Trata-se de uma verdadeira
mudança de paradigma. O tradicional atavismo
“paroquialista” das eleições europeias vai ser
contrabalançado pela centralidade do debate europeu. Por
último – conclui Vital Moreira –, se essa
dinâmica se concretizar e as eleições europeias se
tornarem verdadeiras eleições parlamentares, incluindo a
“eleição” do presidente da Comissão,
isso traduzir-se-á num reforço da legitimidade
democrática da Comissão e do seu presidente, que bem
precisa é face aos desafios com que a UE está confrontada.
Pela primeira vez, está nas mãos dos cidadãos
europeus marcar diretamente os caminhos da integração
europeia.
Eventos da semana:
Esta semana, em Estrasburgo, Vital Moreira participou nos trabalhos da
sessão Plenária do PE e na reunião da
Comissão de Assuntos Constitucionais do PE, da qual é
membro. Vital Moreira participou ainda na reunião do grupo de
monitorização do PE sobre as relações
comerciais entre a UE e o Japão, na qual participaram,
além do representante da Missão do Japão junto da
UE, representantes de algumas associações empresariais
europeias (European Rail Industry (UNIFE), European Services Forum (ESF)
e FoodDrinkEurope). Vital Moreira prestou, ainda,
declarações à imprensa internacional sobre o estado
atual das negociações do Acordo de Comércio e
Investimento entre a UE e os EUA (TTIP) e trocou impressões sobre
o mesmo tema com um conjunto de jornalistas norte-americanos de visita
à UE. Finalmente, já em Coimbra e no âmbito da
iniciativa "Relaunching Europe", promovida pelo grupo
parlamentar dos Socialistas & Democratas no PE, Vital Moreira
participou, na conferência "Um futuro melhor: emprego para
todos".
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* O Grupo dos Socialistas & Democratas no Parlamento Europeu
organiza mais uma conferência
no âmbito da iniciativa "Relançar a Europa, Um Futuro
Melhor: Emprego para todos". A iniciativa terá lugar hoje,
dia 14 de março, na Fundação Bissaya Barreto, em
Coimbra, pelas 17h00. "Relançar a Europa" é uma
iniciativa dos Socialistas Europeus que pretende debater a Europa em
todos os países da UE. O evento em Portugal conta com a
participação do Secretário geral do PS,
António José Seguro, do cabeça de lista às
eleições europeias, Francisco Assis, do líder do
Grupo Socialista Europeu, Hannes Swoboda, eurodeputados,
académicos, empresários, sindicalistas e jornalistas.
* A Comissão Europeia adotou esta semana os atos delegados
– ou seja, os textos que contêm o detalhe da
aplicação das disposições regulamentares
- referentes à nova legislação da
Política Agrícola Comum (PAC). Quer isto dizer que o
Parlamento Europeu deve analisar o conteúdo destes textos e, se
assim entender, rejeitar um ou vários atos delegados caso
considere que a Comissão Europeia tenha feito uma
interpretação incorreta ou abusiva do acordo
político contido no texto de base. O deputado Capoulas
Santos chama a atenção de que "o diabo
esconde-se nos detalhes e é preciso escrutinar o detalhe destes
textos e garantir que o nosso interesse nacional e europeu tal como
decorreu da negociação foi fielmente transposto para os
textos de aplicação da nova PAC
reformada".
* A vice-presidente da comissão dos Direitos da Mulher do PE,
Edite Estrela, denunciou
esta semana as persistentes desigualdades de género na UE. No
debate em plenário do relatório sobre a igualdade entre
homens e mulheres, a deputada socialista referiu as desigualdades no
acesso ao mercado de trabalho e de progressão na carreira,
desigualdades salariais, desigualdades no acesso à
educação e à saúde e de
participação nos processos de decisão, quer no
setor económico quer na atividade política. "Com
a crise e por causa da austeridade, a situação das
mulheres europeias degradou-se, sobretudo nos países sob
programas de ajustamento", afirmou. Aumentou o desemprego,
aprofundou-se o fosso salarial e aumentou a violência
doméstica. "Para além disso, verifica-se que as
forças mais conservadoras europeias estão a aproveitar a
crise para reduzir os direitos das mulheres. Estamos a assistir, por
exemplo em Espanha, a um claro retrocesso no que diz respeito a
conquistas civilizacionais como o direito à IVG legal e
segura". A deputada apelou a uma maior partilha das
responsabilidades familiares e domésticas. E concluiu:
"Eu sou relatora da posição do Parlamento Europeu
sobre a revisão da Diretiva sobre Licença de Maternidade
que o Conselho mantém bloqueada desde 2010. Como é que os
cidadãos vão confiar nas instituições
europeias e acreditar que são genuínas as
preocupações com o declínio
demográfico?".
* Elisa Ferreira relembrou
esta semana, em Estrasburgo, que "um acordo com o Conselho
(para terminar o pacote legislativo da União bancária)
é possível antes do final deste mandato, desde que haja
vontade política para tal". A coordenadora dos
Socialistas para os Assuntos Económicos e Monetários
afirmou que "a presença no trílogo de hoje do
Presidente em exercício do Ecofin, Yannis Stournaras, acompanhado
do Presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, é um gesto de
grande simbolismo desde que eles venham acompanhados de um processo
negocial e de propostas sérias que permitam um
consenso". Num debate sobre o próximo Conselho Europeu
que se irá realizar em Bruxelas, nos próximos dias 20 e 21
de março, e que contou com a presença de Durão
Barroso, como Presidente da Comissão, e de Dimitrios Kourkoulas,
em representação da Presidência Grega do Concelho,
Elisa Ferreira disse ainda que "o Parlamento Europeu
está unido e tem um claro mandato negocial... Queremos uma
resolução bancária isenta, eficaz e
credível", e que "as perdas têm de ser
imputadas aos acionistas e credores e os contribuintes têm de ser
poupados". Para terminar, Elisa Ferreira defendeu que
"o Parlamento está aberto à
negociação mas um mau acordo contaminaria para sempre a
credibilidade da União Bancária".
* No debate em plenário sobre a Ucrânia,
Ana Gomes condenou a agressão russa à
integridade territorial da Ucrânia através da
anexação da Crimeia em marcha e defendeu a
imposição de sanções direcionadas contra os
responsáveis russos, incluindo o congelamento dos seus bens nos
bancos europeus. Ana Gomes acompanhou o líder do Grupo
Socialista, Hannes Swoboda, numa reunião com uma
Delegação da Duma (Parlamento Russo), dirigida pelo
deputado Pushkov, que veio ao PE discutir a situação da
Ucrânia. A delegação afirmou a sua
condenação do referendo na Crimeia e propôs aos
deputados russos uma visita conjunta a Kiev e outras cidades
da Ucrânia para verem como era infundada a sua
perceção de que estaria instalado "o caos e a
desordem" neste país. No debate sobre os relatórios
de avaliação das troicas, Ana Gomes contestou as
afirmações da deputada do PSD Regina Bastos de
que "Portugal estava melhor, com o desemprego a
descer" e do deputado do CDS, Diogo Feio, de que
"a culpa do pedido do resgate era o despesismo do Governo
socialista". E afirmou: "Enquanto os bancos,
algumas grandes empresas e ricos criminosos estão mais ricos
à conta de ajudas do Estado, das privatizações e
das isenções e amnistias fiscais concedidas com a
bênção da troica, as classes médias e os
pobres alancam com a canga de brutais impostos, desemprego nunca
visto, indecentes cortes nos salários, pensões e
prestações sociais e as PMEs continuam sem acesso a
crédito para pôr a economia a produzir e a criar
emprego".
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