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Correspondendo a um convite de Vital Moreira, o
Diretor-geral da Organização Mundial
do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo participou, pela
primeira vez depois da sua eleição no ano passado, numa
reunião da Comissão de Comércio Internacional do
Parlamento Europeu (onde já tinha estado como candidato). Vital
Moreira felicitou Roberto Azevêdo pelo sucesso do chamado
"pacote de Bali" (ou seja, o conjunto de acordos
concluídos na recente Conferência Ministerial da OMC
naquela ilha indonésia), referindo que se trata também de
um sucesso pessoal do novo Diretor-geral da OMC e considerou que esta
tem agora dois desafios incontornáveis pela frente, a saber:
primeiro, pôr em prática os acordos e compromissos de Bali
e, segundo, aproveitar esta oportunidade para relançar as
negociações da "ronda de Doha", praticamente
suspensas desde 2008, depois de iniciadas em 2001. Em resposta, Roberto
Azevêdo abordou justamente essas duas prioridades. Quanto à
primeira, considerou que cabe aos parlamentos dos Estados-membros da OMC
um papel importante, ratificando os acordos e impulsionando a sua
aplicação pelos respetivos governos. Quanto à
segunda, o Diretor-geral da OMC enunciou os "parâmetros"
que devem guiar a elaboração de um plano de
ação para o relançamento do "pilar
negocial" da OMC até ao fim do corrente ano. A concluir o
animado debate que se seguiu, Vital Moreira reiterou publicamente o
decidido apoio da União Europeia e do PE em particular ao sistema
multilateral de comércio internacional corporizado na OMC e
também a sua convicção de que o PE não
falhará na ratificação dos acordos de Bali e no
apoio à Comissão Europeia para a retomada da "ronda
de Doha".
Eventos da semana:
Esta semana, em Bruxelas, além de presidir à
reunião ordinária da Comissão de Comércio
Internacional do PE, Vital Moreira copresidiu à 31.ª
sessão do Steering Committee da Conferência Parlamentar da
Organização Mundial do Comércio, organizada
conjuntamente pelo Parlamento Europeu e pela União
Interparlamentar (UIP) e manteve uma reunião de trabalho com o
enviado especial do governo inglês para o comércio
internacional, sobre as negociações do acordo de
comércio e investimento entre a UE e os EUA. Ainda esta semana,
Vital Moreira copresidiu à audição pública
sobre os "Países ACP e os Acordos de Parceria
Económica", organizada conjuntamente pela Comissão de
Comércio Internacional e pela Comissão para o
Desenvolvimento do PE; interveio no encerramento da conferência
"Trading for a Better Market Place", organizada CELCAA
(associação representativa de várias
organizações europeias para o comércio de produtos
agrícolas), da qual foi coanfitrião no PE, junto com o
eurodeputado italiano Paolo de Castro, Presidente da Comissão de
Agricultura; e assistiu à audição pública
sobre "Regulatory Coherence and the Implementation of EU Law in the
Context of the Transatlantic Trade and Investment Partnership",
organizada pela Comissão de Liberdades Cívicas,
Justiça e Assuntos Internos do PE. Por último, presidiu a
duas reuniões do "trílogo" de
negociação interinstitucional - Parlamento, Conselho e
Comissão - no âmbito dos processos legislativos sobre a
importação de arroz originário do Bangladesh e
sobre o estabelecimento de um regime voluntário de
concessão de licenças para a importação de
madeira para a UE (FLEGT).
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A chamada lei das sementes deverá ser devolvida à
Comissão Europeia para reavaliação e
reformulação segundo a Comissão da Agricultura do
Parlamento Europeu (PE) que votou esta semana a sua
rejeição. Esta proposta de rejeição
deverá agora ser devidamente fundamentada e confirmada pela
Comissão do Ambiente que tem a competência de fundo na
matéria e subsequentemente pela totalidade dos membros do
PE em sessão plenária. Este texto legislativo suscitou uma
reação concertada da sociedade civil e de grupos de
interesse especializados na conservação e
proteção da biodiversidade que se têm manifestado
contra a nova configuração legislativa que, defendem,
representa um impedimento para a manutenção e
desenvolvimento de variedades tradicionais de sementes a favor das
grandes empresas que tendem a desenvolver apenas um número
restritivo de variedades orientadas para o mercado. Capoulas
Santos liderou este debate no grupo dos socialistas europeus,
na qualidade de coordenador para as questões agrícolas, e
reuniu a unanimidade dos seus colegas para o voto de
rejeição da proposta. "Temos dúvidas
quanto ao conteúdo desta nova proposta e para podermos
debatê-las precisamos obviamente de tempo. Temos
também dúvidas quanto às intenções da
Comissão Europeia quando nos impõe um calendário
inevitavelmente apertado para trabalhar tendo em conta as
eleições europeias em maio, já que é esta
instituição que tem, e bem, a responsabilidade de
decidir quando e o que submeter à consideração do
co-legislador". O eurodeputado referiu ainda que
"colocar ordem na legislação existente não
é mais urgente do que encontrar a forma adequada de garantir a
proteção da biodiversidade e dos utilizadores de sementes,
portanto, nestas circunstâncias, resta-nos pedir à
Comissão Europeia que repense os termos da sua proposta
inicial".
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Os deputados da comissão do Emprego e Assuntos Sociais do
Parlamento Europeu aprovaram esta semana um Relatório que
denuncia as consequências socias dos programas da troika nos
países sob ajustamento: Portugal, Espanha, Chipre e Irlanda. O
Relatório do eurodeputado socialista espanhol Alejandro Cercas
refere o desemprego crescente (designadamente entre os jovens), o
aumento da pobreza, a precariedade laboral e a
deterioração do mercado de trabalho, e as inúmeras
falências de PMEs como os principais aspetos e consequências
sociais das medidas de ajustamento impostas pela Comissão
Europeia/Banco Central Europeu/Fundo Monetário Internacional
naqueles países. Os eurodeputados apelam à
criação de planos sociais e de criação de
emprego nos quatro países intervencionados pela troika. O relator
considera que a dimensão social europeia foi completamente
esquecida por aqueles que agiram como se a Europa fosse apenas um clube
de credores. A deputada Edite Estrela que apresentou
várias emendas, destacou a importância do Relatório
que "expõe as graves consequências sociais dos
excessos da austeridade nos países sob resgate".
"Houve uma clara degradação social de milhares de
pessoas que perderam o emprego, a casa, a empresa, o negócio, e
que viram o seu rendimento reduzido drasticamente. Há
responsabilidades da troika e há responsabilidades nacionais. A
troika não pode ser responsabilizada pelas más
opções de um governo incompetente", afirmou. A
deputada tem denunciado no Parlamento Europeu os efeitos desastrosos dos
programas de austeridade. Ainda recentemente, Edite Estrela interpelou
especialistas internacionais sobre as consequências dos programas
da troika, numa Audição Pública que decorreu em
Bruxelas.
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Na comissão de Assuntos Externos do PE, Ana Gomes
questionou a Alta Representante para os Assuntos Externos,
Catherine Ashton, sobre a evolução da
situação na Ucrânia, na Líbia e na
República Centro-Africana. Ana Gomes mostrou-se preocupada com a
escalada do conflito na República Centro-Africana e com a
resposta tardia da União Europeia, mas também com a
insegurança e deterioração política
crescentes na Líbia. Na Comissão de Liberdades
Cívicas, Justiça e Assuntos Internos onde se discutiu o
relatório sobre a corrupção na UE, recentemente
publicado pela Comissão Europeia, Ana Gomes questionou a
Comissária Cecilia Malmstrom, suscitando os casos de
corrupção em Portugal, dos submarinos aos ENVC, e
referenciando ainda a tentativa de capitalização do BANIF
pela Guiné Equatorial: “É impensável que
Portugal, com a benção da Troika, ajude a
"branquear" o regime ditatorial de Obiang, um dos mais
corruptos e violador dos direitos humanos em Africa". Na
Comissão de Direitos Humanos, Ana Gomes participou numa
audição sobre os direitos humanos no
Cazaquistão, em preparação de uma
missão àquele país na qual a deputada irá
participar. Ana Gomes apelou ao Embaixador do Cazaquistão, ali
presente, para ser facultada assistência médica imediata ao
prisoneiro politico Vladimir Kozlov. Numa reunião da
comissão de Assuntos Económicos e Monetários, Ana
Gomes interpelou o representante do Banco Central Europeu, Bernard
Coeuré, sobre as isenções fiscais e amnistias
fiscais concedidas pelo governo português a empresas com
sede em paraísos fiscais e a evasores fiscais, enquanto
impõe brutais aumentos de impostos às classes
médias e aos pobres. Respondendo à pergunta sobre
razões para BCE/Troika, no quadro das reformas estruturais que
impõem, nada terem feito para impedir tamanha iniquidade,
geradora de desigualdade e de descrédito para a UE, o
Representante do BCE alegou tratar-se de "decisão
soberana do Governo". O relatório sobre o programa de
vigilância da NSA, os órgãos de vigilância nos
vários Estados Membros e o impacto destes nos direitos
fundamentais dos cidadãos europeus e na cooperação
transatlântica na área da Justiça e dos Assuntos
Internos foi adotado esta semana, na comissão de Liberdades
Cívicas, Justiça e Assuntos Internos. Ana Gomes viu
aprovadas todas as suas contribuições para este
relatório.
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O deputado Correia de Campos presidiu esta semana no
Parlamento Europeu ao seminário intitulado "O desafio do
armazenamento energético: que contributo pode ser prestado pela
Química?", um evento organizado pelo painel STOA e pela
Sociedade Europeia para a Ciência Química e Molecular.
Apesar do sistema energético Europeu estar a sofrer
transformações no sentido de se tornar mais
sustentável e mais independente de parceiros externos, o problema
do armazenamento energético constitui ainda um importante
obstáculo tecnológico para se poder continuar neste
caminho. O enorme progresso das energias renováveis eólica
e solar nos últimos anos em muito tem contribuído para a
segurança energética. No entanto, tratando-se de fontes
intermitentes de eletricidade isso faz com que haja uma
descoordenação entre a geração e o consumo.
Há portanto a necessidade de sistemas de armazenamento
energético mas, à parte o armazenamento hídrico,
estes não têm nem a escala nem a eficiência
económica necessárias. Na sua intervenção,
Correia de Campos focou algumas áreas prioritárias de
desenvolvimento tecnológico: Por um lado, as baterias
necessárias ao armazenamento energético em pequena escala
(para telemóveis, portáteis, etc), em escala média
(para o automóvel elétrico) e em grande escala (para
armazenamento de rede). Por outro lado, a investigação na
área dos materiais e ainda o armazenamento químico, por
exemplo pela síntese de hidrogénio, que pode vir a
transformar os atuais sistemas de mobilidade em sistemas limpos, sem
recurso à importação de produtos
petrolíferos e livres de emissão de gases com efeito de
estufa. Correia de Campos referiu-se à necessidade de apoiar a
investigação fundamental, o desenvolvimento
tecnológico e industrial, salientando a relevância de
mecanismos de financiamento existentes para o efeito ao abrigo do
programa Horizonte 2020.
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A comissão de Desenvolvimento Regional do PE aprovou um conjunto
importante de propostas para os Açores feitas por
Luís Paulo Alves em resultado da
colaboração com o Governo Regional dos Açores e das
negociações que o deputado açoriano estabeleceu,
como responsável no Grupo Socialista, para o relatório
"Otimizar o potencial das Regiões Ultraperiféricas
(RUP) criando sinergias entre os fundos estruturais da UE e outros
programas da UE". O deputado açoriano apresentou
soluções concretas neste relatório de iniciativa
para responder a algumas questões mais problemáticas que
as RUP enfrentam, tendo em consideração, por um lado, as
suas especificidades e os seus desafios e, por outro, a
valorização do seu potencial dentro e fora da UE. Das
propostas aprovadas entre outras importantes para os Açores de
destacar o compromisso estabelecido com os outros grupos que sublinha
"a necessidade de manutenção do POSEI, um programa
com provas dadas mas que sofre de subfinanciamento crónico,
adaptado às realidades das RUP; Enfatiza a necessidade de dotar o
POSEI dos meios necessários para ajudar os produtores das
RUP a ultrapassar os efeitos da liberalização dos
mercados, nomeadamente no sector do leite (...) e da carne". As
propostas aprovadas sublinham a necessidade de aproveitamento dos ativos
das RUP e de medidas práticas e imaginativas, com base no artigo
349.º do TFUE, nomeadamente, nos domínios dos transportes,
da energia e das tecnologias de informação e
comunicação, através de programas
específicos que ajudem a transformar os ativos das RUP em
realidades económicas. Luís Paulo Alves refere ainda a
proposta que exorta a Comissão a dinamizar a
produção agrícola endógena e
comercialização em circuito curto que substitua
importações, ou seja, uma produção local de
qualidade e em paralelo, exorta a Comissão a facilitar a
promoção e comercialização dos produtos
agrícolas das RUP para o exterior das suas regiões. Em
relação ao mar, designadamente o mar profundo, o
deputado viu ainda ser aprovadas duas das suas propostas
relembrando que "os programas de investigação e
inovação devem possuir a flexibilidade necessária
para se adaptarem a novas fronteiras e aos novos desafios do
conhecimento, como o mar profundo". Chamando ainda à
atenção para "o crescente interesse económico
na imensa riqueza dos fundos marinhos e o enorme potencial
biogenético, mineral e biotecnológico das RUP nestes
domínios, que deve ser incluído na "Nova
Estratégia para as RUP", visando o desenvolvimento de uma
economia de conhecimento baseada no mar e a criação de
atividades económicas de valor acrescentado, em domínios
como a medicina, a farmácia, a energia, entre outros",
frisou o deputado, realçando "a necessidade e a
importância das políticas europeias contribuírem
para a promoção e diversificação da base
económica das economias das regiões
ultraperiféricas e para a criação de emprego".
No relatório, aprovado, é solicitada a
"promoção e criação de um grupo de
contacto entre os diferentes comissários europeus
responsáveis pelo grupo de trabalho inter-serviços que
coordena as políticas que envolvem as RUP e os eurodeputados
eleitos das RUP com vista a uma maior colaboração entre as
diferentes partes". O relatório será agora votado em
plenário no próximo dia 26.
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* O deputado Capoulas Santos reuniu
esta quarta-feira com o Diretor Geral da Comissão Europeia
na área da agricultura, Jerzy Plewa, para se inteirar do
andamento do processo de apresentação do programa de
Desenvolvimento Rural português, que, segundo a
legislação, deverá ocorrer num prazo máximo
de 3 meses após a apresentação do acordo de
parceria ou da sua última revisão. Neste
momento, o governo português apresentou já várias
versões revisitadas do acordo de parceria devido aos sucessivos
reparos da Comissão Europeia e não apresentou ainda o
programa de desenvolvimento rural.
* Edite Estrela defendeu, esta semana, na
comissão do Ambiente, Saúde Pública e
Segurança Alimentar do PE, a rotulagem de alimentos provenientes
da progenitura de animais clonados. Numa troca de pontos de vista com o
comissário da Saúde sobre clonagem, a deputada criticou as
propostas legislativas apresentadas recentemente pela Comissão,
por não incluírem requisitos relativos à rotulagem
e à informação dos consumidores. As propostas
preveem a proibição da clonagem na UE e a
comercialização de alimentos provenientes de clones de
animais, mas são omissas no que se refere às
importações, designadamente de países como os
Estados Unidos, ondes estas práticas são comuns.
"O Senhor é o Comissário da Saúde,
compete-lhe defender os consumidores, como é que pode vir
dizer-nos que não há rotulagem, que é um processo
complexo, que tem custos? E os direitos dos cidadãos?",
questionou. Apesar dos estudos realizados pela Agência Europeia de
Segurança Alimentar não indicarem divergências em
matéria de segurança dos alimentos entre a carne e o leite
de clones e respetiva progenitura em comparação com os de
animais criados convencionalmente, subsistem ainda muitas dúvidas
nos consumidores e existem sérias objeções
éticas e de bem-estar animal à prática da clonagem,
uma vez que cerca de nove em cada dez animais clonados morre
prematuramente após o nascimento. Edite Estrela referiu ainda que
não será a rotulagem de alimentos provenientes da
progenitura de animais clonados que irá por em causa o futuro
acordo de comércio com os Estados Unidos, mas sublinhou que
"as instituições europeias não podem ser
tão restritivas em relação ao que é
produzido na UE e ser tão permissivas em relação
às importações".
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