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Esta semana, no plenário do Parlamento Europeu em
Estrasburgo, Vital Moreira pronunciou-se firmemente a
favor da iniciativa legislativa da Comissão para alargar o acesso
das empresas europeias aos mercados de compras públicas noutros
países, mediante a ameaça de, em última
instância, excluir das compras públicas europeias as
empresas oriundas de países que fechem os seus mercados. Com
efeito, afirmou Vital Moreira, o acesso aos mercados públicos
externos é fundamental para as empresas europeias, em especial no
atual quadro de crise económica. O mercado de compras
públicas da UE é muito aberto às empresas
estrangeiras, mas o acesso das empresas europeias aos mercados
internacionais de contratos públicos não é,
especialmente nos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
Esta assimetria não pode ser resolvida fechando o nosso mercado,
como os outros, mas sim fazer com que os outros se abram como
nós. O objetivo desta iniciativa não é por isso
restringir o acesso de empresas estrangeiras ao mercado europeu mas sim
abrir os mercados externos às empresas europeias. Não
é uma medida restritiva do comércio internacional, mas sim
uma medida de incentivo à abertura do comércio
internacional. Além disso, acrescentou Vital Moreira, este
instrumento permitirá apoiar e reforçar a
posição da UE nas negociações comerciais
internacionais, de modo a que os nossos parceiros comerciais abram
os seus mercados de contratos públicos às empresas
europeias, o que é muito importante numa altura em que a
União se encontra a negociar ambiciosos acordos comerciais,
incluindo em matéria de compras públicas, com os EUA, o
Japão e muitos outros países. O interesse da União
em proteger o objetivo do crescimento económico e de
criação de emprego não deve ser sacrificado pelo
eventual interesse nacional em beneficiar de ofertas mais baratas
provenientes de países que não oferecem as mesmas
possibilidades às nossas empresas, como é o caso por
exemplo da China. Em terceiro lugar, observou Vital Moreira, o
relatório do Parlamento Europeu acrescentou a exigência do
cumprimento obrigatório dos direitos laborais e das normas
sociais e ambientais, tanto a nível nacional como da
União, bem como de convenções coletivas, por parte
das empresas estrangeiras. Ou seja, os operadores económicos
devem respeitar as obrigações aplicáveis em
matéria ambiental, social e laboral na execução dos
contratos públicos, o que contribuirá para estabelecer
condições mais equitativas no mercado de contratos
públicos da UE. O que se procura com esta iniciativa, concluiu
Vital Moreira, é garantir a abertura e a reciprocidade no
comércio internacional quanto ao acesso aos mercados
públicos; é reforçar a influência da UE nas
negociações internacionais em matéria de compras
públicas; é fomentar o crescimento económico e a
criação de emprego respeitando obrigações em
matéria de direito ambiental, social e laboral.
Eventos da semana:
Esta semana, além de intervir nos trabalhos da sessão
Plenária do PE em Estrasburgo, Vital Moreira e outros deputados
do grupo dos Socialistas & Democratas da Comissão de
Comércio Internacional, mantiveram um encontro de trabalho com o
Comissário Europeu responsável pelo comércio
internacional, Karel De Gucht. Vital Moreira prestou ainda
declarações à imprensa internacional sobre a
modernização dos acordos comerciais da UE com o
México e Chile.
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O deputado e presidente da Delegação do PE para as
relações com o Chile, Correia de Campos,
instou esta semana, em Estrasburgo, a Comissão Europeia
a empenhar-se nas negociações de revisão do
Acordo de Associação UE-Chile. Numa
interpelação à Comissão, em plenário,
o eurodeputado socialista considerou que o Acordo de
Associação com o Chile tem criado claros benefícios
para ambas as partes que se traduzem no aumento dos fluxos comerciais
bem como em projetos de cooperação conjunta, em projetos
de coesão social, inovação e concorrência e
avaliação ambiental estratégica. No entanto,
acrescentou Correia de Campos, "o acordo foi ultrapassado pelas
circunstâncias da história". "Dois
fatores tornam exigente e premente a revisão deste Acordo de
Associação e a sua modernização: a
Aliança do Pacífico, dada a conhecer em abril de 2011, uma
iniciativa do Peru, Colômbia, Chile e México com vista
à criação de uma organização regional
com o objetivo de construir, progressivamente, uma zona de
integração económica na América Latina, com
livre circulação de pessoas, bens, serviços e
capitais e, mais recentemente, as negociações do Acordo de
Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento UE/EUA
(TTIP), aquele que será o maior acordo de parceria comercial do
mundo". O deputado defendeu que a UE e o Chile em conjunto
não podem perder o "momentum" para refundar esta
relação de uma década e aprofundar a parceria que
tem trazido benefícios para as partes. "À
Comissão pedimos empenho nas negociações de
revisão do Acordo e podem contar com o apoio da
Delegação à Comissão Parlamentar Mista
UE/Chile que presido, para que a parceria com o Chile se
fortaleça e dê resposta aos novos desafios".
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Ana Gomes, como porta-voz do Grupo socialista no
Parlamento Europeu para os assuntos externos, em debate plenário
sobre o conflito inter-étnico que irrompeu no Sudão do Sul
sublinhou a necessidade de um cessar-fogo imediato, a
libertação de prisioneiros e o compromisso das partes numa
solução política, democrática e inclusiva da
crise. Segundo a eurodeputada, a UE tem de acudir, em
coordenação com outros atores internacionais e
organizações locais, incluindo as religiosas, na ajuda
humanitária aos milhares de deslocados e refugiados da
violência que já soma milhares de mortos.
"Não podemos deixar a mesa das negociações
sem garantir um compromisso de alto nível para um governo
interino até às eleições de 2015 (..). Se
não implicarmos a União Africana e concertarmos a nossa
ação diplomática com ajuda ao desenvolvimento num
processo de reconciliação, no diálogo
inter-étnico, na transparência das contas públicas e
na participação democrática, temo que o conflito se
perpetue e intensifique, instrumentalizado pelo regime do criminoso Omar
Al Bashir no Sudão a Norte", advertiu. No debate sobre
os Balcãs, e especificamente sobre a relação
Sérvia/Kosovo, Ana Gomes defendeu que a UE faça
valer o acordo de abril de 2013 sublinhando que "sem o
reconhecimento sérvio do Estado que é hoje o Kosovo
não vamos chegar a lado nenhum". Ana Gomes considerou
que os ministros dos Estrangeiros dos 28, depois de terem aprovado o
início das negociações com a Sérvia,
previsto para este mês, deviam também viabilizar a
assinatura de um Acordo de Estabilização e
Associação com o Kosovo, sendo para isso necessário
que os 5 países da UE que ainda não reconheceram o Kosovo
o façam "espantando os seus próprios
fantasmas". Ana Gomes envolveu-se em controvérsia com
os deputados Carlos Coelho (PSD) e Nuno Melo (CDS/PP) no
plenário do PE por denunciar a campanha de venda de vistos
'dourados', promovida pelo governo Passos/Portas a pretexto de
atrair investimento. A venda da cidadania europeia por Malta é
apenas mais descarada, disse Ana Gomes, mas "em Portugal, o
"visto dourado" oferece também um esquema de
aquisição de nacionalidade ao fim de seis anos de
autorização de residência, sendo apenas exigida
permanência no país de trinta e cinco dias durante esses
anos". Ana Gomes urgiu ainda a Comissária Viviane
Reding - que acabara de admitir que estes esquemas ameaçam a
segurança e a confiança intra-europeia - a instruir os
representantes da Comissão Europeia nas Troikas para travarem
mais esta "corrida para o fundo" na rivalidade entre
Estados europeus, semelhante à que prossegue na selva
fiscal que continua a ser o espaço europeu.
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A deputada e relatora do Parlamento Europeu para a saúde sexual
e reprodutiva, Edite Estrela, manifestou esta semana a
sua solidariedade para com as mulheres espanholas e denunciou o
projeto-lei do governo conservador de Mariano Rajoy que restringe o
aborto em Espanha. No debate em plenário do Parlamento
Europeu, em Estrasburgo, a eurodeputada socialista afirmou que a
"saúde sexual e reprodutiva não é uma
questão de tradição ou cultura. É um direito
fundamental. É uma questão de liberdade, de dignidade e de
respeito pelas mulheres". A deputada sublinhou que o que
está acontecer em Espanha com a interrupção
voluntária da gravidez (ivg) diz respeito a todas as mulheres.
Edite Estrela recordou que Portugal só legalizou a ivg em 2007,
por iniciativa de um governo socialista. "Antes de 2007, as
portuguesas viajavam para Espanha para interromperem a gravidez em
condições de segurança. As mais pobres recorriam ao
aborto clandestino". Se este projeto-lei do governo espanhol
avançar, as espanholas com posses iriam abortar em Portugal e as
pobres voltariam a pôr em perigo a vida com o aborto clandestino,
sublinhou a deputada socialista. A relatora do PE fez questão de
clarificar o que aconteceu no momento da votação do seu
relatório sobre saúde sexual e reprodutiva, na
sessão plenária de dezembro. O Relatório
estabelecia que a saúde reprodutiva deve ser analisada no
âmbito dos direitos humanos e como um meio para alcançar a
igualdade de género. Edite Estrela defendia a
interrupção voluntária da gravidez legal e segura
na UE, o acesso a contracetivos e instava os Estados-membros da
União a garantirem a educação sexual nas escolas.
"A direita do Parlamento Europeu recorreu a todos os meios para
impedir a votação do meu Relatório",
afirmou. "O Relatório nunca foi votado. Por isso, nunca
foi rejeitado. Ao contrário do que dizem nunca ficou clara qual
era a posição do Parlamento Europeu. Estou convencida de
que se não tivesse havido os erros grosseiros de
interpretação, designadamente para francês e para
alemão, provavelmente o meu Relatório teria sido votado e
aprovado", concluiu.
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A deputada Elisa Ferreira aproveitou a presença
de Olli Rehn na reunião da Comissão do Parlamento Europeu
para os Assuntos Económicos e Monetários (ECON) para
questionar o Comissário Europeu sobre «a base legal e a
legitimidade democrática» que sustentaram os seus
comentários às decisões do Tribunal Constitucional
português, a opção pelas privatizações
de sectores estratégicos num período de
«preços baixos» e a decisão de cortar
nas pensões «antes que outros credores sejam
penalizados». Mas a porta-voz dos socialistas europeus na
ECON foi obrigada a repetir as suas perguntas por três vezes para
receber uma resposta do vice-presidente da Comissão. Perante a
insistência de Elisa Ferreira sobre a privatização
das empresas de distribuição e de gestão da rede de
eletricidade e a opção pelo corte nas pensões, Olli
Rehn afirmou apenas que estas foram «decisões do
Governo português que saíram do diálogo com as
três instituições». Minutos antes, Olli
Rehn deixara a garantia de que «a Comissão respeita os
Tribunais Constitucionais de todos os países» embora
tenha demonstrado a sua desilusão pelas sucessivas
«decisões adversas» dos juízes
portugueses, que acusa de terem interpretado «o
princípio da igualdade proporcional» de uma forma que
«limitou as opções da consolidação
fiscal». A visita do Comissário Europeu para os
Assuntos Económicos e Monetários à ECON deu-se no
âmbito da avaliação do PE aos trabalhos da troika,
que na semana passada levou uma delegação de eurodeputados
a Portugal e a Chipre. Também Jean-Claude Trichet,
presidente do Banco Central Europeu entre 2003 e 2011, respondeu esta
semana às questões dos membros da ECON.
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O eurodeputado e coordenador dos socialistas europeus
em matéria agrícola, Capoulas
Santos, pondera aconselhar o Grupo Socialista a
devolver à Comissão Europeia a chamada lei das sementes, o
que na prática se traduz na rejeição do seu
conteúdo obrigando à elaboração e
apresentação de um novo texto. Trata-se da proposta
legislativa sobre a produção e
disponibilização no mercado de material de
reprodução vegetal (a designada lei das sementes no
jargão dos meios especializados) que foi apresentada pelo
executivo europeu em meados do ano passado e está agora em
apreciação no Parlamento Europeu. Esta proposta de lei das
sementes suscitou de imediato uma reação concertada da
parte de organizações e cidadãos de todos os
países da União Europeia, uma vez que consideram que
há aspetos relacionados com a proteção de
variedades e práticas tradicionais que não estão
devidamente contemplados. Nomeadamente referem que o novo texto, no
médio e longo prazo, coloca em causa a preservação
da diversidade das variedades existentes de sementes a favor de um
conjunto mais restritivo de variedades desenvolvidas pelas grandes
empresas e por outro lado compromete práticas ancestrais como a
troca de sementes na horticultura e agricultura. "Esta é
uma matéria extremamente sensível, que deve ser
devidamente ponderada e analisada, porque o que está em causa
é, em última instância, o futuro da biodiversidade e
da paisagem para a nossa descendência", refere Capoulas
Santos. "Para além dos aspetos de conteúdo,
há ainda aspetos formais que exigem a atenção
do legislador europeu e refiro-me aqui ao facto de a nova proposta
de lei assumir os contornos de um regulamento em
substituição de uma série de diretivas que constam
da legislação atual", afirmou o eurodeputado
referindo-se ao impacto do tipo de legislação europeia
sobre a legislação nacional. "À partida
esta proposta deveria ser bem-vinda porque parece intencionalmente
destinada a arrumar a casa nesta matéria, mas o legislador
europeu precisa de tempo e disponibilidade suficientes para uma correta
ponderação do seu conteúdo, e tal tarefa parece
ficar impossibilitada tendo em conta a proximidade do calendário
eleitoral", concluiu. "Por todas estas razões,
porque é fundamental uma intervenção
responsável do Parlamento Europeu no processo legislativo e tendo
em conta o que está em causa, parece-me que se justifica a
rejeição deste texto".
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A Comissão de Pescas do Parlamento Europeu acolheu vários
contributos do deputado açoriano Luís Paulo Alves
no âmbito da nova proposta de regulamento para pescas de
profundidade. O deputado afirmou: "Dada a
diminuição das unidades populacionais demersais, o facto
de possuirmos um ecossistema marinho sensível, de precisarmos de
melhorar o conhecimento científico nesta área e de se
tratar de uma arte praticada pelas nossas frotas costeiras tradicionais,
estamos perante uma matéria importante para Portugal e para os
Açores em particular". Desde logo, o deputado defendeu
e fez aprovar propostas para que se realize uma gestão deste
assunto por áreas marítimas mais reduzidas, de modo a se
perceber melhor as necessidades específicas de cada uma das
subdivisões do CIEM (zona nordeste do Atlântico), para
assim se defender melhor a ZEE dos Açores e outras. Outra
aprovação importante tem que ver com as
características da frota açoriana. Luís Paulo Alves
propôs que as embarcações de menor porte e sem
diário de pesca eletrónico e as embarcações
artesanais fossem "dispensadas de cumprir as
notificações" sobre desembarques, à autoridade
competente do seu Estado. Uma desburocratização que era
importante deixar clara no regulamento. Luís Paulo Alves viu
aprovada a sua proposta que defendeu a proteção das
condições específicas das Regiões
Ultraperiféricas. A Comissão aprovou que nestas
regiões onde não exista plataforma continental, como nos
Açores, é permitida às suas frotas uma capacidade
de pesca agregada a espécies de profundidade, sendo que, no
entanto, medida em arqueação bruta e em quilowatts,
não pode exceder a capacidade da atual frota de pesca de cada
região. Em várias propostas suas aprovadas, o deputado
decidiu destacar o conhecimento científico, por um lado,
defendendo que as possibilidades e autorizações de pesca
para esta arte sejam emitidas ou renovadas com base na melhor
informação científica disponível e na
avaliação do impacto sobre as frotas tradicionais que
operam sobre estes recursos. Por outro lado, também foi acolhida
a sua proposta que permite que a recolha de dados beneficie a
criação de parcerias com outras áreas de
investigação, como o ambiente, a biotecnologia,
ciências alimentares, transformação ou outras
ligadas ao desenvolvimento económico. Para o deputado,
"este setor só funcionará em pleno, quando os
pescadores e decisores estiverem dotados de todos os dados relativos aos
ecossistemas, principalmente relativos aos ambientes marinhos mais
vulneráveis. Felizmente os Açores dispõem de
capacidade académica e humana, sendo por isso importante apoiar
os organismos que podem ajudar nessa tarefa, como aliás já
defendi durante o debate do futuro novo fundo europeu das pescas. Este
trabalho deve ser feito envolvendo os profissionais da pesca e em
coerência com o restante trabalho de recolha de dados e de
fiscalização e controlo já definido no âmbito
da nova Política Comum de Pescas".
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* A convite da Sidul - Açúcares de Portugal,
Capoulas Santos participou numa reunião sobre o
futuro da indústria de refinação de cana de
açúcar na Europa. Este evento realizou-se esta semana, em
Estrasburgo, tendo participado também representantes e decisores
políticos de outros países, como por exemplo do Reino
Unido, que, tal como Portugal, têm uma importante indústria
do sector e procuram intervir na regulamentação europeia
de forma a criar melhores condições de competitividade e
sustentabilidade desta área de negócio, sobretudo no que
tem a ver com o acesso à matéria prima.
* Elisa Ferreira lembrou esta semana ao
primeiro-ministro grego que o seu país tem uma
"oportunidade histórica" para
"remendar uma das peças que falta na
construção da União Europeia",
referindo-se à conclusão do eixo final que
estabelecerá a União Bancária. Relatora do
dossiê na comissão do PE para os Assuntos
Económicos e Monetários, onde a sua proposta recebeu o
apoio de 80% dos deputados que compõem a comissão, Elisa
Ferreira considerou a atual proposta do Conselho Europeu
"totalmente inaceitável". A eurodeputada
defendeu que a proposta dos Governos europeus "não
permite que um banco seja resolvido numa situação de
emergência" e, ao assentar "nas estruturas
nacionais e em fundos nacionais", impedirá que bancos
com problemas semelhantes "na Holanda, Itália,
Grécia ou Luxemburgo, sujeitos às mesmas regras de
supervisão e de funcionamento, sejam resolvidos da mesma
forma". Considerando que "sem União
Bancária será inviável defender o
relançamento da economia e da confiança na
Europa", a porta-voz socialista defendeu que a
aprovação da atual proposta do Conselho colocaria
"em causa toda a credibilidade do sistema". O apelo
foi deixado no plenário de Estrasburgo que debateu a
agenda da presidência semestral da UE. Na presença do
primeiro-ministro grego, a deputada pediu a Antonis Samaras para obter
"um mandato sério de negociação com o
PE", instituição que já demonstrou querer
um acordo com o Conselho, "mas não qualquer
acordo".
* O PE aprovou esta semana várias propostas da deputada
Edite Estrela que defendem regras sociais e ambientais
mais claras na adjudicação de contratos de
concessão. A deputada foi responsável no Grupo Socialista
pelo acompanhamento desta matéria na comissão do Emprego e
Assuntos Sociais. As propostas visam introduzir maior
transparência e regras mais claras neste tipo de contratos para
evitar distorções no mercado interno. Atualmente, a
adjudicação de concessões de serviços
não está sujeita a qualquer tipo de
disposição, sendo somente guiada pelo princípio
geral de transparência e igualdade de tratamento previsto nos
Tratados. Acontece que esta lacuna dá origem a graves
distorções no mercado interno, tais como o ajuste direto
de contratos sem concorrência (com riscos associados à
fraude, favoritismo nacional e corrupção) para além
de gerar ineficiências. A deputada defende em concreto o
reforço dos critérios sociais de adjudicação
afastando a primazia do critério do preço mais baixo e
evitando situações de "dumping" social na
atribuição de concessões transfronteiriças.
Segundo a deputada, "é igualmente importante assegurar
que as principais convenções sociais e ambientais
internacionais são respeitadas nos processos de
adjudicação". "Com este acordo, o
Parlamento garante que o economicismo não é o principal
critério para a adjudicação de contratos de
concessão e que outros fatores deverão ser tidos em conta,
como é o caso de critérios ambientais, de sustentabilidade
e da própria qualidade e acessibilidade do serviço
prestado ao utente" sublinhou Edite Estrela no debate em
plenário.
* Correia de Campos defendeu esta semana as diretivas
debatidas e aprovadas em plenário relativas aos contratos de
concessão e compras públicas que constituem "um
instrumento equilibrado para progredir e modernizar o mercado
único". "Afastam a incerteza jurídica
anterior associada aos serviços in house, permitem o
aproveitamento eficiente dos recursos públicos, preservam as
vantagens de serviços de alta qualidade prestados por unidades
públicas, impõem exigências sociais, laborais e
ambientais aos prestadores, aliviam a burocracia desnecessária.
Asseguram ainda que a subcontratação fica vinculada
às mesmas obrigações do contratante principal,
prevenindo desresponsabilizações nocivas ou até
fraudulentas", afirmou. O deputado sublinhou que as novas
diretivas promovem uma saudável competição nas
aquisições e concessões públicas.
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