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O relatório do Parlamento Europeu (PE) sobre a
"Corrupção nos sectores público e privado: o
impacto nos direitos humanos em países terceiros", da
autoria da eurodeputada socialista Ana Gomes, foi
aprovado esta semana no plenário do Parlamento Europeu em
Estrasburgo, com apoio da generalidade dos grupos políticos,
à exceção dos Conservadores e Reformistas Europeus
que se abstiveram. O relatório de Ana Gomes visa dar uma nova
abordagem a políticas de luta contra a corrupção,
focando a interação da corrupção com a
violação dos direitos humanos. Ana Gomes adverte que o
trabalho tem de começar no plano interno europeu: "Temos
de refletir sobre a nossa cumplicidade com crimes de
corrupção cometidos em países terceiros.
Precisamos, por isso, de agir com firmeza para pôr fim ao sigilo
bancário e aos paraísos fiscais, aumentar a
transparência dos proprietários reais das empresas,
fortalecer a legislação sobre branqueamento de capitais,
criminalizar o enriquecimento ilícito e alargar a
jurisdição dos tribunais europeus para julgar crimes de
corrupção”. No debate sobre as medidas tomadas
pela União Europeia e pelos Estados Membros para fazer face ao
fluxo de refugiados como consequência do conflito na Síria,
Ana Gomes salientou
a necessidade de uma política europeia de asilo comum. Por outro
lado, “não nos podemos focar apenas na dimensão
humanitária. A UE precisa de estar mais presente nas fronteiras
com a Síria e utilizar os ativos congelados do regime
sírio para apoiar os refugiados sírios”,
defendeu a eurodeputada. Esta semana, Ana Gomes interveio
no debate sobre a resolução "Alegações
de transporte e detenção ilegal de prisoneiros pela CIA
nos países europeus". “Os governos de Estados
Membros e países candidatos, a Comissão e o Conselho e as
autoridades dos Estados Unidos continuam a não dar resposta aos
pedidos de aplicação das recomendações
anteriores deste Parlamento sobre as graves violações dos
direitos humanos infligidos às vítimas dos programas de
"rendition" da CIA, com sequestro, tortura e cárcere em
Guantánamo e em prisões secretas".
"Quanto mais tempo persistir também a falta de controlo
eficaz sobre os Serviços Secretos dos Estados-membros",
acrescentou a deputada socialista, "mais continuaremos a falhar
aos nossos cidadãos e às nossas democracias. E mais nos
confrontaremos com graves desconfianças e tensões na
relação transatlântica, como as que resultam dos
programas PRISM da NSA americana e "Operation Socialist" da
britânica GCHQ, levando às exigências de
suspensão dos Acordos Safe Harbour, SWIFT e PNR”.
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A proposta de Luís Paulo Alves apresentada pelo
Grupo Socialista Europeu contra a discriminação do tabaco
açoriano, foi esta semana aprovada no Parlamento Europeu (PE) por
larga maioria, no âmbito da aprovação da nova
diretiva do tabaco, depois de terem sido rejeitadas todas as outras
propostas que o podiam conseguir. A proposta da Comissão impunha
que 75% da área externa das embalagens de tabaco fosse ocupada
com advertências de saúde. Mas ia ainda mais longe,
exigindo que as dimensões destas advertências não
fossem inferiores a 64mm de altura e a 55mm de largura, o que colocava
desta forma em risco a produção das duas fábricas
de tabaco dos Açores cuja produção é de 30%
e de 50% deste tipo de cigarros, e que empregam diretamente 133
trabalhadores. Luís Paulo Alves que ao longo deste processo
realizou várias alterações ao texto da diretiva, no
sentido de garantir a continuidade dos maços de tamanho regular,
bem como várias reuniões, nomeadamente uma audiência
com o Comissário Europeu para a Saúde, e outras com os
relatores do PE com quem trabalhou de perto, como a relatora da Proposta
de Revisão da Diretiva da Comissão de Ambiente do PE e com
o relator da Opinião da Comissão de Agricultura do PE,
para se assegurar de um bom resultado para os Açores,
congratulou-se com os resultados alcançados visto as
dimensões de 64mm e 55mm das advertências terem sido
excluídas, o que significa uma posição da
Parlamento Europeu a favor da continuidade dos maços de tamanho
regular fabricados nos Açores. Intervindo em plenário o
deputado açoriano afirmou:
"Estamos perante uma legislação da maior
importância no controlo essencial do tabagismo e na melhoria atual
e futura da saúde pública de milhões de europeus
afetados pela doença e das largas centenas de milhares que morrem
prematuramente todos os anos em resultado do consumo do tabaco. Reduzir
o consumo do tabaco sobretudo nos jovens é um imperativo que
nenhum responsável pode deixar de prosseguir e onde nenhum
interesse maior pode ser evocado para lhe sobrepor. Basta referir que 13
milhões de pessoas sofrem de problemas de saúde e 700 mil
morrem todos os anos derivados ao consumo de tabaco e que é
até aos 18 anos que 70% dos nossos jovens se iniciam no seu
consumo e até aos 25 anos que 94% o fazem. É por isso que
saudamos esta diretiva em todos os pontos que genuinamente defendem a
saúde. Todavia há aspetos que não ligados à
saúde, em que a proposta de diretiva foi longe demais. Quero por
isso agradecer ao grupo socialista europeu ter aberto uma
exceção apresentando unicamente a plenário a minha
proposta de emenda para salvaguardar a não
discriminação do tabaco açoriano, injusta e
injustificada, por nada ter a ver com razões de saúde.
Havia outros Estados-membros com interesses particulares a defender mas
não é demais sublinhar que apenas a nossa proposta foi
aceite pelo grupo socialista europeu em defesa da não
discriminação do tabaco dos Açores. Agradeço
por isso a todo o Parlamento ter apoiado a reparação desta
injusta discriminação".
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A deputada Edite Estrela mobilizou-se esta semana no
Parlamento Europeu contra as diferentes formas de violência contra
as mulheres. No debate sobre "Generocídio", Edite
Estrela alertou
para a gravidade do problema. A principal causa deste fenómeno
é a preferência de filhos do sexo masculino, profundamente
enraizada em experiências culturais e económicas, acentuada
pelo declínio da fertilidade e pelas pressões no sentido
de ter famílias mais pequenas. Um rácio distorcido entre
os géneros tem várias consequências, com impactos
económicos e sociais. "A preferência por filhos do
género masculino em alguns países, e que é
justificada por razões culturais e económicas, acaba por
resultar num crime". "As consequências disso
estão à vista. Os homens têm dificuldade em arranjar
parceiras, o que conduz ao aumento de casamentos forçados,
à prostituição e ao tráfico de
mulheres". A deputada exigiu também que a UE
criminalize a prática de abortos forçados e cirurgias
destinadas a interromper a gravidez sem o consentimento prévio e
informado da mulher e pediu que este tema seja incluído na agenda
do diálogo político com países terceiros.
Também esta semana, os deputados debateram o processo de
ratificação e assinatura da Convenção do
Conselho da Europa sobre o combate e prevenção da
violência contra as mulheres. Edite Estrela interpelou
a Comissão Europeia reclamando a aprovação de uma
diretiva e de outros instrumentos legislativos mais restritivos para
combater, o que considera ser, uma "grave
violação dos direitos humanos".
"É preciso que este tipo de violência seja
considerado crime público em todos os Estados-membros e que haja
uma campanha de sensibilização de todos os agentes
policiais, judiciais e também dos profissionais de
saúde", afirmou. A deputada apelou aos Estados-membros
que ainda não ratificaram a Convenção de Istambul
que o façam rapidamente, uma vez que é necessário
que dez países a ratifiquem para que possa entrar em vigor.
"É preciso agir e é preciso
legislação adequada para proteger as mulheres",
concluiu.
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O deputado Correia de Campos interveio
esta semana na sessão Plenária do Parlamento Europeu, em
Estrasburgo, no âmbito do debate sobre o orçamento da
Agência para a Cooperação dos Reguladores de Energia
(ACER). Insurgindo-se contra as restrições
orçamentais impostas à Agência, o deputado
socialista, fez notar que a implementação das
políticas energéticas definidas pelos co-legisladores
é dependente do cumprimento eficaz das tarefas delegadas na ACER.
"No entanto, às necessidades estimadas pela
agência de 50 novos colaboradores, a Comissão Europeia
atribuiu apenas 5; e às necessidades orçamentais na ordem
dos quase 15,5M€ a Comissão propõe o corte de cerca
de 1/3" - afirmou. "É impressionante a
discrepância entre os objetivos ambiciosos de uma política
energética comum e as decisões míopes que minam a
sua implementação. A Comissão Europeia subjuga
assim, uma política que é vital para a economia europeia
à sua própria necessidade de restrição de
despesas administrativas. Esperam-se desta forma, meios inadequados,
soluções deficientes, mais atrasos, mais
hesitações, mais prevalência de uma lógica
nacional na política energética europeia! Poupam-se 5
milhões de Euros, mas alienam-se cerca de 6 mil milhões de
Euros só no sector elétrico! - a diferença entre
custos do presente cenário e o de plena integração
Europeia no setor eléctrico". Correia de Campos
concluiu: "Os custos estarão à vista: maior perda
de competitividade com os custos energéticos nos EUA, já
hoje enormes, mais deslocalização industrial, mais
desemprego na Europa!". No processo de
transformação e de integração que sistema
energético europeu atravessa a agência ACER desempenha um
papel chave na implementação e monitorização
de novos Regulamentos Europeus como sejam o que visa promover a
construção de infraestruturas transfronteiriças
para a transmissão de gás e eletricidade, ou o Regulamento
para a monitorização e transparência dos mercados
grossistas de energia. A integração deste mercado na UE
é tida como a única via para se poderem almejar menores
custos energéticos através da promoção de
mais competição, de mais eficiência e da
exploração de sinergias transfronteiriças.
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O apoio às atividades cinegéticas foi contemplado no novo
Regulamento do Desenvolvimento Rural sob proposta do eurodeputado
socialista Capoulas Santos. A caça
sustentável, para além da sua importância para o
ambiente e a biodiversidade, pode constituir um importante complemento
de rendimento para os agricultores e para o desenvolvimento de outras
atividades económicas geradoras de emprego nos meios rurais,
ligadas ao turismo, ao desporto e ao lazer, sobretudo em
territórios onde a atividade agrícola sofre de maiores
constrangimentos naturais. Capoulas Santos, enquanto governante teve um
papel decisivo no ordenamento jurídico que hoje rege a
caça em Portugal, baseado no ordenamento e na sustentabilidade
dos recursos. Por proposta do eurodeputado português, o acordo
sobre a nova PAC a que o Parlamento Europeu, o Conselho e a
Comissão chegaram no final de setembro, passará a incluir
apoios financeiros para os investimentos associados à
gestão ordenada das populações cinegéticas
levados a cabo por associações de caçadores,
agricultores, associações ambientalistas ou operadores
turísticos. Caberá agora aos governos nacionais incluir as
correspondentes medidas, os destinatários e os níveis dos
apoios, nos respetivos programas de Desenvolvimento Rural que
estão neste momento em elaboração e que
entrarão em vigor em 1 de janeiro de 2014 para vigorar até
ao final de 2020.
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Num debate promovido pela RTP esta semana em Estrasburgo acerca da
espionagem norte-americana sobre a Europa, Vital Moreira
comentou que, com as sucessivas revelações vindas
a público quanto ao âmbito daquela -
comunicações via Internet, embaixadas e
instituições da União, operações
bancárias, os Estados Unidos se tornaram numa espécie de
"surveillance State", a que nada parece escapar. Vital Moreira
considerou inaceitável em especial a extensa espionagem sobre os
cidadãos e instituições de países aliados,
que envenena a parceria transatlântica, defendendo que a
União Europeia tem de pedir explicações sobre os
dados vindos a público e exigir a sua cessação.
Vital Moreira manifestou, porém, reservas quanto à ideia
de retaliação com a suspensão do acordo entre a
União Europeia e os Estados Unidos sobre transmissão de
dados relativos a operações bancárias para efeitos
de luta contra o terrorismo (correntemente conhecido por "Acordo
Swift"), visto que este acordo constitui uma notável
vitória da União na proteção de dados
pessoais, está a ser respeitado pelo lado norte-americano no que
respeita a essas garantias (como mostram os relatórios de
acompanhamento) e aproveita também à luta anti-terrorista
na própria Europa (através da informação
à Interpol e ao Eurojust, bem como às autoridades
policiais dos Estados-membros da União). Seria, por isso, um
"tiro no pé". No entanto, Vital Moreira defendeu que,
na falta de explicações convincentes e de garantias de
mudança de práticas, a União não pode deixar
de tomar as providências adequadas para fazer valer as suas
posições e os direitos dos seus cidadãos, lembrando
que ainda antes do verão o grupo socialista do PE propôs o
adiamento das negociações transatlânticas para um
tratado de comércio e investimento.
Eventos da semana:
Esta semana Vital Moreira, além de ter participado nas
reuniões plenárias do PE em Estrasburgo, foi orador num
seminário organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de
Lausane na Suiça, sobre o tema The Shaping of Foreign Investment
Policy of the EU after the Treaty of Lisbon.
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* Intervindo na sessão Plenária do PE, e no dia em que se
ficou a saber que o Prémio Nobel da Física foi
atribuído em simultâneo a dois europeus, Professor
François Englert, da Bélgica, e Professor Peter Higgs, do
Reino Unido, Correia de Campos chamou a atenção para as
deficiências na construção do Espaço Europeu
de Investigação (ERA, no acrónimo inglês).
Tendo como mote a concretização do ERA até 2014, o
deputado sublinhou
que, apesar dos progressos atingidos na última década,
há ainda muito trabalho a fazer - "O progresso do ERA
tem sido insatisfatório quer quanto à mobilidade dos
investigadores, quer quanto à portabilidade dos fundos de
pensão, sistemas de segurança social, escassa
cooperação das universidades, escassa
coordenação de recursos nacionais para o financiamento da
ciência. Estamos muito longe dos 3% [do PIB, de acordo com a
Estratégia 2020] mas é sobretudo insatisfatório no
que respeita à convergência do potencial científico
e tecnológico nas diferentes regiões".
"Os Programas-Quadro têm sido uma ilha neste deserto,
têm permitido fornecer incentivos a esta
colaboração, têm fomentado a
competição a nível europeu, têm promovido a
excelência científica e estimulado a convergência de
agendas. É por isso que é necessário uma melhor e
mais eficaz monitorização dos contributos dos
Estados-Membros para o ERA". O deputado ilustrou o longo
caminho que acredita haver ainda a fazer com o exemplo dos dois
laureados Nobel do dia: tendo a conceção teórica e
a observação experimental no CERN sido realizada ao longo
de uma vida de investigação em instituições
na Europa, os dois investigadores apenas se conheceram pessoalmente em
2012, quando convidados para a realização da "Annual
Lecture" do Painel de Avaliação das
Opções Científicas e Tecnológicas (STOA), a
que Correia de Campos preside no PE.
* A deputada Edite Estrela defendeu
esta semana em Estrasburgo a adoção de medidas mais
eficazes de controlo do tabagismo. "São bem vindas as
advertências em grandes dimensões, a
proibição de informação enganosa, dos
cigarros slim, bem como as medidas contra o comércio
ilícito de produtos de tabaco", afirmou no debate em
plenário sobre revisão da diretiva dos produtos de tabaco.
"Apesar das medidas de controlo do tabagismo adotadas nos
últimos anos, a verdade é que os jovens continuam a fumar
e continuam a começar essa iniciação cada vez mais
cedo", alertou a eurodeputada socialista. Edite Estrela
manifestou-se igualmente favorável à
regulamentação dos cigarros eletrónicos. O
plenário do PE aprovou uma série de
alterações à diretiva que preveem que as
advertências de saúde devam abranger 65% da frente e do
verso da embalagem, bem como a proibição dos aromas
distintivos. No entanto, o PE defende a manutenção dos
cigarros slim e que os cigarros eletrónicos sejam autorizados
como medicamentos apenas se forem apresentados como possuindo
propriedades curativas ou preventivas.
* Nesta sexta-feira, Ana Gomes, relatora do
Parlamento Europeu para a Dimensão Marítima da
Política Comum de Segurança e Defesa, organizará
uma audição pública sobre “A Europa, Portugal
e o Mar” no Gabinete do Parlamento Europeu em Lisboa, com a
participação de Manuel Pinto de Abreu, Secretário
de Estado do Mar, Fernando Melo Gomes, Ex-Chefe do Estado-maior da
Armada, e Tiago Pitta e Cunha, Especialista em Políticas e
Assuntos Marítimos. Como Relatora Permanente do PE para a
Líbia, Ana Gomes esteve no final da última semana em
Tripoli, em contactos com parlamentares, sociedade civil, embaixadores
europeus e outros interlocutores. Face à notícia ontem do
rapto do Primeiro- Ministro líbio por um grupo armado, Ana Gomes
emitiu o seguinte comunicado
de imprensa.
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