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Na semana passada Ana Gomes visitou Brasília e
São Paulo, como membro de uma delegação chefiada
pelo Presidente da Comissão de Assuntos Externos do Parlamento
Europeu (PE), o deputado alemão Elmar Brok. Tratou-se da primeira
visita para consultas políticas que aquela Comissão do PE
fez ao Brasil, resultando de uma proposta de Ana Gomes. A visita incluiu
reuniões de trabalho com as Comissões homólogas do
Senado e Câmara de Deputados do Brasil e ainda encontros com o
Ministro das Relações Exteriores, o Ministro da Defesa
Nacional, o Ministro do Comércio, o Presidente da Comissão
de Verdade e o Conselheiro para a Política Externa da Presidente
Dilma. O programa incluiu ainda contactos na CNI com empresários
brasileiros, com empresas europeias no Brasil, com intelectuais
brasileiros e encerrou com um encontro com o ex-Presidente Lula da
Silva. A reforma do Conselho de Segurança da ONU e das
instituições financeiras internacionais, os BRICS, a
cooperação na segurança do Atlântico entre
Brasil e a UE, as negociações UE/Mercosul, a crise do
Euro, os conflitos no Mali e na Síria foram os
principais temas abordados nas discussões com os interlocutores
brasileiros. Ana Gomes, relatora permanente para a Líbia no
Parlamento Europeu, participou numa conferência sobre a
evolução da Primavera Árabe, organizada pelo
Spinelli Group com Mahmud Jibril, líder do partido
político que saiu maioritário nas eleições
de julho de 2012 e fundador do Conselho de Transição
Nacional e ex-primeiro ministro interino, e com Nabil Chebbi,
líder de um dos principais partidos da Tunísia. Esta
semana, a Comissão de Assuntos Externos contou com a
presença de Romano Prodi, enviado especial das
Nações Unidas para a região do Sahel. Ana Gomes
questionou-o sobre a interação dos conflitos no Mali e na
região do Sahel com as redes de criminalidade organizada que hoje
se valem da Guiné-bissau como plataforma de
circulação. A deputada socialista foi oradora na
conferência "Para uma Europa sem armas nucleares"
organizada pelos Deputados Pino Arlacchi e Tarja Cronberg, onde se
debateram também as perspectivas para um Médio Oriente
livre de armas nucleares.
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Vital Moreira passou esta semana em Washington
chefiando uma delegação da Comissão de
Comércio Internacional do Parlamento Europeu (de que é
presidente), tendo na agenda o anunciado lançamento das
negociações para um tratado de comércio e de
investimento entre a UE e os Estados Unidos visando a
criação de um “mercado transatlântico”.
Em todas as numerosas reuniões – no Congresso, com os
departamentos governamentais e com as organizações
empresariais – Vital Moreira tem sublinhado que este tratado
não é um simples “acordo de comércio
livre” (free trade agreement) como os outros, pelas seguintes
razões: o investimento recíproco, mais do que o
comércio, está no centro das relações
económicas entre os dois lados do Atlântico norte; segundo,
as “barreiras comerciais” são menos os direitos
aduaneiros, em geral baixos já, mas sim as chamadas
“barreiras não aduaneiras”, sobretudo de natureza
regulatória (diferentes padrões técnicos,
ambientais e de segurança), por exemplo na agricultura,
automóveis, aparelhos elétricos, dispositivos
médicos, medicamentos, qualificações profissionais,
supervisão de serviços financeiros, etc.; terceiro,
há ainda áreas fechadas ao comércio ou ao
investimento exterior, sobretudo do lado norte-americano, como sucede
com os transportes aéreos e marítimos e o mercado das
compras públicas; por último, este tratado deve proceder
ao estabelecimento de regras em matérias em que elas hoje faltam
a nível global, por exemplo no campo dos investimentos, da
energia, das matérias-primas, etc. Por tudo isso, Vital Moreira
defende que este tratado reveste uma dimensão estratégica
para ambas as partes, na medida em que visa afirmar a liderança
comum das duas maiores economias mundiais na regulação da
globalização económica e comercial, estabelecendo
padrões e regras que naturalmente tenderão a tornar-se
globais.
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A deputada Elisa Ferreira participa esta sexta-feira,
dia 11 de abril, na conferência internacional promovida pelo think
tank Eurofi que decorre em Dublin, Irlanda, sobre
Regulação Financeira. Enquanto relatora do Parlamento
Europeu das recomendações à Comissão sobre a
gestão de crises transfronteiras no sector bancário, a
deputada intervém no painel sobre a gestão de crises no
contexto da União Bancária. Juntamente com Elisa Ferreira
vão estar representantes da Comissão Europeia, de bancos
centrais de Estados-membros da UE e do setor bancário. A deputada
e porta-voz dos Socialistas Europeus para os assuntos económicos
e monetários tem defendido o reforço da
regulação do setor bancário. No seguimento da crise
económica e financeira que atingiu a Europa, a UE, com o
apoio do Parlamento Europeu, adoptou uma União Bancária
sustentada num Sistema Único de Supervisão, liderado pelo
Banco Central Europeu. Elisa Ferreira considera fundamental este sistema
que permitirá uma melhor supervisão de todos os bancos,
principalmente dos transfronteiriços, com a responsabilidade
última pela supervisão de todos os bancos nas mãos
do BCE, a quem se exige uma colaboração constante com os
supervisores nacionais.
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O deputado Correia de Campos interveio esta semana no
seminário "Ciência e políticas públicas:
uma relação sob tensão", organizada em
Bruxelas pelo European Policy Centre e no qual participou também
Anne Glover, a Conselheira Científica Principal da
Comissão Europeia. Durante o debate foi analisado de que forma o
conhecimento científico é presentemente utilizado para
apoiar o processo legislativo, numa gama de políticas,
especialmente em relação ao meio ambiente e defesa do
consumidor, saúde e alimentos. No entanto, a eficácia
deste processo tem sido posta em causa devido a temas controversos como
os organismos geneticamente manipulados, a extração de
gás de xisto ou a nanotecnologia, que têm causado uma
acentuada cisão na opinião de políticos e do
público em geral. Por outro lado, exemplos históricos,
como a doença das vacas loucas, ou a utilização do
amianto em edifícios, relativamente aos quais o conhecimento
científico não era completo, ou não foi
adequadamente incorporado nas decisões políticas, nem na
prática económica, levaram a uma quebra de
confiança na Ciência. Correia de Campos realçou que
o processo de desenvolvimento de políticas públicas
"que funcionem" e que sejam eficazes relativamente aos
problemas que visam resolver, deve incorporar o melhor conhecimento
científico disponível e assentar numa
avaliação de impacto que traduza quais as
consequências sociais, ambientais e económicos que
implicam. Para que a incorporação de evidência
científica adquira maior importância face a outros factores
mais subjetivos (crenças pessoais, ideologia, etc.), que
também influenciam de forma determinante o processo de tomada de
decisão, o deputado socialista salientou ser necessário um
conjunto de factores: maior envolvimento entre decisores
políticos e cientistas, um processo de comunicação
mais eficaz e talhado à medida das necessidades da agenda
política, medidas adequadas de avaliação e
gestão do risco, e finalmente e acima de tudo, assegurar sempre a
transparência e independência da informação
científica prestada. Correia de Campos finalizou referindo a
importância assumida pela exploração do gás
de xisto no Estados Unidos, que lhe permitiu tornar-se o maior produtor
mundial de gás, com custos na ordem de 1/5 daquele praticado na
UE, com as necessárias consequências para a competitividade
económica. Para o deputado socialista, a UE não se deve
furtar a uma tomada de posição sobre a
exploração do gás de xisto na Europa e o
conhecimento tecnológico e científico disponível
terão um papel chave nessa decisão.
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O Parlamento Europeu acolheu esta semana uma iniciativa inédita
que juntou escritores e políticos oriundos de países do
sul da Europa para debater a crise. O evento foi organizado pela
deputada socialista grega Maria Eleni Koppa e juntou autores e deputados
europeus de Portugal, Espanha, Itália e Grécia. O escritor
José Luís Peixoto e a eurodeputada socialista Edite
Estrela representaram Portugal. A iniciativa muito participada contou
com a presença e apoio de deputados, assistentes,
funcionários europeus, organizações da sociedade
civil e do mundo académico. Na sua intervenção a
deputada Edite Estrela salientou a importância da iniciativa e a
presença dos escritores, em especial de José Luís
Peixoto cuja obra admira. Edite Estrela enalteceu os oito séculos
de história de Portugal e a importância de uma
língua como a portuguesa falada em países espalhados por
vários continentes. "Os portugueses estabeleceram pontes
entre o oeste e o oriente". "Foram os primeiros agentes da
globalização" e foram sempre
"europeístas convictos", acrescentou. A
deputada destacou igualmente que Portugal tem uma história feita
de coragem dando o exemplo dos descobrimentos e da
Revolução de Abril. "Agora estamos a fazer
reformas corajosas" para enfrentar a crise, afirmou. No
entanto, "somos vítimas da falta da estratégia
europeia para ultrapassar a crise". "Portugal foi apontado
como o "bom aluno" da troika. O governo tem feito tudo o que a
troika lhe pede". A deputada considera que o governo foi muito
para além do acordado com a troika. Sublinhou que os impostos
aumentaram, as reformas diminuíram bem como as
prestações sociais. "Com o programa de
austeridade, a situação económica e social
piorou", afirmou dando como exemplo a dívida que
não pára de aumentar, o desemprego que atinge quase 1
milhão de portugueses, e a escalada das insolvências.
Atualmente "a economia está destruída"
e "os portugueses estão a empobrecer". Edite
Estrela deixou então um alerta: "É
necessário entender os sinais de insatisfação e de
sofrimento do povo português e ajustar a dose de
austeridade". A deputada referiu a necessidade de evitar que
as manifestações de desagrado se tornem violentas e que
apareçam outros fenómenos como os de Beppe Grillo, em
alusão ao ator italiano antissistema. "Caso
contrário, receio que seja o fim do projeto europeu, o fim da
democracia e da paz nos nossos países".
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O Parlamento Europeu acolheu esta semana, em Bruxelas, o importante
evento de divulgação internacional do VII Congresso
Mundial do Presunto que se realiza em Ourique entre os dias 28 e 31 de
maio. A iniciativa no Parlamento Europeu foi promovida pelo deputado
português e Embaixador do Congresso Mundial do Presunto,
Capoulas Santos, e contou com a
participação de deputados da Roménia,
Itália, Espanha, Hungria, Alemanha, Grécia e Portugal.
Nesta iniciativa que excedeu as expetativas pelo número de
participantes e de membros influentes do Parlamento Europeu, estiveram
presentes dezenas de assistentes parlamentares, funcionários
europeus, diplomatas, representantes e organizações do
setor, e jornalistas. O evento contou igualmente com uma
degustação de presuntos. Foi a primeira prova de presunto
para alguns participantes que ficaram surpreendidos pela qualidade do
produto. O porco preto é uma peça essencial do eco-sistema
do montado e um exemplo eloquente da conciliação de
competitividade e sustentabilidade na agricultura europeia, que a nova
Política Agrícola Comum (PAC) pretende promover e que
está, neste momento, no centro das propostas do eurodeputado
português para este tema enquanto relator do Parlamento Europeu
dos principais capítulos da reforma da PAC. O evento no PE
realizou-se em parceria com a comissão organizadora do Congresso,
a Câmara Municipal de Ourique, a Confederação dos
Agricultores de Portugal e a Associação nacional dos
criadores de porco preto alentejano, e permitiu dar visibilidade
internacional a estes produtos e sua imbricação com as
respectivas paisagens e gentes. O deputado Capoulas Santos sublinhou a
importância do Congresso de Ourique. "Será um
grande evento internacional que extravasará as fronteiras
europeias". "Este foi apenas mais um evento para
internacionalizar uma iniciativa que ajudou a divulgar o Alentejo e o
montado, e uma atividade com um peso sem igual do ponto de vista
económico, social e ambiental".
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Luís Paulo Alves interpelou recentemente o
Comissário Hahn, sobre as negociações do futuro
Quadro Financeiro Plurianual (QFP), nomeadamente, sublinhando a sua
frontal oposição, bem como do Parlamento, em
relação à possibilidade de
penalização que a macro-condiconalidade que a
Comissão e o Conselho querem impor às regiões, como
os Açores, que apresentam equilíbrio nas suas
finanças públicas, mas que por via do incumprimento dos
seus Estados, relativamente às regras do pacto de Estabilidade e
Crescimento, e sem que nisso tenham qualquer responsabilidade, podem ver
os pagamentos dos seus Fundos Estruturais suspensos. O deputado
açoriano fazendo a ligação com a última
avaliação da troika em Portugal, dirigiu-se ao
Comissário Europeu, dizendo que "o défice
calculado pela Troika para Portugal em 2012 foi de 6,6%, tendo a divida
publica em percentagem do PIB sido superior a 120%. Já nos
Açores, Região de onde provenho, o défice calculado
pela troika foi de 0,4% e divida somente de 19% do PIB, indicadores de
finanças púbicas difíceis de igualar na
União. Como é que podemos aplicar a macro-condicionalidade
aos fundos estruturais, às regiões, como a minha, ainda
mais quando esta regra não está sequer articulada com o
Pacto de Crescimento e Estabilidade que já penaliza o país
por si só e logo indiretamente, também a Região?!
Não faz sentido que as regiões com estes indicadores
possam a vir ainda a ser penalizadas duas vezes ", frisou o
deputado. Luís Paulo Alves em nome dos socialistas portugueses
questionou também o acordo do Conselho, afirmando que,
"uma proposta de orçamento da Comissão Europeia
que passou 1045 mil milhões de euros para 908 mil milhões
de euros de pagamentos, representa uma redução de 137 mil
milhões de euros. Esta redução coloca em causa
tudo. Por exemplo as verbas para o futuro, decisivas para recuperar a
competitividade que a Europa está a perder diariamente,
são reduzidas para as rubricas da investigação,
inovação e educação em 23,4%. Nas rubricas
da coesão terão um corte de 8,4% em relação
ao quadro financeiro anterior, quando a falta de coesão e o
aumento da divergência entre os Estados Membros é
justamente uma das principais causas da crise que atravessamos na
União". De relembrar que o Comissário competente
para a Política Regional veio ao PE falar com os deputados
responsáveis por estas matérias, sobre as
negociações do novo QFP e as relações
interinstitucionais em curso relativas à política de
coesão após 2014.
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