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Ana Gomes participou num debate na Comissão de
Assuntos Externos do Parlamento Europeu (PE), dia 21, com o Ministro dos
Negócios Estrangeiros sueco, Carl Bildt, e o Ministro dos
Negócios Estrangeiros polaco, Radowslaw Sikorski. A
deputada questionou o Ministro sueco sobre a resistência da
Suécia em viabilizar que a União Europeia (UE) peça
ao Conselho de Segurança da Organização (ONU) das
Nações Unidas a remissão dos responsáveis
por crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Síria ao
Tribunal Penal Internacional. O Ministro respondeu que
"Justiça pode sempre fazer-se depois, agora essencial
é fazer tudo para parar a guerra". Ana Gomes
comentou:"A Europa não está a fazer tudo para
parar a guerra e o recurso ao TPI, além de devido, poderia
ajudar a parar a guerra". A deputada questionou ainda os
Ministros sobre se a discussão da Missão EUTM Mali, no
último Conselho de Assuntos Gerais, incluirá um revisitar
do financiamento das missões da Política Comum de
Segurança e Defesa - que devia ser comunitário, sublinhou.
Obteve a concordância do Ministro polaco, que afirmou:
"É injusto que os Estados Membros que contribuem com
forças ainda tenham de pagar, enquanto os que ficam de fora das
Missões fiquem também a poupar dinheiro". Ambos
Ministros comentaram, de forma concordante, com a
afirmação de Ana Gomes de que a UE, se quer ser um ator
global eficaz, não pode continuar a deixar de fora da sua agenda
política a urgente necessidade de reforma do Conselho de
Segurança da ONU e de a União Europeia passar a ter nele
um lugar de membro permanente.
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Intervindo esta semana numa reunião sobre as
relações económicas e comerciais entre a
União Europeia e o Brasil, Vital Moreira
manifestou o seu pessimismo quanto ao progresso das
negociações para um acordo de parceria económica
entre os dois blocos, que se arrastam há muitos anos, e defendeu
que é necessário um rasgo de voluntarismo político
dos dois lados do Atlântico para superar as dificuldades
presentes. Vital Moreira enunciou três fatores que tornam as
coisas cada vez mais difíceis: primeiro, a notória perda
de competitividade externa da economia brasileira, refletida na
contínua degradação da sua balança
comercial, o que só pode aumentar os reflexos protecionistas que
já se manifestam no Brasil; segundo, a evidente dificuldade em
conseguir uma plataforma comum dos países do Mercosul quanto ao
acordo comercial com a União Europeia, dada a óbvia
resistência (para não dizer, boicote) da Argentina;
terceiro, o recente anúncio das negociações para um
grande acordo comercial entre a União Europeia e os Estados
Unidos, que só podem afetar o interesse da União em
negociações comerciais menos ambiciosas ou com parceiros
mais problemáticos, como o Mercosul. Por tudo isso, Vital Moreira
defendeu que, a não haver uma determinada
intervenção política em Brasília e em
Bruxelas, as perspetivas de avanço nas referidas
negociações são tudo menos radiosas.
Eventos da semana:
Esta semana Vital Moreira presidiu à reunião mensal da
Comissão de Comércio Internacional e a uma reunião
do "trílogo" - Parlamento, Conselho e Comissão
Europeia - sobre o regulamento que altera a lista dos países ACP
(África, Caraíbas e Pacífico) que beneficiam de
preferências comerciais da UE e participou na reunião da
Comissão de Assuntos Constitucionais. Vital Moreira manteve,
ainda, um encontro de trabalho com uma associação europeia
de empresas do comércio de ovos, seus derivados, aves e
caça, participou num jantar debate sobre as
relações UE-Brasil e nas comemorações do
20º aniversário do PES (Partido dos Europeus Socialistas).
Na semana anterior esteve presente na Comissão de Assuntos
Europeus da Assembleia da República numa audição
sobre "O papel do Parlamento Europeu na política comercial
externa da União Europeia" (disponível em http://srvvideo2.parlamento.pt/videos-canal/XII/SL2/02_com/04_cae/20130213cae.wmv).
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O eurodeputado açoriano Luís Paulo Alves
interpelou esta semana o Comissário Europeu para a
Saúde e a Defesa do Consumidor, Tonio Borg, durante a
reunião da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu
(PE). Em causa está a Proposta de revisão da Diretiva
relativa aos Produtos de Tabaco, que coloca em risco a continuidade dos
maços de tamanho "regular" produzidos nos
Açores. Luís Paulo Alves não aceita os termos que
estão formulados na Diretiva proposta. A proposta da
Comissão impõe que 75% da área externa das
embalagens de tabaco seja ocupada com advertências de
saúde. Mas vai mais longe, exigindo que as dimensões
destas advertências não sejam inferiores a 64mm de altura e
a 55mm de largura. Luís Paulo Alves exibindo um maço de
tabaco "tamanho king size" de uma marca multinacional e um
maço de tabaco de tamanho "regular" produzido nos
Açores, interpelou o Comissário Borg, "este
maço (apontando para o da multinacional) continuará sendo
produzido. Contudo esta norma técnica que impõe
dimensões mínimas para as advertência de
saúde, dita a exclusão do mercado deste outro tipo de
cigarros (apontando para o dos Açores), cuja dimensão do
maço não chega para as colocar". Luís
Paulo Alves continuou afirmando, "na minha Região, os
Açores, existem duas fábricas de tabaco cuja
produção é de 30% e de 50% deste tipo de cigarros,
empregando diretamente 133 trabalhadores" e dirigindo-se ao
Comissário Europeu com os dois maços erguidos perguntou:
"como lhes devemos explicar que os seus postos de trabalho
estão em risco, porque não poderão continuar a
fabricar estes maços produzidos nos Açores, mas que
é possível continuar a importar estes outros (apontando os
da multinacional)? Por motivos de saúde não é.
Porque será então Sr. Comissário?",
concluiu o deputado açoriano. O Comissário Borg na
resposta disse que a Comissão Europeia pretende uniformizar os
tamanhos dos maços de tabaco para que não se possam
confundir com embalagens de perfume ou de rebuçados, dizendo
ainda que o Parlamento pode apresentar também propostas de
alteração à Diretiva. Na opinião de
Luís Paulo Alves, "a resposta do Sr. Comissário
é completamente despropositada e inaceitável, pelo que
pedi de imediato ao Sr. Comissário a realização de
uma reunião para o tratamento com maior profundidade deste
assunto".
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Elisa Ferreira considera "muito
positivo" o resultado final das negociações,
concluídas com o Conselho, do pacote legislativo conhecido como
Two-Pack, após oito meses de intensa negociação;
com a aprovação das suas propostas (na qualidade de
relatora de um dos textos e co-relatora do outro), "introduz-se
um maior controlo sobre os novos poderes de intervenção da
Comissão Europeia nos processos orçamentais nacionais,
inicia-se uma discussão séria sobre a
mutualização da dívida dos países da zona
euro e abre-se espaço para a conciliação do
investimento público produtivo - indispensável para o
crescimento e emprego - com os objetivos de disciplina
orçamental". No que respeita ao reforço da
coordenação europeia sobre os orçamentos nacionais,
segundo Elisa Ferreira, as modificações introduzidas pelo
Parlamento no texto legislativo tornam esta coordenação
"mais transparente e respeitadora das exigências sociais
e regras democráticas", aludindo à
introdução nesse texto de exigências de respeito por
práticas nacionais de concertação social e
negociação salarial, reequilibrando assim a capacidade
intrusiva da Comissão no processo de preparação dos
orçamentos nacionais. A coordenadora dos socialistas para os
assuntos económicos e monetários conseguiu obter, no texto
legislativo, o compromisso de a Comissão Europeia clarificar,
até 31 de julho de 2013, “a forma de compatibilizar o
investimento público produtivo com a disciplina
orçamental” de maneira a permitir que o
relançamento da economia e do emprego não fique anulado
pelo esforço de reequilíbrio das contas públicas.
Outra ‘vitória’ da relatora socialista foi o
anúncio pela Comissão Europeia da
constituição de um Grupo de Trabalho de Alto Nível
que, até à primavera de 2014, terá a missão
de “estudar a viabilidade legal, financeira e institucional
para a emissão de obrigações comuns de
dívida dos Estados da Zona Euro quer de longo prazo
(constituição de um Fundo de
Amortização/"redenção") quer de
curto prazo ("eurobills")". Elisa Ferreira
congratula-se ainda com o compromisso da Comissão de apresentar,
ainda em 2013, as condições para avançar com o
Instrumento de Convergência e Competitividade, que
resultará na possibilidade de os Estados-Membros receberem
financiamento europeu para executarem reformas estruturais em
áreas vitais como a Administração Pública, a
Justiça ou a Saúde. A promessa da Comissão de
intensificar o combate à fraude e à evasão fiscal
foi outro dos pontos destacados pela relatora.
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O deputado Capoulas Santos interveio, esta semana, na
comissão de Agricultura do Parlamento Europeu para exortar a
Comissão Europeia e o Conselho Europeu a divulgarem os envelopes
financeiros da PAC atribuídos a cada Estado-membro e que foram
acordados na cimeira europeia de 8 de fevereiro. O eurodeputado
socialista e relator do PE para a reforma da PAC criticou com dureza
"a falta de trasparência" das duas
instituições que, 13 dias após o acordo
alcançado, pelos Vinte e Sete continuam sem revelar as verbas
nacionais. "Nestes 13 dias fiz várias tentativas para
obter os valores dos envelopes nacionais que os Estados-membros
obtiveram e não obtive resposta", afirmou Capoulas
Santos, tendo sido secundado por todos os grupos políticos.
Segundo Capoulas Santos "esta ocultação pode
significar que as perdas sejam superiores ao anunciado". No
caso português, o deputado afirma que "segundo as contas
do Governo, e cuja base de cálculo não sabemos qual
é, a perda foi de 600 milhões de euros". Neste
contexto, o relator do Parlamento Europeu desafia a Comissão
Europeia e o Conselho a divulgarem os montantes dos envelopes da
Política Agrícola Comum, a preços constantes, para
que possam ser comparáveis, lançando o mesmo apelo ao
Governo português.
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O deputado Correia de Campos participou esta semana na
sessão de abertura do seminário, "Apoio
científico ao Mercado Único". Este seminário
de alto nível que decorreu em Bruxelas, contou com a
presença do Comissário do Mercado Interno Michel Barnier,
o ex primeiro ministro Belga Yves Leterme e um conjunto de cientistas
europeus ligados ao Joint Research Centre, um organismo da
Comissão Europeia que agrega cientistas de toda a UE e que visa
dar apoio cientifico e técnico a todo o ciclco de
produção legislativa da UE. Na sua
intervenção, o deputado socialista recordou o
"papel do Parlamento Europeu no relançamento do mercado
interno e na génese do ato para o mercado único que
definiu as 55 prioridades para combater os protecionismos nacionais e a
fragmentação do mercado interno, tornando-o apto a servir
os mais de 500 milhões de cidadãos europeus e fazer face
à crise económica e financeira que afecta a UE",
sublinhando que "é necessário estabelecer uma
relação estreita entre o mercado único, a
investigação e o desenvolvimento sustentável pois
é evidente que o mercado interno necessita do apoio
científico para progredir". Correia de Campos referiu
por fim, na sua qualidade de presidente do Painel de
Avaliação das Opções Cientificas e
Tecnológicas do PE, "o papel que este fórum tem
tido na divulgação do papel da ciência e da
investigação científica nas políticas
europeias e no desenvolvimento do mercado comum, nomeadamente
através da organização de workshops e
realização de estudos em matéria de patente
europeia, da propriedade intelectual, da computação em
linha, dos transportes sustentáveis, entre muitos outros temas
tão caros ao mercado único".
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No seguimento de uma série de notícias recentes que
dão conta da existência de
"intermediários" a tirar partido do aumento da
emigração portuguesa para a Suíça,
retendo parte do salário dos contratados, a deputada
Edite Estrela tomou a iniciativa, esta semana, de
interpelar por escrito a Comissão Europeia. De acordo com
denúncias feitas aos sindicatos, muitos trabalhadores
provenientes de Portugal estarão a receber salários
significativamente abaixo daquilo que é estipulado pelas
convenções laborais na Suíça, criando uma
situação de "dumping" salarial e graves
problemas sociais. A construção é o sector em que
se verificam mais destes casos, mas também há relatos
noutros serviços, como a restauração. Na sua
interpelação escrita, a eurodeputada socialista refere que
a criação de comissões mistas com
inspeções do trabalho e a colaboração entre
autoridades policiais, permitiu solucionar questões semelhantes
na Espanha e na Holanda. Edite Estrela pergunta à Comissão
Europeia se tem conhecimento deste tipo de situações. A
deputada quer saber se a Comissão Europeia pondera a
possibilidade de exortar as autoridades suíças para que
sejam encontradas soluções, designadamente a
criação de comissões mistas, que permitam que redes
de exploração deste tipo possam vir a ser
desmanteladas.
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* Edite Estrela presidiu recentemente a um dos
painéis da Conferência organizada pelo Departamento de
Mulheres da Internacional Socialista (ISM) em Lisboa sobre "o
impacte da crise financeira internacional nas mulheres". A
sessão de abertura contou com a presença do
Secretário-Geral do PS, António José Seguro, da
Presidente da ISM, Ouafa Hajji e da Presidente das Mulheres Socialistas,
Catarina Marcelino. No encontro da Internacional Socialista das Mulheres
foi aprovada uma resolução que sublinha a necessidade de
se aprovar uma perspetiva de género na análise da atual
situação económica e social e sobretudo nas
respostas a dar à crise. A resolução refere que as
mulheres estão a ser mais atingidas pela crise e pelas medidas de
austeridade. O documento apela à necessidade de a igualdade de
género ser integrada como força motora do desenvolvimento
económico e social.
* Dia 20, a deputada Ana Gomes organizou, em
colaboração com a ONG ESRT (European Security Round
Table), um almoço com peritos e responsáveis
políticos de diversos países europeus sobre
segurança química, biológica, radiológica e
nuclear (QBRN). Ana Gomes, que é relatora do Parlamento Europeu
para a segurança QBRN, salientou a necessidade da União
Europeia estabelecer objetivos vinculativos para os Estados Membros e
nesse sentido, reiterou a importância do escrutínio
parlamentar. A deputada socialista participou também esta semana,
dia 20, num encontro com 20 jornalistas da imprensa regional portuguesa,
durante o qual respondeu a perguntas sobre as áreas em que
trabalha no PE de particular interesse para Portugal.
* A deputada Elisa Ferreira interpelou esta semana o
presidente do BCE, Mario Draghi, qestionando se não concordava
que deveriam ser melhorados os processos de ajustamento impostos a
países como Portugal, "que seguiu à risca as
recomendações da ‘troika’", que o
BCE integra, mas depara-se com níveis de recessão e
desemprego acima do previsto. Durante a reunião da
comissão dos Assuntos Económicos do PE, Mario Draghi disse
concordar que é necessário encontrar formas de
“mitigar” os efeitos do ajustamento em
países como Portugal, mas sem comprometer os esforços de
consolidação já realizados e que devem
prosseguir.
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