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O relator do PE para os principais regulamentos da reforma da
Política Agrícola Comum, Capoulas Santos,
conseguiu esta semana uma votação muito favorável
aos interesses de Portugal nas negociações do pacote
agrícola para 2014-2020. A comissão de Agricultura do
Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira, em Bruxelas, todas as
propostas de compromisso que o relator do PE apresentou no âmbito
da futura reforma para uma PAC mais "amiga" do ambiente, mais
equitativa entre Estados-membros e socialmente mais justa. As propostas
aprovadas representam ganhos significativos para Portugal relativamente
ao que a Comissão Europeia tinha inicialmente proposto em termos
da redistribuição das ajudas entre Estados-membros da UE.
O deputado conseguiu incluir na maioria dos compromissos todas as
questões fundamentais para Portugal. Capoulas Santos destaca: um
novo estatuto mais vantajoso e menos burocrático para os pequenos
agricultores; acréscimo dos apoios para os jovens:
majoração do pagamento obrigatório para os jovens
agricultores nas ajudas diretas juntamente com apoios ao acesso à
terra através de garantias bancárias ou juros de
empréstimos; acréscimo dos apoios para os novos
agricultores: majoração do pagamento para novos
agricultores que possam instalar-se pela primeira vez, independentemente
da idade; uma nova base de cálculo para definir os montantes por
hectare que os agricultores europeus deverão receber a partir de
2014; reposição do cofinanciamento comunitário para
novos regadios, que a Comissão Europeia pretendia, depois de
2014, reservar exclusivamente para os Estados-membros que aderiram
à UE após 2004; mais incentivos para as medidas ambientais
e para a agricultura biológica: 25% do orçamento do
2º Pilar da PAC deverá ser obrigatoriamente canalizado para
a agricultura biológica e para as chamadas "medidas
agro-ambientais"; comparticipação comunitária
para seguros agrícolas e fundos mútuos. A
posição do PE poderá representar um reforço
de cerca de 350 milhões de euros para Portugal durante o
período 2014-2020, mesmo num cenário do alargamento do
número de beneficiários e de uma redução
global do orçamento agrícola em cerca de 10%, como
é proposto pela CE. Na votação sobre a reforma da
PAC, os deputados da comissão de Agricultura do PE pronunciam-se
sobre cerca de 8000 emendas às propostas da Comissão,
isoladamente ou integradas nos cercas de 200 "compromissos"
que foram negociados entre os diversos Grupos Políticos ao longo
de vários meses. Capoulas Santos manifestou a sua
satisfação com o resultado alcançado hoje
afirmando: "Não é a reforma da PAC perfeita.
É a melhor reforma possível numa Europa ainda dominada
pelas forças conservadoras". Com esta
votação, os deputados deram um passo importante para
decidir o mandato do PE nas duras negociações com o
Conselho e a Comissão, que deverão estar concluídas
até ao final do primeiro semestre deste ano. As propostas de
Capoulas Santos deverão ser aprovadas na sessão
plenária de março, em Estrasburgo. Enquanto relator, o
deputado participará depois nas negociações
representando o PE no processo de codecisão com os ministros da
Agricultura dos 27.
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A deputada e relatora do Parlamento Europeu sobre os direitos em
matéria de saúde sexual e reprodutiva, Edite
Estrela, advertiu esta semana para as consequências que a
crise económica está a gerar no acesso aos serviços
de saúde sexual e reprodutiva. "Os cortes
orçamentais estão a afetar os cuidados e serviços
de saúde sexual e reprodutiva, nomeadamente os programas de
planeamento familiar, de prevenção do VIH/SIDA, da
gravidez adolescente e de saúde materna, incluindo
serviços obstétricos de urgência", afirmou
a eurodeputada socialista durante a Audição Pública
que teve lugar no Parlamento Europeu, em Bruxelas. Edite Estrela
sublinhou ainda que "estes serviços de saúde
não são universalmente garantidos e que existem
também condicionantes legais, uma vez que a
legislação varia entre os Estados-membros, e
condicionantes socio-económicas, que estão relacionadas
com o nível de formação, a idade, ou com a
religião". A deputada referiu que "o aumento
das doenças sexualmente transmissíveis, da gravidez
indesejada e de outros riscos ligados à atividade sexual, fazem
com que os jovens sejam considerados um grupo de
intervenção prioritário em termos de saúde
sexual e reprodutiva". Por isso, exortou os Estados-membros da
UE a promover a educação sexual que considera
"fundamental para formar, desenvolver atitudes e
competências nos jovens, permitindo que estes se sintam informados
e seguros nas suas escolhas". A deputada defendeu que a UE
poderá produzir um valor acrescentado se desencadear um processo
de aprendizagem mútua, baseado na comparação de
dados e na partilha de boas práticas. Edite Estrela deixou outro
alerta: "É importante que se diga que não
é aceitável, não é tolerável, que
milhares de mulheres continuem a morrer por recurso ao aborto
clandestino, que milhares de jovens sofram as consequências de uma
gravidez precoce por falta de apoio adequado e que milhares de mulheres
sejam maltratadas física e psicologicamente nas maternidades por
incúria e sobretudo por preconceitos". A
Audição Pública juntou especialistas da
Organização Mundial de Saúde e das
Nações Unidas, organizações não
governamentais, académicos, cientistas e deputados para um debate
e troca de pontos de vista com o objetivo de enriquecer o
relatório que Edite Estrela vai apresentar sobre o assunto.
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O deputado e presidente da Delegação à
Comissão Parlamentar Mista UE-Chile, Correia de
Campos, sublinhou esta semana a importância das
relações entre o Chile e a UE. Durante a XVII
Reunião da Comissão Parlamentar Mista UE-Chile, que
decorreu à margem da Assembleia parlamentar Eurolat, em Santiago
do Chile, Correia de Campos sublinhou que "as
relações euro-chilenas, tanto a nível
político como a nível económico, continuam a ser
excelentes e, tendo em conta a proximidade das nossas raízes,
culturas, idiomas, tradições e objetivos comuns, merecem
ser aprofundadas em benefício de ambas as partes". O
eurodeputado socialista referiu que os últimos meses foram
repletos de acontecimentos de grande alcance, de desafios e de
oportunidades que terão repercussões no futuro da UE e no
do Chile. "Para a UE, os últimos meses foram
particularmente difíceis. Todos os Estados Membros se viram
forçados a fazer sacrifícios a nível
orçamental, a cortar drasticamente em áreas onde, pelo
contrário, deveriam investir", afirmou. "O
Governo chileno, também teve que enfrentar problemas internos,
essencialmente de carácter político. Os protestos dos
estudantes, bem como de diferentes organizações sindicais
puseram à prova a capacidade do Governo de dialogar e de procurar
consensos", disse. Correia de Campos frisou a
importância de manter o diálogo parlamentar nas
áreas da segurança energética, ciência,
tecnologia e inovação. "Gostaria ainda, antes de
concluir, de assinalar que se completam agora 10 anos da entrada em
vigor do Acordo de Associação UE-Chile, o qual continua a
revelar-se extremamente benéfico para ambos os
sócios". Os membros da Comissão
Parlamentar Mista UE-Chile mantiveram ainda uma intensa agenda de
encontros com os ministros dos Negócios Estrangeiros,
Finanças, Energia, Administração Interna do
Chile.
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A eurodeputada Ana Gomes organizou esta semana, em
nome do Grupo Socialista e Democrata no PE, um seminário sobre
recuperação de património pelos países da
Primavera Árabe. Ana Gomes, que é Relatora Permanente do
PE para a Líbia, defendeu que a recuperação dos
recursos financeiros roubados pelos ditadores depostos é crucial
no processo de transição e consolidação
democrática, por responder aos anseios populares por
justiça e dignidade nacional e por responder a prementes
necessidades económicas. "A recuperação
destes ativos depende antes de mais de vontade política, mas
também de ultrapassar obstáculos técnicos-legais
que complicam o processo de recuperação. A UE
também tem de ajudar os parceiros árabes através de
cooperação técnica e jurídica, para
identificar e transferir ativos que se encontram congelados em
instituições financeiras, nomeadamente em Estados membros
da UE", explicou. O seminário contou com a ativa
participação das embaixadas e peritos do Egito, da
Líbia, da Tunísia e também da Suíça,
país onde está parqueada uma grande parte dos ativos
desviados daqueles países. Na Subcomissão de
Segurança e Defesa do Parlamento Europeu, onde se debateu a
intervenção francesa no Mali e o estado da
preparação da EUTM Mali (Missão da Politica Comum
de Segurança e Defesa para ajudar a reorganizar e treinar as
forças armadas do Mali), Ana Gomes sublinhou a necessidade de um
mecanismo de financiamento comunitário para as missões da
Politica Comum de Segurança e Defesa: a crise no Mali demonstra
precisamente as limitações do atual esquema de
financiamento, que faz recair sobre cada Estado Membro os custos de
participação nas Missões. “Certos
países da UE não conseguem contribuir mais para
missões da PCSD por falta de meios financeiros e não por
falta de forças preparadas, como é o caso de Portugal
relativamente à EUTM Mali: em tempos de austeridade a sua
capacidade é ainda mais limitada. É urgente que se
encontre uma forma de partilhar os custos das Missões PCSD e
torná-las verdadeiramente europeias”. Na mesma
reunião, e no rescaldo da operação de resgate de
reféns na Argélia, Ana Gomes questionou o General Gilles
Rouby, representante militar da França na UE e a NATO, sobre a
probabilidade de ataques terroristas semelhantes na Líbia,
país muito vulnerável até por não dispor
ainda de forças de segurança capazes de intervir. A
Deputada sublinhou que, numa tal eventualidade, a Líbia teria
certamente de pedir apoio externo, pelo que seria elementar que UE e
NATO equacionassem desde já essa possibilidade. Esta semana, Ana
Gomes participou ainda numa reunião com deputadas da
Argélia, do Líbano, da Líbia, de Marrocos e da
Tunísia, em visita ao PE. O debate centrou-se nas dificuldades e
obstáculos que enfrentam as mulheres no exercício de
funções parlamentares no mundo árabe e na
necessidade de reforço da interação entre deputadas
do Parlamento Europeu e dos países da orla sul do
Mediterrâneo.
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Falando esta semana em Bruxelas para um canal de televisão
português sobre o discurso do Primeiro-ministro britânico,
David Cameron, anunciando a convocação de um referendo
sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia,
Vital Moreira sublinhou três pontos: 1. O
Primeiro-ministro só anunciou o referendo lá para 2017 ou
2018, se ganhar as eleições parlamentares britânicas
em 2015 e depois de tentar renegociar o estatuto da Grã-Bretanha
na União; por isso, este anúncio surge antes de mais como
o primeiro ato de campanha eleitoral das eleições
europeias de 2014 e das eleições internas britânicas
de 2015; 2. No fundo, Cameron quer fazer recuar a
integração europeia 20 anos, até antes do Tratado
de Maastricht, reduzindo-a de novo ao mercado interno; todavia, Cameron
tem de saber que isso é impossível e que a União
não pode conferir ao Reino Unido mais exceções do
que aquelas de que já goza (euro, Schengen, política
social, Carta dos Direitos Fundamentais) por ter feito "opt
out" desde o início; 3. Todavia, ao ameaçar com o
referendo e o risco de saída, caso não obtenha
concessões de Bruxelas, Cameron coloca a União sob
chantagem durante vários anos, o que pode prejudicar a
recuperação e a própria estabilidade institucional
da União. Por tudo isto, o discurso aventureiro de Cameron
deverá levar à partida como resposta um rotundo
"não". A União não deve vergar-se
à chantagem britânica. E se eles quiserem sair, pois que
saiam - Let them go, if they so wish! E que sejam felizes
sozinhos...
Eventos da semana:
Esta semana Vital Moreira, além de presidir à
reunião mensal da Comissão de Comércio
Internacional do PE, manteve reuniões de trabalho com o
Embaixador da Dinamarca na UE e com o Embaixador da Austrália na
UE. Teve, igualmente, encontros de trabalho com a
Associação Portuguesa de Energias Renováveis
(APREN) e com uma delegação da Confederação
da Indústria Finlandesa.
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A deputada Elisa Ferreira ajudou a reprovar o
relatório da Comissão de Assuntos Económicos e
Monetários do Parlamento Europeu sobre a Análise Anual de
Crescimento (Annual Growth Survey) para 2013, por considerar que o texto
final representa «totalmente o oposto» do que
é defendido por si e pelo Grupo Socialista Europeu num
«momento suficientemente grave, em que os cidadãos
europeus exigem uma mensagem clara à Comissão».
Encarregada de redigir o relatório, a coordenadora do Grupo
Socialista Europeu para os Assuntos Económicos lamentou que o
«estranho voto» não tenha sido precedido das
«negociações preliminares adequadas entre grupos
políticos» e criticou «os muitos recuos de
última hora sobre os compromissos acordados
anteriormente». A proposta original de Elisa Ferreira
«pedia uma reavaliação das
recomendações que estão a ser impostas aos
países ao longo desta crise», que seria feita com
«base em vários indicadores e estudos que mostram
claramente que se está a exagerar na austeridade, com resultados
muito mais negativos do que se esperava». A deputada defende
que os estudos referidos «chegaram à conclusão
que os esforços realizados na zona euro poderiam ser reduzidos a
metade usando todo o espaço de manobra disponível desde a
última revisão do Pacto de Estabilidade e
Crescimento». Essas mudanças, que não perdiam
de vista a necessidade de prosseguir com esforços de
consolidação orçamental, passavam por um
«reajustamento no caminho das
recomendações» de política
económica que a CE tem transmitido aos países da zona euro
e pela necessidade de aligeiramento temporal do esforço de
consolidação orçamental. «Como redatora e
coordenadora do grupo não encararia confortavelmente os
cidadãos se votasse a favor de um relatório da
comissão de Assuntos Económicos que dizia exatamente o
oposto do que eu e o meu grupo pensamos», afirmou Elisa
Ferreira, congratulando-se com o facto de o texto final ter acabado
rejeitado após voto de 21-19.
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O Parlamento Europeu debateu recentemente, em Estrasburgo, o ponto de
situação das negociações sobre o acordo de
comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Nesta
oportunidade, o deputado Luís Paulo Alves voltou
a chamar a atenção para os interesses europeus e
açorianos, na linha das propostas que tem feito aprovar no
Parlamento Europeu em defesa da agricultura e dos agricultores das
várias regiões da Europa. Durante a sua
intervenção, Luís Paulo Alves realçou que
"a agricultura tem um papel estratégico a desempenhar na
Europa e não pode ser a fácil moeda de troca para obter
concessões no acesso aos mercados internacionais. Os acordos
internacionais não podem constituir uma ameaça à
nossa segurança alimentar nem à atividade agrícola
em cada vez mais territórios rurais da União
Europeia". Nesse sentido, sublinhou que "a
Comissão deve por isso reavaliar as concessões já
efetuadas e os seus impactos, nomeadamente os seus efeitos territoriais,
procedendo a análises de impacto específicas para as
regiões como os Açores. Isto aliás em conformidade
com o que reconheceu e acordou como necessário na
conclusão da recente negociação do POSEI, onde
Luís Paulo Alves participou como negociador, com a
inserção de um artigo próprio com essa
exigência específica no novo regulamento".
Note-se que o PE já aprovou em 2011 uma Resolução,
contendo uma proposta de Luís Paulo Alves que recomenda que a
Comissão Europeia tenha em conta as especificidades das
regiões ultraperiféricas, como os Açores, no
estabelecimento de acordos internacionais. Por isso, Luís Paulo
Alves afirmou que a Comissão "não pode ignorar
nem deixar de levar em conta nestas negociações as
recomendações já aprovadas pelo Parlamento Europeu,
nem a séria ponderação dos impactos na agricultura
europeia que o estabelecimento deste acordo pode vir a causar, lembrando
que nenhum acordo poderá ser estabelecido sem a
aprovação final do Parlamento Europeu".
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* A comissária europeia da Educação e Juventude,
Androulla Vassiliou, garantiu a Edite Estrela que as
alterações ao atual programa Erasmus visam "melhorar
a coerência e o enriquecimento mútuo entre os diferentes
setores ligados à educação e à juventude,
simplificar a sua utilização pelos beneficiários e
uma maior eficácia de custos ao nível da
execução". Edite Estrela enviou em dezembro uma
interpelação escrita à CE sobre o futuro do Erasmus
durante o período 2014-2020. A eurodeputada socialista pedia
esclarecimentos sobre as modalidades, o financiamento e os
beneficiários do novo programa. Androulla Vassiliou respondeu
à deputada que a CE "propôs a fusão dos sete
programas existentes nos domínios da educação, da
formação, da juventude e do desporto num único
programa integrado", abrangendo desta maneira mais
beneficiários. A comissária confirmou ainda a
designação "Erasmus para Todos", explicando que,
com esta proposta, a CE procurou beneficiar plenamente do
prestígio do nome "Erasmus" e de todas as suas
conotações positivas para a mobilidade e a
cooperação no ensino superior a nível europeu. A
Comissão garante que "todos os organismos públicos ou
privados com atividades nos domínios da educação,
da formação, da juventude e do desporto podem
candidatar-se a este programa". Esta proposta encontra-se
atualmente em análise no PE e no Conselho.
* Nos dias 19 e 20 de janeiro, Ana Gomes integrou a
delegação do Grupo Socialista, chefiada pelo líder
do Grupo, Hannes Swoboda, que participou no Euro-Arab Global Progressive
Forum que teve lugar no Cairo, Egito. Em resultado do diálogo
promovido pelo Grupo Socialista e PES entre partidos socialistas e
social-democráticos europeus e árabes, foi
constituído o Fórum Social Democrático e
Progressista Árabe, reunindo partidos de Marrocos,
Argélia, Egito, Palestina, Jordânia e Líbano.
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