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|  |  |  | Esta semana foi preenchida por
múltiplas reuniões de diferentes comissões
parlamentares. Entre estas, quero destacar à minha
participação nos debates sobre as prioridades da
Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia nas
áreas da política externa e de defesa, com os Ministros
Augusto Santos Silva e João Cravinho, respetivamente. Dois
excelentes momentos, que nos permitem antecipar algumas das marcas desta
presidência.
Isabel Santos
| |  |  |  | A Comissão Europeia iniciou uma
consulta pública sobre “Alterações
demográficas na Europa — Livro Verde sobre o
envelhecimento”. As mudanças demográficas,
juntamente com as alterações climáticas e com as
questões da saúde, são um dos grandes desafios do
nosso tempo. Aliás, a pandemia mostrou bem a insuficiência
da nossa capacidade de resposta. A opinião de todos conta, em
busca de uma Europa mais justa e solidária.
Manuel Pizarro
| |  |  |  | Esta semana, celebramos o Dia
Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Lembramos o lado mais negro da nossa identidade europeia: o
extermínio metódico e racional de milhões de
pessoas, assente num único fundamento - a sua diferença.
Religião, orientação sexual, opção
política, deficiência física ou intelectual, tudo
foi pretexto para transformar a diferença num anátema que
justificou a negação da Humanidade do Outro. É
preciso lembrar para não esquecer o quão facilmente
podemos cair no engodo da auto-destruição.
Isabel Estrada
Carvalhais
| |  |  |  | Reeleição
absolutamente inequívoca
Marcelo Rebelo de Sousa, foi reeleito Presidente da República
de forma absolutamente inequívoca. Este facto é o
essencial das eleições presidenciais de domingo. Podemos
acrescentar como aspectos importantes, a afluência às
urnas, perante uma série de previsões de um cataclismo
abstencionista, ou forma difícil, mas civicamente exemplar, como,
no meio de uma pandemia, os portugueses se dirigiram às urnas. E
também podemos acrescentar aos aspetos importantes, a
visível incapacidade da extrema direita conseguir os objectivos a
que se propunha. Mas repito, essencial foi a forma inequívoca
como o Presidente da República foi reeleito.
O Presidente Marcelo terá nos próximos cinco anos, um
quadro de exigência extrema. O equilíbrio com que conduziu
o primeiro mandato, a proximidade aos portugueses e a
cooperação institucional, vão ser aspectos ainda
mais importantes nos próximos cinco anos. Mas não quero
terminar deixando pairar a ideia de que foi irrelevante a
votação conseguida pela extrema direita racista e mal
educada. Não nos iludamos: a votação que obtiveram
merece, por parte de todos os democratas, reflexão,
preocupação e uma luta sem tréguas.
Pedro Marques
| |  |  |  | "Precisamos de uma
ação global coordenada, à escala da ameaça
que enfrentamos, para construir uma aliança contra o crescimento
e propagação do neonazismo e da supremacia branca, e para
combater a propaganda e a desinformação."
António Guterres, Secretário-geral das
Nações Unidas
À esquerda e à direita, todos os democratas devem aliar-se
contra os projetos de extrema-direita, ora claros ora
disfarçados, como a história nos ensina que sempre
foram.
Maria Manuel Leitão
Marques
| |  |  |  | 76 anos depois da abertura dos
portões do campo de concentração de
Auschwitz-Birkenau ter revelado o imenso horror da
operação criminosa de extermínio perpetrada pelo
regime nazi, o Parlamento Europeu, numa significativa cerimónia,
associou-se ao Dia de Internacional em Memória das Vítimas
do Holocausto, que se assinalou no dia 27 de janeiro. Como disse o
Presidente David Sassoli, citando Primo Levi: “se compreender
é impossível, saber é necessário”.
Importa fazer mais para manter viva a memória dessa
terrível tragédia. Para que não se esqueça e
para que não se repita.
Pedro Silva
Pereira
| |  |  |  | "A distribuição de
vacinas tem de basear-se em princípios de solidariedade e
moralidade". Numa semana em que o número de vítimas
causado pela pandemia continua a ser dramático e em que tanto se
falou na regulamentação da exportação de
vacinas e nos atrasos no cumprimento de contratos com
farmacêuticas, relembro
as declarações do Diretor Geral da
Organização Mundial de Saúde. Os deputados
europeus já pediram total transparência nos contratos e na
distribuição das vacinas. Os países mais pobres
não podem deixar de ter acesso à vacinação.
Como lembrou a Comissaria Europeia para a Saúde, as
vítimas não são números nem
estatísticas. São pessoas. Na Europa e fora da
Europa.
Margarida
Marques
| |  |  |  | Como
Funciona o Fascismo: A Política do Nós e Eles, Jason
Stanley, Vogais
O resultado das Presidenciais deixou
claro que subestimámos o poder das táticas fascistas. A
normalização da extrema-direita e o aproveitamento
político num momento difícil, de desordem, caraterizado
pela desinformação, colocou a nossa democracia e os nossos
valores em ataque e agora em crise. É urgente unir
esforços.O fascismo não é coisa do passado.
Infiltrou-se no presente. E pode ser o futuro se nada fizermos para o
impedir.
Sara Cerdas
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