Pedro Marques defende União Bancária com garantia de depósitos e partilha de riscos

Pedro Marques defende União Bancária com garantia de depósitos e partilha de riscos

24.01.2020

Na proposta de relatório sobre a União Bancária, apresentada na Comissão de Assuntos Económicos, Pedro Marques defende que se passe a contemplar uma verdadeira lógica de partilha de risco dos bancos e uma garantia de depósitos europeia, para melhor defender os cidadãos.

O deputado propõe uma mudança de paradigma na questão dos riscos na banca, com a passagem da lógica de redução de riscos para a partilha de riscos, a introdução de um fundo de garantia de depósitos a nível europeu e uma reflexão sobre a dimensão das instituições bancárias.

À partida para a fase de discussão que agora se inicia sobre emendas ao documento, Pedro Marques aponta que foram feitos progressos na implementação da União Bancária, designadamente ao nível da redução de risco, mas salienta ser necessários mais progressos sobretudo na partilha de risco, defendendo que esta deve imperar sobre a primeira, permitindo um apoio mais forte à economia, designadamente através da concessão de crédito virtuoso às empresas.

“Tenho batalhado pela necessidade de a União Europeia adotar políticas que os cidadãos reconheçam claramente que têm impacto nas suas vidas” porque “a questão dos bancos e todas as questões relacionadas com o sistema bancário, tiveram e têm impacto direto na vida das pessoas”, afirma o deputado.

“O que tento neste relatório é que o Parlamento Europeu aja, essencialmente, em três frentes: garantir um seguro dos depósitos dos cidadãos, assegurar a estabilidade financeira quando é preciso intervir num banco e verificar se, nos passos que demos até agora, fizemos o que devíamos ter feito em relação à dimensão dos bancos e à capacidade de estarem dotados de mecanismos que garantam o financiamento da economia”, diz.

Pedro Marques disse esperar que, no final desta conclusão, o Parlamento Europeu adote uma posição que vá ao encontro daquelas já manifestadas por Von der Leyen e Lagarde, “que recentemente fizeram declarações públicas sobre a urgência da União Bancária”, fazendo votos para que as instituições europeias não “persistam nesta perigosa inércia que terá consequências difíceis de perspetivar”, caso volte a verificar-se uma “crise séria no sistema financeiro”.